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CAPÍTULO 1 - De ninguém e de todas as três

Minha cabeça doía como se nunca tivesse conhecido outra coisa. Meu corpo estava moído e aquele PI infernal não saia da minha cabeça. A luz ainda estava acessa e quando abri os olhos, parecia que estava ficando cego. Grunhiu me sentando, e logo me arrependi de ter feito, já que minha perna começou a ter uma espécie de cãibra que eu não sabia se iria rir ou chorar.

— Tem gente querendo dormir aqui. – Disse alguém do meu lado, e eu encontrei a cara amassada de Mike que estava deitado de mau jeito no sofá. – Ah, a cinderela finalmente acordou. – Disse ele se levantando.

— Onde estou? – Perguntei com a voz horrivelmente horrível de quem não falava há dois anos. E aquele gosto de acetona me dava ânsia. Escova de dente, por favor, eu estou te chamando, venha até mim!

— Vai me dizer que não lembra?

— Não, Mike. Claro que eu lembro, eu estou perguntando por que eu não tenho mais o que fazer e quero ouvir sua linda voz. Quer me dar um abraço? Estou morrendo de saudades. – Disse irônico, e ele revirou os olhos.

— Está no hospital, bundão. Esqueceu que foi atropelado?

Cerca de 20 horas antes...

— Cara, ainda tem gente que fala que mulher é o sexo frágil. – Disse Michael me olhando com uma cara nada boa. Mike, um dos meus melhores amigos, disse me analisando como se eu fosse um bicho em exposição.

Fechei os olhos, apertando o pedaço de bife no olho, e me acomodei ainda mais no sofá, tentando evitar olhar para sua cara de trouxa.

— Como se algum dia alguém tivesse acreditado nisso. – Retruquei.

— Vai saber, tem gente que nunca levou uma rolada no olho. – Disse Dave, me fazendo abrir os olhos para lhe encarar com a minha melhor cara de cínico. David era o meu outro melhor amigo. Vemos com clareza que preciso mudar meu circulo de amizades.

— Se fecha Dave. – Disse, me sentando direito, tirando a carne do olho, revelando uma mancha arroxeada. – Eu não sei o porquê ela fez isso, que garota louca.

— Porque convenhamos, quando Summer foi normal? – Subiu a sobrancelha, fazendo um bico de pato.

— Quando você foi normal, miguxo? – Michael perguntou a Dave, que deu os ombros.

— Vocês deveriam calar a boquinha de vocês. – Disse me levantando de um jeito deficiente.

— Claro que não, miguxo. – Disse Dave se levantando me seguindo até a cozinha com Michael logo atrás. – Quem iria alegrar seus dias se não nós?

— Talvez minha cama? – Perguntei suspirando, e ele fez careta, revirando os olhos.

E esses, eram o que eu tinha para chamar de melhores amigos. Dave Sheepard e Mike Simmons. Não que eles fossem da melhor qualidade, mas dava para o gasto. Dave era estranho, ele era meio abaitolado, mas quando estava de bem com a vida, conseguia até ser legalzinho. Olhos verdes, alto feito uma girafa, magro feito uma criança desnutrida da África e loiro feito Edward Cullen. Mike se sentia o homem dos homens, um machão deselegante.

Michael era mais baixo, tinha uma cara de criança de doze anos, mas fazia com que todas as mulheres caíssem ao seus pés quando deixava uma sujeita – que ele ousava chamar de barba – no rosto. Ele já estava envelhecendo, e eu tenho a leve impressão que um dia ele iria ficar calvo.

Dave era primo de Summer, a maníaca do rolo. Ela costumava ser mais gentil quando a gente namorava, e nunca me tacou rolos de esticar massa de pão na testa até aquele dia. Motivo? Eu dizer que o pão doce estava muito salgado. Normalmente, para aquela menina, qualquer coisa era motivo para me bater, acredito que era assim que ela alegrava seus dias.

— Cama que atualmente está sem ninguém. – Cochichou Mike, me fazendo o olhar sério. Ele ergueu os braços como quem se rendesse. Dave continuou.

— Aceite, Uckerzinho, aceite. Você ama garotas que não dão a mínima para você.

— Se não dessem a mínima não teriam tacado um rolo de pão na minha testa ou me mandado convites para uma apresentação hoje. – Disse erguendo convites para a apresentação que Katherine iria fazer naquela noite.

— Margot não deu sinais de vida.

— Margot é café com leite. – Retruquei.

— Se fecha Joe. – Mike repetiu. – Você nunca vai ter nenhuma das três.

— Ah, cala a boca. – Disse, começando a procurar alguma coisa no armário para comer. – Elas fazem parte de mim, assim como eu faço parte delas. Somos apenas um, nós quatro.

— Filosofia de vida, vou até postar no meu facebook, miguxo. – Disse Dave, pegando o celular.

— Para de me chamar assim, por favor? – Pedi, já perdendo a paciência. Ele deu os ombros. – Parem de me encher. Deixa que dos meus relacionamentos amorosos cuide eu.

— Relacionamentos amorosos? – Mike questionou, debruçando na bancada, antes de pigarrear ironicamente. – Desculpa Joe, mas esses dias eu estava olhando o status do seu facebook, e... Estava solteiro. E pelo o que eu sei – coçou o buço – quando todas as garotas no qual você dizem amar querem te ver morto, isso invalida suas teorias do que é amor.

— Isso é inveja, miguxo. – Disse, fazendo Dave rir. – Deixa a minha vida "não-amorosa" em paz, então, belezinha? – Michael deu os ombros. – Agora, que tal vocês sumirem daqui? Tenho muito mais o que fazer.

— Não, miguxo. Vou jogar seu vídeo game, o meu tá no concerto. – Dave disse voltando para a sala. – Se quiser pode ficar a vontade.

— A casa é minha.

— Por isso mesmo. Dã. – Michael falou, revirando os olhos, e seguindo Sheepard.

Parker, Margot. Hoje, 14h53.

Como eu posso confiar em alguém como você, Uckermann? Cadê a matéria sobre sustentabilidade dessa semana? Você é um responsável! Aguarde-me, porque quando eu te vir, a merda vai feder pro seu lado. E se por acaso, você se atrasar segunda-feira, eu juro que estará despedido!

Joseph Uckermann. Hoje, 19h31.

Desculpa a demora, linda, mas eu estava ocupado. Você supera.

Não irei me atrasar e eu já mandei a matéria, pode parar de contar os cabelos do bigode agora e ler. Vai adorar que eu sei, porque eu sou mais do que demais. Agora, vou curtir minha vida, tenho coisas para fazer, sabe? Um dia você pode descobrir o que é isso, ter compromissos na sexta à noite. Chama-se vida social.

Beijinhos.

Parker, Margot. Hoje, 19h33.

Você deveria morrer Uckermann. Seria um bem a sociedade. E adorei o seu cinismo, deveria ser comediante.

Joseph Uckermann. Hoje, 19h34.

Gostou? Que linda.

Parker, Margot. Hoje, 19h37.

-'-

Joseph Von Uckermann. Hoje, 19h43.

Mal criada.

Revirei os olhos ao mandar aquelas mensagens. Estava convivendo demais com Michael e Dave. Não sei se isso era bom. Coloquei o celular no bolso da jaqueta, antes de sair do apartamento e fui para o elevador.

Cheguei até o estacionamento e entrei no carro, seguindo para o teatro aonde Katherine iria se apresentar naquela noite. O show dela era conhecido, por isso deveria chegar logo para conseguir os meus lugares.

A fila estava começando se formar, quando estacionei o carro e segui para o lugar. Dave e Mike conversavam com alguém em um lugar mais afastado. Mike parecia animado, então não dei ibope para eles seguindo na fila.

— Então esse é o seu programa de sexta à noite? – Perguntou alguém atrás de mim, me fazendo virar. Margot estava linda. Ela era linda. Tinha os cabelos ruivos, que estavam caídos ao seu redor com pequenos cachos. Usava um vestido preto brilhante, e tinha a carteira nas mãos. Ao seu lado, havia um homem que provavelmente estava lhe acompanhando, mas evitei reparar muito nele. Minha psicóloga disse que isso iria melhorar minha autoestima.

— O primeiro de muitos. – Disse, sorrindo. – Você provavelmente vai voltar para casa e chorar amargurada por se sentir sozinha.

— Na verdade não. – Disse segurando a mão do homem.

— Nossa Margot, como seus peitos estão grandes. Voltou a usar meias? – Perguntei colocando a mão na boca em falsa surpresa.

— Seu pinto sempre foi pequeno e eu nunca reclamei. – Disse ela, devolvendo à pequena patadinha. Dave e Mike se aproximaram no mesmo momento.

— Opa, opa, opa, Margorette. Segura o seu refrão, miguxa. – Dave disse se empoleirando em meu ombro, enquanto eu e a ruiva mantínhamos uma conexão de olhares. – Estresse pode tirar a melanina do seu cabelo. Fios brancos não, linda. Não.

— Vamos entrar Pablo. Tem gente demais aqui. – Disse Margot, ainda me encarando nos olhos, antes de puxar o cara para perto, e passarem na minha frente para poder entrarem no teatro.

— Senti a tensão no ar, lindo. Cuidado, isso pode ser sinal de perigo. – Mike disse assim que respirei fundo, tentando me controlar. – E seu piruzinho é pequeno. Essa informação pode e será usada contra você no tribunal.

— Lembre-se, Uckerzinho. Você a ama. – Dave me lembrou.

— Vamos entrar idiotas. – Falei, entrando no teatro, evitando os comentários sórdidos.

Sentei com Dave e Mike do meu lado. Summer que também viria a apresentação ainda não havia chegado, e a informação de que ela iria se sentar ao meu lado não foi tão legal de se ouvir quando eu esperava.

— E o olho? – Mike perguntou, quando chegou com balde de pipoca. Eu dei os ombros.

— Melhor sempre é possível.

— Seu humor ultimamente está invejável Uckerzinho. Já pensou em fazer terapia? Tirar férias? Afogar o ganso?

— Gansinho. Convenhamos. – Mike corrigiu, fazendo com que eu lhe desse um tabefe. — Cuidado com a Maria da Penha, viu amor?

— Cale a boca. Eu vou ver Katherine. – Disse me levantando, indo em direção ao camarim.

— Cuidado com o anjo, viu miguxo? – Dave disse, fazendo Michael rir.

Ignorei os comentários, e comecei a subir as escadas que havia ali, observando o chão, para não cair, já que estava tudo apagado e acabei dando de encontro com alguém. Eu lhe reconheci pelos sapatos.

— Bebê! – Disse em falsa alegria para Summer que me olhava com certo nojo.

— Como vai o olho? – Perguntou subindo as sobrancelhas.

Summer era loira, tinha os olhos azuis e parecia uma boneca que fala. Era magra, magra, magra que chegava a dar dó. Uma vez pensei em lhe doar uma cesta básica, mas fui alertado que talvez aquilo fosse perigoso demais e meu convênio não cobre tudo.

— Nunca esteve melhor. Adoro roxo, destacou a cor da minha pele.

— Quando quiser mais, me avise. – Disse me encarando sem expressar nada em seu rosto.

— Prometo que você será a primeira a saber, mas não se preocupe, tenho maquiagem em casa.

— Bem seu gênero. – Retrucou, saindo da minha frente, indo se sentar.

— Bem seu gênero. – Imitei tentando fazer igual sua voz. – Nojenta.

Fui para os bastidores, e com informações de terceiros, encontrei a porta onde estava a sigla KH. Entrei sem bater e encontrei uma menina encarando o espelho, com as mãos na penteadeira sem se sentar. Ela pode-me ver pelo reflexo do espelho e então revirou os olhos.

Katherine estava vestindo uma espécie de maio, meias-finas e salto. Os cabelos estavam enrolados e a maquiagem bem carregada com um batom vermelho sangue em seus lábios. Seus olhos eram castanhos e sua pele branca.

— O que está fazendo aqui?

— Procurando o banheiro. – Disse indo em sua direção e me sentando numa poltrona enquanto ela terminava de fazer sei lá o que.

— Deu pra ver que não é aqui, então, some.

— Você tinha mais respeito por mim antes, não tinha não? – Perguntei me sentindo ofendido e ela revirou os olhos. – Vim te desejar... – Interrompido. Katherine levantou a mão, fazendo uma espécie de careta.

— Não fala nada, por que toda vez que você fala alguma coisa acontece exatamente o contrário. – Revirei os olhos, suspirando.

— Ok, então. – Disse, suspirando. – E então, vai cantar alguma das minhas hoje?

Katherine havia composto algumas músicas para mim quando nós terminamos. A maioria delas era ofensiva, por isso não deixava que ela cantasse por conta do horário em seus shows, eram violentas demais para a classificação +14. Mas algumas eram mais light e até dava para se ouvir e não me acharem um grande cafajeste.

— Talvez. – Deu os ombros. – Depende do meu humor.

— Seu humor é sempre negro, Katy. – Expliquei o óbvio.

— Então provavelmente você irá ouvir as suas músicas hoje. – Explicou, se voltando para mim com um grande sorriso.

— E então, você chamou Margot ou ela veio por pura e odiosa vontade? A gente se esbarrou na entrada e ela está acompanhada. Um idiota chamado Pablo.

— Ela nunca teve um bom gosto para homens. E você sempre foi ciumento. – Ergui as sobrancelhas. Katherine sempre soube dos meus sentimentos, o que a tornava uma grande idiota, por saber exatamente onde me atingir. – E sim, e não. Eu gosto da Margot, apesar dela ter roubado um dos meus namorados. – Sorri, piscando os olhos freneticamente. – E ela também vai cobrir a minha pequena turnê pela cidade para a revista.

— E eu só sei disso agora? – Perguntei indignado. – Sabe... Eu trabalho naquela revista.

— Você acha mesmo que ela iria te mandar cobrir uma turnê minha? – Perguntou cruzando os braços. Não respondi.

— Summer também está ai. Vai sentar do meu lado. Caso eu tenha de sair antes de você dedicar o show para mim, é por conta dela. Provavelmente vai ter posto fogo no meu cabelo. – Expliquei, e ela riu.

— Falando nisso, o que é isso no seu olho? – Perguntou franzindo o cenho.

— Não é maquiagem dessa vez – ênfase no dessa vez –. Ela me meteu um rolo de pão na testa hoje de manhã porque eu disse que o pão doce estava salgado demais.

— Ela nunca superou você, não é mesmo? – Fiz que não.

— Nem você.

— Te usei para fazer arte, amor. – Piscou, jogando os cabelos para trás. – Superei você requebrando os meus quadris.

— Deveria ganhar uma comissão em cima de seus shows, então, não acha amorzito?

— Acho que você está querendo demais.

— Acho que está na hora de você parar de ser ruim.

— Se isso acontecesse como você iria me amar? – Dei os ombros.

— Gamo fácil. – Katherine riu, indo até um dos guarda roupas, começando a tirar figurinos dali de dentro e esticando em cima de uma espécie de cama. Eram extravagantes demais. – Vai se apresentar seminua por quê?

— Por que a graça é essa, lindo.

— Não, não é.

— Está com ciúmes? – Perguntou, mostrando um figurino que provavelmente usaria quando cantasse uma canção chamada "Fire". Ele era muito, muito, muito "quente".

— Não mais do que o necessário, lindíssima.

— Seu palavreado ultimamente está muito gay, não acha não?

— Convivência com os poderosos do David e Michael.

— Deveria se afastar deles então. – Assenti com a cabeça, concordando com sua afirmação.

— Um dia quem sabe, quando você decidir que pode voltar a ser minha namorada. Ai, assim eu paro de procurar conforto gay com eles. – Expliquei sorridente. Katherine revirou os olhos.

— Quando você parar de amar Summer e Margot, eu juro que volto com você. – Revirei os olhos, e me levantei indo em sua direção. Ela esticou os braços e me abraçou.

— Te amo, Katherine. – Disse apertando-a.

— Eu sei. – Respondeu se afastando de mim e encostando sua testa na minha. – Mas eu infelizmente não sou a única que você gostaria de dizer isso. – Fiz bico e ela sorriu me dando um selinho. – Vai para a plateia, o show vai começar. – Assenti e me afastei, indo em direção a porta. Abri, mas antes de sair, me voltei para ela novamente.

— Má sorte, Katy. – Ela piscou e enfim sai.

Segui para a plateia, o auditório estava todo abarrotado de gente. Demorei um pouco para encontrar meu lugar, mas encontrei-o entre Dave e Summer. Sentei suspirando, e percebi que a minha frente Margot estava sentada com o tal do Pablo. Olhei com a minha cara mais insinuativa para Michael que apenas deu os ombros. Voltei-me para o palco, onde as luzes começavam a piscar, indicando que o show iria começar.

Era uma batida animada, e antes que ela começasse a cantar um monte de cortinas caíram, mostrando Katherine e vários bailarinos em volta dela.

Ela era linda, e todo mundo parecia vibrar nela enquanto andava um lado para o outro, dançando com seus bailarinos, que por sinal eram todos homens.

Ninguém podia negar que ela sabia exatamente o que fazia. Quando a música terminou, não teve intervalo para a outra, que começava logo em seguida. Essa era uma das minhas, o que me fez rir, quando ela pareceu olhar diretamente para mim do palco, já que eu estava em uma das primeiras fileiras.

Eu nunca havia visto cantar ou dançar aquela música. E era realmente "quente", e eu não gostei muito de ver enquanto ela dançava com dois de seus bailarinos, rolando de um para outro.

— Nossa, o show dela é demais, não é não? – Dave perguntou, me fazendo assentir, sem tirar os olhos do palco. – Não acredito como você a deixou escapar tão fácil. – Pigarreei, dando-lhe uma cotovelada. – Ai, ai. Grosso. – Disse esfregando o braço. O olhei do jeito mais expressivo possível, para que ele cala-se a boca. Summer do meu lado bufou.

— Dave! – Disse baixo, levando o dedo na boca, pedindo silencio.

— O que eu fiz? – Questionou alto, fazendo com que Margot a nossa frente, pedisse silencio, e então começasse a beijar o cara a sua frente. – Ah, fica quieta, pra beijar ninguém precisa de silencio não, ok? Se você quer esfregar na cara de Joseph que tá pegando esse maluco não precisa mandar ninguém calar a boca. Temos olhos!

— Nossa, Dave, você é sempre tão atencioso. – Disse esfregando o rosto. Queria cavar um buraco e me enfiar dentro.

— O que foi Joe? Ele não pode dizer que você ainda tem uma queda por sua ex? – Summer perguntou, me encarando. Margot se virou, largando os beiços do tal Pablo.

— Será que não dá para calar a boca? – Perguntou a ruiva me olhando com ódio.

— Você não deveria estar engolindo essezinho não? – Perguntei empurrando a cabeça dela. O tal Pablo se voltou para mim, e eu pude ver o quanto ele é "grande".

— Você não pode tratar ela assim, seu otário. – Disse ele pra mim.

— Desculpe, mas eu não me lembro do momento em que te envolvi no pé de banana. – Disse para ele e o ele se ergueu, porém Dave e Mike o empurraram de volta ao assento. Margot esfregou o rosto e voltou a olhar para frente. Voltamos a prestar atenção no show de Katherine, mesmo que eu soubesse que aquilo não iria demorar muito tempo.

— Você sempre estraga tudo, né, Ucker? – Margot perguntou momentos depois, se voltando para mim.

— Eu? Eu não fiz nada. Você deveria estar prestando atenção no show, não foi por isso que você veio fazer aqui, ou só queria mesmo achar um lugar escuro o suficiente para se atracar com esse ogro? – O tal Pablo se voltou de novo para mim.

— Maluco, eu vou te dar uma muqueta.

— Nossa, eu estou morrendo de medo de você, viu Batman? – Mostrei minha mão tremendo para ele.

— Pablito, o ignora. – Margot pediu virando ele para a plateia.

— Pablito, o ignora! Nha, nha, nha. Quebrei minha unha, socorro. – Disse imitando a voz de Margot.

— Eu te odeio Joseph! – Disse ela, me queimando com os olhos.

— Ah, agora eu vou chorar, perai. Snif, snif, snif. – Disse me jogando na poltrona e prestando atenção no show.

Tivemos um minuto de silencio.

— Eu te odeio Joseph. – Summer do meu lado disse. Revirei os olhos. Não teria mesmo um minuto de paz.

— Eu já sei disso, baby. – Disse a ela, que respirou fundo.

— Por que você é tão cretino assim, ein? – A loira perguntou grunhindo. Fiz um sinal com a mão, como se ela estive falando demais. – Grosso.

— Ai, meu Zeus. Cala a boca. – Pedi e ela simplesmente me bateu com força com a bolsa. – Ai, ai. Sua louca!

— Você deveria morrer, sabia? – Perguntou retórica.

— Nossa, eu já ouvi isso tantas vezes hoje que nem me importo mais. Deveria arrumar um dicionário e procurar novas ofensas. – Disse perdendo a paciência.

— Depois reclama quando eu te bato.

— Reclamo mesmo, por que você SEMPRE me bate. – Expliquei, encarando os enormes olhos azuis.

— Eu odeio você. Eu realmente odeio você. – Disse ela convicta e eu apenas assenti.

— Eu já sei. Eu realmente já sei Summer. – Expliquei sério, ela engoliu a seco bicuda e cruzou os braços olhando para o palco. Não demorou cinco minutos para eu voltar a falar. – Está com raiva de mim? – Questionei mais calmo. Dave ao meu lado bufou.

— Quando eu não estou com raiva de você? – Perguntou jogando os cabelos loiros em outra direção.

— Nunca. – Expliquei, me encolhendo. Ela assentiu.

— Você supera.

— Shiiiiiiiiiiiiiiiiiu. – Margot pediu, colocando a mão na boca.

— Estamos no meio de um show de música, todo mundo tá falando, queridinha. – Expliquei perdendo a paciência.

— Mas nem pro isso eu quero ouvir sua voz.

— Nossa, amoreco, então troca de lugar. – Retruquei, respirando fundo. Cruzei os braços, me afundando ainda mais no banco, e me mantive irredutível não retrucando nada que ninguém falasse, apenas observando enquanto Katherine voltava para o palco, vestindo agora um vestido sem muitos decotes, e se sentando em um banquinho, puxando o pedestal do microfone para perto para poder falar.

— Quem aqui tem ex-namorado? – Um monte de gente levantou a mão, menos é claro Margot e Summer. Eu também fiquei quieto, não estava a fim de me expressar naquele momento. – Quem aqui odeia seu ex? – Ela ergueu a mão rindo. – Eu tenho um ex, na verdade ele é um ótimo ex, porque apesar de tudo, ele continua me infernizando me impedindo de esquecer-se da sua existência. Mas, o bom de ter um ex e sofrer por qualquer motivo é que você sempre se inspira nas coisas que se passaram ou que sei lá, poderia ter acontecido. Você idealiza amores perfeitos que, acreditem, talvez nunca aconteçam, mas independente disso, você sempre vai ter uma lembrança e poderá transformar ela em arte. No meu caso, em música. Essa vai para meu ex, por que sem ele, eu não teria o atual para poder mudar minha história. – As pessoa riram e então ela começou a cantar suas músicas melosas.

— Que lindo Joseph. Essa foi pra você? – Summer perguntou cínica.

— Pra você ver que pelo menos uma das minhas ex presta. – Respondi sem humor.

— Talvez, se você fosse um pouquinho melhor, elas também fossem. – Margot retrucou na poltrona de baixo.

— Nossa, de onde você surgiu, Margot? – Perguntei arregalando os olhos de indignação.

— Talvez do saco do meu pai. – Disse ela e eu ignorei as duas.

Passado um tempo, Katherine cantou outras músicas, até que enfim, ela começou a encerrar o show. Todo mundo estava extasiado, o que deveria ser bom. Na verdade, deveria não, era bom. Ela enfim, chamou um cara para fazer um dueto com ela, para enfim, terminarem a apresentação.

Quando enfim ela se despediu da plateia e todos aplaudiram de pé. Katherine havia arrasado o que era bom, pois então ela estaria de bom humor. O lugar começou a esvaziar e foram ficando apenas Michael, Dave, Summer, Margot, Pablo e eu.

Margot e Pablo teriam de entrevistar Katherine, e o resto estavam ficando por que eram amigos de Kat. Talvez isso fosse causar alguns problemas futuros. Eu queria ir embora, mas, não poderia, porque eu tinha de fingir que era forte para aturar aquilo por mais uma hora.

— Ué, Joseph. – Margot começou a falar atrás de mim enquanto seguíamos para o camarim de Katherine. – Você não tinha um compromisso hoje? – Ela perguntou, cheia de cinismo.

— Você não deveria estar desfazendo as tranças das suas pernas não, Margot?

— Já pensou em ter um par de olhos roxos? – Questionou e eu pude ver que atrás de mim ela sorria vitoriosa.

— Ser chique é não combinar cores, queridíssima. – Retruquei e entramos no camarim de Katherine. Ela havia se trocado, mas ainda estava maquiada. Margot tirou o celular da bolsa passando do meu lado com um furacão me empurrando para o canto. Revirei os olhos com sua infantilidade.

— Então, Katherine... – Ela começou a entrevistá-la, enquanto eu ia até o frigobar pegar alguma coisa para comer, já que Katherine sempre tinha alguma coisa no esquema. Dave e Mike me seguiram e ficamos comendo suas uvas enquanto Margot entrevistava a menina e Summer observava o figurino da morena.

— Por que Summer tá aqui? – Perguntei depois de um minuto.

— Ela vai embora comigo. – Dave explicou.

— Mas você não vai embora, miguxo. Esqueceu? – Mike o lembrou fazendo com que a bixa má batesse a mão na testa, lembrando-se do pequeno detalhe.

— E agora? – Perguntou. Dei os ombros.

— Dispensa, oras. – Mike disse como se fosse fácil. Revirei os olhos com a ignorância dos dois.

— Claro que não. Ela vai se sentir excluída e vai ficar mal por isso.

— Então vai lá e chama para ir com a gente, por que não irei fazer isso. – Dave explicou com Mike concordando.

— Ela é sua prima. – Insisti, fazendo com ele desse os ombros. – Michael, por favor... – Supliquei.

— Não, não mesmo. Eu me sentiria responsável e ficaria cuidado dela a noite toda, e eu pretendo cuidar de outras coisas a noite toda, e isso não inclui Summer. Ela é a SUA ex-namorada, se você não quer que ela se sinta mal, chame ela você. De encosto eu estou correndo.

— Sua sensibilidade me comove.

— Obrigado, miguxo. Quer um abraço? – Apenas o ignorei.

— Vamos fazer o seguinte, Dave diz que se esqueceu de avisar que iria sair com a gente, ai fala que se ela quiser ir junto pode. Não é um convite, mas também não é uma bota. – Sugeri, fazendo com que Michael concordasse com a cabeça. Sou um gênio.

Margot terminou de entrevistar Katherine, e colocou o celular dentro da bolsa-carteira que tinha em mãos. Katherine sorriu, suspirando, antes de se voltar para a gente. Olhou-me com ódio, ao perceber que segurava a tigela de uvas. Eu apenas dei os ombros, e nos aproximamos depois de comer a ultima fruta do pote.

— Então, vamos? – Perguntei e Katherine assentiu. Summer se virou.

— Vamos quem? – Ela perguntou, subindo as sobrancelhas.

— Vamos nós todos. – Mike explicou. – Todos. To ooo dos.

— Desculpa Sun, esqueci de avisar que eu iria sair com os meninos. – Dave franziu a testa, se sentindo idiota. Nada além do normal.

— Ah, não tem problema... – Ela começou a dizer, ficando um pouco vermelha. Percebeu provavelmente que estaria fora do programa.

— Mas se você quiser, pode ir junto. – Katherine se prontificou a dizer, roubando minha fala. Ela puxou Sun para perto a abraçando de lado. A menina era tímida às vezes dependendo da posição da lua, e se sentiu um pouco encabulada.

— Não, eu prefiro ir para casa. – Ela disse, e eu revirei os olhos.

— Não seja fresca... – Comecei.

— É... Não seja fresca. – Katherine continuou. – Vamos. Assim eu não me sinto a única menina. – Ela pediu, fazendo com que Summer desse os ombros, concordando. – Margot pode ir junto também, com seu amigo. – Katherine chamou, fazendo com que eu fechasse os olhos e respirasse fundo.

Aquela menina estava querendo o que? Se quiser que eu não vá é só avisar, não precisa chamar todas as minhas ex-namoradas para um programa que originalmente era apenas para meninos. Principalmente quando uma delas está acompanhada com um troglodita com disfunção.

— Não fala nada. É melhor para a sua saúde. – Disse Michael, batendo no meu ombro. Respirei novamente, antes de ser puxado para fora do camarim para enfim irmos para o lugar.

Era uma boate. Uma zona pra falar a verdade. Mas, convenhamos que, quem tinha escolhido o lugar era Margot, então, nada mais normal, certo? Saudades de quando ela era meiga. Era tudo muito vermelho, e eu pareceria um drogado naquele lugar com aquela cara de quem queria dormir, já por saber que o programa iria se tornar um grande, grande, grande martírio.

Eu e meu otimismo.

— Katherine Hunnigan vai mesmo entrar nesse lugar? Ohhhhh! Chamem a imprensa! – Dave disse, colocando a mão na cara assim que estacionamos o carro super lotado.

— Como se EU fosse entrar em algum desses bordéis, né? – Disse Margot se sentindo superior.

— Como não entraria? Costuma trabalhar em um desses, lembra? – Perguntei sorrindo e tive que me esquivar para não levar um tabefe. – Realidade, queridinha.

— Sem estresse crianças, sem estresses. – Dave disse, abrindo a porta do carro e fomos desembarcando. – O tio Dave conhece bem esse lugar aqui...

— Claro né Davezinho. Pra ficarem com você é apenas pagando. – Katherine disse, se recostando no carro. Ele a olhou sério e Summer riu.

— Se fecha Summerzita. Porque eu sou só poder, ok? – Disse a olhando de cima a baixo, antes de se virar e começar a andar. – Siga-me os perdidos.

Nós o seguimos porque não tinha nenhum lugar melhor para ir. Dave ameaçou entrar em uma boate gay, mas Summer pigarreou tão alto que a cidade inteira ouviu, e então fomos para a do lado, que por acaso se chama "tentação da meia noite". Nome muito criativo, eu admito.

— Uhhh, um lugar mais ou menos legal. – Michael alegou quando entramos no lugar. Era uma baladinha de gente chique, ou tentava ser. Não tinha muita gente fora da pista de dança, e essas costumavam conversar *civilizadamente* com bebidas florescentes na mão.

— Asco. – Summer disse baixo.

— Asco. – Michael a imitou fazendo a voz mais fina que conseguiu. – Sou Summer Devon e sou muito fresca. Patricinha e amo rosa. Beijos Pink, amigas, beijos Pink. – Ele revirou os olhos e então botou a língua pra fora como se tivesse querendo vomitar. – Blé.

— Não fala assim dela, Mike. – Disse sério.

— Não preciso que ninguém me defenda Joseph. – Ela disse brava, indo para o bar.

— Receba, seu trouxa. HAHAHA. – Michael falou, apontando o dedo no meu rosto, dando risada. O olhei de cima a baixo antes de me afastar e seguir Summer até o bar.

— Qual o seu problema? – Perguntei me sentando ao seu lado, enquanto ela virava o que eu esperava que fosse água de uma só vez.

— Você, gato. – Explicou ela, pedindo outro gole d'água. – Mas como se eu te matasse, provavelmente iria ser presa ou canonizada por fazer mais milagres que o papa, eu prefiro não arriscar e te aturar por que o martírio é menor. – Respondeu pegando a dose de "água" e virando de uma vez antes de se virar, sorrir e sair de perto de mim, me deixando com cara de bocó.

Como o esperado, eu não me diverti naquela noite. Eu estava realmente muito chateado para poder pensar em qualquer coisa que não fosse minha cama. Queria um abraço. Que vida difícil...

Arrumei uma mesa na boate, no qual fiquei sentado durante duas horas vigiando bolsas. Katherine havia me chamado para tirar fotos, no qual provavelmente a legenda seria "Katherine Hunnigan em boate do subúrbio com amigos", onde com toda certeza teria uma nota falando sobre seu ex-namorado, me declarando exatamente como uma superação na vida dela. Poderia me perder nos meus pensamentos, vendo minhas três ex-namoradas dançando juntas, onde uma era agarrada pelo Shrek e as outras duas evitavam contato com qualquer um, talvez medo de pegar AIDS. Meus dois melhores amigos estavam presos em algum Box de banheiro com alguma mulher, ou até um homem (todos conhecemos Dave aqui). Não preciso pensar nisso, preciso?

— Ei... – Alguém chamou muito perto. – Ei, você. De jaqueta preta. – Eu só me virei depois disso, dando de cara com uma loira com um vestido azul marinho agarrado demais e salto. Ela tinha os olhos azuis e era realmente bonita.

— Tá falando comigo? – Perguntei idiotamente idiota.

— Sim. – Disse abrindo um sorriso que me fez me derreter. Ela era linda. – Está sozinho ai por quê?

— Quero ir embora, mas meus amigos preferem se divertir. – Expliquei suspirando. Oh, oh, vida de gado.

— Simples, se divirta também. – Disse dando os ombros.

— Não sei como é possível. – Afirme suspirando pesadamente. Ela revirou os olhos, ainda sorrindo e me agarrou pela mão. – Opa.

— Vem, vamos dançar. Meu nome é Yulli e o seu? – Perguntou enquanto me arrastava para dentro de um alvoroço de gente.

— Joseph. – Respondi enquanto ela me virava e colava seu corpo no meu, começando a dançar. – Prazer. – Respondi começando a dançar junto com ela. Se todos podiam, porque não eu?

A gente dançou e dançou e dançou. Yulli era linda, e a cada segundo eu sentia que ela queria me arrastar mais para perto a ponto de estarmos quase um em cima do outro de tão próximos. Ela era linda demais, e é claro que com toda a minha carência em uma boate como aquela, eu não poderia fazer outra coisa que não fosse me deixar ser beijado. Claro, que me deixar com alguns princípios bem estabelecidos, até porque eu não assim tão bagunçado. Sou um moço recatado, ainda, ok? Não respondam. Ok.

Mas então, quando estava tudo MUUUUUUUUUUUITO BOM, algo tinha que acontecer se não meu nome não seria Joseph Travis Uckermann. Yulli se afastou correndo de mim, se curvando, e então eu percebi que seu vestido azul estava começando a ficar roxo. Como uma mancha de vinho.

VINHO! EM UMA BOATE!

— Ai, queridinha. Perdão, eu tropecei. – Disse Summer colocando a mão na boca. Ai, mas eu matava aquela menina hoje mesmo.

— Tropeçou, Summer? – Perguntei a olhando com os braços cruzados. Se eu fosse um herói, seria o Superman que estaria agora mesmo lhe matando com o olhar.

— Desculpa meu amor, mas não é fácil se equilibrar com um salto Prada 18. – Disse como se estivesse certa e aquilo justificasse tudo.

— Não se incomode, não foi nada. Esse vestido nem era tão importante assim. – Respondeu Yulli se abanando, fazendo as gotículas de vinho voar. – Vamos Joseph, vamos para um lugar mais calmo. – Disse pegando em minha mão, me arrastando.

— Desculpe por isso. – Disse para ela e Yulli apenas fez que não com a cabeça, como se não se importasse, e enfim chegamos até a parede. Adorava uma parede.

Ela me puxou para perto novamente, me jogando contra o encosto, e voltando para o que estávamos fazendo antes, porém, mais uma vez, novamente, e DE NOVO, foi interrompida. Yulli foi arremessada para o lado, e tive de lhe segurar para ela não cair.

— Ah, perdão. Foi sem querer. – Disse a voz aguda de Margot, se encostando do meu lado e puxando Pablo para um beijo. Suspirei, antes de sorrir para Yulli que naquela altura já deveria estar me achando um louco, porque toda vez que tentava me beijar, alguém interrompia.

— Não se incomode. – Respondeu colocando a mão em minha nuca e começando a me beijar. Ela parou novamente depois de alguns segundos. – Ah, tá de brincadeira... – Disse abaixando a cabeça quando novamente foi arremessada para o lado.

— Vamos pra fora? Depois eu te trago para dentro de novo, se tiver algum problema. – Expliquei e ela simplesmente assentiu.

— Não, não vão não. – Disse Margot abraçada com Pablo. – Aqui está tão legal. – Ela explicou e eu lhe fuzilei com os olhos antes de puxar Yulli para fora da boate. Mas antes que pudesse atravessar a porta, alguém me puxou com tanta força que eu quase caio em cima de um monte de peito. Katherine.

— Aonde você vai, amor? – Ela perguntou me abraçando, envolvendo os braços em meu pescoço. – Vai me deixar sozinha, mesmo?

— O que? – Perguntei confuso, empurrando-a para poder ver o que ela estava fazendo. – Te deixar sozinha? Tá ficando louca?

— Katherine Hunnigan? – Yulli perguntou, com os olhos brilhando. – Eu sou sua fã! – Disse e Katherine apenas a olhou de cima a baixo, e sorriu de um jeito tão falso que doeu na minha alma.

— É? Obrigada. – Respondeu com asco. – Mas, onde você está indo com ele? – Ênfase no ele, por favor.

— Lá fora, já que todas as vezes que estamos perto demais, alguém vem e atrapalha. – Explicou ela inocente.

— Engraçado, não é mesmo? Que pena que eu vou ter que atrapalhar agora. – Afirmou ela com pesar. Foquei no rosto de Katherine como se não estivesse entendendo o que exatamente ela queria dizer com aquilo.

— Como assim, vai ter que atrapalhar? – Perguntei subindo as sobrancelhas.

— Estamos indo embora. – Respondeu me puxando pela mão. Eu me mantive no lugar.

— Não, não estamos não. – Disse firme. Ela me olhou no fundo dos olhos.

— Ah, nós estamos sim! – Afirmou me puxando de novo com tanta força que eu arrastei Yulli junto. Fomos até a mesa, onde estava Margot e Summer. Katherine pegou a carteira e as meninas seus pertences antes de eu ser arrastado para fora da boate novamente. Yulli ainda segurava minha mão, coitada.

Quando saímos do lugar, Summer fez o favor de segurar Yulli para que ela me soltasse, e eu sabia que ela estava fincando as unhas no ombro da menina. Margot e Katherine me empurraram com tanta força que eu acabei batendo a cabeça num poste.

— Ai! Ai, ai, ai! Suas loucas! – Afirmei, colocando a mão na cabeça antes de me virar. – O que vocês querem comigo? Cadê o Pablo, em Margot?

— Você conhece essa ruiva? – Yulli perguntou sem entender. Margot a olhou de cima a baixo, antes de lhe responder.

— Ao contrário de você, não é amor? Não deveria estar lá dentro fazendo qualquer outra coisa? – Ela perguntou, fazendo Yulli se soltar de Summer.

— E você não deveria estar em alguma parede devorando aquele grandão? – Cruzou os braços.

— Prefiro ser devoradora de homens a devoradora de capim, ô vaca. – Disse Margot, me fazendo abrir a boca, indignado. – Xô daqui, xô. – Disse batendo palmas, fazendo com que Yulli saísse batendo pé, dizendo alguma coisa como "loucas" e "louco idiota".

— O que vocês pensam que estão fazendo? Por que estão me empatando? – Perguntei sem entender.

— Você não tem o direito de sair pegando qualquer uma e deixar a gente sozinha. – Disse Summer, firmemente.

— Ah, e desde quando vocês estavam sozinhas? – Questionei.

— Desde o momento em que você saiu daquela mesa e parou de nos olhar. – Katherine falou, me fazendo franzir o cenho.

— Tá de brincadeira com a minha cara, não é mesmo? – Perguntei ainda com a mão na testa. – Eu sou obrigado a ver vocês dançando e eu não posso?

— Ah, descobriu sozinho ou precisou de desenhos? – Margot perguntou cruzando os braços. – Você é o nosso responsável, Ucker.

— Responsável? Ah, por favor, né? – Cuspi as palavras. – Cadê o Shrek do Pablo?

— Está lá dentro. – Margot disse, arrumando os cabelos.

— Então, Fiona, vai atrás dele! – Gritei arregalando os olhos.

— Não me dê ordens, Uckermann. – Disse ela dando dois passos para frente, se aproximando de mim. – Ou eu te mostro o quão pesada é a minha mão.

— Como se eu tivesse medo de você, ein, querida? – Perguntei e tive que correr para não levar uma muqueta.

— Eu te mato, Joseph. – Disse ela, me fuzilando com os olhos.

— Nossa, que novidade. – Falei me escondendo trás de um poste. – Vão pra dentro e me deixem em paz.

— Não me dê ordens! – Margot repetiu jogando alguma coisa no meu rosto, que por sinal tinha álcool que por sinal quando entra em contato com os olhos dói muito e por sinal, acertou o meu! O MEU LINDO OLHINHO ESTAVA QUEIMANDO!

— AI MEU OLHOS! AI MEU OLHOS! – Comecei a gritar com a mão no rosto, enquanto rodava descontroladamente esperando que por pura bondade alguém me parasse.

— Seu idiota! Eu vou meter o meu salto na sua goela! – Katherine começou a gritar enquanto avançava em cima de mim, me começava a puxar meu cabelo.

— SOCOORO! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! – Comecei a gritar descontroladamente, mas sabia que seria totalmente em vão. Encontrei então um corpo magro, onde segurei pelos braços, e clamei: — Summer, por favor! Me ajuda, mulher! – Implorei.

— Não.

— AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Disse indo para trás, enquanto meu olho queimava, e então só parei de gritar quando senti algo batendo em mim com muita força e meus olhinhos se apagarem.

Agora...

— Ai, foi isso que aconteceu. – Disse Mike me fazendo refletir em como eu estava perdido. – Elas ligaram há uma meia hora, dizendo que vão vir aqui te ver. Na verdade, Summer ligou. Ela está se sentindo culpada por não ter te ajudado.

— Engraçado, por que ela é exatamente a culpada. – Afirmei, e ele deu os ombros. A porta se abriu e Dave entrou pulando.

— Cadê o bebê da mamãe? Cadê? Cadê? – Perguntou vindo até mim e apertando as minhas bochechas. – Achou!

— Ah, menos! – Disse lhe dando um tabefe na mão, tirando-o de perto de mim. – Tudo isso é remorso por não estar perto quando seu melhor amigo quase morreu?

— Na verdade, não. – Michael disse. – Eu ficarei feliz por você ter morrido, mas sabe como é... – Deu os ombros. – Você ainda não fez o seu testamento.

— Vou providenciar logo, prometo. – Disse cínico.

— Quero lhe informar que tem gente querendo te ver. – Dave falou.

— Quem? – A porta se abriu antes que eu pudesse pensar em alguém e Margot apareceu muito séria, puxando um carinho com um monte de papel. Ela se aproximou pegando um monte de folhas, jogando em cima de mim. – Mas o que é isso? – Perguntei, sem entender.

— Seu trabalho. – Ela disse, cruzando os braços. – Você está de licença durante 15 dias.

— Se eu estou de licença não tenho de trabalhar. – Respondi sorrindo.

— Não pense que vai ser assim, Joseph. – Disse grossa. – Juro que eu quebro sua perna dá próxima vez. – Disse e então saiu. Summer entrou logo em seguida e assim que me viu voou em cima de mim, me abraçando com tanta força que eu senti tudo doer.

— Ai, você tá bem? – Perguntou e eu só consegui responder com um murmuro já que ela estava me sufocando. Summer se afastou me segurando pelo rosto. E então... Começou a me bater. – Nunca mais me assusta assim! Idiota! Por que não morreu logo?

— Também te amo, Sun. – Disse simplesmente, e ela apenas colocou uma cesta do meu lado antes de sair bufando. – Mais alguém? – Perguntei ficando de pé. Estava doendo, Jesus.

— É... Sim. – Dave e Mike saíram e então Katherine entrou bicuda.

— Ai, linda. Vem cá, me dá um abraço. – Disse indo em direção de Katherine, que me olhou com uma cara um tanto quanto desgostosa. Ela simplesmente deu um passo para o lado, deixando que eu abraçasse o nada.

— Me poupe. Tenho cara de nega do leite pra você ter tanta intimidade? – Disse me olhando de cima abaixo.

— Eu estou acidentado. – Afirmei, e ela revirou os olhos.

— Problema seu. – Suspirei – Só vim aqui por que fui obrigada por uma loira doida. Melhoras, viu? Você vai precisar, porque não pense que eu me esqueci do que você fez.

— E o que eu fiz? – Arregalei os olhos, sem entender.

— Depois a gente conversa. – Falou quando pela quinta vez a porta se abriu e ela saiu dando espaço para o médico. Eu voltei para cama, colocando a mão na testa em um delírio de dores.

— Como se sente? – O doutor perguntou. Eu o olhei com a minha melhor cara de "tenha piedade".

— Nada bem, nada bem. – Expliquei antes de fechar os olhos.

Por quê? Por quê? POR QUÊEEEEE? Queria saber o porquê eu não tenho uma vida normal, onde TUDO é legal, lindo e azul. Mas eu sou um idiota mesmo, porque mesmo assim eu não consigo viver sem aquelas cavalas que eu chamo de amores da minha vida.

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TCHAAAAAAAAAAM! Depois de muito tempo falando que iria postar essa história, cá estou. Como eu já disse anteriormente, ela já está escrita e eu irei postá-la (espero) que todos os dias, isso sem contar os sinais de semana, dando um intervalo máximo de uns dois dias para cada capítulo. Minha meta é que em duas semanas, duas semanas e meia no máximo ela já esteja concluída, pessoar. Tem o total de 13 capítulos e é uma das história que eu mais gosto, de verdade.

Bom, escolham o seus #Team e vem com o Uckerzinho chorar de amores. 

#TeamUcker! #TeamMag #TeamSun e #TeamKat ♥

Beijos, queijos e peixos

Monet ♥

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