q u a t o r z e
Chaos
🥀
Uma casca vazia...
Era exatamente a visão que as pessoas possuem de mim, elas acham que com simples ações podem me julgar
Acham que com atitudes infantis podem saber sobre mim
A verdade é que cada um doa uma parte sua, ninguém nos conhece de verdade, as pessoas que acham que sabem tudo sobre você, mas na verdade só sabem superficialmente o lado que você mostra a elas.
Eu achava que a minha visão sobre a maioria era certeira, jovens problemáticos que amam fazer confusão mas nunca resolvem seus problemas, mentes imaturas que tinham o mundo em suas mãos apenas por serem privilegiados.
De fato existe pessoas assim, mas tudo mudou quando enxerguei claramente Park Jimin e várias outras pessoas que participavam do grupo, a partir do momento que eles ficaram no meio da sala e jogaram suas bolinhas enquanto falavam de seus problemas, uma parte minha se arrependeu de julgá-los.
Existia uma única regra, ninguém absolutamente ninguém que participava do grupo poderia expor os pensamentos alheios, envergonhar ou humilhar outra pessoa.
O céu que havia amanhecido ensolarado agora estava escuro, as nuvens pesadas anunciavam a chuva que estava preste a chegar, o que era estranho já que era temporada de verão.
Observei atentamente em como as pessoas sumiam, corriam as pressas para não molharem.
A única coisa que fiz foi apenas rir, como as pessoas temiam a chuva, se imploravam por sua chegada todo dia?
Como reclamam do calor se quando o inverno chega pedem ele de volta?
Por que o ser humano insiste em possuir algo quando o perde?
Por que não aceitarmos o que possuímos?
Por causa da sede em sempre querer mais
Caminhei tranquilamente sentindo as finas gotículas da água molharem meu corpo, estava na exata direção do meu refúgio. Ignorando o frio que assombrava, pensando na guerra entre eu e o garoto de olhos melancólicos, não houve uma vitória muito menos uma derrota.
Tudo isso foi interrompido quando Erick anunciou que o tempo havia acabado, Jimin lançou um feitiço onde fico cada vez mais fascinada pela forma em como a dor ardorna em seu belo rosto.
Sou tirada de meus devaneios quando parei exatamente perto da ponte, não havia movimento, apenas restava eu e a chuva.
Encarei o azul escuro vindo do céu, vi lentamente o processo da gota caindo sobre o chão.
Isso definitivamente é estranho.
Meu celular brilhou ao mostrar mais uma das ligações de Katherine, era um trabalho árduo ingnorar, fingir que sua existência era coisa da minha imaginação.
"Te espero em casa. Beijos de sua querida mãe"
" Minha princesa não esqueça de sua família."
" Estamos com saudades."
Minha cabeça latejou em só em pensar em encontrá-los novamente, eu queria ser livre.
Uma pessoa completa.
Como as pessoas dizem, eu queria ser forte o bastante para superar meu passado e poder realmente arrancar os estereótipos sobre mim, acabar com o padrão que destruiu minha vida.
Encarei o cigarro entre meus dedos, não o acendo, apenas desfruto da sensação de possuir algo que me controlasse, que impõe limites sobre mim.
─ Você realmente gosta de quebrar regras.- senti a voz conhecida instantaneamente por mim, como Park Jimin havia impregnado em meu cérebro?
Me virei encarando o garoto estático em seu lugar, os cabelos castanhos se assemelhavam a uma noite nublada, as roupas assim como as minhas estavam encharcadas.
─ E você realmente gosta de perseguir as pessoas, não é mesmo, Park?- disse sarcástica, sua risada contagiante não passa despercebida.
─ Talvez eu goste.- retrucou se aproximando.
─ Então talvez eu também goste de quebrar regras.- ao pronunciar as palavras, senti a ventania gélida dominar o momento, meus dedos trêmulos procuraram uma escapatória sem ser o vício em me depreciar, matando lentamente minha essência.
Talvez fosse algum efeito alucinante, mas quando a luz da lua colidia com Park Jimin, uma imagem encantadora se transformava em algo quebrado, o castanho de seus olhos não estavam brilhando como uma chama, não estavam me queimando, eram frios e apáticos.
─ Por que está aqui? Sua atividade preferida é me perseguir?- encarei duvidosa o garoto, ele caminha em minha direção, ficamos em frente um ao outro.
─ Eu não sei.- falou sorrindo sem humor.─ Existe algo em você que me intriga, é perigoso mas cada vez que te vejo sinto vontade de conhecê-la, ao mesmo tempo que sinto que somos diferentes também sinto que somos iguais.- o rosto do rapaz ficou a centímetros perto do meu, erguir minha cabeça enxergando o medo e a dúvida o corroer por completo.
Park Jimin invadiu meu espaço, invadiu minha mente e se apossou de tudo, sua mão lentamente tocou a minha, minha atenção estava totalmente focada em seu rosto que não pude perceber o exato momento em que o cigarro foi tirado de mim.
─ Agora sim está melhor.- seus lábios formaram um sorriso audacioso ao dizer tais palavras.
Sai do transe de tentar desvendar seus mistérios, por um segundo me senti perdida e sem palavras.
─ Você já foi um rebelde, não é? Já teve a sensação de que quebrar regras te dava algum poder, mas se arrependeu por isso, pois consequências vinheram, estou certa? É por esse exato motivo que quando alguém ultrapassa dos limites, você age como o senhor certinho.- aproximei ainda mais nossos rostos, sentindo sua respiração acelerada.
A chuva caiu sobre nós, mas ninguém se atreveu a quebrar a guerra que estava acontecendo, o mar de fragmentos de uma destruição estava perto o bastante para por um fim em tudo.
─ Você sempre acha que sabe tudo sobre as pessoas, acha que sua visão é a única certa, não é? Você está errada Crystal.- com um resquício de irritação em sua voz ele me provocou, abri um sorriso em sua direção.
─ Então se não é isso, me responda Jimin, o que você quer comigo?- o problema de brincar com o fogo é que não podemos evitar sair machucados.
─ Quero conhecer você, quero ser seu amigo.- falou em um sussurro quase inadiável.
A supresa passou como uma tempestade, não imaginei que essa seria sua resposta, muito menos que ele teria coragem o suficiente de dizer-la.
─ Não posso ser sua amiga.- respondi de imediato.
─ Por que não?, está com medo, Crystal?- disse suspirando, em um misto de emoções.
Aproximei nossos corpos, sentindo a pele macia do garoto se juntar a minha, sentindo o frio e o calor virarem inimigos mortais, fiquei próxima de seu ouvido, vendo o garoto se arrepiar com o repentino contato.
Existem palavras que possuem um impacto imenso, existem frases que são superficiais e que não atingem em nada, mas as exatas palavras que sairam da minha boca, eram a definição do cruel e lesivo cataclismo.
Porque eu havia perdido a batalha a partir do momento que respondi suas perguntas, declarei minha derrota exatamente quando seus olhos se apoderaram da minha fascinação.
─ Só posso ser sua amiga após você me responder, quem é você sem sua máscara, Park ?- ainda perto, peguei o cigarro de volta à mim.
As gotas que antes eram macias, caíram como faíscas de fogo lançadas em nós, tudo ali deixava claro que nada seria perfeito tampouco poderia haver uma felicidade.
Dissemos que não gostamos do perigo, evitamos ao máximo chegar perto dele, nossa mente cria uma sua própria proteção.
Eu achei e tive a certeza que o veneno que Park Jimin colocou em mim, estava fazendo seu efeito.
Embriagada
Viciada
E completamente sem consciência.
Eu assinei meu futuro quando não me afastei do mar de tristeza que nos envolveu.
Achava que o cigarro era o meu maior vício isso foi antes de ficar totalmente e imensamente encantada por a melancólia em seus olhos.
Lute!
Lute, Crystal!
Infelizmente era tarde demais.
(...)
Gostaram? Continua? Cada palavra da Crystal é um tiro no nosso coração, estam gostando da história ?
Acho que esse é meu capítulo preferido, qual é o de vocês?
Todas as suas imperfeições tem uma playlist no spotify!!
Me siguam lá também.
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