_CAPÍTULO 3_
CAPÍTULO 3
~ELLIE~
"A verdade é que por mais sorrisos que eu dê, nada tira o vazio que tem dentro de mim, a dor e a vontade de acabar com ela."
-Dany Black
°ATUALMENTE°
Vou parando de chorar aos poucos, se eu for me lembrar de todas as vezes que surtei na frente do Max, iria morrer e não saberia a resposta.
- O que aconteceu, amor?- pergunta. E sinceramente, não tenho nem forças para mentir. Não para ele. Sei que se eu falar o que aconteceu, vou chorar. Mais. Muito mais.
Só mostro o convite dourado e branco.
Exatamente do jeitinho que sonhei.
Max olhou para mim e suspirou.
- Você é burra ou o quê?
- Eu não sou burra... Só tenho dificuldade para aprender.
- Não é possível que você ainda deixe aqueles dois bagunçarem os seus sentimentos e permitam que a façam sofrer!
- Não é tão fácil quanto parece, não quando se enfrenta, não quando se sente, e eu sinto. Oras, desculpe se ainda não tenho a habilidade de controlar os meus sentimentos, uma traição dupla não se esquece tão rapidamente.
- Já se passaram dois anos...- O interrompo.
- E cada um tem o tempo que precisa para se recuperar, não posso apressar a mim mesma. Sinto muito.
Um silêncio tenso de instalava. Não posso permitir que aqueles dois me tirem isso também. Max não.
- Max... Eu sinto muito, eu queria tanto esquecer... E... Acabei descontando tudo em quem só quer me ajudar. - falo soluçando.
- Oh querida, eu que preciso me desculpar com você, estava dentro da minha bolha de felicidade e esquecido de você. Dos seus traumas, fui um péssimo melhor amigo, amor, me perdoa?
Eu o abraço, não quero perder isso nunca.
- O que você acha sobre isso? - pergunto, temerosa.
- A pergunta deveria ser: O que você acha sobre isso.
- Nem sei o que pensar, mas não quero ir.
- Pois deveria.
- Eu não estou entendendo você, não quer que eu melhore?- Falo na defensiva.
- Claro que eu quero! - me responde, com veracidade.
- E então...?
- Ellie, amor, fugir dos problemas não vai ser a solução para eles. Por mais que você fuja, eles vão junto com você.
Meus olhos de enchem de lágrimas só de me imaginar frente à frente com aqueles dois. Percebendo o meu estado, ele me abraça, respiro fundo. Uma ideia se passa na minha cabeça.
- Você e Myke não podem ir comigo?- Pergunto mordendo meu lábio inferior. Ele inclina a cabeça para o lado e diz:
- Humm.
- Humm, o quê?
- Preciso falar com o Myke, mas provavelmente, ele vai gostar da ideia, vai ser a nossa lua de mel antecipada para o Brasil. Aliás você morava aonde?
- São Paulo.
O silêncio se instala, não sei o que falar, ele muito menos. Nos entendemos assim, no silêncio, sem palavras falsas, só a companhia dele como forma de dizer: "Estou com você, vai dá tudo certo." E isso é mais que suficiente, é tudo que preciso.
Reflito sobre as suas palavras, ele está certo. (Como sempre, mas eu não vou falar isso para ele, seu ego já é enorme!)
Pensei, repensei, e cheguei a uma conclusão...
Está na hora de encarar toda essa confusão. Não me sinto preparada, mas sei que nunca vou está. Sorte a minha que eu tenho amigos tão incríveis ao meu lado, por eles irei encarar o meu passado, só espero não sair tão machucada, e me arrepender amargamente dessa minha decisão.
🍃🍃🍃🍃🍃🍃🍃
Depois de andar repetidas vezes pelo meu apartamento, resolvo respirar fundo e seguir o planejamento.
1° passo: Arrumar a mala.
Oras, já foi decido, eu e os meninos iremos retornar ao Brasil.
2° passo: Não surtar.
Esse é quase impossível, visto que eu jamais imaginaria voltar a ver eles. E eu meio que já estou surtando.
3° passo: Conseguir seguir os dois primeiros.
Vai dá tudo certo, fico repetindo inúmeras vezes como um mantra.
_Quando se fala uma mentira várias vezes ela acaba virando verdade_.
•••
Malas prontas, psicológico levemente abalado, saio em rumo ao aeroporto. Max e Myke ficaram de me encontrar lá, ficaria longe para eles se ainda tivessem que me buscar em casa.
Já no aeroporto, fazemos o check-in e aguardamos, minha cabeça à mil, começo a repensar se isso foi uma boa ideia.
E se eles mandaram o convite do casamento só por educação?
O vôo é tranquilo, durmo a maior parte do tempo.
Chegamos no aeroporto de São Paulo. Meus amigos estão felizes, parecem animados, só tentam reprimir isso por causa de mim. Agradeço eles por isso, e me sinto uma vadia egoísta também.
Como não tenho a menor vontade de ir para a casa do meus pais, o objetivo é ir para um hotel. Andando ao caminho da saída, acabo me esbarrando em uma parede.
_Minha nossa_
Que quantidade absurda de músculos é essa?
Até me impressiono como o caminho que meus pensamentos vão. Levando a cabeça e vejo olhos azuis cristalinos, cabelos pretos e um sorrisinho sarcástico no rosto.
_Puta merda_
Deus foi bom com essa criatura, o acho incrivelmente lindo, e ...
Ele abre a boca e acaba com a bolha que estava a nossa volta ( ou eu sou uma sonhadora do caralho, não me julguem, estou sentindo falta do que nunca tive.)
- Você não presta atenção por onde anda,
pingo de gente?
Estava bom demais para ser verdade.
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E temos um novo boy na áreaaaa.
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