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CAPÍTULO 12 - Eu não vou voltar

Ao acordar na manhã seguinte, vislumbrei uma cabeleira loira ao meu lado. Ao virar para a esquerda - o lado oposto - visualizei cabelos negros. Das duas uma: ou eu tinha feito um ménage com Summer e Katherine ou meus amigos haviam dormido na minha casa. Ao olhar para o chão e ver Mike e Dave babando com a cara no carpete, concluí que era a segunda opção. Droga!

- Bom dia! - Katherine murmurou, abrindo os olhos. Sua voz era baixinha, delicada e meio rouca.
- Bom dia, Kate. - respondi e ela sorriu, virando-se para o lado e dormindo de novo. Mas que ótimo, não?

Visualizei meus melhores amigos ali, e ainda que eu soubesse que o motivo de eles estarem dormindo na minha cama e no meu chão era Margot, senti falta dela. Passei as mãos pelos cabelos, evitando o pensamento e com ele as lágrimas que insistiam em cair.

Peguei meu celular e encontrei nele algumas chamadas perdidas de Gabs e Candy, provavelmente preocupadas comigo. Tentei levantar da cama, mas eu era um sanduíche de Katherine e Sun, então tive que pensar em quem me bateria menos quando eu saltasse por cima: A padeira invocada ou a cantora louca? Eu ainda podia pisar em Dave, deitado logo em baixo de mim, mas ele soltaria um berro tão grande que provavelmente acordaria os marcianos, então optei por Summer, porque pelo menos se ela fosse me surrar, ela era bem menor que Katherine e bem menos escandalosa que o Dave, acredite se quiserem.

Levianamente tentei passar por Summer sem ter que rolar em cima dela, mas é claro que não funcionou.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - ela berrou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Katherine gritou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Mike berrou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, quem foi atacado por um unicórnio? - Dave perguntou, mas foi ignorado porque ninguém queria discutir com ele de novo a existência dos unicórnios.
- Por que tem uma tonelada em cima de mim? - Summer perguntou, debatendo-se embaixo do meu traseiro. De alguma forma, ela conseguiu me jogar no chão e me questionei onde estava todo o amor de ontem.
- Mas que droga, Jos... - Mike murmurou, mas antes que conseguisse terminar meu nome estava babando no carpete de novo. Eu realmente ia ter que trocar o carpete depois dessa noite.
- Bom dia sol! - Dave boy magia disse abrindo a cortina e acabando com todas as retinas que ali se encontravam. - Bom dia nuvem! Bom dia árvore feia que o Joseph tem! Bom dia borboleta! Bom dia...
- Alguém avisa pro Dave que se ele não calar a boca ele vai falar bom dia com o meu rolo de pão? - Summer perguntou.
- E com o meu pé. - Katherine emendou.
- Deixem de ser mal humorados! Somos purpurinas e nascemos para brilhar! - Ele disse, antes de começar a empurrar todo mundo da cama. Estava tão eufórico que pisou até na patinha de Mike, que armou o maior berreiro que já tinha visto na vida. - Eu liguei pra minha namorada linda e nós vamos todos para o parque fazer um piquenique no café da manhã! Quero todos lindos e perfumados pra ver a Gabs! Especialmente você, minha pequena purpurina apagada! - Dave disse, apertando minhas bochechas e beijando a minha testa. Não estava conseguindo formar uma frase se quer para responder a Dave, apenas aceitava enquanto ele saia saltitando para fora do quarto. Havíamos criado um monstro.
- Como ele consegue saltitar depois de ter dormido no carpete? - Mike perguntou, colocando as mãos nas costas e andando feito uma idosa retorcida. - Eu tive coluna uma vez. No passado.

Todos acabaram seguindo Mike e Dave e eu finalmente pude retornar as ligações. Disquei o número de Gabs que atendeu no segundo toque.

- Como você está? - perguntou, e antes que eu tivesse chance de abrir a minha boca pra responder, ela mandou: - Nunca mais não me atenda, seu imbecil. Fiquei preocupada!
- Eu estou bem, Gabinha. - sorri babacamente para o telefone, como se ela pudesse ver - Bem o suficiente pra aceitar que Dave, a fada, me leve a um piquenique no parque.
- Não o entenda mal. Ele só está querendo tirar seus problemas da cabeça, do jeito dele. Estou indo com a Candy para o parque agora. Estamos esperando vocês. - Ela fez uma pausa. - Fique bem, Joseph. Algumas coisas acontecem simplesmente porque é melhor assim. Nem sempre é bom questionar.
- Eu sei, obrigado. - Sorriso boboca. - Nos vemos no parque.

Despedimo-nos e foi à vez de Candy me dar sua bronca.

- Você tem noção de como eu e Gabs ficamos preocupadas com você? Nunca mais seja tão babaca! Eu vou arrancar seu escalpo, está me ouvindo?
- Candy, tá tudo bem.
- Eu espero que sim. Espero mesmo que sim. Nós vemos depois. Cuidado com seu escalpo, eu ressalto.

Depois de algum tempo, finalmente chegamos ao tal parque. Gabs e Candy haviam estendido uma toalha xadrez branco com vermelho e uma cesta de piquenique tradicional estava sobre ela. Havia sanduíches, frutas, bolos, pães, suco e outras guloseimas dignas da padeira da Summer, pois com exceção dos não panificados, tudo fora comprado na Cupcake de última hora. Candy me abraçou, para em seguida me bater e me dar vários puxões de orelha. Gabs me abraçou, mexendo no meu cabelo e beijando minha testa de forma carinhosa. Em seguida, ela foi até Dave e eles se olharam, em seguida dando um selinho. Eu só me perguntava se Gabriela sabia que era lésbica, porque estava beijando uma mocinha. Ela e Candy foram embora, alegando que era um momento íntimo demais para ficar ali, e embora eu tivesse protestado, elas foram assim mesmo.

Enquanto nós estávamos comendo, o clima estava ótimo. Havia risadas, algumas conversas jogadas fora e algumas lembranças de fatos engraçados, mas assim que enchi a pança, eu murchei, enquanto todos estavam animados conversando sobre uma boate onde Katherine ia ser presença VIP e nos levaria.

E para piorar toda a situação, eu recebi um SMS de Margot.

Parker, Margot. Hoje, 11h27.
Precisamos conversar.

Duas míseras palavras e eu senti meu coração palpitando, minhas mãos suando e as lágrimas voltando aos meus olhos. E o principal: eu não queria vê-la. Ela não precisava tornar tudo mais difícil.

- O que foi? - Katherine perguntou, assim que seus olhos captaram minha reação. - Ucker?

Dave, que estava deitado arrancando pequenos pedacinhos de grama olhou pra mim. Seus olhos diziam "moleque birrento, vire macho!" como se ele tivesse alguma moral para me afrontar dessa forma.

- Margot. - respondi, estendendo o celular e Katherine prontamente o pegou.
- Eu não acredito que ela está fazendo isso. - Katherine bufou, começando a responder Margot, provavelmente com uma ameaça de morte.

Meu celular foi rodando de mão em mão, e o que cada um quis dizer foi:

Katherine: Vá conversar com o amor da sua vida, aquele mané que você chama de Pablo!
Summer: Converse com a minha mão, e se não for o suficiente, com o rolo da Sun também.
Mike: Você não tem vergonha na cara, ruiva?
Dave: Tomara que um unicórnio fure seu bumbum grande!

Mas a velocidade com que meu celular passeava nas mãos deles era tão grande que o que foi enviado a Margot foi isso:

Joseph Uckermann. Hoje, 11h29.
Vá conversar com a vergonha ruiva da Sun, tomara que um rolo fure seu unicórnio grande.

O que realmente fazia todo o sentido do mundo, como vocês podem notar. Já não era o suficiente Margot achar que eu era traíra, tinha que achar também que eu era retardado. Bom, era melhor Margot conhecer todos os meus lados, afinal.

Parker, Margot. Hoje, 11h30.
O quê? Quem está ai com você?

Katherine bufou antes de pegar meu celular e jogar no lago, porque viu as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas.

- Por que todos têm que ser tão malvados comigo? - Perguntei, enquanto fungava descontroladamente - Por que uma pessoa tão pequena pode me fazer tão má? Eu quero minha mãe!
- Tá chamando a mamãe, tá bebezão? - Mike zombou - Quer sua chupeta agora?
- Pare de ser malvado com meu unicórnio! - Dave disse - Só porque Margot fez a transformação cavalo/unicórnio nele não quer dizer que vocês possam zombar dele!
- Que transformação? - Summer perguntou.
- Você sabe... Joseph sempre foi um pequeno pônei. Mas ai Margot colocou um chifre nele e agora ele é uma criatura mágica!

Não sei bem como foi que Katherine lhe fez calar a boca. Provavelmente com uma pedra e um pouco de força em direção a testa dele, mas a questão é que o galo ficou bem visível. Summer e Katherine discutiam o que iam fazer com Margot se ela me magoasse de novo e garanto que Margot não ia gostar de nada daquilo. Dave estava no celular choramingando com a pobre Gabs e então Michael se aproximou.

- Quer saber o que eu acho? - questionou.
- Não. - respondi.
- Acho que a melhor coisa que te aconteceu foi ter terminado com Margot. - Ergui uma sobrancelha, começando a prestar atenção no que Mike dizia. - Sabe... Finalmente você está livre dos seus três amores. Finalmente, você pode ser o Joseph, sem ser o Joseph da Katherine, ou da Sun ou ainda o da Margot. Você pode ser só o Joseph. Livre.

Comecei a pensar. Desde que eu conhecera Katherine, minha vida havia pertencido àquelas três mulheres, que com seus jeitos, manias, carinhos e tudo o mais que fazia com que elas fossem bem... elas, me moldaram e fizeram de mim o maior capacho de todos os tempos. E finalmente eu estava livre. Não é que eu não as quisesse por perto, pelo contrário. Eu apenas queria não ser mais um objeto. Eu queria ser eu.

- Você tem razão. - disse para Mike.
- Então voe borboleta! - Dave disse, encerrando de vez o assunto.

XXXXXXX

Finalmente, por volta de meio-dia, eu voltei para casa. Ou melhor, foi o que eu deveria ter feito. Meus amigos não haviam voltado, pois cada um tinha um compromisso: Katherine, uma coletiva de imprensa; Summer tinha que ir pra padaria; Dave ia sair com a Gabs ("sair", sei); e Mike... Eu é que não quero saber o que ele ia fazer, provavelmente algo que envolvesse Candy.
Aquele lugar estava mais depressivo do que eu, o que me fez andar por toda a cidade chutando as pedrinhas do chão. Margot parecia querer realmente falar comigo, já que suas mensagens eram incessantes.

Elas sempre tinham carinhas de raiva já que eu me recusava a responder. Começou da base do "precisamos conversar" e foi até mais ou menos o "ou você me responde ou eu posto uma foto sua com a cueca rosa do Batman". Depois dessa eu realmente pensei em responder, mas... Eu tinha orgulho próprio, e principalmente, eu não quero perder minha saúde mental ao puxar o meu cérebro junto com os cabelos. Por fim, quando eram quase 19h30, eu voltei para casa.

Uma chuva forte estava lavando a cidade e eu cheguei totalmente molhado dentro do meu apartamento. Entrei no quarto e peguei uma toalha, secando o que dava da minha roupa e do meu cabelo, quando a campainha tocou. Fui rapidamente abrir, imaginando que Summer houvesse esquecido alguma coisa no quarto, mas quando eu girei a maçaneta, deparei-me com uma pessoa de um metro e meio, totalmente ensopada, os cabelos ruivos levemente enrolados, me lembrando macarrão instantâneo com molho de tomate. Eca.

- Margot? - questionei, arqueando a sobrancelha.
- Você parou de me responder. - ela disse. - Será que eu posso entrar? - Assenti, pegando uma toalha pra ela. Ela se secou parcialmente e se sentou no sofá ao meu lado. - Joseph, eu preciso explicar o que aconteceu.
- Eu vi o que aconteceu, Margot. Aliás, não só eu. Todos viram.

Margot se levantou, andando de um lado para o outro. Suas sapatilhas causavam um baque surdo no chão e um "nhec, nhec" incômodo. Suas mãos alinhavam o cabelo desgrenhado, sem sucesso. Ela queria explicar, mas procurava um jeito para que eu compreendesse. Eu nunca compreenderia aquilo.

- Joseph, eu não queria fazer aquilo. Eu entendi tudo errado!
- Entendeu o que errado? - perguntei.
- Eu achei que você queria Katherine, mas quem queria a Katherine era o Stark! Eu estava te espionando quando te vi falando sobre isso e... - ela piscou, impedindo as lágrimas de vir à tona. - E eu fiz aquela cena toda com o Pablo.

Retesei meus ombros, percebendo o que tinha acontecido. Ela tinha escutado minha conversa com Dave, já que foi o único momento que alguém que não tivesse olhando para minha cara iria pensar isso. Ela não confiava em mim.

- E por que você não me perguntou? Por que não confiou em mim? - Questionei, sentindo as lágrimas recomeçarem a cair nas minhas bochechas. Parecia que alguém havia ligado uma torneira dentro dos meus olhos já que as lágrimas começavam a sair sem nem mesmo eu perceber. - Eu mudei Margot. Eu mudei por você. Eu abri mão de dois amores pra viver o nosso e você não podia simplesmente acreditar em mim?

Ela deixou as lágrimas caírem e secou-as com o dorso das mãos. Seus olhos procuraram os meus e assim que os encontraram, desviaram, como se ela não fosse capaz de me encarar. Seus ombros relaxaram, e ela perdeu a postura durona que tinha assumido para si mesma. Era simplesmente Margot.

- Você me conhece. - ela murmurou baixinho. - Eu sempre faço tudo errado. Eu sempre meto os pés pelas mãos. Eu deixei você escapar por entre meus dedos.
- Eu sei. - Disse simplesmente.
- Me perdoa, por favor, me perdoa.

Ela estava tão frágil. Parecia que se encolhia debaixo dos meus olhos. Meu coração doía. Contorcia-se como se fosse se despedaçar. Era tão... Difícil ver ela assim, mesmo depois de tudo o que ela fez comigo, mesmo depois de ter me humilhado na frente de todo mundo. O fato é que o amor que eu sentia por aquela mulher era grande demais para que ela sofresse.

Segurei o rosto dela com as mãos, analisando cada linha familiar. Os olhos verdes, as bochechas evidentes, os lábios rosados e bem desenhados, os cílios compridos e curvados. Eu aproximei meu rosto do dela, colocando minha testa perto da sua e inalei seu perfume. Era familiar. Encaixava. Combinava. Era natural. Ela se esticou para me beijar e eu respirei fundo virando o rosto. Ela engoliu a seco entendo o que eu queria dizer. Mas estava doendo. Eu sentia aquele corte me dilacerando, remexendo e sendo reaberto. Afastei-me dela, encarando seus olhos.

- Margot, eu não posso mais. - disse, reunindo uma coragem que eu nunca achei que teria. - Nós nos amamos, mas talvez não tenhamos sido feitos para dar certo. Duas metades, mas que não se encaixam.

Ela livrou-se das minhas mãos, mas olhou dentro dos meus olhos.

- Ao destino ou ao acaso, não importa como, mas quando duas pessoas são feitas para ficarem juntas, não importa por quantas ruas andem, eventualmente, encontrarão o caminho de volta. - Ela repetiu o que eu havia escrito, e seus lábios encontraram os meus. - Eu te encontro por ai, quando você voltar.

Eu fiquei estático com a atitude dela. De verdade... Eu não esperava por aquilo. Não mais. Mas a questão, é que antes mesmo a dê ter aparecido na minha frente, eu já tinha minha decisão. Ela saiu do meu apartamento e eu senti um peso sair das minhas costas.

- Eu não vou voltar. - garanti pra mim mesmo, baixinho, apenas para me convencer.

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