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Letícia 🎭
Tava no ódio máximo, pode acreditar. Papo que nem deu tempo de fazer nada cara, quando a gente chegou, fomos pra cobertura que era a coisa mais linda e chique do mundo, ficamos uns minutinhos analisando a vista e depois entramos.
Nisso a gente foi ligar a banheira que era coisa de outro mundo, eu fui ajeitar as luzes do quarto, tava deixando tudo perfeito. Até que enfim a gente deitou na cama e ficou se analisando no espelho do teto por maior tempão, não tínhamos pressa de nada e nem tínhamos planejado, só queríamos curtir.
Quando o Preto começou com os chamegos dele eu dei espaço, ele começou a beijar meu rosto, meu pescoço e tava tirando minha blusa, o celular dele tava vibrando mas a gente não deu importância porque realmente queríamos aproveitar.
Quando ele tava chupando o meu peito da maneira que só ele sabe como me deixar de quatro por isso, o celular já tinha vibrado tanto que ele ficou bolado e foi desligar, mas aí era o meu pai.
Óbvio que ele atendeu na hora e eu me sentei na cama beijando suas costas vendo ele se arrepiar, mas quando vi que era sério parei e fiquei observando, até ele falar que a gente tinha que voltar.
Quase chorei e pedi pra ficar ali sozinha, mas acabei acompanhando ele só pra chegar em casa e ficar trancada ouvindo barulho de tiro como se fosse água caindo da chuva.
Eu tava quase dormindo no sofá, já tinha tanto me acostumado e tava com sono, mas me lembrei que a porta do quarto com cofre tava aberta e dei um pulo, nunca se sabe e se o Preto perde isso, capaz de perder a vida junto.
Então corri, confirmei se o cofre em si estava fechado e tranquei a porta, colocando o móvel que ficava em sua frente de volta, quando eu tava voltando pro quarto pra guardar a chave escutei gente correndo na laje.
Meu coração congelou e eu escondi a chave, quando escutei "arromba essa porta, é a casa do chefe do tráfico." pela voz do que parecia ser de polícias na porta da cozinha eu congelei.
Mas quem disse que podia parar no tempo agora? Peguei o raidinho reserva que era justamente pra momentos como esse e sai correndo do quarto, fui pela janela da frente me jogando pra fora da casa e vi o portão aberto, só não pensei em mais nada além de correr como se minha vida dependesse disso, e o mais engraçado era que realmente dependia.
Eu só escutava tiro e dessa vez, nesse momento eu tinha ficado muito mais assustada. Escutar tiro de perto me deixava atordoada, não conseguia pensar direito. Mas eu só corria pelos becos sem nem saber pra onde eu tava indo.
Beatriz: Letícia, caralho.- Gritou e eu me assustei, parei de correr tomada pelo cansaço e vi que tava na porta da casa da mãe dela e ela tava na janela.- Entra aqui logo.
Me neguei a entrar tendo em vista que não confiava nela, mas quando ia continuar correr vi um dos meninos sendo atingindo na entrada de um beco, ele caiu de joelhos antes de cair de cara no chão e eu paralisei.
Foi assim que eu eu vi a minha mãe morrer, da mesma forma. Eu não conseguia correr, andar, nem se que racionar, meus olhos estavam vidrados naquela cena e a única coisa que tinha em mente era minha mãe caindo na minha frente.
Quando menos esperei, fui puxada pelo braço, o que quase fez ele ser arrancado pra dentro da casa, a respiração da Brenda tava tão acelerada quanto a minha, ela se sentou no sofá tentando respirar normalmente e eu coloquei a mão no peito, sentando no chão.
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