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14 - lanchonete limonada

— PRECISA SE CONTENTAR.

Bruno e eu ocupamos a mesa do café na cozinha, dividindo o último pote de sorvete de flocos. Eu não sei por que ele ficou tão chateado, já que terá a chance de sair com Mina Leão de qualquer forma. Certo, eu estarei lá e ele terá que fingir ser legal comigo, mas qual é? É melhor do que nada.

— O que você queria que eu fizesse? — pergunto depois de alguns segundos de silêncio. — Se eu pedisse pra ela sair com você, só os dois, a garota ia estranhar na hora. A Mina quase não aceitou mesmo eu dizendo que ia junto, então deixe de ser um ingrato e agradeça a porra da minha ajuda.

Bruno retira do pote uma porção considerável de sorvete, finalmente me encarando.

— Obrigado pela porra da ajuda — ele resmunga. — Mas, sabe, eu não faço ideia de onde a gente possa ir. Tipo, não é como se Boafortuna fosse um lugar com muita variedade.

— Eu falei que você ia me levar numa lanchonete. — Encaro dentro do pote de sorvete, raspando os cantos. — Não tem nenhum lugar bacana que você costuma ir com seus amigos?

Ele pensa por um tempo, largando a colher sobre a mesa.

— Tem uma lanchonete perto do centro, mas todo mundo conhece, então com certeza a Mina já deve ter ido lá.

— Bem, eu não fui. — Bruno me encara. — O motivo para sairmos juntos é você me mostrar um lugar que eu não conheço, então acho que dá certo. A comida de lá é boa, pelo menos?

— Ah, é normal. — Ele dá de ombros, um sorrisinho esperançoso se formando no rosto. Bobão. — Mas tem uma máquina de karaokê.

Solto uma risada, ela saindo sem querer.

— Então tá perfeito — asseguro, terminando com o resto do sorvete na colher. — Vou adorar assistir o meu irmãozinho conquistar o coração de uma garota pela voz.

BRUNO VINHEDO NÃO tem um carro.

Não é como se o seu pai não tivesse dinheiro pra te dar um ou coisa parecida, porque eu sei que ele tem, mas diferente de muitos alunos da Escola de Boafortuna, o meu irmão não possui um carro para chamar de seu.

No entanto, há quatro veículos na garagem da mansão dos Vinhedo. Dois carros do Tales, um da mamãe — a droga do SUV sem personalidade —, e um da Cassandra, única entre nós com idade para dirigir. Aposto que é isso, que Tales só está esperando o filhinho ter dezoito para lhe dar um belo de um conversível zero quilômetros.

Me poupe.

— Você vai entrar ou não? — Bruno pergunta, eu o encarando com meus braços cruzados e as sobrancelhas franzidas que infelizmente ficam cobertas pelos óculos escuros grandes. Ele pediu um dos carros para o pai, e está agora parado com o motor ligado em frente à nossa casa. Quero dizer, sua casa. Que seja.

— Jura que sabe dirigir isso, Bruno?

— É claro que eu sei, Eva. Dá pra entrar logo?

É, Mina. Pelo visto eu vou morrer bem antes dos trinta.

Me acomodo no assento ao lado do motorista, pondo rapidamente o cinto de segurança, antes que Bruno acelere pelas ruas do Condomínio Falsa Escócia. Ele está arrumado, mas não de um jeito que pareça que está se esforçando demais, o que eu até que admiro. Já eu, por mais que tenha me esforçado, não pareço nem um pouco preparada para sair de casa. Acho que preto combina tanto comigo que qualquer roupa que eu coloque parece muito, não sei, casual. Se é que isso faz sentido.

— Como sabe onde a Mina mora? — pergunto, levantando os óculos escuros e encarando meu irmãozinho quando ele adentra uma rua secundária.

— Ela mora no mesmo prédio da Lia, minha amiga — Bruno explica. — Juro que soube disso por acidente, OK? Não é como se eu fosse um stalker.

Rio.

— Eu nem tinha pensado nisso, mas agora que você falou...

Envio uma mensagem para Mina quando chegamos no seu prédio, e ela responde avisando que já vai descer. Mas, antes que chegue, Bruno toma a infeliz decisão de abrir a boca:

— Você pode ir pro banco de trás?

Eu o encaro, sem acreditar.

— Porra, é sério isso?

— Qual é, por favor — ele pede, me encarando com olhos pidões. — Não faça isso por mim, faça pela Mina. Ela merece o banco do carona, não acha?

Reviro os olhos enquanto tiro o cinto, abrindo a porta e pisando firme na calçada. Mas, antes que eu consiga ir para o banco traseiro, vejo Mina sair do prédio usando uma camiseta de botão e calças xadrez e nossa. Os seus cabelos estão enrolando nas pontas, como se deixassem de ser tão lisos quanto antes, e eu aposto que isso é efeito colateral do meu corte ridículo.

— Ei — cumprimento quando ela alcança o carro, minha mão ainda na maçaneta da porta. A abro para ela com a maior cara de boba do mundo.

Senhor Deus, ou seja lá o que existir aí em cima — e se existir. Me livre dessa expressão idiota de uma vez por todas.

— Eva, você tá linda! — mente ela, sorrindo para mim antes de entrar no carro. Fico parada no meio da rua por alguns segundos antes de recobrar meus sentidos e me jogar no banco traseiro.

Não, eu não gosto da Mina. O meu problema não é esse, eu juro. Mas é que, se isso já não ficou claro, mulheres me afetam muito mais do que eu gostaria, e mulheres com cabelos curtos e camisetas de botão estão num patamar que eu não posso simplesmente ignorar. Ela está bonita pra caramba e eu não vou fingir que, bem, meu coração não acelerou um pouquinho.

Mas é porque mulheres me afetam, e Mina Leão é uma mulher. Então, pois é, eu não tenho muito controle sobre isso.

Porque mulheres me afetam. E é somente isso. Ponto final.

— E aí, Bruno, tudo bem? — ela pergunta quando meu irmãozinho dá partida e segue pelas ruas de Boafortuna, e eu ponho de volta os meus óculos escuros, tentando ignorar a conversa besta que se inicia entre os dois até chegarmos ao destino.

A Lanchonete Limonada fica em uma esquina, e paramos o carro em uma das vagas vazias no estacionamento minúsculo em frente ao estabelecimento. Uma sineta toca ao entrarmos, e caminhamos juntos — Bruno e Mina à frente, eu logo atrás — até uma das mesas próximas às janelas.

É um lugar maior do que aparenta ser por fora, com mesas dispostas de um lado e um palco pequeno na outra ponta, onde imagino que as apresentações de karaokê aconteçam. E, ao lado do palco e das mesas, um balcão comprido nos separa da área dos funcionários.

— Oi, bem vindos ao Limonada! O que vão querer hoje?

Olho para cima, me deparando com uma das garçonetes da lanchonete. E uau. Primeiro que o meu radar começa a apitar enlouquecido quando olho para ela, e segundo, eu juro que mataria alguém para ter todos esses piercings. Ainda que eu duvide muito que esse visual combinaria comigo, uma coisa é certa: não há nada mais incrível do que garotas com estilo.

— Eva, você precisa provar o hambúrguer com bacon daqui.

Encaro Mina, finalmente tirando os olhos da garota que está nos atendendo. Espero que ninguém tenha reparado na minha total falta de sutileza.

— Tá bem — respondo com um sorrisinho sem jeito.

Bruno pede três hambúrgueres com bacon — segundo ele e Mina, os melhores da lanchonete —, duas porções médias de batata-frita e duas latinhas de refrigerantes diet. Quando eu peço um suco de limão — estamos ou não estamos em uma lanchonete chamada Limonada? — a atendente solta uma risada fofa.

— Meu Deus, quase ninguém da sua idade pede isso aqui. — Ela me dirige uma piscadela. — Já gostei de você.

Vejo a moça anotar nossos pedidos e se retirar, voltando para trás do balcão, e eu não tenho escolha. Acho que me envolver na conversa da Mina e do bobo idiota é a única opção por enquanto. Apoio o meu rosto na mão, meu cotovelo sobre a mesa, e passo a assistir as tentativas ridículas de Bruno de tentar conversar com a garota que gosta.

E eu sei que ele está nervoso. E é óbvio que estou achando isso engraçado.

— Você vem muito aqui?

— O tempo todo! — conta Mina, brincando com a ponta do seu dedo indicador. — Eu trabalho em uma livraria aqui perto, então sempre venho aqui depois do expediente.

A encaro com as sobrancelhas erguidas.

— Então além de café, você se empanturra de fast food o tempo inteiro? — Sorrio. — É, Mina, você vai morrer antes dos vinte, pelo visto.

Ela faz uma careta, comprimindo os olhos na minha direção.

— É, eu também vinha direto, mas hoje em dia não tanto como costumava — insiste Bruno no assunto. — O time de futebol adorava vir aqui depois dos jogos, sabe?

— Você fazia parte de um time de futebol? — pergunto, soltando o meu rosto e ajeitando minha postura na cadeira. Por essa eu não esperava.

Ele assente.

— O time do colégio, mas saí no ano passado.

— O Bruno era muito bom — conta Mina, dirigindo um sorriso para ele. — Eu costumava ver alguns jogos, e você sempre era destaque. Nunca entendi por que pediu pra sair.

Bruno permanece calado, mas dá de ombros logo depois.

— Acho que só não tava mais a fim.

O lanche chega rápido, e meu irmão e Mina me encaram com as sobrancelhas erguidas quando busco o meu hambúrguer com bacon. Reviro os olhos antes de dar uma mordida.

OK. Não chega aos pés dos biscoitos sabor limão, mas nossa.

— É delicioso!

— Não é? — diz Mina, também dando uma mordida no seu. — Você foi finalmente batizada, Eva Aquário. Agora sim pode dizer que é moradora de Boafortuna.

— Ah, não — interrompe Bruno, depois de um gole no seu refrigerante. — Ainda tem algumas coisas que minha irmãzinha precisa fazer antes de ser considerada da cidade.

Ergo uma sobrancelha.

— Tipo o quê?

Nos minutos que se seguem, assisto Mina e Bruno pedirem canetas à garçonete que nos atendeu e fazerem uma lista em um guardanapo de todas as coisas que preciso fazer antes de me declarar uma garota de Boafortuna. Devoro o hambúrguer, acabo com boa parte da batata-frita e ainda roubo um pouco do refrigerante de Mina enquanto observo em silêncio ela e o meu irmãozinho rirem enquanto escrevem no pedaço de papel.

— Posso ver ou não?

Eles trocam olhares antes de me entregarem o guardanapo manchado de tinta.

— Ficar bêbada na Toca da Serpente foi ideia do Bruno, OK? — explica Mina, me encarando enquanto morde os lábios. — Mas o resto, eu concordo totalmente.

— Certo, tenho algumas perguntas. Primeiro, por que é tão especial assim para vocês matar aula? Segundo, é sério que vocês pedem doces em Boafortuna e como eu só descobri isso agora? E terceiro — sorrio —, onde fica a colina dos amassos e por que ela tem esse nome?

Bruno ri.

— O campo da escola é, tipo, o melhor lugar para ficar com os amigos. Matar algumas aulas pra relaxar por lá é algo que todo mundo faz, então com certeza precisa estar na lista.

— E sim, a gente comemora o Dia das Bruxas — assegura Mina. — É um evento importante na cidade, e ainda que não sejam todos os bairros que aderem a data comemorativa, é claro que a gente sabe os melhores pontos de Boafortuna pra pedir doce.

Assinto, voltando o olhar para a lista.

— Tá. Mas e a porra da colina?

Vejo Mina e Bruno se encararem novamente, os dois segurando o riso.

— Ela fica nos limites da cidade e meio que é proibido pisar lá, então é óbvio que virou um local pro pessoal daqui — explica o meu irmãozinho, uma batata-frita comida pela metade ainda na sua mão. — É muito comum ver gente da nossa idade aos beijos por lá.

— Calma aí, "aos beijos" não condiz nem um pouco com a realidade, tá? — reclama Mina, fazendo as aspas no ar. — Acredite, Aquário, a galera transa adoidado naquele lugar, então nunca vá na Colina dos Amassos se não quiser ver adolescentes com fogo no...

— Tá, eu já entendi — a interrompo, dobrando o guardanapo e o guardando no bolso do meu short. — Pelo visto eu nunca vou ser uma garota de Boafortuna, já que eu lhes asseguro que não vou pôr os pés lá.

Bruno finalmente termina a batata-frita, dando em seguida um gole no refrigerante.

— Nunca diga nunca, Evazinha. Vai que você conhece um cara legal até a formatura e queira dar uma passada por lá pra, você sabe, conhecer o lugar?

Reviro os olhos, ainda que minha vontade seja de soltar uma risada na sua cara.

— Acredite, não vai rolar.

Mina e Bruno terminam de comer, e eu não consigo esconder a minha cara emburrada. Não é que eu esteja chateada ou algo parecido, mas não consigo evitar ficar assim quando alguém insinua que, bem, eu gosto de garotos. Não é nem Bruno dizer essas coisas que me irrita, é só ele supor isso assim, logo de cara. Mas eu sei que não posso esperar menos de garotos héteros e tudo o mais. E não é como se eu me importasse com o que o Bruno pensa de mim.

Ah, que se dane ele e toda essa sua heteronormatividade.

— E aí, a gente vai cantar ou não?

A encaro, minha testa ainda franzida. Pode esperar sentada, Mina Leão.

— Eu vou se você for — garante Bruno, dirigindo um olhar desafiador para a minha amiga, que sorri.

— Um dueto, então?

Apoio minhas costas na cadeira, cruzando minhas pernas e braços enquanto assisto Mina Leão e Bruno Vinhedo caminharem até o palco da lanchonete. De onde estou, consigo ter uma visão perfeita dos dois, e eles conversam com o garoto que cuida do aparelho de karaokê, escolhendo juntos uma música e buscando os microfones. Espero que não cantem uma música romântica, porque senão eu serei obrigada a vomitar todo o conteúdo do lanche que comi há cinco minutos bem aqui, aos meus pés.

A melodia de All Star, do Smash Mouth, começa a tocar, e os dois cantam com uma coragem que até me deixa com inveja. Não é como se a lanchonete estivesse lotada, mas eu não acho que conseguiria cantar assim, em cima de um palco, como se fosse a coisa mais natural do mundo inteiro. E Bruno até que canta bem, mas Mina se destaca muito mais do que ele, se sobressaindo em todos os refrões que eles cantam juntos. Essa garota tem uma voz que nem sei descrever de tão bonita, sem falar que ela tem uma presença de palco tão incrível que me deixa boba, como se fosse um astro do rock legitimo. Aposto que ela deve cantar de vez em quando na Toca da Serpente, e antes mesmo que essa música termine, eu já sei que daria tudo para poder vê-la cantar mais vezes.

— Você precisa ir lá, Aquário! — exclama Mina quando ela e Bruno voltam para a mesa, meu irmãozinho com o sorriso mais radiante e irritante de todos.

— Eu não sei cantar — respondo, mesmo que seja mentira.

Não é que como se eu soubesse de verdade. Tipo, eu sei que não chego aos pés de Mina Leão, mas ainda assim eu não sou lá tão ruim. Acho que é só mais uma coisa na lista de talentos medianos e inúteis, já que eu nunca canto.

— Eu também não sei, mas fui — provoca Bruno, erguendo uma sobrancelha. — Vai mesmo deixar que eu ganhe essa, Evazinha?

Merda.

Me levanto rápido e nem me dou conta de que estou caminhando a passos decididos até o palco. É só quando estou parada em frente ao garoto do aparelho de karaokê que percebo em que encrenca eu me meti. Puta merda, vai se foder, Eva Aquário. Isso é para aprender a nunca mais deixar que Bruno Vinhedo te atinja desse jeito.

— Já sabe o que quer cantar?

Levo o meu olhar do garoto para as mesas dispostas pela Lanchonete Limonada, que não está tão cheia mesmo hoje sendo um domingo. Ainda assim, há umas boas quinze pessoas espalhadas por suas mesas, e isso faz o meu estômago revirar. Talvez eu realmente vomite, afinal de contas.

Boyfriend — digo, a primeira música que me vêm à cabeça —, da Marika Hackman. — Faço uma careta. — Pode ser?

O garoto sorri.

— É você quem manda.

Ele me entrega um dos microfones, esse com uma fita prateada na ponta, eu tento a todo custo não olhar para as mesas, principalmente para a que Mina e Bruno ocupam. Não quero ver suas caras enquanto eu estiver cantando, e mesmo eu não dando a mínima para o que Bruno pensa ou não de mim, eu, de alguma forma, me importo pra caramba com a opinião de Mina Leão. Ainda que não saiba bem o porquê. Então eu só encaro a maquina de karaokê, a letra da música surgindo pouco antes da contagem regressiva que antecede todas as músicas, os números grandes pulando na tela.

A melodia finalmente começa, parecendo explodir nos alto-falantes da lanchonete, e eu aproximo o microfone da minha boca. Acho que meus lábios estão tremendo um pouco.

I've got your boyfriend on my mind. I think he knows you stayed with me last night — começo, minha voz mais baixa do que eu pretendia. Pigarreio e me forço a continuar, cantando um pouco mais alto. — I held his world in my hands. I threw it out to see where it would land.

Enquanto a música avança, eu vou tomando coragem para tirar os meus olhos da letra que sei de cor e olhar para a frente, ainda que tente evitar ao máximo a minha mesa com as minhas pessoas. Alguns no Limonada prestam atenção e outros não dão muita bola, e eu agradeço por isso. Aposto que esse lugar já viu apresentações piores, e isso me consola, eu acho. À medida que eu canto, eu tento ao máximo me convencer de que isso, essa apresentação boba, não importa. Não tem pra que ficar tão nervosa por causa disso, certo?

Heaven knows we're meant to be, but it's turned into a mess. No one takes us seriously, just because I wear a dress.

Antes que eu perceba, a música termina, e as poucas pessoas que me assistiam aplaudem brevemente. Devolvo o microfone prateado para o garoto, que surpreendentemente elogia a minha voz, e eu agradeço meio sem jeito. É, poderia ser pior.

Pulo do palco, sentindo um peso sair dos meus ombros enquanto meu coração volta pouco a pouco ao seu ritmo normal. Estou pronta para provocar meu irmãozinho e dizer para ele nunca mais duvidar de mim, quando uma cena me faz parar abruptamente, dando um passo inevitável para trás, recuando.

Eles estão se beijando. Nesse instante, na minha mesa, e eu sei lá há quanto tempo. Bruno Vinhedo está beijando Mina Leão. A minha Mina Leão. E, diferente de mim, ela não parece muito disposta a dar um passo para trás.

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