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Chaos

🥀

Suspiros em aspectos de uma intensidade exorbitante que em torno de sentimentos puros e insuperáveis criam uma bagunça em minha mente.

Meus sentidos são completamentes comprometidos ao toque macio e viciante dos lábios de Park Jimin sobre os meus.

Anjos como o garoto de olhos melancólicos levam a um mundo utópico, criam com singelas ações um efeito avassalador.

Com as cicatrizes espelhadas por nosso corpo enxerguei uma pequena e quase inexistente fagulha, uma consequência para toda a melancólia.

Lembro-me que sempre vi Park como uma figura comum, como um ser superficial assim como todos julgavam, contudo, isso mudou no exato momento em que meus olhos se encontraram com as esferas brilhantes.

Era nítido até demais que a nossa junção seria um problema;

Eu não me importei quando fui a única espectadora da sua destruição.

A minha atenção estava completamente focada na pessoa de verdade por trás de todos os sorrisos convincentes.

Quando ele dançou para mim, estilhaços do meu coração adentraram em meu corpo e mergulhou em um rio tão denso e profundo que fiquei incompleta.

Uma parte minha estava fornecendo doses letais de felicidade a nós dois enquanto o outro lado se contorcia ao descobrir o resultado deplorável no qual eu ficaria caso tudo desse errado.

Um erro

Uma chama e um desejo

Até que pelas luzes brilhantes que apreciavam o calor de um momento intenso percebir que o garoto ao meu lado não era um anjo.

Park Jimin era humano, um ser repleto de erros mas ao contrário do que o destino lhe reservou, a cada dia, cada segundo e cada semana ele lutava contra o mundo.

Ser verdadeiro consigo era melhor do que ludibriar-se com a fantasia de um mundo exemplar, pensei enquanto os dedos cálidos do rapaz faziam carícias sobre minha pele, meu coração doía na medida em que tudo estava ficando claro, os pensamentos perdidos eram destruidores mas me conduziam a uma dança suave ao lado dele, todos os complexos anseios estavam me introduzindo a um paraíso fatal.

Era letal amá-lo, todavia, eu estava pronta para aguentar os desastres porque nós chegaríamos ao céu noturno, porque nós iríamos fazer a nossa própria fortaleza de caos.

O tempo passou gradativamente, a voz rouca preencheu o ambiente quando o rapaz cantou cada verso como um poema, como uma declaração repleta de amores dramáticos e tragédias eminentes.

Apreciar a melancólia era nossa história sendo completa pelos impactos de nossas ações, a emoção dissipou o glacial que tentou nos atribuir, as minhas intenções estavam sendo preenchidas com meus sonhos mais impossíveis, estar em sua companhia despertava a melhor versão e desconhecida versão de mim mesma, como poderia isso acontecer?

Como o temporal mais caótico pode nos proporcionar o sentimento mais imenso?

Como as partes de uma dor podem se fundir e criar uma obra sublime?

Como sentir amor em um coração preenchido pela dor?

─  Conheci I Can't help falling in love, quando a escutei pela primeira vez sentir uma inquietude, por que aquilo mexia tanto comigo? Por que todas as vezes que a escutava só me vinha você em minha mente? Até que percebir que era a nossa música, aquela que quando estamos distantes um do outro podemos sempre ter a lembrança, ter uma recordação quando a saudade for mais forte.- disse entrelaçando nossas mãos, sorrindo com ternura.

Minha perfeita ruína

Seus olhos em um belo âmbar estavam como um mar violento, como uma onda agressiva que deixava destroços quando passava e pela pouca luminosidade em seu rosto, sua face ficou misteriosa e enigmática demais.

Intocável na mesma proporção que implora por um toque.

Incontrolável quando arrancou todo meu fôlego, a chama vívida me atraiu e queimou nossas vidas em um jogo perigoso.

Embora partes da minha liberdade haviam sido pegas pelas providências do destino, um pesadelo ensurdecedor ainda me atormentava, nunca conseguir desabafar com ninguém pois tinha medo de ser incompreendida, de que tudo fosse apenas uma armadilha para que tudo volte a acontecer.

─ Obrigado Park, por tudo.- falei sussurrando, ainda emocionada por todos os lugares incríveis que ele tinha me mostrado apenas permanecendo em meus sonhos sobre a princesa perdida e o príncipe melancólico.

Seu aperto em mim se intensificou, seus braços me traziam a sensação de segurança e afeto, seus lábios depositaram um selar em minha testa enquanto sei que aquela ação era para demonstrar a eternidade em uma mentira enganosa a nós dois.

Estávamos cegos pelo amor e com nossos corações prontos para a dor.

─ As vezes eu acho que as pessoas têm um jeito estranho de amar, é para ser algo bom, um sentimento único, sabe? Mas quando minha mãe me dizia que me amava e tudo o que eu perguntava era se aquilo era o amor de verdade, então sempre me questionava, ela me amava pela forma em como ela me moldou ou era de verdade?- confessei insegura, mostrando uma parte minha que ninguém conhecia, lado da garota carente e incompleta pela própria mãe.

Percebi quando o garoto ficou imóvel que aquilo o magoava, que o meu passado trazia a tonar a vida obscura de uma família dita perfeita.

Era corrompido por falsas promessas e conturbado demais para uma redenção.

─ Quando era pequena invejava as crianças que saiam para brincar, invejava quando elas tinham muitos amigos porque eu queria me sentir incluída. Conforme o tempo passava a minha única companhia era olhar para o céu, era o único momento em que eu me sentia acompanhada.- confessei baixinho escondendo meu rosto em seu peitoral, passei a língua pelos lábios nervosa, inquieta demais.

─ As outras crianças não gostavam de mim, talvez por quanta da minha família ou porque detestavam minha companhia, lembro que elas gostavam de zoar sobre o meu corpo, eram de piadas até ações agressivas, isso me fez esconder cada vez mais minha aparência, se eu seguisse o padrão eles me aceitariam? Se eu tivesse nascido com um corpo melhor minha vida seria diferente? Eu sou bonita? O que é ser perfeita?- questionei tentando evitar que o pessimismo voltasse imediatamente e entrasse em meu sistema, tentei controlar a emoção que que me tirou o direito de viver, todas essas questões sempre perseguiram cada passo meu, era o descontrole do deplorável lado de viver com Katherine Walker.

─ Eu gosto desses momentos, Crystal, em que contamos sobre nosso passado, são como uma brisa relaxante em meio a tanta destruição, desde jovem o meu foco sempre foi na dança, a minha concentração era totalmente em me tornar alguém e provar que era capaz de ter sucesso mas isso me consumiu tanto que não notei o fracasso em que minha família estava, as vezes eu penso,"e se eu tivesse sido alguém melhor? Se eu tivesse sido um filho melhor, a minha mãe ainda estaria viva?" São dores que carrego quando penso que não digno de ser feliz.- senti sua voz vacilar, todas as sensações sobre nossos cacos sendo visíveis e vulneráveis demais.

Eu apreciava nossas conversas porque eram sinceras, porque conhecíamos ainda mais, cada vez um ao outro.

Somos formados por distintas emoções e variantes de pensamentos, contudo termos partes que guardamos somente para nós, um segredo que nos acompanha desde do princípio.

─ A vida é cheia de questionamentos Jimin, as vezes nunca encontraremos repostas mas não tenha esse pensamento em momento algum, você garoto de olhos melancólicos é o ser mais alegre, bondoso e carinhoso que já conheci, você não é perfeito, isso é algo impossível. Nós somos seres completamentes imperfeitos e é por isso que é real, é esse motivo pelo qual eu amo cada detalhe seu.- falei fazendo uma singela carícia em seu braço, explorando todas as palavras possíveis para demonstrar a ternura e a compreensão.

─ Agradeço a você, Crystal Walker, por me proporcionar os momentos mais marcantes no meu coração.- falou e com os dedos trêmulos percorreu caminhos por meu rosto, uma risada alegre dominou aquele espetáculo e o fez dele seu mais divino universo celestial.

Então sobre aquela noite percebir que Park Jimin era como a calmaria mais tempestuosa que encontrei em minha vida.

A luz prateada cintilava pelos cantos de Phoenix, a ventania tranquila soprava enquanto a cristalina claridade nos prendia em nuances infinitos.

Jimin depositou com cuidado meu corpo em sua cama, tirando meus sapatos e arrumando as cobertas delicadas sobre meu corpo, seu olhar avaliou cada detalhe do rosto, procurando algum vestígio de tristeza, entretanto, ele recebeu apenas um sorriso divertido.

─ Durma bem, Crystal.- sussurrou perto do meu ouvido, se afastando lentamente segurei seu pulso antes que ele partisse pela porta.

─ Sente-se.- respondi enxergando ele observar minhas ações, aceitando meu pedido o rapaz ficou próximo o suficiente para que eu me acomodadasse em seu colo.

Escutando sua risada, passei meus braços por seu pescoço enquanto sentia sua fragrância harmoniosa entrar por minhas narinas, seus dedos fizeram trajetos por minha pele desnuda, como se tivesse apreciando estrelas tão atrativas quanto suas expressões eloquentes de amor.

Seu contato era como ondas tropicais, ardentes em escrituras simplórias, suspirei exausta e ao mesmo tempo alegre, a euforia consumidora diante ao passado se apossou e predominou cada devaneio meu.

Erguendo minha face falhei ao tentar não cair na tentação de tocá-lo.

─ Senti tanto sua falta…acho que estou obcecado por você, Crystal.- em um timbre tímido, sua voz ditou como um mantra entre um jardim formoso de palavras, gloriosas belezas naturais.

Seu nariz passou vagamente por meus fios escuros, tocando minha bochecha deixando com que o hálito quente entrasse em contato com a minha frieza. Observei atentamente seus traços marcantes, suas sobrancelhas marcada, seus cílios longos que batiam em uma rapidez e seus lábios delicados que apreciam meu coração quando ele dizia todas as vezes meu nome.

─ Vícios são mortais…- com minha mão segurei seu queixo enquanto meu dedo tocou como uma chama seu boca, ouvi sua respiração desregulada e a tensão de seu corpo, Jimin segurou fortemente minha cintura a apertando caloroso.

─ Mas se eles fossem apenas desejar você, eu não ligo em dizer que estou viciada.- o quarto permaneceu naquela penumbra, iluminado por uma ou duas luminárias acessas, os toques valiosos de Park adetram por minha camisa branca, ele brincou com minha pele exposta em sua disposição, suspiros são como soluções para possíveis escapatórias memoráveis.

Os fios castanhos escuros adornavam pelo semblante obscurecido, me encarando misteriosamente o desejo corrompe minhas vontades, beijos cálidos são espalhados por meu pescoço e provocações transferíveis me fizeram sua refém.

Então suas pálpebras se abriram em um ritmo vagaroso, as íris apaixonadas e as pupilas dilatadas criaram confusões, o olhar admirado, a entregue paixão me fez perceber que diferente de todos os homens com que fiquei, Park parecia encarar uma obra de arte, seus pensamentos eram quase transparentes  quando assemelhasse ao tentar fotografar a majestosa noite estrelada e perceber que nunca capturaria o mesmo brilho que suas orbes eram capazes de memorizar.

─ Amo seu toque em mim.- beijei o canto de sua boca antes de colidir nossas vontades, agarrando sua nuca, me ajetei em suas pernas e doei tudo de mim.

Havia atração 

Existia a tentação

E as marcas profundas de Park Jimin sobre mim.

─ E eu amo cada parte sua, por favor, nunca se esqueça disso.- quando as marés intensificaram suas batidas, o garoto de olhos melancólicos repetiu todas as vezes, enquanto me beijava falava alucinado, enquanto nossas peças de roupas foram retiradas com veemência, suas sentenças abrasadoras nos deixaram loucos, hipnóticos em amor imperfeito.

Os lençóis finos deslizavam como poemas incompletos e pela nitidez da escuridão a união entre dois seres quebrados, nunca em nossas vidas nos sentirmos tão completos.

Felizes em uma imensidade única.

(...)

Continua?

Gostaram do capítulo?

Estam gostando da história?

Gente esse capítulo ficou gigante e tive que dividir em duas partes, se prepararem pois TSI está em sua reta final.

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Até a próxima!!