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CAPÍTULO 13 - Hula hula

— Você tem certeza disso? – Mike perguntou me olhando de modo preocupado. Mais uma vez eu olhei para aquela caneta e vi que não tinha opção. Assinei as folhas demarcadas e lhe entreguei a papelada.
— Diga ao RH que eu quero o dinheiro na minha conta até as quatro da tarde. – Expliquei e ele apenas negou com a cabeça.
— Joseph... Você deveria repensar. – Disse franzindo o cenho. – Você demorou uma vida para construir tudo isso para jogar tudo para o alto.
— Eu confio nela pelo menos para cuidar da revista, Michael. E você não é a melhor pessoa para dar conselhos. – Disse indo em direção ao meu quarto. Charlie e Stark entraram na sala e seguiram Michael até o cômodo. – Minha psicóloga disse uma vez que devemos respirar novos ares.
— Eu não estava me referindo a isso. – Charlie falou. – Eu queria dizer que você deveria abrir a mente e vislumbrar o mundo de outra forma. Não que deveria fugir.
— Não estou fugindo! – Exclamei abrindo a porta do guarda roupa e pegando todas as roupas que consegui para jogar sobre a cama. – Você, acima de qualquer outra pessoa, conhece bem o meu drama.
— Sim, eu conheço. – Falou ela se aproximando de mim, pegando as roupas que eu havia jogado ali e tentando botar no lugar onde estava. – Por isso digo que você não deve fugir.
— Não estou fugindo, apenas quero a minha parte da revista para pode viajar e esquecer da existência dela. É fácil entender isso. – Me voltei para eles, Stark me olhava de modo que eu não soube decifrar se era decepção ou simplesmente aceitação. – Eu passei mais de dez anos tentando me livrar de algo que nunca foi meu. Eu fui burro de não perceber que tudo o que eu havia feito durante esse tempo foi simplesmente correr atrás de algo que já havia passado. Eu as amei e elas não me pertenciam. E eu continuarei amando. Summer e Katherine sempre serão minhas melhores amigas, a outra – disse evitando pronunciar o nome dela – será passado.
— Joseph, você está nessa depressão há quase três meses. – Stark comentou – Se você acha que só conseguira superar isso se afastando, o faça. Mas não se esqueça de onde você pertence!
— STARK! – Charlie gritou, jogando uma almofada nele com olhos repreendedores. – Estamos tentando manter ele no país.
— Mas ele não quer ficar! – Explicou se aproximando. – Joseph já é grande, e se ele quer viajar, deixe-o viajar. Ele não é uma criança e não irá esquecer o caminho de casa. E outra, Katherine irá fazer uma turnê em breve, e ela sempre leva vocês junto, quando ela for para... – Ele me olhou esperando que eu dissesse para onde iria.
— Cancún.
— Cancún vocês vão também. – Sorriu resolvendo os problemas.
— Você vai para Cancún? – Michael perguntou erguendo os olhos. – POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU? Eu quero ir para Cancún! VAMOS TODOS PARA CANCÚN! – Ele disse erguendo os braços fazendo uma dança estranha. Franzi o cenho, esperando que ele parasse. Ele deveria entender que a borboleta voltou para o casulo e vai demorar um pouco para alçar vôo. Talvez voe em Cancún, quem sabe? Hihihihihihi.
— Controle-se, homem. As coisas não são bem assim. – Ele parou e cruzou os braços. — Vou pra lá à trabalho. – Esperei um pouco, pensando no que eu havia dito.
— Você acabou de pedir demissão. – Michael falou, sem entender.
— Eu sei, mas isso não vem ao caso. Irei do mesmo jeito, publicidade deve dar dinheiro lá, sabe? Tem muita zoeira e eu poderei trabalhar como panfleteiro, divulgando festas em porta de escolas. – Sorri animado com minha nova perspectiva de vida. Porque não deixar de ser editor chefe para se tornar panfleteiro? A vida é feita de oportunidades
— Você uma vez me disse que gostava de ser rico, lembra? – Charlie questionou, e eu a ignorei.
— Estou apenas desbravando novos horizontes, encontrando novas aventuras! Eu posso até mesmo morar na praia e viver de tequila.
— Eu quero morar na praia e viver de tequila! — Viu? Minha nova perspectiva de vida parece que agradou alguém por aqui, ora, ora.
— Você não tem vergonha disso não? – Stark questionou, com as sobrancelhas erguidas.
— Noé. – Falei sorrindo.
— Noé? – Ele ainda não parecia entender.
— Noé da sua conta. – Ele revirou os olhos, e Charlie me mandou um olhar nada elegante.

Margot.

— Isso é sério? – Perguntei assim que Mike me entregou os papeis assinados por Joseph. Observava aquilo esperando que fosse realmente mentira. Eu havia conseguido estragar tudo.
— Sim, é sério. – Disse ele seco demais. – Ele quer sua parte depositada na sua conta até as quatro.
— Então ele está indo mesmo? – Perguntei com um nó na garganta. Michael assentiu antes de se levantar e se encaminhar para a saída da minha sala. Estava chocada com aquilo e antes dele terminar de se afastar, se virou para mim.
— Olha Margot... – Me olhou nos olhos. – Eu sempre gostei muito de você, mas Joseph sempre foi o meu melhor amigo, independente das viadagens dele ou ele ter na sua mente perversa que é uma borboleta azul, por que quando eu mais precisei, era ele quem estava comigo, ele quem me apresentou a Candy e todas as outras coisas de quando eu não sabia o que fazer, foi ele quem me ajudou. Quando vocês voltaram, eu via nos olhos do Joseph que ele não precisava de mais nada, por que ele tinha você, e você simplesmente não viu por que nunca o encarou e disse exatamente tudo o que sentia. Se você tivesse perguntando a ele, você saberia que era a coisa mais importante na sua vida, mas infelizmente você foi incapaz de perceber que a Katherine nunca passou de uma amiga de infância, a criança dele e que Joseph cresceu, e quando ele achou a mulher, ela veio e beijou outro na frente de milhares de pessoas. Ele pode estar indo embora, Margot, mas enquanto ele te amar como ele te ama, e for recíproco, ele sempre vai estar aqui. Mas isso pode doer mais do que você imagina. – Michael sorriu com os lábios em linha antes de suspirar e sair.

Quando abaixei a cabeça para poder ler o contrato, percebi que algo pingava sobre a folha. Suspirei antes de erguer o rosto e limpar as lágrimas e sair daquele escritório. Não o perderia de novo.

Joseph

—... Passageiros para o voo 8741 com destino para Cancún embarque portão 17. Passageiros para o voo 8741 com destino para Cancún embarque portão 17...
— Não adquira AIDS, não tenha filhos, não namore, não beije e nem se case com uma desconhecida! – Katherine dizia desesperadamente tentando arrumar o meu cabelo com os dedos e acabava achatando minha cara com as mãos.
— Kate, Kate, Kate. – Falei a segurando pelos pulsos e olhando em seus olhos pela lente dos óculos escuros que usava para evitar ser reconhecida no aeroporto lotado. – Eu estou indo para praia, Cancún, não para Vegas.
— E daí? Lá tem cadelas do mesmo jeito! – Afirmou antes de me abraçar com força. Summer de canto evitava qualquer contato visual.
— Sun. – Chamei e ela fingiu não ter escutado. – Summer, venha me dar um abraço.
— Não gosto de contato físico, vá com Deus, Joseph. – Disse em meio uma careta, revirei os olhos e a puxei pelo braço. Summer se manteve irredutível durante um tempo até me abraçar de verdade. – Idiota, eu vou sentir sua falta. – Disse me apertando. – Mesmo você sendo o pior namorado que já tive em toda a minha vida, eu ainda não sei como eu vou viver sem você.
— Você se acostuma. – Expliquei e ela me deu um soco no estômago. Ok. Estava sendo bem legal. Ninguém se acostuma com a minha ausência, até porque... Eu sou demais.
— NÃO! Não vai, por favor, não me deixa! – Dave disse entre soluços se agarrando ao meu pé. O rosto lavado de lágrimas imitando choro de criança era pior do que se imaginava. – Você é o meu boy, meu homem, meu tudo, não vai!
— Dave, nós estamos em público. – Disse baixo, tentando tapar o rosto para que as pessoas não me olhassem, até porque um cara de 1,80 se agarrando na perna de outro, não é nada para que chame atenção. – Quer parar?
— Não vai! Não vai Joseph, eu posso me fantasiar de Margot e ir esfregar meus peitos enormes na sua cara, mas não vai!
— Deixe a borboleta voar! – Michael disse fazendo a típica dança da galinha. Charlie e Stark pareciam constrangidos e Candy e Gabs evitavam qualquer contato como se tentassem fingir que não nos conhecia.
— Você está me deixando muito envergonhada, Davidson. – Gabs disse coçando a cabeça. Ele largou minha perna e Michael continuou voando enquanto Charlie, Gabs e Candy vinham se despedir. Foi menos dramático do que de todos os outros. Stark veio por último, depois de Michael ter sido preso no banco por Candice.
— Ei cara, eu posso falar com você? – Ele perguntou e eu assenti, me afastando um pouco do grupo que tentava manter Simmons sobre controle. — Você tem certeza do que você quer? – Assenti, engolindo a seco. – Então, mesmo que se afaste, não se esqueça do que você é, e do que você sente. Muitas vezes podemos nos confundir quando pensamos que por nos decepcionarmos uma vez, qualquer outra pessoa possa fazer o mesmo. Ninguém é igual, então, fique aberto para novos ares. – Ele piscou para mim, batendo no meu ombro antes de me abraçar.
—... Última chamada: Passageiros para o voo 8741 com destino para Cancún embarque portão 17. Última chamada: Passageiros para o voo 8741 com destino para Cancún embarque portão 17...

Aproximei-me dos meus amigos de novo e sorri. Eles voltaram a me abraçar com força, me desejando sorte e juízo e enfim, eu segurei meu carinho e segui em direção ao portão 17. Não tive coragem de olhar para trás.

Margot

— Anda, anda, anda! – Disse pra mim mesma enquanto me apressava pelo estacionamento do aeroporto. – Anda mais rápido! – Gritei apertando o braço de Pablo que não parecia nada contente com aquela situação.
— Eu estou andando, Margot. – Respondeu e eu trinquei os dentes. Cheguei perto da porta automática e dei de cara com Katherine, Summer, Charlie, Candice e Gabrielle que assim que me viram me olharam de modo repreendedor.
— Cadê o Joseph? – Perguntei sem me importar com os olhares que recebi. Katherine suspirou e olhou para Summer que já havia dado um passo a frente e ergueu o dedo para começar o seu discurso.
— Nesse momento, ele deve estar sobrevoando os ares em direção a Cancún que fica... – Ela não pode terminar de falar, Katherine havia lhe dado uma cotovelada no estômago e ela arregalou os olhos colocando a mão na boca. Abri espaço entre elas indo em direção a fila para comprar uma passagem em direção ao litoral.
— Nem pensem e fazer isso. – Gabs disse parando atrás de mim. A fila por algum milagre estava curta e não demorou mais do que alguns instantes para que eu fosse atendida.
— Eu quero uma passagem para o próximo vôo para Cancun. Não importa quanto. – Disse para a mulher antes de me voltar para o bando atrás de mim. – Ah é? – Subi as sobrancelhas. – E quem vai me impedir?
— Você não acha que já o machucou demais? – Candy atacou. – Você vai fazer o que? Esfregar essezinho na cara dele? Joseph já sofreu demais por sua causa.

Respirei fundo com as mãos nas cinturas antes de erguer os olhos para cada um que estava ali antes de eu falar:

— Olhe, eu conheço os meus erros, mas também conheço as minhas verdades e principalmente o que eu sinto... – Fui interrompida.
— Quais tipos de sentimentos são esses, já que você fez questão de destruir os do Joseph? – Katherine perguntou cruzando os braços. Desviei o olhar por um instante pegando ar. AAAAAAAAAAAAAAAAAAA! AAAAAAAAAAAAAAAAAAA! ALGUÉM ME AJUDAAAA!
— Antes deu ter destruído os deles, os meus também foram machucados...
— Você estava ouvindo uma conversa sobre Stark e eu, não Joseph e eu! – Atacou desesperada com minha calmaria. Estava perdendo a paciência.
— E daí? Eu não sabia. Então, antes de me julgar tanto, por que não vê que eu me arrependi? Stark subiu naquele palco para te pedir desculpas, certo? Eu estou subindo no próximo avião para pedir perdão ao Joseph. Então, se vocês não gostam... – Sorri dando os ombros. – Eu não me importo. Eu amo Joseph e eu vou provar para ele isso. – Suspirei antes de me virar e dar todas as informações necessárias a atendente que parecia assustada com a cena, até porque um bando de gente gritando no guichê do aeroporto não deve ser a coisa mais agradável do mundo, convenhamos. Todo o processo de compra foi feito com extrema agilidade e rapidez. — Agora, com licença. – Disse me afastando deles e indo para o hall esperar o horário do próximo vôo que sairia daqui duas horas.
— Quero uma passagem para o próximo vôo para Cancun. – Ouvi a voz de a Katherine soar atrás de mim o que me fez virar. – E espero não me arrepender disso.
— Nem eu... – Disse baixo para que só eu pudesse ouvir e sai arrastando o braço de Pablo para a sala de espera.

Uma hora e meio depois, caos era a única palavra que poderia descrever qualquer coisa naquele lugar. Não no aeroporto, mas em tudo o que me rodeava. Joseph tinha mesmo de escolher as piores pessoas do mundo para serem seus amigos? Tinham de ser super protetores?

Entramos no avião um pouco depois e no meio da noite havíamos desembarcado em Cancún. Posso dizer que sair em uma missão atrás do seu amor perdido sem fazer a mínima ideia de onde ele pode estar não é algo legal. Principalmente vestindo somente um vestidinho de escritório e saltos altíssimos.

— E agora, gênio? – Summer perguntou olhando para mim assim que saímos do aeroporto.
— Não pedi que me seguissem. – Falei seca. Ora essa! Desde quando ela tem o direito de me falar qualquer coisa?
— Como se a gente fosse deixar você machucar nossa borboleta azul de novo. – Dave disse me fazendo revirar os olhos. – Por sorte, eu sei onde ele pode estar.
— Então, por favor! – Disse sem paciência. Ele me olhou de cima abaixo como se me analisasse. – Dave, por favor. – Clamei, e ele revirou os olhos sacando o celular.
— Ele tem um apartamento por aqui. A mãe dele tem na verdade. – Deu os olhos. Lembrei-me que uma vez ele havia me convidado para passar o final de ano ali, mas eu não pude por conta da revista. – Ele me passou o endereço quando eu disse que iramos visitá-lo no fim do ano. – Dave sorriu depois de um momento e me entregou o celular.
— Taxi. – Disse e todos nós nos dividimos em dois taxis e fomos em direção a casa do Joseph.

Com a sorte que eu estava tendo, como todos já devem imaginar, quando chegamos lá tinha tudo, menos Joseph. É claro, pelo fato de Dave ter anotado o endereço errado e agora estávamos todos lá, na rua da amargura, literalmente, por que a rua se chamava amargura e eu estava simplesmente chorando na calçada depois deles terem se despedido de mim com seus lindos gestos de amor ao próximo.

— Vamos ficar aqui? – Pablo que estava algemado ao meu braço, perguntou. Eu suspirei erguendo o rosto e suspirando.
— Nops. Vamos para um hotel ou sei lá. – Ele assentiu se levantando e me abraçou de lado.
— Sabe Margot... Eu acredito que tudo vai dar certo, para os dois. – Explicou e eu assenti sem ter mais o que fazer. Duvidava demais da sua afirmação, mas sabia que ele só estava tentando ajudar.
— Boato, tudo boato. – Expliquei dando os ombros. Ele me apertou mais, fazendo com que eu colocasse a cabeça sobre seu ombro.
— É só você explicar tudo o que aconteceu e todo o resto. - Ele falou. – Tenho certeza que quando Joseph souber a verdade, ele vai te perdoar.
— Não é por que você é gay que não seja homem, Pablo. Joseph não é tão burro assim.
— Pra mim, ele parece burro. Por estar deixando uma mulher como você passar desse jeito. – Suspirou.
— Burro não, ele apenas não aguenta mais sofrer na minha mão. Enfim... Vamos para o hotel. Precisamos descansar. Amanhã o dia será longo...

Joseph

— VIVA CANCÚN! VIVA BODY SHOT! – Gritei antes de passar a língua na battiga daquele ser gostoso não identificado deitado a minha frente. Subi o rosto para sua barriga tomando a dose de tequila que estava ali e em seguida peguei o limão no meio de seus seios gigantes. Uma palavra para descrever tudo isso: EU TO BEM LOUCO!

No meu estado de embriaguez, podemos começar a considerar "eu tô bem louco" como uma só, até porque não havia motivos para não emendar uma palavra na outra.

Aquele lugar poderia ser considerado de duas maneiras: Paraíso e inferno. Mas, como ultimamente na minha depressão pós-Margot tudo estava um inferno, então partiu lamber os outros e ficar bêbado com umbigos alheios.

— Ei, gato. Está sozinho? – Uma garota de peitos enormes perguntou esfregando eles nas minhas costas. Virei-me para ver quem era e ela era bonita. Não tanto, mas dava para pegar. AI MEU DEUS, COMO EU SOU MACHISTA!
— Não. – Respondi – Você agora está comigo! – Expliquei antes de beijar ela, se jogando com a garota dentro da piscina do hotel onde eu estava hospedado. Ainda eram nove da manhã e eu estava doidão. VIVA BODY SHOT! VIVA O DINHEIRO DA REVISTA! VIVA FICAR DOIDO! VIDA SER CHIFRUDO! VIVA PEGAR HERPES! VIVA, VIVA, VIVA!
— OMG! – A garota disse se pendurando no meu pescoço. – Onde você estava esse tempo todo pra eu só te encontrar agora?
— Provavelmente achando três mulheres ao mesmo tempo e quando decidi com quem ficaria, ela me chifrou na frente de todas as pessoas que eu conhecia e desconhecia. – Expliquei limpando o rosto com as costas das mãos tentando secá-lo dentro da piscina. Gênio. — Agora, eu to aqui, chorando, sofrendo, chorando, bebendo e beijando, mas eu trocaria tudo isso para estar no meu apartamento assistindo programas de domingo com ela. – Expliquei antes de sair da piscina, a menina veio atrás e sentou-se do meu lado em uma espreguiçadeira.
— Mas se ela fez isso com você, é por que ela não te merecia. – Disse, e eu assenti. Ela ergueu a mão e um garçom se aproximou. – Traga pra gente a sua pinga mais forte. Vamos afogar algumas mágoas. É por minha conta. – Disse sorrindo, e o garçom saiu.

25 minutos depois...

— Eu não aguento mais! Eu vou me matar! Minha vida não faz mais sentido! – Disse chorando igual uma criança jogando no chão da piscina do hotel. – Tudo o que eu tenho é por causa dela, e tudo o que ela tem é por minha causa, e sabe o que ela fez? Sabe? Ela simplesmente pegou e me chifrou! Tá vendo isso na minha testa? Não são entradas, são chifres! Há um mês eu tinha cabelo até no olho. Caiu por causa dela! Ela é uma vaca, vadia, mentirosa. Eu deveria ter pegado a Katherine e a Summer, pelo menos ela machucariam o meu corpo não meu coração.
— GARÇOM, AQUI NESSA MESA DE BAR, VOCÊ JÁ CANSOU DE ESCUTAR, CENTENAS DE CASOS DE AMORRRRRRRRRRRRRRRR! – Camila, a menina que estava comigo desde que eu a beijei na piscina e que havia pago uma rodada pra mim, cantou. Sua cabeça se recostou no meu ombro e nós fungamos antes de virar mais uma dose.
— Estou sofrendo.
— Eu também. – Disse ela antes de enxugar o rosto. – Preciso de um homem na minha vida. Com uma coisa bem grande no meio das pernas.
— Sirvo? – Ela assentiu, antes de nós começarmos a chorar. O meu celular, que por algum motivo desconhecido, ainda pegava depois daquela zoeira, começou a vibrar. Enfiei a mão no bolso e atendi a chamada sem fazer a mínima idéia de quem fosse do outro lado. — FALA AMOR DA MINHA VIDA!
— SENTIU MINHA FALTA BORBOLETAAAAAAAAAAA? – Michael gritou e eu respondi com um "Sim" gritado, antes de voltar a chorar. – O que foi?
— Eu não quero mais viver, eu vou me matar. Tudo na minha vida parou de ter sentido, eu estou no melhor hotel de Cancun, fazendo Body Shot em toda garota que eu vejo na minha frente, beijando desconhecidas e bebendo com a Camila que é muito legal. – Disse afastando o celular da minha orelha e botando na orelha dela.
— OI AMIGO DO JOSEPHEEEEEEEEEEEEEEEER! – Ela gritou. Josepher. – TO NUM CELULAR, FALANDO DE UM BARRRRRRRRRRRRR, BEBI TODAS PRA PODER LIGAR, PERDI UM GRANDE AMOR, NÃO SEI O QUE FAZER, AMIGO LOCUTOR LIGUEI PRA TE DIZER: MANDA UM RECADO E UM BEIJO MEU! SEI QUE ELA NÃO PERDE UM PROGRAMA SEU, MAS NÃO ME ABRE A PORTA E NÃO TEM CELULAR, SÓ TEM UM JEITO DE ELA ME ESCUTAR! VAAAAAAI LOCUTOR! – Tirei o celular do ouvido dela e botei no meu para poder falar com Michael.
— Essa é a Cami. – Expliquei entre soluços. – E ela é muito legal. Mas isso não me impede de me jogar do quinto andar em direção a piscina. Lá é o meu quarto, ele é tão bonito.

Comecei a contar tudo aquilo o que havia me passado desde que eu cheguei a Cancun e também todos os detalhes de onde eu estava. Comecei a chorar junto com a Cami durante um tempo, lamentando pelo fato de estarmos sofrendo e quando comecei a falar com Michael novamente ele já tinha desligado o celular.

Margot.

Assim que Michael me passou o endereço e deu o seu sermão de "eu sou um bom amigo, por favor, me de dinheiro no natal", eu me prontifiquei a arrastar Pablo até o tal hotel e me impressionei com o fato da minha borboleta ter tanto bom gosto para gastar dinheiro em hospedagens.

Entrei no hall do hotel, que de acordo com o Google – de onde eu peguei o endereço do lugar, corretamente – era o hotel mais luxuoso da cidade e logo avistei uma pessoa que pudesse me ajudar. Uma mulher com um coque e bem vestida com um terninho e bermuda de azul marinho estranhamente ridículo.

— Oi, oi. – Chamei fazendo a mocinha sorridente se voltar pra mim. – Você poderia me dar uma informação? – Disse com olhos suplicantes.
— Você é hospede?
— Não.
— Você vai se hospedar?
— Não.
— Você conseguiria a informação com mais alguém?
— Não.
— Então não. – Respondeu fechando a cara e me dando as costas.
— Não! – Gritei lhe puxando pelo braço. – Volta aqui! Preciso falar com um dos hospedes, é muito, muito, muito importante!
— Qual o nome dele?
— Joseph Travis Uckermann. Conhece?
— Não. – E então, saiu. Fiquei estática, boquiaberta, esperando uma explicação. Como assim ela havia me tratado daquele jeito? Aquela perua!
— Vamos embora, Margot. A não ser que você se hospede, ninguém vai te dar nada aqui. – Pablo disse me puxando pelo braço. Parei aos tropicões, o fazendo parar.
— Então, vou me hospedar! – Sorri.

Segui até a recepção e me comuniquei com a atendente procurando alugar um quarto. Dei todos os meus documentos, tudo o que ela precisava e mais um pouco, até mostrei a cor do meu dinheiro e ela me vem com isso...

— Desculpe, estamos lotados.
— Como assim vocês estão lotados, mocinha? – Perguntei lhe fuzilando com os olhos. – Você está brincando comigo?
— Desculpe senhora. – Respondeu e Pablo me puxou, de novo, pelo braço.
— Vamos esperar Margot que uma hora ele passa por aqui. - Pediu e suspirei assentindo. Mas então, uma perua acabará de estacionar por ali, e assim que abriram as portas de trás, e meus olhos bateram em uma das coisas que estavam ali, minha mente se iluminou.
— Vem. – Disse o puxando. – Tive uma ideia ma-ra-vi-lho-sa.

20 minutos depois...

— Ainda bem que eu depilei os mamilos. – Disse Pablo com uma cara muito desanimada, tapando os mamilos com cocos do biquíni que havia o obrigado vestir. Usava uma peruca mal posta e uma saia de palha. Eu, pelo menos, usava só pernas de sereia, a parte de cima de um biquíni vermelho e uma coroa de flores na cabeça.
— Sei que você gosta mais disso do que eu. E outra, quem mais poderia ser minha dançarina de Hula-Hula? – Questionei e ele me fuzilou com os olhos. Arrumei-me na pedra no meio da piscina onde havia sentado e ajeitei o violão e o microfone que eu consegui de modo pouco descente.

Dei duas batidinhas no microfone para me certificar que ele estava ligado.

— Boa noite. – Disse sorridente para aquele monte de pessoas com expressões pouco amigáveis. – Essa música vai para o amor da minha vida.

Olhei para Pablo e ele suspirou desanimado antes de concordar com a cabeça. Comecei a dedilhar a música no violão.

Comecei a cantar a música enquanto minha bailarina hermafrodita ala Lady Gaga interpretava cada frase que eu cantava e eu batinha minha barbatana de sereia que havíamos roubado do caminhão de fantasias.

Não sei se as pessoas haviam entendido o sentido música, pois em vez de se amarem estavam fazendo onda com a mão e batendo palma (onda, onda, onda, olha a onda. PÁPÁ).

— Essa música – Disse assim que a música terminou. – vai para aquele cara de camisa florescente e chinelos amarelos marca-texto.  Joseph, minha borboleta azul, eu te amo.

Quando terminei de me pronunciar tudo aconteceu. Joseph não era Joseph, estava mais para uma lutadora de sumo disfarçada do que minha borboleta saltitante. A moça grossa da recepção veio correndo no seu short horrível com uma pessoa que apontou pra mim de modo assassino. E pra completar, uma onda estilo tsunami surgiu do além e voou em minha direção me jogando para a piscina, me afogando e mostrando como peixes sofrem, por que nadar com aquilo não é nada fácil.

15 minutos depois...

— Água, água! – Clamei me arrastando pela areia da praia no qual eu havia ido parar. Tinha areia em tudo e as "pernas" de sereia ainda estavam ali. – Eu preciso de água!
— Margot! – Ouvi a voz de Joseph me chamando e me virei vendo um borrão gordo correndo em minha direção.
— Estou começando a alucinar. – Levei as mãos à cabeça. – Água!

Meu corpo foi jogado para o lado e um caminhão pipa foi descarregado na minha cara. Aparentemente eu não precisava de tanta água assim, mas pelo menos metade da areia em meus olhos foi embora me deixando ver claramente.

— Joseph! – Disse erguendo os braços, meio grogue.
— Você está bem? – Perguntou preocupado e eu ri fazendo que não.
— E você? – Ele fez que não, também.
— Eu estou meio bêbado e deprimido.
— Sentiu minha falta? – Questionei e ele assentiu – Eu também senti a sua falta. Desculpe-me por tudo, você sabe que eu sou assim e... Eu tenho de te falar uma coisa... – Não pude terminar de falar, já que Joseph segurou meu rosto e me beijou.
— Não precisa falar nada. – Ele disse me olhando nos olhos. – A verdade é que eu não sei como viver sem você.
— Eu sei Joseph, eu também não, mas você precisa saber: Pablo é gay, então...
— O QUE? – Ouvi a voz de Dave quando uma multidão se aproximou. – Ai, que tudo! – Katherine lhe deu um tabefe, fazendo ele lhe olhar de esguelha.
— Toma vergonha nessa cara, rapaz. – Disse rude como sempre. Summer do seu lado resmungou.
— Sério que ele é gay? – Sun questionou caindo de joelhos na areia. Pablo que estava caído um pouco atrás de mim, virou-se deitando de barriga no chão, segurou o rosto com as duas mãos e os cotovelos na areia. Mexia os pés ao vento sendo mais sereia do que eu.
— Se você ignorar o sutiã de coco eu ignoro suas opções sexuais. – Summer sorriu seguindo até ele, arrancando a fantasia o deixando apenas de sunga.
— Vamos ignorar tudo isso e fingir que nada aconteceu? – Perguntei olhando no fundo dos olhos de Joseph, ignorando toda a discussão que estava tendo ao meu lado.
— Não. – Ele disse negando com a cabeça. – Nós vamos superar. Por que o que eu sinto por você é maior do que todos os seus defeitos. – Não pude evitar sorrir e ele me beijou.

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