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VIII - Trem da Vida

"É difícil lutar contra esse sentimento quando é tão difícil respirar. Levada pelo momento. Levada pelo seu sorriso" Just a Kiss, Lady Antebellum

Dedico este capítulo especialmente para Ana_MoraesL que além de ser uma das leitoras mais fofas do wattpad inteiro, foi a minha inspiração todinha para este capítulo com seu comentário no capítulo anterior.  

Alison afastou-se instintivamente, e John encarou seu par de olhos azuis brilhando assustados.

− Por que você fez isso? – ela perguntou, e embora desejasse que sua voz soasse com um tom repreensivo, ela soou baixa e fraquejada, como a de uma criança amedrontada.

Sentia seus lábios latejarem em uma sensação esquisita, o que fez com que seus próprios dedos deslizassem automaticamente para ali. O gosto do beijo ainda estava na sua boca, e seu coração ainda estava disparado enquanto encarava o garoto, aguardando ávida por uma resposta.

− Alison, eu... – ele gaguejou, e voltou a aproximar-se dela, apanhando seu rosto entre as mãos, mas ela virou-se imediatamente para evitar seu contato. – Me desculpa. Eu pensei que...

− Pensou errado, John – disse encarando a rocha sob os seus pés, desejando que estivesse em solo firme, onde pudesse simplesmente correr.

Olhou para os lados apenas para perceber-se ilhada em uma rocha alta de costeira, junto àquele garoto loiro que lhe causava sentimentos conflitantes, e que, por algum motivo, havia acabado de beijá-la contra sua vontade. Ou teria ela de fato desejado aquilo?

Naquele momento, tudo que Alison queria era fugir e se esconder. Em sua inocência, mal sabia que não se pode esconder de algo que vem de dentro.

Mesmo que tentasse, não poderia fugir. Aquele sentimento estava tão incrustado nela quanto aquela rocha em que pisava estava no solo firme. Não era um simples rochedo flutuando sobre a maciez da areia, vinha de dentro, fincado fundo o suficiente pra se tornar praticamente irremovível.

E mesmo vindo tão de dentro estava visível a olho nu. Via-se na maneira que seu coração batia rápido, e que seu rosto ruborizava. E se isso já não fosse motivo o suficiente, via-se no fato de ela própria não entender o motivo para não estar realmente furiosa por ele tê-la beijado sem seu aval.

− Me desculpa – ele pediu novamente, e afastou-se dela, deslizando os dedos pelos cabelos loiros enquanto caminhava equilibrando-se entre as rochas no sentido oposto. – Eu pensei que você estava sentindo o mesmo.

Ele esboçou um sorriso de lábios cerrados. Não era o mesmo sorriso desafiador que costumava usar para provocar Alison Grace, era um sorriso triste e decepcionado, que mesmo despropositado, fez com que Alison se arrependesse imediatamente pela maneira com que ela o havia tratado.

Sua fina educação jamais permitiria que ela fosse rude dessa maneira com qualquer pessoa, mas quando estava com John Rutherford, sua educação não era a única coisa nela a ficar comprometida.

Cada pequeno pedaço do seu corpo e de sua personalidade, tinha uma maneira diferente de reagir à presença de John, e nesse instante, o pedaço que falava mais alto, a fez caminhar por entre aquelas rochas com dificuldade, seguindo-o até o topo de uma delas, onde se sentou ao seu lado.

− Por que você falou aquilo? – perguntou, mas não obteve nenhuma resposta.

John apenas encarou a linha tênue que separava o que era céu e o que era mar, e inspirou fundo antes de decidir puxar um cigarro do bolso e enfiar entre os lábios. Acendeu com um isqueiro, e fumou um longo trago.

− Pensei que você tivesse parado de fumar – comentou após alguns instantes de um silêncio cortante que de fato a incomodava.

− Pensei que você não se importasse – ele sorriu ironicamente e afastou o cigarro dos lábios para soprar a fumaça lentamente.

A vontade que Alison tinha era de tirar o cigarro daqueles lábios bem delineados, cujo toque macio e sabor agradável ela jamais poderia esquecer. É claro que ela se importava, mas só o que fez foi revirar os olhos, sentindo-se contrariada.

− Por que você falou aquilo, John? – insistiu. – Sobre me perder?

Alison Grace poderia ser a garota mais inteligente da sua turma, poderia dominar todas as aulas de debate, e ter um currículo exemplar que a colocaria pra dentro de qualquer uma das melhores universidades do país, mas quando se tratava de sentimentos, ela teria de admitir, era completamente leiga.

− Dá pra parar de fingir que se importa Alison? – Ele disse com um tom de voz elevado, e a encarou. John também não era nenhum expert, se fosse, teria percebido que tudo em Alison não passava de uma grande fachada. – Eu já entendi tá bom? A garota perfeita não fica com o garoto quebrado.

− Eu não sou perfeita – ela reclamou encarando as próprias mãos. – E você também não é quebrado, John.

− Você não precisa fingir que gosta de mim, Alison, porque até agora há pouco você não estava se esforçando nem um pouco pra disfarçar o quanto me despreza.

− Eu não desprezo você, John – precisou confessar. – A verdade é que você me assusta.

− Assusto? – Ele revirou os olhos, e fumou outro trago. – Eu não sei por que eu pensei que com você seria diferente. Você tem medo de mim. Você me vê como todas as outras pessoas dessa cidade, como o pirado que é um perigo pra si mesmo e para os outros.

− Eu não tenho medo de você, John, eu tenho medo das coisas que sinto quando estou com você – confessou e deixou que seus dedos se entrelaçassem aos dele sobre a rocha da costeira. – Eu nunca senti essas coisas antes.

− O que você está dizendo, Alison? – Seu tom de voz se abrandou, e agora seus olhos azuis pareciam confusos.

− Eu não sei – ela respondeu. – O que você está dizendo, John?

Nenhum dos dois respondeu, apenas mantiveram as mãos entrelaçadas e continuaram a encarar o horizonte por um tempo longo de mais, sentindo o sol do meio dia aquecer seus corpos. Ou seria o amor que estaria fazendo isso com eles?

− Você quer nadar? – ele perguntou enfim, tragando uma última vez seu cigarro para depois amassar o resto sobre a rocha apagando a chama.

Alison não se lembrava da última vez que havia dado um bom mergulho na água salgada do oceano, e sentia seu corpo começar a transpirar de calor, mesmo assim achou prudente rejeitar a proposta.

− Eu não vim com roupa de banho – disse com um sorriso de pesar.

No fundo, esperava que o garoto insistisse, mas ele não o fez. Apenas sacudiu os ombros com descaso e levantou-se.

− Você quem sabe. – disse, e Alison apenas fitou seu corpo esbelto e forte enquanto ele caminhava em direção à ponta da rocha, próximo ao oceano. Então se virou para encará-la. – Você pode ficar aí e seguir todas as regras, Alison Grace, ou você pode simplesmente viver.

Ele esboçou um sorriso torto e, nesse instante, abriu os braços e deixou que seu corpo caísse de costas em direção ao oceano.

Alison saltou e correu naquela direção, para encarar o precipício abaixo de si que desaparecia onde iniciava a água. Seus olhos arregalaram e seu coração acelerou quando ela não viu John em lugar algum, demorou alguns instantes até que ele surgisse, e a encarasse com um sorriso largo.

− Pula logo, Alison Grace! – gritou lá de baixo.

− Você está doido? – Ela gritou de volta. – Podia ter morrido!

− E você podia ter vivido! – Ele riu e voltou a mergulhar.

Alison chegou bem na pontinha e olhou pra baixo, mas se afastou rapidamente sentindo uma tontura invadir seu corpo. Aquilo era muito alto, e aquelas placas advertiam quanto ao risco. Pular? Não. Ela jamais poderia fazer aquilo.

Aproximou-se da ponta novamente, em passos lentos, e viu o loiro divertindo-se lá embaixo. De repente as palavras que ele dissera ressoavam dentro de sua cabeça "Perfeição é chato e, no fim, você vai perceber que não valeu a pena". Perfeição não era, em hipótese alguma, um termo que ela usaria pra se auto definir. Não era sequer algo que ela almejasse. Mesmo assim, era aquela a maneira que John Rutherford a via e, talvez, o resto do mundo a enxergasse daquela maneira também.

Alison Grace não era chata, nem perfeita, ou assim pensava. E também, ela podia quebrar uma regra ou duas, então, afastou-se um pouco da ponta e pegou velocidade, já estava bem perto da borda quando fechou os olhos e pegou impulso para saltar.

A sensação do seu corpo cortando o vento em queda livre durou apenas poucos instantes, antes que imergisse na água abraçando as próprias pernas, mas fora, sem dúvida alguma, a maior liberdade que ela já havia sentido.

Quando emergiu, com seus cabelos loiros encharcados e uma expressão inacreditável de espanto e divertimento em seu rosto, ela acenou para John que estava um pouco mais distante e o garoto nadou rapidamente para perto dela.

− Até que isso foi divertido – confessou com um grande sorriso no rosto.

Estava sendo modesta, aquilo havia sido a maior diversão que ela havia tido em meses, talvez anos, talvez na sua vida inteira. E ela estava ansiosa pra fazer outra vez.

John juntou um pouco de água em sua mão e atacou em direção à garota que correspondeu o gesto atacando água nele também.

− Você devia começar a me escutar mais vezes! – Ele não pôde evitar o riso.

A verdade é que ele não poderia ter imaginado que a perfeita Alison Grace poderia ficar ainda mais bonita com as roupa encharcadas e agindo de maneira tão espontânea e imprevisível.

− E acabar morta? – ela provocou. – Nem pensar!

− A vida é uma viagem só de ida, Alison – ele disse, e o movimento da água contra os seus corpos fazia com que eles ficassem cada vez mais próximos. – Se você perder um trem, não vai poder pegá-lo de novo depois, então tem que aproveitar cada momento com se fosse o último.

A garota sempre achou que no trem de sua vida, ela fosse a própria maquinista, mas começava a perceber que estava errada. Ela era uma mera passageira enclausurada, impedida de ver a paisagem ao seu redor. Ela estava nesse mesmo trem há muito tempo e talvez, apenas talvez, estivesse na hora de saltar, de escolher um novo trem, um novo caminho, um novo destino.

No momento, o único destino que ela conseguia pensar era nos braços de John Rutherford, e quanto a isso, o oceano fez questão de dar uma pequena força. Ou, melhor dizendo, um empurrão e tanto.

Uma onda suave a impulsionou, e antes que pudesse se dar conta, seus corpos estavam colados, e ela sentiu o calor do garoto a aquecer por de baixo da água fria.

Ele esboçou um sorriso torto quando sua mão a agarrou com gentileza, envolvendo a cintura excessivamente fina por baixo d'água. Ela não pareceu se importar. Seus rostos estavam pertos o suficiente para que suas respirações quentes tocassem uma na outra.

− Eu não quero te assustar, Alison Grace – disse sem desviar os olhos azuis dos dela. – Mas tudo bem se eu tentar aquilo de novo?

O coração da garota estava acelerado, seus olhos excessivamente arregalados, ainda que não fosse admitir, ela já estava assustada. Ela não sabia se aquilo estava bem, mas sabia o que desejava, então apenas sacudiu a cabeça em afirmativa.

Todas suas dúvidas se esvaíram no exato instante em que seus lábios se encontram. As mãos firmes de John tocaram com suavidade em seu rosto, enganchando os dedos em seus cabelos agora molhados, trazendo seu rosto lentamente de encontro ao dele.

Toda aquela coisa de línguas e lábios ainda era muito estranho pra ela, era um pouco nojento e sem sentido, mas ao mesmo tempo divertido. Talvez fosse sua culpa que seus dentes estivessem se batendo com tanta frequência, aquilo não devia acontecer, mas ela realmente não tinha a menor ideia do que estava fazendo.

John se afastou um pouco, e mordeu os próprios lábios encarando o rosto ruborizado da garota.

− Isso foi ruim? – ela perguntou constrangida.

− Acho que pode melhorar se a gente tentar de novo.

Ele riu e voltou a puxá-la de encontro a ele. Seus lábios se encontraram em um movimento lento, e suas línguas se entrelaçaram uma a outra, dançando de um lado para o outro. Ela não sabia se estava fazendo aquilo do jeito certo.

− Mais uma vez? –pediu envergonhada quando o garoto voltou a se afastar, e ele não hesitou em aceitar a proposta.

Continuaram assim até começassem a se acertar e, quando seus corpos começaram a se enrugar de baixo d'água, resolveram continuar o treino prático sentados sobre a enorme rocha da costeira, de onde haviam saltado. Nenhum deles se incomodou em praticar aquilo a manhã inteira. E quem diria que Alison Grace teria perdido a hora para voltar pra casa para almoçar. 

Amores, primeiro quero pedir desculpa pelo atraso do capítulo anterior, estou adiantando esse capítulo para compensar. Como estou trabalhando em duas histórias ao mesmo tempo, e a outra consome muito da minha criatividade, às vezes não consigo produzir capítulo de TEG a tempo. Prometo que estou me esforçando pra postar sempre em dia!

Por favor, eu queria que vocês comentassem o que estão achando. Eu sei que tem algumas pessoas que chegaram até aqui não sei por onde, mas várias vieram através da minha primeira obra "Ninguém mais que você", e eu estou seguindo uma narrativa completamente diferente nessa nova história, isso foi proposital, eu queria um novo desafio e sair da zona de conforto na qual vinha trabalhando há um tempo. Então o feedback de vocês é mesmo muito importante.

Comentem aqui um "Oi Lola, estou amando" ou um "Oi Lola, está uma merda", ou um "Oi Lola, estou gostando mas acho que pode melhorar" , prometo que vou receber críticas de braços abertos, a opinião de vocês é mesmo muito importante pra mim. 

Obrigada por me acompanharem nessa nova jornada, amo vocês! <3 

 

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