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X - Destinos Amarrados

"A vida vai te derrubar, partir seu coração, estragar tudo. Sim, cara, mas isso é apenas parte de crescer" Growing Up - Walker McGuire

Já havia passado das oito horas e Alison estava em pé, parada com os braços cruzados na varanda da casa de sua avó. Ela houvera optado por vestir seu vestido favorito, um não muito curto, cor de carmim, e, é claro, acompanhado do seu indispensável par de botas nos pés. Ela achava que precisaria de sorte para o seu primeiro encontro.

Não que ela houvesse tratado aquilo como um encontro.  Não era. John apenas estava cumprindo com a sua parte do acordo, eram puramente negócios. Negócios para os quais o garoto estava atrasado.

Assim que a caminhonete estacionou junto ao meio-fio, John não teve tempo de descer e cumprimenta-la, muito menos de abrir a porta para que a garota entrasse como pretendia.

Alison simplesmente saltou para dentro pela porta do carona, e não se importou em disfarçar que estava furiosa.

− São oito e sete – disse encarando o relógio em seu pulso.

John encarou o próprio relógio constatando que ela estava certa. Eram de fato oito e sete.

− E? – Ele arqueou a sobrancelha.

Alison odiava quando ele fazia aquilo. Ou, ao menos, queria odiar, porque simplesmente era mais fácil do que encarar o que realmente sentia.

− E eu estou te esperando aqui fora em pé há um tempão – esbravejou. – Você está atrasado.

− Foram sete minutos, Alison. A caminhonete não queria ligar. E você podia ter esperado lá dentro no sofá.

Poderia, mas então John teria que tocar a campainha para chamá-la, e sua avó teria dito algo como "não voltem tarde" ou "divirtam-se", e aquele evento teria cumprido todos os requisitos necessários para ser considerado um encontro de verdade.

− Eu pensei que estivesse fugindo para não cumprir a sua parte do acordo.

Ela recusava-se a abaixar a guarda. John apenas soltou um riso curto, e balançou a cabeça em negativa, então engatou a marcha e a caminhonete roncou alto quando acelerou.

− Estou surpreso que você estivesse esperando, para ser sincero. Você parece uma daquelas garotas que diz que vai demorar cinco minutos, e desce as escadas depois de duas horas.

Alison revirou os olhos. Ela não sabia o porquê essa frase a incomodava tanto. Mas pensou que John já deveria ter saído em uma centena de encontros como aquele, com uma centena de garotas que ela considerava garotas de sorte, e ela não queria ser só uma daquelas.

− Eu não sou "uma daquelas garotas", John.

O loiro a encarou por um instante e sorriu. Ela não sorriu de volta como era o esperado, pelo contrário, encarou-o espantada.

− Olha pra frente! – disse num sobressalto. – Está tentando nos matar?

− Tem razão. – Ele riu obedecendo-a. – Você é o oposto de qualquer pessoa que eu já conheci, Alison Grace.

A garota sentiu o rosto corar e esboçou um sorriso, deslizando as mãos pelos cabelos loiros que houvera gastado mais de uma hora para alisar com perfeição.

            John voltou a encará-la, e o único motivo para não ter sido repreendido fora porque Alison estava ocupada de mais encarando os próprios dedos finos e longos, com as unhas pintadas em um tom claro, para reparar no olhar dele demorando-se no perfil de seu rosto.

            − Você está... – Ele demorou alguns instantes pensando na palavra que gostaria de usar para defini-la, mas não conseguiu encontrar nenhuma que se encaixasse tão bem quanto ela naquele vestido. – Diferente.

            Ela não agradeceu, apenas mordeu os próprios lábios refletindo sobre aquelas palavras. Não sabia se era um elogio, não soava elogioso e, ao mesmo tempo, também não soava como uma ofensa, de modo que ela não sabia o que deveria responder.

            O silêncio acabou perdurando por tempo de mais e, então, parecia estranho e inapropriado de mais perguntar o que ele estava querendo dizer. Era algo ruim? Ou seria algo bom?

            Alison levantou o olhar para encará-lo. Camisa xadrez escondendo seu abdome bem torneado, cabelos não tão bem penteados, ela também achou que ele parecia diferente, mas não sabia apontar o que.

Talvez fosse algo em seu olhar fixo na estrada, ou no sorriso curto que ele tinha nos lábios, pensou melhor e decidiu que ele não estava diferente. John estava certo, ela própria estava, mas era uma sensação que ele lhe causava.

            John a fazia sentir como se estivesse no lugar e na hora certa. Ele a fazia sentir-se bem, de uma maneira que ela não costumava.

            Já estavam na estrada há algum tempo, e um tanto quanto afastados do centro da cidade, mas Alison não estrava preocupada. Começou a ficar quando John fez uma curva entrando em uma estradinha não asfaltada, seguindo em direção à pequena casa escondida entre árvores altas.

            Eles estavam no meio do nada. E aquela casa, com a luz da varanda acesa, era a única que ela houvera visto no último quilometro ou mais.

            − Onde está me levando? – precisou perguntar.

            − Minha casa. – Ele sacudiu os ombros como se aquilo não fosse nada.

            Alison arregalou os olhos.

            − O que estamos fazendo aqui?

            − Cumprindo a minha parte do acordo.

            − Sua casa é seu lugar favorito? – ela duvidou.

            − Não exatamente, mas eu pensei da gente comer alguma coisa antes. Se estiver tudo bem pra você.

            A caminhonete sacodia um pouco pela estrada de terra, e então John parou sobre o gramado, bem em frente à casinha de madeira branca, pequena, térrea, perdida no meio da mata. Alison pensou que era um lugar pra se morar um tanto quanto peculiar.

            John saltou primeiro, contornou o carro e abriu a porta para que Alison pudesse descer, entretanto, a garota ainda estava um pouco assustada e não se moveu.

            − Tudo bem? – ele perguntou encarando-a.

            − Não. Eu não posso entrar na sua casa. Você disse para o seu pai que iria me convidar?

            − Eu disse "Pai, a Alison Grace vai jantar aqui com a gente" e ele disse "Alison? Aquela loirinha arrogante que é neta da Judith? Quero ela longe daqui".

            − Sério? – A garota levou a mão à testa e sentiu o coração acelerar.

            Ela nunca houvera pensando que fosse essa a impressão que causava nas pessoas, sempre tentava ser simpática e educada como sua mãe lhe havia ensinado.

            − É claro que não Alison, meu pai adora você, vem, desce logo.

            Ele riu e ela soltou um suspiro aliviado, decidindo saltar para fora do carro.

            No curto caminho até a entrada da casa ela sentiu-se um pouco estranha, porque podia sentir a palma de uma mão tocando a parte mais baixa de suas costas, conduzindo-a, e ela precisava dizer a si mesma e lembrar-se que aquilo não era um encontro. Ele só estava cumprindo a sua parte do acordo.

            Subiram os quatro degraus que levavam até a porta da frente, e John a encarou com um sorriso de lábios cerrados, como se perguntasse se estava pronta.

            Alison sempre houvera estado pronta para quase todas as coisas, afinal, ela se preparava, normalmente com antecedência. Agora suas mãos estavam suando um pouco e ela sentia-se nervosa, porque não houvera imaginado que teria de jantar na casa de John, parecia uma coisa tão intima de se fazer.

            Ele deslizou um único dedo por uma mecha do cabelo dela afastando-a para detrás da orelha. Alison sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

− Você fica diferente – ele repetiu aquela palavra que a incomodara um pouco mais cedo. – Com o cabelo desse jeito.

− Isso é ruim?

− Não, você está... – Era realmente difícil encontrar a palavra que queria usar para defini-la, então apostou na que melhor se aproximava. – Perfeita.

A garota corou um pouco e encarou os próprios pés, viu as botas da sorte ali, o que a fazia sentir-se um pouco mais confiante. Talvez ela estivesse pronta afinal.

− Ser perfeito é chato. – Ela encarou-o e sorriu, repetindo as palavras que ele houvera lhe dito naquela manhã, um pouco antes de se beijarem.

− E você consegue fazer parecer incrível.

− Isso é muito gentil, John.

Ele voltou a deslizar as mãos pelos cabelos loiros artificialmente alisados, e Alison gostava da sensação que aquilo lhe causava.

− Mas eu gostava dos cachos também. Fazem você parecer de verdade.

Ela sorriu.

− Eu pareço de mentira?

Ela esperou que ele negasse, mas ele fez o contrário e sacudiu a cabeça em afirmativa.

− Você é bonita de mais pra ser de verdade.

Ela corou um pouco e desviou os olhos por um instante. "Botas da sorte", pensou.

− Vamos?

Entraram. A sala era pequena, de piso frio, com um tapete no centro e um sofá claro encostado à parede do lado oposto. Uma televisão antiga, e mapas pendurados nas paredes. As janelas eram encobertas por cortinas de renda branca, e, um pouco mais a frente, no mesmo ambiente, havia uma mesa de madeira redonda, já posta com alguns pratos e uma travessa no centro.

Não demorou a que o pastor Frederick surgisse da cozinha e a cumprimentasse com um largo sorriso.

Sentaram-se à mesa e conversaram sobre assuntos cotidianos e graças às suas inúmeras horas de aulas de debate, Alison podia conversar por horas sobre qualquer que fosse o assunto.

− E como anda Bennet? – Frederick perguntou eventualmente. – Eu não o vejo há... Quantos anos você tem? – dirigiu-se a John.

− Dezenove – o garoto respondeu.

− Dezenove anos – ele prosseguiu.

Alison ainda tinha curiosidade, ela sentia-se conectada à John de alguma forma, e tinha pra si que tal conexão não era simplesmente o que as pessoas gostam de chamar de "amor".

Era como se seus destinos houvessem sidos amarrados com um nó, e tal nó, ela sabia que houvera sido dado na geração anterior, pelos seus pais, e ela precisava descobrir o que ocorrera entre os dois dezenove anos atrás, logo que John Rutherford nasceu.

− Bem, eu acho. Às vezes ele fala sobre você – mentiu. – Diz que é uma pena que tenham se afastado. Eu sempre me perguntei o que aconteceu entre vocês.

Ela encheu a boca de comida em seguida pra disfarçar que ficava nervosa enquanto mentia.

− Bom, eu também gostaria de saber.

− Houve uma briga? – perguntou. – Minha vó falou algo sobre uma garota.

John parecia igualmente curioso, o que fez com que Alison concluísse que ele sabia tanto sobre a geração passada quanto ela.

− Nunca houve uma briga. Eu deixei a faculdade quando soube que John iria nascer, e Bennet simplesmente se afastou. Eu acho que seja só uma parte do amadurecimento, uma hora você tem dezesseis convidando a garota mais bonita do colégio para o baile e, depois, tem que encarar a vida adulta, as responsabilidades, e não tem mais tempo para as velhas amizades.

Alison apenas sacudiu a cabeça concordando.

Talvez ela estivesse errada, afinal. Talvez o laço que a faz sentir-se conectada à John de uma maneira tão profunda e imediata fosse unicamente amor, um sentimento que nenhuma de suas aulas extra-curriculares a ensinara a compreender.

E então, o que vocês acham?

É unicamente amor? Ou as vidas de Alison e John já estavam conectadas antes mesmo de se conhecerem?

Quero ver teorias.

Aproveitando, para mostrar a capa nova! O que acharam?

Não esqueçam de deixar uma estrelinha no capítulo! Amo todos vocês <3

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