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Melancholy
🍁
A vida sabia ser realmente maligna…
Talvez pela sua força em controlar o tempo ou a sua lábia em domar o destino, seus planos mirabolantes eram destruidores e impossíveis de serem evitados.
Vinham com tamanha força que nem a onda mais selvagem poderia evitar ficar submersa, tão cruel que a bondade era vista como rara.
Mas as pessoas em minha volta insistiam em dizer que viver era uma dádiva e que eu deveria ser grato por isso.
Por ter ganhado uma segunda chance.
Era patético e chegava a me fazer questionar os sentimentos e as sensações que habitavam em cada parte de nós, eram sempre as mesmas palavras mas não havia uma nova motivação.
Por que eu deveria viver?
Por que eu deveria ser grato?
A morte realmente vem quando menos esperamos? Minha mente sabe e enxerga a certeza que a minha mera existência não faria nenhuma diferença, no entanto, as pessoas ainda continuavam com a idéia que eu deveria sorrir como se estivesse em um paraíso.
Afinal sou filho do tão poderoso Senhor Park, que fez de tudo para minha vida ser estável e sem perigos.
O certo é me definir apenas como um garoto mimado que não se importa com os outros ?
Eu não os julgo por pensar assim, era notório o olhar superficial de cada um sobre mim, desdo momento que pisei na universidade. O fato do meu pai ajudar nos negócios foi o ponto principal para que todos comentassem, não tentei discutir, estava acostumado com tudo aquilo.
Deixo com que pensam que sou péssimo, não porque não me importo mas sim pois conheço a mente humana, sempre procuramos algo para criticar e rebaixar, é um sensação implantada em nossas mentes, em alguns é quase raso porém em outros, a acidez é evidente que pode derreter cada partícula.
Olho para a tela do telefone, o nome grande e chamativo brilha, desde que cheguei ingnorei as ligações de minha madrasta. Suspirei cansado, ter que explicar que estou bem e mentir dizendo que finalmente encontrei algo que me fizesse esquecer o passado, tudo aquilo era exaustivo.
─ Olá querido! por que não atendeu minhas ligações? Seu pai quase pegou um vôo para Phoenix.- disse preocupada com um leve tom de irritação, Mi-Suk raramente se estressava comigo, nossa relação era tranquila e amigável, diferente do que a maioria das pessoas pensavam.
─ Me desculpe, estava tão cansado e ocupado com a mudança que não tive tempo de ligar para vocês.- respondi, mais uma vez mentindo.
Caminhei até um canto silencioso, Aaron nem notaria a falta da minha presença, ele estava tão empolgado com Susan que não percebeu que fui atrás de Crystal.
A garota de olhos enigmáticas havia capturado minha atenção, ela foi a única que despertou minha curiosidade, mesmo sabendo suas concepções sobre mim, havia algo nela que me trazia a vontade de conhecer as camadas atrás da sua imagem.
Azul estava aos poucos virando a minha cor preferida.
Naquela noite, minha presença era algo impossível mas após escutar as súplicas de Aaron resolvir ir a festa tão popular e após algumas horas sem uma diversão, estava certo que eu iria embora, até perceber um certo par de olhos azuis me encarando. Foi estranho, a garota parecia que estava preste a desencadear todos os meus segredos, foi uma intensidade nunca vista por mim.
Achei que ela provavelmente desviaria o olhar ao ver que percebir, mas foi exatamente o contrário.
Eu detestava reconhecer o sentimento que havia ali.
O puro e amargo julgamento;
Especialmente naquele dia a minha paciência estava quase escassa, não suportava mais as pessoas achando que me conheciam só por meus status social, achando que sabiam medir meu caráter apenas pela forma como encaro as pessoas.
Estava farto desse mundo monocromático.
─ Jimin...Jimin!, você ainda está na linha?- minha madrasta me tira das lembranças, tento focar em respondê-la, pois eu sabia que ela ainda estava insegura sobre tocar no assunto que havia virado meu pesadelo.
─ Estou só um pouco indisposto.- falei sincero.
─ Seu pai quer saber como você está, acha que podemos tocar naquele assunto?- tinha a certeza do peso que eles carregavam ao tentar ser delicados depois de tudo, mas não poderia suportar novamente os olhares de pena.
Bagunço meus cabelos, odiava mentir para minha família, mas era a única saída para me livrar do amontoado de pensamentos autodestrutivos.
─ Eu estou bem Mi-Suk, estou muito feliz aqui, por favor não se preocupem, esqueceu quem eu sou?- em tom de brincadeira respondi, pois sabia que só isso evitaria a atmosfera de ficar melancólia.
─ Lógico que sei, você é Park Jimin, a estrela da nossa família.- disse e tenho a certeza que ela está sorrindo orgulhosa.
─ Preciso ir, tenho que estudar, fale ao meu pai que estou bem e que eu ainda sou melhor que ele no golfe.- escuto sua risada contagiante e me deixo levar pelo momento.
Olho para o céu e enxergo o azul vívido, me perguntei até quando irei permanecer na mesmissse e se realmente existia algo que poderia fazer com que eu recuperasse o que foi brutalmente arrancado de mim.
A minha esperança na vida.
Caminhei pelos corredores, um sorriso me escapou ao lembrar de Crystal me agradecendo pela aula de história, a forma em como a tristeza emanava ao seu redor parecia algo belo, talvez deprimente demais porém enigmático o suficiente para despertar meu interesse.
Segurei firme as portas do refeitório, meus lábios formaram um sorriso alegre, mas por dentro só eu sabia o labirinto que estava me prendendo.
(...)
Gostaram da visão do Jimin? Estam gostando da história? Continua?
Me falem se estam mesmo gostando de Todas as suas imperfeições.
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