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t r i n t a e t r ê s

Melancholy

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Talvez de fato eu nunca tive o conhecimento sobre relacionamentos.

Sobre ganhos e perdas, sobre um amor intenso ou um ato afetuoso, as poucas e únicas influências sobre tais pensamentos eram totalmente um reflexo das relações familiares que tive durante minha vida toda.

Não tive a sensação significativa de um primeiro encontro ou a emoção de um toque alheio, corriqueiramente eu estava embriagado ao ponto de não me recordar de nenhum acontecimento ou estava tão inerte a dor que simplórias horas de proveito não me faziam sentir algo.

Minha mãe e meu pai eram o complexo de uma relação que em sua maioria só machuca, eram brigas constantes e quase nunca demonstravam afeto, em maior parte da minha infância eu me culpava todos os dias, por ter sido o responsável de anular a felicidade das pessoas que eu mais amava, me sentia inútil ao ponto de imaginar que suas vidas seriam mais proveitosa sem minha presença.

Quando ambos se separaram, diferente do imaginavam, não chorei ou implorei para sua volta, apenas sorrir, orgulhoso pela pequena conquista.

Mesmo não tão evidente, de alguma forma o casamento fadado ao fracasso afetou em meus pensamentos, afetou gradativamente a maneira em como eu via o mundo.

Era um peso ter que todas vezes pensar em como seria diferente se minha existência não tivesse sido o empecilho em seus caminhos, talvez com isso ela ainda estaria viva e sendo feliz, algo que ela nunca foi enquanto vivia comigo.

Passar noites em uma casa qualquer e em uma festa superficial não eram uma solução, na verdade, era o início de todos os problemas.

Contudo foi somente por isso que por segundos meu cérebro focava em algo contagiante, a heroína trazia esse efeito alucinante e eloquente, entrava por meu sistema e fazia um desastre em minha mente e em meu corpo.

O passado era algo que conforme o tempo se passava se tornava memorável, talvez se naquela época minha mentalidade fosse mais consciente, o Jimin do presente viveria com menos pesos, sorria para todos e não viveria repleto de inseguranças.

Viver sobre máscaras era essencial, por passar tanto tempo deixando com que outras pessoas decidissem sua visão sobre mim e minhas atitudes, me esqueci de quaisquer idéias que tive, não era mais algo espontâneo ou real.

Era apenas um fingimento

Os sorrisos, o olhar e minha percepção.

Esconder minha abstinência pela droga que por tanto tempo viveu em meu sistema era difícil, principalmente quando sabe que dizer a verdade irá piorar as coisas.

A verdade é que mentir por tantos anos me mostrou que a maior razão pela qual sobrevivo através de conversas superficiais, foi pelo deprimente fato de não querer que ninguém se preocupe comigo, de achar que ninguém precisa doar seu tempo tentando de alguma forma me ajudar.

Eu era um problema, daqueles que nem palavras em linhas seguidas podem descrever, do tipo que as soluções mais viáveis seria a desistência.

Com a dança, com os movimentos do meu corpo me sinto como uma pássaro que procura por novos lugares e aventuras, como a chuva que molha o chão fértil, como a primavera que mexe com o coração dos amantes apaixonados.

─ Pai, quando você e Mi-Suk se casaram, como você se sentiu ?, como soube exatamente que a relação de vocês dois seria a certa ?- questionei o  homem, escutando o silêncio prevalecer por alguns poucos segundos.

─ Me sentir o homem mais feliz do mundo.- diz e presumo que uma expressão apaixonada deve está em sua face.─ Não sei, por mais que o meu casamento com sua mãe foi algo conturbado, eu a amei e me arrependo de não ter tentado ser mais presente. Soube que Mi-Suk estava em meu coração quando vi que toda vez que pensava nela, sorria e pensava sobre um futuro, quando vi que poderia amar alguém novamente.- concluiu e suspirou provavelmente confuso com minhas perguntas.

─ Sei que está preocupado comigo e compreendo isso, mas Crystal não é algo momentâneo, é algo em que imagino um futuro, está com ela é simplesmente algo único, nós não somos a salvação um do outro e sabemos, mas apesar disso quando estou com ela, posso ser sincero, posso ser eu mesmo.- digo soando como um ser patético, como uma criança devota a acreditar na mágia, como um espelho que reflete a realidade.

Sabendo das possíveis consequências e do decorrente prazo de felicidade em nossas vidas, entreguei minhas concepções ao destino e meu coração incondicionalmente a mercê de Crystal Walker.

Foram minutos de uma ligação que fizeram uma desordem em meus pensamentos, sair do estúdio rapidamente e andei perdido por quais caminhos eu estava indo.

Era irônico o acontecimento, estava dividido entre minha mente e minha razão, uma disputa de controle.

A razão ou a emoção?

Era duvidoso e profundamente doloroso.

Encaro meus dedos, minha mão estava ainda com alguns ferimentos, a briga naquela noite fugiu do controle, ir ao " Eyes of hope" e não ter encontrado a garota era estranho, era como a presença dela mudasse o ambiente, como se ela fosse o centro das atenções.

Quando encontrei Crystal na ponte, tão machucada quanto eu, um sentimento desconhecido por mim se apossou de meu corpo, desejei por aquele instantes poder mudar nosso trajeto, porém era tarde demais.

De uma forma completamente arriscada, junto a uma brasa quente que incendeia os ideais, me encontrei absolutamente encantado pelos olhos gélidos de uma garota que se assemelhava a perfeita definição de fragmentado.

Um vestígio de alegria atravessa por meu corpo, era extraordinário desvendar o enigma que Crystal Walker possuía.

Caminhei sem um projeto em minha mente, vaguei por lugares procurando algo ou na melhor explicação alguém.

Minhas mãos estavam inquietas, sentia o aperto de uma saudades predominar em meu corpo, meu desejo era ligar para Crystal, caminhar até ela e abraçá-la.

Mantê-la ao meu lado como minha salvação entre o mundo real e fictício.

Parei estático, um sorriso amargo saiu entre uma risada sarcástica, meus olhos capturaram as pessoas entrando como se aquele lugar lhes trouxesse algum sentimento positivo.

Em passos vagarosos entrei pela porta de madeira, logo o cheiro de álcool entrou por minhas narinas, o aroma era deprimente, alguns se apoiavam sobre as cadeiras do bar, outros, infelizmente estavam cegos pela bebida ao ponto de cair sobre o chão duro.

Sentei em uma mesa distante, perto o suficiente da saída e longe daquilo que mais me machucava, o álcool.

Descansei minha cabeça perto da parede, um suspiro frustrado saiu, uma música sem ritmo qualquer começou a tocar, uma gotícula de suor cai e faz seu trajeto até o piso amadeirado.

Faço meu pedido e em instantes ele chegar, encaro a garrafa, disfarçada de um belo remédio para curar pesadelos, coberta pela camada que atraía vítimas.

Um único gole, traria o pior tipo de caos.

Um único gole para que as sombras que se refugiam na escuridão, saem vagando por um mundo repleto de catástrofes.

─ Pelo visto você não parece ter tanto interesse em sua bebida.- falou uma voz masculina com o timbre rouco, o homem mais velho me oferece um sorriso gentil e senta-se na mesma mesa que eu.

─ Erick? O que faz aqui?- perguntei a ele.

─ Nada, apenas assegurando que ninguém faça nada errado.— respondeu sério.

─ E você Park o que faz aqui? Não acha melhor ir para casa? - falou direto, sendo objetivo com suas perguntas.

─ Não posso, ir para casa significaria desistir de tudo que construí aqui.- falei sincero, inclinando minha cabeça para observar os acontecimentos daquele lugar, o líquido amargo desce por minha garganta, arranhando e me deixando sem poder dizer nada.

─ Está com problemas?- questionou com o rosto expressivo, deixando claro sua curiosidade, um riso contido saiu de meus lábios ao escutar sua fala, meus dedos tocam a garrafa gélida, meus olhos apenas estam centrados na colisão entre o calor e o frio, enxergo o exato momento em que vagamente, as finas gotículas de água caem.

Pela janela vejo o trajeto de sua chegada até o solo, o barulho da chuva sobre o vidro torna-se atrativo, a melancólia realmente me perseguia.

─ Estou cheio deles, mas precisamente em como irei me livrar desse vício.- respondir deixando migalhas de uma parte detestável, embora eu ainda tentasse ser positivo, era nítido que a paz nunca permaneceria ao meu lado.

─ Quero mudar Erick, me desprender desse vício em me embriagar ao ponto de esquecer meu próprio nome, quero poder acordar sem sentir a necessidade de está bêbado.- confesso, talvez já fosse o efeito do álcool em meu sistema, talvez fosse só essa possibilidade que me daria a coragem de conversar com o homem.

─ E por que deseja isso?- falou enquanto tirava de sua pasta um folha seca, o encarei supreso e sem entender o sentindo daquilo.

─ Quero ser um orgulho para meu pai e poder conseguir a chance de ser perdoado pela minha mãe, para que não importa onde ela esteja, desejo que sinta minha sinceridade.- despejei meus pedidos, suspirando pesadamente, eu estava louco ao conta aquilo para Erick.

─ Acha que preciso de uma terapia? As vezes penso isso mas não é algo que me deixa confortável, está em uma sala apenas com uma pessoa escutando meus problemas, é tão confuso- digo em um sussurro, relaxando meu corpo sobre a cadeira.

─ Park Jimin, deixe lhe perguntar, o que mais te deixa feliz de verdade? Algo que não importa acontecimentos ruins, você sempre vai ficar alegre só em pensar.- com os braços apoiados sobre a mesa, o mais velho me oferece um sorriso acolhedor.

Meus pensamentos se fixam em achar as memórias mais importantes, que despertassem em mim um refúgio secreto para minhas sensações relacionadas a vida.

─ Dançar.- respondir de imediato, tendo a certeza de minha palavra.─ Passar horas admirando a Crystal e ficar com meus amigos.- digo sendo sincero, expressando um pedaço da minha mente.

─ Vícios em sua maior parte são algo que consomem o organismo humano, que afetam tanto o psicólogo quanto o físico. Pensei que a sua dependência com o álcool estava em estado crítico, mas me enganei.- falou enquanto afastava a garrafa para fora do meu alcance.

─ Você está sabendo de sua situação, Park Jimin, sabe das consequências e dos males que isso causa, mas vejo determinação em seu olhar, algo quase escasso nos jovens que já encontrei, terapia necessariamente não é apenas está em uma sala, sentando em uma poltrona e com alguém te escutando. Vou ser direto, foque nas coisas que mais trazem alegria em sua vida, tente se desprender da idéia pessimista, dance e passe tempo com as pessoas que você ama.- disse me deixando pensativo, ainda supreso tento assimilar  suas palavras.

─ O quer dizer?- perguntei, sentindo meu coração ser sufocado pelo passado indesejado.

─ Você tem algo que quase todos os dependentes almejam, a coragem. Quando nos encontrarmos naquela noite,nesse mesmo bar, vi em como sua situação estava péssima, vi em como você estava procurando alguma coisa para fugir dali. Jovem, se seu passado foi traumático ou existe um obstáculo que te impede de seguir seu caminho, não fuja, apenas tente enxergar o quão forte você é, o quão corajoso você é por tentar se afastar do que lhe machuca, viva com a tristeza mas não se apegue a ela, um vício não mata, o que destrói é apenas você mesmo tentando se segurar nele.- disse e por frações de segundos, a chuva que caía naquele céu escuro pareceu um reflexo meu, Erick fala como um amigo, alguém próximo o bastante para dar conselhos.

─ A vida não é perfeita contudo ela pode ser uma experiência sobre erros e acertos.- concluiu, tendo um impacto imenso, sendo como uma correnteza, como a água fluída de um riacho, se assemelhando ao choque entre verdades e mentiras.

Então naquele espaço tempo, gravei em minha memória como em recordação, a conversa entre duas pessoas completamentes diferentes.

─ Entre um amor e um sonho, qual seria sua escolha?- me pronunciei após um determinado tempo, seus olhos me analisam, provavelmente tentando desvendar o motivo da minha pergunta.

Erick aproximou-se e com sua mão arrastou uma folha seca para o centro da mesa, estendeu em minha direção e depositou perto de mim.

─ Veja essa folha, lembro que a peguei enquanto estava admirando a paisagem, era outono e foi um período difícil para minha família.- confessou com seu tom infeliz.─ Queria poder ajudar as pessoas mas infelizmente meu sonho não era possível ser realizado, eu não era afortunado então tinha que viver sobre os negócios da família, estava em uma encruzilhada, escolher viver meu sonho ou ficar com minha família?, você sabe o que escolhi Park Jimin?- perguntou e sentir a angústia através de seu olhar.

─ Qual foi sua escolha?- falei tentando descobrir, tentando controlar duas partes do meu cérebro, em que eu insistia viver sem Crystal ou sem a chance de dançar, embora essa cidade fosse um ambiente agradável não havia destaque na dança, não existia oportunidade e isso me matava.

─ A minha decisão foi baseada que não importa qual fosse minha escolha se no futuro eu não me arrenpedesse por ter-la tomado. As pessoas são como o céu, vivem em dias nublados, amam dias ensolarados e anseiam para enxergar um arco-íris, essa folha significou a minha despedida, em que preferir fornecer um futuro próspero a minha família do que viver um sonho.- respondeu ponderoso sobre sua fala, trazendo-me a um espaço autêntico, um lugar cheio de espinhos que perfuram em minha pele.

─ Você se arrependeu da sua decisão?- falei quase perdendo a voz, estava em um confronto moral, tentando compreender sobre sua analogia e minhas próprias percepções.

─ Não, foi tardio demais quando percebir que a vida pode nos colocar em questões, estou falando isso como uma pessoa que viveu entre dúvidas, escolha aquilo que você terá certeza que não vai se arrepender e caso isso aconteça, aprenda sobre erros e acertos, seja no amor ou em um sonho.- terminou, ergui meus olhos até perceber a seriedade com que o homem dizia, em minutos desastrosos, sobrevivendo através da superfície, peço humildemente minhas sinceras desculpas aos céus, me despeço silenciosamente do trágico destino, tendo em mente a minha decisão, algo tão cruel e lastimoso.

Erick levantou e em passos rápidos caminhou até mim, sua mão repousou em meu ombro em um aperto fraco, ele me forneceu um último olhar antes de atravessar pela porta, deixando minha solidão ser consumida por pesadelos.

Meus dedos sentem a espessura da folha, encarei através do vidro, o silencioso temporal que domina cada fôlego meu e me deixa sem sanidade para poder enfrentar o que mais temo: me perder em mim mesmo.

(...)

Continua?

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