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CAPÍTULO 8 - Bolo, bunda, nariz e queimada.

07 de Agosto. Um dia comum para metade do universo, mas infelizmente, na minha vida, não podia dizer o mesmo. Havia nascido nesse mesmo dia o senhor David Martin Sheepard. Nascido em Connecticut, filho da Dona Olivie e do senhor George, irmão mais novo de Jazmin e mais velho que George Junior, e é atualmente o cara mais viado e ridículo que eu conheço.

— Que mancada. – Disse Mike observando com certo desgosto o comercial que se passava na televisão. Margot coçou a cabeça, tentando não demonstrar nenhuma indignação, mas eu sabia o quanto ela queria dar risada ou fazer sei lá o que.
— Poxa, justo hoje? – Margot perguntou, suspirando. – É aniversário dele, gente.
— É sim, mas... – Katherine disse. – Não precisava de tal homenagem, né?
— Como ele se submeteu a esse papel? Que coisa mais vergonhosa. – Disse eu, enquanto o comercial da Calvin Klein que Dave tinha participado passava na televisão, exclusivamente naquele dia em homenagem ao seu aniversário. Que belo presente...
— A integra do outro já saiu na internet. – Disse Katherine, suspirando e pegando o notebook. – Ele está acompanhado de outra modelo, talvez seja menos horrível.
— Duvido, depois de ter visto o saquinho de pinto que a cueca fez. – Katherine abriu o vídeo, e todos nós nos amontoamos para ver.
— Olha lá! – Katherine disse, apontando para o monitor. – Deram foco no bilau.
— Não repare nessas coisas! – Pedi. – Isso é um fruto proibido.
— Proibido pra quem? Mulheres, porque ele nunca deixaria alguém chegar perto dele, a não ser que tenha algo que balança no meio das pernas.
— A parte das costas é o pior. – Margot afirmou. – Ele tinha tanto potencial sem estar exposto ao publico.
— Agora... Fim de carreira. – Disse Katherine suspirando, enquanto fechava a tampa do notebook.
— Vamos voltar ao trabalho. – Pedi, depois de olhar no relógio. – Temos muito que fazer. – Nos viramos dando de cara com um salão enorme no melhor clube da cidade.

Estávamos decorando aquilo há quase quatro dias e ainda parecia não ter fim. Summer seria ótima ali, mas tinha ficado encarregada do buffet. Tudo bem que nós amávamos o Dave, mas não era para tanto, principalmente quando ele irrompeu o salão, empurrando a porta com força, com os braços abertos.

— Abre espaço! – Gritou – PRO CARA DO MOMENTOOOOOOOOOOOOO! – Disse antes de girar no lugar com um sorriso de orelha a orelha. – Ai, vocês viram o comercial? Estava lindo! Não estava? Ai, eu sei! – Bateu palmas animado, mesmo que a nossas caras não fosse à das melhores. – Eu SOU lindo. – Disse enquanto se aproximava, parando ao lado de Mike que o olhava com desprezo. – Aceite recalque. Que nasceu pra ser Mike Simmons nunca chegará perto do chão que pisa Dave Sheepard. – Empurrou sua cabeça com a mão.
— Dave, menos. – Margot pediu enquanto segurava uma cesta com chapeuzinhos e língua de sogra. – Bem menos, quase nada.
— É meu aniversário! – Gritou histérico, todo animado. – E meus amigos estão fazendo uma festa surpresa par mim!
— Dave, a ideia principal de uma festa surpresa é ser surpresa. – Disse Margot óbvia. – Se você já sabe, ela não é surpresa.
— É sim! — Gritou batendo o pé. Por que ele não parava de gritar nos meus tímpanos? – Eu não sei de nada. Vou fazer uma cara bem assim, olha: — Ele parou, respirou fundo e sua feição pareceu séria e comum. – Eu vou entrar abrir a porta... – Ele foi para fora do salão e enfim, voltou a entrar. Ele empurrou a porta novamente. — AI MEU ZEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! – Disse arregalando os olhos e colocando a mão na boca fingindo surpresa. – Eu não esperava por isso, que lindo, que lindo! – Dizia descontroladamente passando a mão nas coisas, colocou um chapeuzinho onde tinha ele em uma foto de cueca sorrindo com as mãos para o alto. – Ai, obrigado amigos. – Colocou a mão no rosto, fingindo emoção. – Sem vocês eu não seria nada, obrigado, obrigado. – Ele se aproximou de Mike e Margot, os abraçando antes de se jogar no chão e começar a "chorar" descontroladamente. – Eu amo vocês! – Disse. – Agora... – Disse entre soluços antes de ficar em pé em um salto. – VAMOS PRA PISCINA, UHUL! – Gritou dando as costas para eles e jogando as mãos para cima, saindo correndo uns cinco passos em direção a porta. – E ai, tá bom? – Questionou voltando ao normal.

Todos nós parecíamos paralisados olhando para aquilo sem entender o que todo aquele show significava. Depois, quando nós falamos que não conhecemos o ator do suporte de saco, vulgo, cuecas da Calvin Klein,  nós quem somos chatos, não é mesmo?

— Tá... – Disse Mike respirando fundo. – Péssimo. – Disse simplesmente antes de cair na gargalhada, assim como todos os outros. Katherine estava quase chorando de tanto rir.

O som estrondoso de nossas risadas ecoou por todo o enorme salão. Dave continuava imóvel, com as mãos cruzadas, nos olhando sem nenhuma expressão no rosto. Depois de um segundo ele pegou o celular e colocou na orelha, depois de digitar algum número. O meu celular começou a tocar. Nós paramos de rir por um momento, e eu atendi a ligação, o número era anônimo.

— Alô? – Perguntei. Dave respondeu e eu percebi que era ele quem me ligava.
— Alô. Será que o senhor pode me informar onde está a Graça, por que eu não achando Graça nenhuma?!

Desliguei o celular e o encarei. Todos pararam de rir para olhar bem no rosto de Dave e esperar alguma explicação para sua cena. Suspirei.

— Idiota. – Disse simplesmente.
— Idiotas. Eu sou uma estrela, Joseph! – Disse abrindo os braços. – Entendeu? Uma estrela! Eu brilho, eu sou DEMAIS! – Gritou parecendo um psicopata. – Agora, vou ignorar o riso de vocês, e quando voltar em duas horas, eu quero minha festa pronta! – Ele puxou a jaqueta que estava usando e tapou o rosto, deixando apenas os olhos aparecendo. – Agora, vocês não me viram aqui, e eu sou o Batman e ninguém nunca me vê. – Disse antes de abrir os braços, segurando a blusa esticada como se fossem asas e saiu correndo.

Dave saiu correndo em direção a porta, lhe empurrando com a cabeça e sumiu deixando todos para trás pasmos. Onde eu havia encontrado aquilo? Acho que a mãe o havia o abortado e ele provavelmente ainda não tinha superado isso.

— Algum comentário digno? – Katherine perguntou ainda olhando para a porta.
— Não.
— Imaginei.

3 horas depois...

— Uhul! – Dave gritou na piscina depois de fazer sua cena de "OMG, que surpresa!" no qual eu tive de fingir que estava acreditando.

Aquele lugar estava abarrotado. Tinha muita gente ali e eu me perguntava de onde é que Dave tinha tirado tantos amigos. Será que ele havia pagado para alguém? Não, não... Não era para tanto, ele não tinha tanto dinheiro assim, mas o fato de que eu poderia cruzar com o  k p ta  a qualquer momento ainda me deixava aterrorizado.

— Ok, eu retiro o que disse. – Candy ao meu lado falou. – Ele não vai pegar mal de eu estar aqui.
— Ele virou amiguinho da Gabs e vocês são amigas, ele não falaria nada de qualquer jeito. – Respondi, enquanto tomava guaraná em uma taça de champanhe. Cada coisa...
— De qualquer modo... Educação é uma virtude. – A olhei para ela com as sobrancelhas levantadas.
— Minha mão na sua cara se você me chamar de mal educado de novo. – Respondi e ela fez careta.
— E falando em educação, ali sua ex... – Dei os ombros e olhei. – Me refiro a Summer, já que você faz coleção.
— Vou ignorar esse comentário. – Retruquei ainda procurando Summer com os olhos, até que enfim encontrei. Ela estava usando um vestido floral e os cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo com a franja solta. A maquiagem estava leve e estava perfeita para um dia de piquenique. — Quem é aquele? – Candice perguntou ainda olhando para Summer. Foi então que a minha hipnose acabou e eu percebi que ela estava de braços dados com um rapaz. Ele estava de bermuda e uma camisa de gola V. Os cabelos negros jogados sem compromisso e os olhos verdes cintilando em destaque no rosto branco. Do outro lado dele, eu vi outra garota e logo os reconheci.
— O que minha psicóloga está fazendo aqui? – Questionei franzindo o cenho. – Ah, claro... Summer, sua traíra. – Bufei, terminando de engolir o meu refrigerante.
— Hãn? – Candy perguntou sem entender. – Já tá precisando de tratamento profissional, Uckerzinho?
— Cala a boca, Candice. – Pedi a olhando de esguelha. Ela deu os ombros. – É uma história muito complicada.
— Eu sou inteligente e tenho tempo. Conta. – Pediu, olhando as unhas.
— Fofoqueira. – Ela me empurrou com o quadril, e eu contei: - Lembra do Cassino? Então, eu estava na bad quando sai de lá, lembra? Bêbado que só vendo, meio sem entender as coisas, e segui até a praça ali na frente. Então ela chegou, começou a falar comigo e me deu um cartão, pedindo para que eu fosse ao seu escritório. E eu fui, porque sou um cara legal...
— O que isso tem haver dela estar aqui? – Perguntou me interrompendo.
— Se você me deixar terminar de falar, quem sabe você não descobre?
— Seu grosso – Disse me dando um tabefe.
— Linda. – Ela revirou os olhos e eu continuei. – Eu fui lá, contei toda a minha história e ela disse que me ajudaria com o meu drama de ex. Aí fomos até a Cupcake, e lembra-se daquela vez que a Summer teve um ataque de alergia, por causa do cachorro do tal namorado dela? – Candy assentiu. – Então, eu pensei que ela tinha terminado, mas nesse dia o namorado da Summer entrou na Cupcake sugou a língua dela na frente de todos, e meu amor, eu me incluo no todos!  Então, a Charlie, a minha psicóloga, pensava que conhecia a Summer de algum lugar, foi então que ela se lembrou de onde. Summer é cunhada dela, pois o irmão de Charlie, o Stark-boy está pegando a MINHA Sun.
— Olha Uckerzinho... – Disse Candy coçando a nuca. – Supere. – Revirei os olhos e antes que eu pudesse responder, Gabs se aproximou e nos chamou. – O que foi?
— Dave está chamando a gente. – Respondeu apenas. Eu olhei para a piscina e percebi que a pequena sereia não estava mais na água.
— Pra que? – Perguntei curioso e ela me olhou seca.
— Tenho cara de pombo correio? – Perguntou se afastando. Olhei para Candy de esguelha e ela sorriu vitoriosa enquanto seguia Gabs, e fui atrás.

Fomos para uma sala atrás do salão, onde Dave estava com mais algumas pessoas. Reconheci quase todas, e até algumas que eu não gostaria de ter visto, como o Stark macho. Cara, eu realmente estava odiando aquele cara.

Suspirei, cruzando os braços e me joguei na poltrona enquanto Dave distribuía algumas coisas para eles, e me jogou uma sacola.

— O que é isso? – Perguntei enquanto abria e via que eram peças de roupa. Era um tom de azul bebê com preto que eu logo entendi ser uma espécie de uniforme, e eu percebi também que estava com o meu nome atrás, e uma foto de Dave piscando para o nada com um "jóia" na mão e a boca aberta.
— Uniformes para o jogo. – Respondeu simplesmente.
— Jogo? – Perguntei erguendo as sobrancelhas. – Dave! Que jogo? – Berrei, ele me olhou com os olhos marejados.
— VOCÊ PROMETEU! – Gritou antes de me dar as costas. O que? Prometi o que?
— Dave... Olha... – Tentei falar para consolá-lo, mas fui interrompido.
— Dave, não se preocupe, ele está com medo. – Disse Katherine entrando vestida com um uniforme igual ao nosso, só que menor, mais justo, e principalmente, mais rosa.
— Eu? – Me ergui observando a anã na minha frente. Ela estava com as mãos nas cinturas olhando para cima, para poder me encarar nos olhos. – Com medo de você? – Ela ergueu as sobrancelhas de novo, com um sorriso nos lábios.
— Aparentemente sim, já que... – Pigarreou – Queimada nunca foi seu forte.

Eu dei um passo para trás. Queimada nunca foi meu forte. Ela estava certa, porém... Ela não sabia do meu elemento surpresa! – Sorri para a menina, pegando o uniforme com mais vontade.

— Veremos cocotinha. – Disse antes de arrancar as calças ali mesmo e ir em direção a quadra de bunda pra fora.

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O fato de eu ter um elemento surpresa não queria dizer que eu sabia qual era. Odiava queimada desde o colegial. Katherine sempre me zoou por ter conseguido desclassificar o time, por sempre jogar a bola no lugar errado. Foi um tempo difícil onde o meu maior talento foi acalmado por toda minha turma: minha burrice.

— E ENTÃO, MARIQUINHA, O QUE ACHA DESSA BOLA? É RESISTENTE O SUFICIENTE PRA VOCÊ? – Katherine gritou do outro lado da linha. Era um jogo Menina x Meninos que realmente não daria certo.

No time delas estava Katherine, Margot, Summer, Charlie e Gabs. Candy era imparcial e nos ajudaria como juíza. No nosso time, por infelicidade do destino, estávamos Dave, Mike, Stark, Pablo e eu.

— Fica quieta, Hunnigan. Se continuar gritando desse jeito, sua garganta vai cair! – Gritei e ela fez uma careta como se não tivesse entendido a minha ofensa. Eu também não tinha, mas eu sou uma borboleta, eu tenho esse direito.

Antes que Katherine pudesse responder a ofensa, todos já estavam ali para ver o tal jogo de queimada como se fosse alguma final de campeonato de futebol. Elas começavam com a bola e Candy apitou dando inicio a partida.

Katherine parecia determinada a me queimar. Assim que pegou a bola, se virou para as meninas e sorriu, antes de fixar os olhos em mim com um ódio mortal e jogar com força a esfera em minha direção. Foi por um triz, já que eu tive de encolher minha bunda – que convenhamos é bela e grande demais – e a bola foi pro nada. Um rapaz jogou outra bola e Stark quem pegou.

Ele tinha uma força que por aqueles bracinhos finos e desnutridos não dava para se deduzir. A bola foi mirada e nos fizemos o primeiro ponto quando ela acertou a coxa de Summer. A meninas arfou o queimando com os olhos, antes de ir para trás da gente.

A bola recomeçou com Margot. Ela suspirou antes de mirar a bola e jogar. Ela foi direto ao estomago de Mike, com uma força que eu achei totalmente impressionante, já que ele se jogou no chão, gemendo. Tudo bem que sabemos o passado dessa donzela, mas...

O jogo seguiu acirrado. E eu odiava aquilo. Queimada era como uma espécie de amostra do que o capeta iria fazer com você no inferno, de modo tão literal que até o nome era referência. Foram cinco rodadas até que mais alguém fosse atingido. Pablo levou uma bolada de Charlie bem no meio da testa.

Estávamos começando a perder, mesmo com Michael e Pablo atrás das meninas, eles quase nunca chegavam perto da bola para poder acertá-las mais uma vez, o que me deixava frustrado.

Tentamos forçar elas a serem pegas e tiramos Gabs, que gritou quando a bola pegou na sua coxa. Logo depois dela, Dave foi acertado, me deixando com Stark. Margot saiu logo em seguida, já que entrou na frente quando Stark tentou queimar a irmã. Charlie, tentou se vingar, Stark levou uma bolada no braço. Restava apenas eu.

— Quer desistir Uckermann? – Katherine perguntou assim que eu joguei a bola com força demais na perna de Charlie e ela foi eliminada, deixando apenas eu e a Hunnigan do capeta. Ela jogou a bola e quase pegou em mim.
— Nunca! – Gritei pegando outra bola. – Essa é a minha revanche. Depois de 15 anos, eu vou acabar com vocês! – Disse antes de jogar a bola com tremenda força em direção a morena.

Eu não vi muito bem o que aconteceu a seguir. Só lembro-me de ouvir um creck e logo em seguida um monte de gente gritando por que Katherine estava no chão. Eu ergui os braços em comemoração, mas percebi que ninguém estava excitado como eu.

— UCKEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER! – Ouvi Katherine gritando enquanto eu fazia minha dancinha da vitória.

Segui até ela ainda dançando, abrindo espaço entre a rodinha de pessoas ao lado da morena. Dancei de costas para ela, rebolando minha bunda, e então me virei.

— Ai. Meu. Jesuinho. – Disse arregalando os olhos quando eu me virei para a garota.
— EU. VOU. MATAR. VOCÊ! – Disse com a voz carregada, antes de se levantar e sair correndo atrás de mim. Eu acho que nunca corri tanto em circulo na minha vida, tentando me salvar daquela meninas, até que Pablo, Michael e Stark me seguraram para a meninas começar a me encher de tapa. – EU. NÃO. ACREDITO. QUE. VOCÊ. FEZ. ISSO!
— DESCULPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! KATHERINE, MEU AMOR, ME DESCULPA! – Disse chorando, enquanto evitava olhar para a meninas com o rosto lavado de sangue que escorria do seu nariz.
— Katherine, me deixa ver. – Pediu Charlie virando o rosto da meninas. Katherine se virou devagar enquanto Charlie examinava. Ela tentou colocar a mão, mas Katherine gritou. — É, você pode matar ele. – Disse a Stark fêmea.
— Por quê? – Katherine perguntou chorando. – Meu nariz tá doendo demais. – Disse manhosa.
— Claro que está! – Disse ela. – Seu nariz está quebrado.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Eu e Katherine gritamos juntos, ela com ódio, e eu com medo, enquanto voltei a correr em círculos pela quadra enquanto o monstro me perseguia.

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Depois de muito tempo tentando acalmar a morena, ela começou a sentir dor, já que seu ódio havia amenizado, e tivemos que levá-la para o hospital. Katherine berrava de dor com um saco de gelo no nariz. Dave se negou a ajudar e continuou sendo a pequena sereia com seus amigos desconhecido.

Fomos os Stark, Summer, Mike, Margot e eu. Eu fui obrigado, mas eu fui. Katherine iria me matar e eu sabia disso ou ficaria com tanto ódio de mim, que eu me sentiria culpado o resto da vida por ter quebrado o seu nariz.

Estávamos esperando do outro lado da sala, enquanto Katherine era examinada e colocavam seu nariz no lugar. A cada gritou que ela dava, Margot fincava as unhas no meu braço e eu me segurava para não gritar também.

Summer batia o pé me olhando com ódio, enquanto Charlie apenas evitava olhar para a minha cara. Katherine gritava cada vez mais alto e os berros eram às vezes confundidos com os choros e ameaças de morte para minha pessoa.

— Ahhhhhhhhhhhh! – Disse ficando em pé, arrancando as garras de Margot do meu braço. – Foi sem querer, tá bom? – Disse para eles. – Agora parem de me tratar assim!
— Ninguém está falando com você, resto de aborto, então senta sua bunda celulitada nessa cadeira e cala a boca. – Summer disse, sendo um doce.
— Seu amor é comovente, Devon.
— É mesmo? Disponha. Caso queira que quebrassem seu nariz, pode me avisar que eu faç, e juro que para sua sessão nostalgia, o faço com um rolo de pão! – Disse me fazendo sentar-se.

Alguns minutos depois, Katherine apareceu sendo empurrada em uma cadeira de rodas com o rosto do enfaixado e com um olhar mortífero para cima de mim. Encolhei-me na cadeira, enquanto o doutor começava a explicar o que havia ocorrido.

— Por sorte ela não chegou a fraturar o nariz, apenas deslocou.
— E isso implica em exatamente o que? – Perguntei engolindo a seco.
— Bem... Todos sabem que Katherine Hunnigan é uma das cantoras mais reconhecidas do país, e que faz shows quase diariamente... Esse nariz quase quebrado implica diretamente no fato de ela não poder cantar durante umas duas semanas... – Disse dando os ombros. Katherine começou a respirar fundo, seus dentes estavam trincados e seu peito subia e descia.
— Algo que possamos fazer? – Summer perguntou, parecendo preocupada.
— Sim. – Katherine disse. – Segura ele! – Gritou antes de se erguer da cadeira de rodas e se jogar em cima de mim. De algum lugar ela tinha tirado um taco de beisebol e eu jurava que ela estava tentando fazer algo com aquilo, no qual eu realmente não gostaria que acontecesse.
— SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOOOO! ALGUÉM ME AJUDA! ISSO É CRIME! AAAAAAAAAAAAAH! – Disse tentando sair de baixo dela, mas ela começou a bater com o taco na minha bunda e só parou quando eu não tinha mais forças nem para gritar.

Fomos para casa. Por sorte, havia um travesseiro na mala do meu carro, e eu pude ir quase que confortavelmente sentado. Katherine estava quase que amordaçada  com Margot ao nosso lado. Mike estava dirigindo, com Sun no banco do passageiro. Os Stark haviam pegado o caminho da roça e eu estava quase morrendo de medo.

— Por que eu tenho de ficar com... Isso... Esse... Essa... – Suspirei, tentando achar um jeito de não fazer Katherine passar mais raiva do que já estava. – Com ela?
— Por que você foi quem a machucou, logo, você quem cuida do little monster. – Disse Michael, fazendo com que Katherine avançasse para cima dele. Margot a segurou pelas mãos, fazendo um "shiii" com a boca, para que ela se acalmasse como se fosse um cachorrinho.
— Mas... Mas... – Tentei articular, mas sabia que iriam jogar Katherine no meu apartamento e sair correndo. Suspirei, já que não tinha saída e aceitei.

Quando chegamos a casa, eu tentei guiar Katherine o mais calmamente até dentro do meu apartamento. Ela rosnou para mim, mas consegui fazer ela se acalmar. Quando entramos, ela foi para o quarto, tomou banho e ficou parecendo o capeta, com a maquiagem escorrendo dentro das órbitas feitas pelas faixas do curativo.

Quando ela voltou do banho, me olhava com tanto ódio que eu pensei que começaria a escorrer daqui alguns minutos. Summer e Margot a consolavam fazendo movimentos negativos com a cabeça, calmos demais para o meu gosto, como se eu fosse o culpado.

Ok.

Eu era.

Mas... Isso não quer dizer que me possam olhar desse jeito.

Mas... Eu sei, elas podem fazer o que quiserem!

— Bem... – Mikw disse. – Vamos embora, meus bens.  Esperava que hoje tivesse tchaca na butchaca, mas alguém – Me olhou com ódio, enfatizando a palavra "alguém" – estragou meu Day.

Tentei argumentar, mas antes que eu pudesse fazer isso à porta se escancarou e algo que um dia pude chamar de David Martina Sheepard adentrou os corredores, totalmente devastado. Eu não sabia se ele estava prestes a chorar ou a rir. Era estranho.

— Dave? – Margot perguntou franzindo o cenho. – Você está...

Ele então, se jogou no chão, começou a chorar e eu comecei a cogitar o fato dele ter sido assaltado e/ou espancado no caminho. Estava sujo e visivelmente alcoolizado. Quer dizer, não sei. Ele é bêbado constantemente, sem precisar beber.

— Meu Zeus, Meu Zeus, Meu ZEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! – Disse chorando, engatinhando até o sofá, deitando a cabeça nas pernas de Katherine. As três negaram silenciosamente com a cabeça no mesmo instante e a morena acariciou os cabelos de Dave. – Meus friends, Don ti laique mi. – Disse ele esperneando. - E ainda por cima a... A... A... – Ele voltou a chorar descontroladamente antes de se sentar no chão com as mãos no rosto. Soluçava. Eu me aproximei do garoto e o levantei, o abraçando. Michael enxugou uma lágrima e depois de negar com a cabeça, o abraço também. O apertamos em um abraço coletivo.
— Dave... – Perguntei afastando sua cabeça do meu braço e segurando o rosto de criança entre minhas mãos. – O que foi?
— A GABRIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELA! – Gritou jogando-se no chão novamente. – Ela, ela... Ela... Ela me BATEU! Ela me bateu depois deu tê-la beijado. ELA ME BATEU DEPOIS DEU TÊ-LA BEIJADO NO MEU ANIVERSÁRIO!
— Eita gota. – Michael falou. – Mas você não gostava de... – Interrompido. As meninas fizeram um "shiii" em uníssono, o que me fez revirar os olhos. Dave precisava decidir sua opção sexual.
— Dave, por que você beijou Gabriela? – Perguntei no meu melhor papel de Charlie Psicóloga Stark.
— Por que você acha que eu beijei Gabriela? – Perguntou grosso, engatinhando em minha direção me puxando de modo que cai de joelhos. Dave segurou meu rosto e me olhou nos olhos com desespero. – Por que eu a amo!
— VOCÊ É GAY! – Michael gritou e a muda Katherine jogou uma almoçada na cara dele, antes de rosnar para o garoto. – Ai, ogra! Little Monster, Little Monster. – Cantarolou, mas calou a boca, quando ela ameaçou jogar o abajur.

Tentei responder o que ele estava me dizendo, mas antes que pudesse, do corredor eu pude ouvir quando alguém gritava:

— DAVIDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD! – Reconheci a voz e me afastei correndo, quando a porta abriu de novo e uma Gabriela descabelada adentrou o recinto. Ela estava tão ou pior que Dave.
— Ai, por favor! Por favor. POR FAVORRRRRRRRRRRZINHO. – Gritou esquivando para trás, mas encontrou o sofá no meio do caminho e começou a engatinhar em direção ao quarto. Gabs foi mais rápida e o segurou pela perna da calça e o puxou, mostrando-nos a bunda propaganda da Calvin Klein. 
— Volta aqui. Volta aqui. – Ela ordenava de modo que o fazia se aterrorizar mais.
— Não, por favor. Gabs, por favor... – Ele não terminou de falar o seu pedido de socorro, pois antes que pudesse fazer qualquer coisa, ela se jogou sem cima dele, segurando suas mãos para cima e simplesmente... O beijou.

As garotas arregalaram os olhos quase ao mesmo tempo e Mike escancarou a boca sem entender o que estava ocorrendo ali. E eu fiquei olhando enquanto Gabs sugava a boca de Dave de modo que nem eu entendi. Cinco minutos depois, ela se levantou e limpou a boca no braço.

— Mas... Mas... – Ele parecia não entender.
— O seu presente vai estar na minha cama daqui duas horas. Não se atrase. – Disse antes de sair do apartamento como se nada tivesse acontecido.
— MAS QUE MERDA FOI ESSA? – Mike perguntou boquiaberto. – A amiga dela, a Candice, também é do babado? – Perguntou sem entender. – Estou solteiro, sabe. Ou essa Gabs tem bingolim? – Eu lhe bati na cabeça.
— Eu acho que... – Dave disse, antes de se levantar e sorri como nunca havia feito antes. – Adios bitchês. Happy Birthday to me. – Falou antes de sair correndo. Eu fiquei observando sem entender absolutamente nada.

Michael foi atrás dele, gritando pelo telefone de Candice. Margot e Sun aproveitaram a deixa para saírem de perto de Katherine e irem embora, me deixando sozinha com o monstro.

— E então... – Cocei a cabeça. – Bolo?

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