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Azul


     Foi naquele dia em que acordei na sua cama com a pior dor de cabeça que eu já senti na vida, que percebi as cores voltando para a minha vida. Todos os pensamentos daquele dia sobre você eram como presságios me avisando de sua vinda.

     Claro que não foi tão fácil, você não era mais uma adolescente, havia se tornado uma mulher madura e forte com opiniões fortes. O ar de inocência havia te deixado, dando lugar para experiência e confiança, estava tão diferente!

   Pensava que não tinha como me apaixonar por outro alguém depois de você, mas descobri que poderia me apaixonar outra vez por uma nova versão de si mesma. Mesmo a vida não tendo pegado leve com você.

   Seu pai havia falecido a alguns meses atrás, lutou contra o câncer por meses, mas descobriram em estágio final e não deu muito o que fazer. Sua mãe estava tão devastada que precisou ser cuidada como um bebê por semanas antes de sair da cama. Tinha uma lanchonete aqui em Londres que ajudavam a bancar sua estadia na universidade por isso acordava todos os dias de madrugada para fazer os pães para vender de manhã, mesmo não gostando de acordar cedo.

     Sorte a minha ter escolhido justo o banco que fica em seu caminho para me jogar, estava começando a acreditar no destino.

   A lanchonete dos seus pais em Paris estava fechada a tempo o suficiente para começar a ter prejuízos, você teria que reabri-la no fim do semestre, por mais que isso significasse fechar a de Londres, trancar a faculdade e voltar para Paris.

   Também tinha rompido seu relacionamento com Luka a um ano. Desculpa, Mari, mas essa informação me deixou com uma felicidade quase cruel. Isso significava que eu tinha chances outra vez, que agora tinha aprendido a lição e nunca mais a deixaria ir, que te daria o mundo e a trataria como a princesa se você me deixasse ser seu príncipe. Nós seríamos felizes outra vez.

    Eu não poderia estar mais errado.

    Uma das coisas que eu mais admirava em você era sua perseverança, mas naquele momento eu odiava com todas as forças. Tão teimosa! Não me deixava aproximar, vivia me dando fora e não acreditava quando dizia que te amava. Como poderia? Eu tinha a abandonado. Segundo você, eu tinha te deixado para trás e seguido com a vida.

    My lady. Como eu poderia te deixar? Você sempre fez parte de mim, uma parte que fiquei anos sem e agora estava ali, bem na minha frente, mas não me deixava aproximar.

   Me vi arrumando pretextos para te ver todos os dias, quebrei minha dieta de calorias para tomar café em sua lanchonete e obriga-la a falar comigo, nem que fosse apenas para anotar o meu pedido. Algumas vezes o destino me ajudava fazendo com que nos encontrássemos em eventos, até te defendi de assediadores, nao que você precisasse de proteção, era a mulher mais forte que já vi, mas gosto de pensar que foi eu.

   Sua força é invejável Marinette, enfrentou todos aqueles problemas com gentileza e simpatia. Isso refletia na sua aparência, a gordura infantil havia sumido de suas bochechas, os olhos antes banhados de curiosidade agora estavam sérios e experientes, mas ainda tinha o brilho que me intrigava. Seu cabelo cresceu, estava chegando ao fim de suas costas sem estarem presos como antigamente. Agora, estavam livres para voar com o vento em uma dança hipnótica. Seu corpo tinha ganhado mais curvas e a cada passo refletia a leveza do seu ser.

   Tão linda.

   As batidas descompensadas do meu coração provam que mesmo depois de tanto tempo, eu ainda era seu. Completamente e inevitavelmente, seu.

    Mas suspeitava que você não fosse minha e essa suspeita só crescia com o passar dos dias, até que o semestre acabou e você voltou para Paris, sem se despedir. Eu fiquei tão devastado, aquilo foi crueldade my lady, tive que me esforçar para sair da cama e voltar a rotina que por anos tanto almejei, agora a odiei com todas as forças.

    Os meses se passaram e eu tentava me convencer sem sucesso de que tinha de seguir com a vida, você havia feito sua escolha e eu tinha que respeitar, mesmo querendo pegar um avião para Paris a todo instante.

   Foi em uma noite chuvosa do inverno português que sua carta chegou. Estava lá para uma conferência de moda, estava sendo maquiado quando a assistente de palco me entregou a carta, minhas mãos tremeram tanto que decidi não abri-la naquele momento, esperei até estar no quarto de hotel longe dos flashes e olhos curiosos. Não me aguentava de curiosidade, rasguei a embalagem e devorei cada palavra.

   Foi um alívio ler que você sentia a minha falta, como se o ar tivesse finalmente voltado aos meus pulmões pela primeira vez em meses. Não terminei o primeiro parágrafo, queria escutar pessoalmente tudo o que dizia. Então peguei minha mala ainda fechada em cima da cama, pedi um táxi e comprei uma passagem só de ida para Paris. O vôo foi um pouco demorado, mas isso me deu tempo de pensar, estava com medo de você ter mudado de idéia quando me visse, ou que eu chegasse tarde demais e tivesse cansada de me esperar.

   Eu tinha tanto medo de ser apenas um fruto da minha imaginação que quando você disse essas palavras na minha frente, tive que beliscar meu braço para ter certeza. Ali, sobre o céu azul, o mesmo azul refletido em seus olhos, brilhando em lágrimas. Nossa cor naquele dia era o mais profundo azul celeste e é essa cor que quero estar todos os dias, a sua cor, a cor dos melhores momentos de nossas vidas.

   Sou um quadro sendo gentilmente pintado por você e quero que isso se prolongue todos os dias pelo resto de nossas vidas, você faria isso por mim, my lady?

    Casa comigo?

   ( ) Sim.       ( ) Não.

Fim.

989 palavras.

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