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8: você curte Ministry?!

Votem, comentem e boa leitura!
#coisachata

ー Será que pode me explicar o que aconteceu na terça? ー Jimin ouviu, e terminando de enxugar um último prato, respirou fundo antes de se virar e encarar o tio. ー Fala, Jimin!

Era bom que Jimin nunca mais visse Jeon Jungkook em vida, porque com certeza o mataria assim que pudesse os olhos nele.

ー Eu... ー tentou pensar, enquanto Bora, a menina que trabalhava no restaurante do tio, os olhava sem disfarçar, curiosa que só. ー Eu tive que ir embora.

ー Ah! Simples assim? ー o olhar, inconformado, só não era mais assustador quando ficava puto, porque era um beta, e não alfa. ー Foi embora? E deixou tudo lá!

De fato, Jimin não tinha nem como explicar. O tio tornou a falar: ー Foi você que quebrou um vaso no solário daquela casa?

Com medo de ter que pagar por isso, Jimin deu seu melhor olhar que dizia: "que vaso? do que está falando?". Completamente sonso, questionou: ー Ahn?

E sua interpretação fora tão boa, que o homem se convenceu no mesmo instante. ー Pelo menos não foi você! Mas por que saiu?! Deixou trabalho pra gente, eu tive que voltar sozinho pra loja de madrugada!

Jimin engoliu em seco, e inventou: ー Eu conhecia um rapaz da festa, é, da faculdade... neto do velho, dono da casa. Ele estava muito bêbado, tio! Começou a chorar e vomitou no jardim, sabe... Eu quis chamar alguém pra ajudar ele, mas ele não queria que os pais vissem... eu, eu então o levei pra casa.

Era uma boa mentira, não é?

ー Você ajudou alguém? ー foi Bora quem perguntou.

E o tio desconfiou: ー É verdade! Muito estranha essa conversa!

Jimin olhou para Bora pelo canto dos olhos, imaginando formas de fazer ela se arrepender amargamente de ter nascido. E então, sem paciência, inventou outra mentira: ー Tá, tá! Tinha um alfa na festa, neto do velho, e ele me seduziu, então nós saímos!

ー Ah! ー o homem soltou. ー Tinha que ser isso! Eu sabia, sabia... ômegas são uma praga.

Bora, com aquela cara, de quem havia acabado de ouvir um babado, quase riu. ー Você, Jimin?!

ー Você, Jimin?! ー imitou, afinando a voz. ー Não, minha avó!

ー Não mete minha mãe nisso... mamãe nunca seria seduzida por um alfa e carregada igual uma caça para acasalar! ー ele disse, e seu tom desgostoso mostrava o quanto ele sentia nojo de alfas e ômegas.

Claro, a mulher era uma alfa, era ela quem seduzia!

ー Chocante ー Bora ainda se divertia com a situação, e Jimin queria fritar a cara dela na chapa.

ー Então, tio, tá explicado? Posso voltar a trabalhar? ー questionou, ficando estressado.

ー Sua mãe sabe que você esteve com um alfa? ー ele quis saber.

Era o que faltava para aperfeiçoar o combo. Jimin respirou fundo, dizendo: ー Eu não estou grávido! Minha mãe não precisa saber, foi um carinha, uma ficada. Algo normal, tá?!

ー Mas você sabe que ela não gosta! É muito difícil criar ômegas, ela está certa, precisa ficar de olho. ー ele disse, apanhando o celular no bolso. ー E vai ficar sabendo agora.

Bora soltou um "uuui", animada com a confusão.

Jimin, embasbacado, andou na direção do tio. ー Com que direito?! É minha vida pessoal, se ainda não percebeu!

ー Olhe como fala comigo, garoto! Vou contar pra ela sobre essa sua má educação também!

Jimin até respirou profundamente, tentando manter a calma, mas não conseguiu. ー Vai o cacete!

O mais velho o olhou assustado. ー Como?!

E o loiro, mais puto ainda, tomou o celular da mão do tio. ー Não vai falar porcaria nenhuma! Não é da sua conta, só te contei porque foi preciso! Você e a minha mãe precisam parar de me tratar igual uma vagabunda desesperada para engravidar!

ー Foi você que largou o serviço para se atracar por aí com um alfa! ー o homem rebateu. ー Me devolva meu celular!

Estressado, Jimin fechou os olhos e se armou na direção do homem: ー Eu não pedi sua opinião, nem a de ninguém! ー ralhou, e jogou o celular na mesa. ー Engole essa merda!

E enraivecido, marchou para fora da cozinha, conseguindo ouvir o tio gritar: ー Não volte mais aqui, viu, capeta! Nunca mais!

Pouco se fodendo, Jimin pegou sua mochila no balcão e empurrou a porta de saída, deixando a lanchonete, seguindo para longe dali, em passos fortes e rápidos. Sentia um calor odioso, algo que ia dos pés a cabeça, lhe deixando nervoso ao ponto de se tremer. Porque ai!, tudo em sua vida era uma droga! Tudo!

Tão concentrado nas próprias frustrações, levou um susto quando sentiu o celular vibrar no bolso, e parando de andar, apanhou o aparelho e leu a mensagem que chegara. Era da mãe.

"vá buscar o soobin, eu preciso ficar até mais tarde no trabalho" era o que ela dizia. Jimin concluiu que o tio ainda não dissera nada para ela.

Bufando, guardou o celular e esfregou as mãos no rosto, antes de puxar os próprios cabelos, sentindo uma vontade de gritar, explodir. Porra, não estava mais aguentando.

Não havia um setor de sua vida que estivesse indo bem. Não havia um sequer!

Caralho, como isso era possível?!

Se sentando em um banco, numa praça calma, esperando para buscar Soobin no futebol, Jimin encarou os próprios pés, os vans estourados, porque há tempos não conseguia comprar um tênis novo. Tudo que fazia era trabalhar para pagar o estrago que fizera no carro da mãe. Quando se olhava no espelho, sem camisa, ainda via marcas da surra que ela lhe deu no dia do acidente.

Com um bico pendendo nos lábios, fungou. Não queria chorar, mas era tudo o que sentia que podia fazer. Era cansativo demais carregar tantos desapontamentos.

Puxando a gola da velha camisa do mercado, ele limpou uma única lágrima fujona que escapou, e encheu o peito de ar, antes de soltar. Não podia chorar.

Chorar era para ômegazinhos fracotes.

E assim que o horário do término do treino de futebol se aproximou, ele caminhou até a escola, e chegando lá, se pegou um pouco acanhado, porque outros times também deixavam o treino, garotos de outras séries, mais velhos. Alfas.

Eram todos mais novos que Jimin, mas ainda assim conseguiam intimidá-lo um pouco. Ridículo.

Tentando manter a postura num ambiente tão repleto de alfas, adolescentes, fedidos, ele esperou que Soobin saísse. E tudo ia bem, até ouvir um assobio e risadinhas.

Olhando em volta, encontrou um grupinho de garotos, provavelmente do terceiro ano, mexendo consigo. Girando os olhos, porque não valia nem a pena perder tempo com uns bostinhas desses, ele desviou o olhar.

ー Ei, psiu ー chamaram, e ele ignorou. ー Ei, delícia... olha aqui!

Respirando fundo, se virou para eles. ー Não tá na hora de vocês irem pra casa bater punheta não?

Neste momento, aqueles garotos perderam toda a graça. E um deles, mais irritado, se destacou do grupo: ー Corajoso, né? Tá achando que é quem?

ー Um zero a esquerda igual a você que eu não sou, tenha certeza ー retribuiu, cruzando os braços e deixando ele se aproximar.

Ficando mais irritado, como era esperado de um alfa na adolescência, ele cerrou os punhos. ー Repete?

ー Ah, não ouviu? Não entendeu? Não sabia que além de feios, vocês também eram imcapazes de compreender algo simples. ー e dito isso, fingiu levar um susto. ー Como não reparei? Tá na tua cara de idiota que você é mal-e-má anafalbetizado mesmo.

ー Você quer apanhar? ー ameaçou.

Jimin estava sem um pingo de paciência. ー E quem vai bater, você?

Todos em volta ficaram em silêncio, enquanto Jimin o encarava, e o garoto parecia relutante sobre o que fazer. E aquela situação só não continuou, porque Soobin apareceu por trás do irmão. ー Jimin... o que cê tá fazendo?

Jimin se virou para ele. ー Dando a sétima aula do dia pra esses bostas. Podemos ir?

E começou a marchar para longe daquela escola insuportável, onde também estudou na adolescência. Com Soobin o seguindo, fez o caminho de casa, e chegando, jogou a mochila em um canto no quarto e se preparou para tomar um banho.

Quando ia tirar as meias, Soobin entrou no quarto, com o celular em mãos. ー Estão me zoando.

Jimin mesmo não deu a mínima importância, não fazia idéia do que ele estava falando, então continuou o que fazer, até ser interrompido de novo. ー Olha o que você fez, Jimin! Estão tirando com a minha cara no grupo, por sua causa!

Levantando a cabeça, Jimin olhou para ele, sem compreender. E ele disse: ー Estão falando de você! Que meu irmão é um esquisito, que meu irmão ômega é mais bravo que eu, um alfa. Estão perguntando se você é agressivo pra dar a bunda também. Viu o que você fez?!

ー Eu?! ー Park se levantou. ー O que eu fiz?!

ー Você discutiu com os meninos da escola! Você sempre faz isso! Fica fazendo coisas que não deve, mexendo com quem não deve! ー ele gritou, puto.

Jimin abriu e fechou a boca por um tempo, tentando encontrar algo para dizer. Era sério aquilo? Será que só Jimin não via sentido algum naquilo?

ー O que queria que eu fizesse, Soobin? Deixar três merdinhas falarem do jeito que quisessem comigo? ー questionou.

ー Saísse de perto, viesse me procurar!

ー Acontece que não é certo eu ter que ficar fugindo! ー respondeu, saindo do sério. ー Eu não preciso de proteção, caralho. Eu não preciso da proteção de um moleque de 14 anos. Não preciso que ninguém me defenda de meninos de 17 anos!

ー Precisa! Você é um ômega! Entenda isso! Tudo que você faz é passar vergonha!

ー Eu não estou nem um pouco envergonhado! ー rebateu.

ー Mas eu estou! ー Soobin lhe disse. ー Idiota! Será que não consegue ser normal?!

Sem mais palavras, Jimin viu o irmão deixar o quarto.

Era sério? Mesmo?

Frustrado, e nervoso, Jimin apenas se levantou e pegou o celular, saindo do quarto também, caminhou para a porta de casa, passando por Soobin, na cozinha, que o viu calçar os tênis. ー A mamãe sabe que você vai sair?

ー Foda-se ー respondeu, antes de sair logo.

Só precisava estar longe dali, logo, antes que a mãe chegasse. Porque sabia que o inferno maior começaria assim que ela pusesse os pés em casa.

E sequer tinha para onde ir, mas saiu sem rumo, com aquela camisa velha do antigo trabalho, e o jeans sujo de farinha. Quando sentiu o celular vibrar, até levou um susto, mas tentando se manter calmo, desbloqueou o tela para ver do que se tratava.

Não era a mãe, ainda. Graças a Deus.

Era uma mensagem de uma menina de sua sala.

"você vai pra festa do jeon? eu não quero chegar sozinha lá kkkk"

Só então ele se lembrou. A festa, era hoje.

Incerto, respondeu a menina.

"vou. te encontro uma quadra antes, que tal? me passa o endereço"

Rapidamente ela lhe mandou, aceitando a proposta. Não se falavam muito, mas essa menina, SoHong, era com quem ele fazia trabalhos às vezes.

Dali mesmo, vendo o céu escurecer, pegou o ônibus rumo ao endereço. E não, não sabia o que estava fazendo. Mas não podia ficar em casa, e na festa, poderia fazer o mais recomendável no momento: beber.

Descendo do ônibus, quarenta minutos depois, Jimin esperou a garota no local marcado, e logo ela apareceu, quando já era noite. E SoHong o olhou da cabeça aos pés: ー Veio do trabalho direto pra cá?

Jimin deu de ombros, porque não era como se estivesse ali para arrasar e mostrar looks, como os outros. ー Vamos?

Não, não gostava de festas. Ainda mais festas de playboys, mas isso ainda era melhor que ficar em casa.

A festa não era em uma casa, como imaginou que seria. SoHong o guiou até um estacionamento fechado, um desses que cobra para guardar seu carro durante o dia, ou algumas horas. Ele ia perguntar como Jeon havia conseguido um lugar assim, mas lembrou que ele era A PORRA DE UM RIQUINHO.

Antes mesmo de entrar, pôde ouvir o rock tocando no outro lado. Passando por um portão de acesso, vou SoHong pular, animada.

Aquilo era um estacionamento,que comportava uns 40 carros. Mas aquele lugar estava lotado.

Levando um susto com a quantidade de pessoas, Jimin tentou acostumar os olhos a iluminação psicodélica, que piscava, e girava, feixes de luz que pareciam lanternadas em sua cara. Ali dentro a música espancava seus ouvidos.

ー Puta merda ー soltou, enquanto algum cantor de rock industrial gritava quase dentro de sua cabeça.

SoHong estava preocupada se veriam ela chegar sozinha? Mais da metade daquela gente definitivamente não pertencia a faculdade, nem a região em que viviam. Além de ser impossível reconhecer alguém naquela iluminação e multidão.

Era um festinha de gente mimada ou uma porra de rave?

Quando a música mudou, aquela galera começou a pular e cantar junto, porque aquela música, aparentemente, devia ser muito famosa no meio daquela tribo.

Finalmente avistando as mesas e barris de bebida, Jimin deixou SoHong com alguma amiga que ela encontrara, e foi se servir. Terminava de encher seu copo de plástico quando viu Jung Hoseok.

E se Jung Hoseok estava ali... Yoongi também estava.

Respirando fundo, deu uma golada na bebida, descobrindo que era whisky, e andou até Jung, que estava jogado em um sofá velho no canto. Ele usava o cabelo na testa, as correntes pesadas no pescoço, regata surrada, e quando o viu, levou um susto. ー Jimin?!

Conseguindo chegar perto, Jimin encontrou Yoongi, que estava sentado em um barril de lata, com uma garrafa de Coca Cola na mão. ー Jimin...

Jimin, meio travado, acenou. ー 'Daê...

ー Porra, não imaginava você aqui ー Hoseok disse, rindo com graça. ー Tipo, não mesmo... assim... não... por que veio?

A este ponto, as pessoas sentadas com ele, outros punks, o encaravam, sem muita empatia. Jimin apontou o copo: ー Bebida de graça.

Yoongi, no entanto, sabia que aquela era uma decisão muito contrária aos princípios de Jimin. ー O Jimin é bem festeiro na verdade... Ele só se faz de difícil.

Mentiu, e forçou uma risada, tentando aliviar o clima, com sucesso. Hoseok voltou a berrar a música que tocava, junto de seus amigos.

Jimin, de frente para Yoongi, mas há uma boa distância, abriu um sorriso sutil, grato pela ajuda. Min acenou, antes de desviar o olhar.

Se afastando, Park tentou ficar perto da mesa de bebidas, mexendo o corpo de forma travada, fingindo gostar da música. Passou um bom tempo ali, tentando desviar das cotoveladas de punks em suas costas.

E só tornou a reconhecer alguém quando ouviu uma voz familiar.

ー Não, amiga, ele ainda não chegou ー ouviu bem perto, e se virando, viu Yuna, e uma de suas amigas. Elas se aproximavam da mesa, quando reconheceram Jimin. ー Oh... Park?

Ele podia vomitar ali mesmo, só de olhar para a cara dessa garota. Ela, claramente, fazia parte dos burgueses da festa, diferente dos punks, ela vestia um vestidinho de lantejoulas e o cabelo estava escovado.

ー O que veio fazer aqui? ー ela questionou, mantendo aquele sorrisinho falso no rosto.

ー Vim tirar leite de vaca, dá as tetas aí, vagabunda ー ficou tentado a responder.

Mas disse: ー Vim ouvir música, beber... O que se faz numa festa?

Ela, perdendo a pose amistosa aos poucos, riu forçado. ー Achei que tivesse vindo servir as bebidas. Como na minha festa de 18 anos. Lembra?

Jimin respirou fundo. ー Claro.

Yuna sorriu. ー Que bom que veio curtir um pouquinho... Você só trabalha, né? ー e ela deu uma pausa, antes de mudar de assunto. ー Como soube da festa?

Park então disse: ー Jungkook me convidou.

Aquela garota não conseguiu dizer nada por um bom tempo.

Enquanto Jimin bebia, tranquilamente.

ー C-como... Como? ー ela acabou rindo, sem entender.

ー Hm... com a boca? ー respondeu. ー Ele disse:"ei quer vir na minha festa?". E só.

ー Você conhece ele? ー Yuna estava claramente surpresa.

ー Sim ー deu de ombros. ー Infelizmente.

ー Como... como você conhece ele? ー perguntou, incrédula.

Arqueando uma das pestanas, Jimin segurou a risada. ー Conhecendo.

Ela não disse mais nada, estava visivelmente intrigada, cética. Jimin então testou: ー Você conhece ele?

E ela foi rápida ao dizer: ー Lógico... Ele também me convidou.

Jimin iria pro inferno numa boa. Aquilo era bom demais.

Ver Yuna mentir assim era... uma delícia.

ー Hmm... ー soltou. ー Da hora.

ー É ー ela jogou o cabelo para trás, encheu o copo de bebida e saiu, retornando para perto da amiga dela.

Sozinho, Jimin pôde finalmente rir. E foi uma gargalhada tão gostosa, mas tão gostosa... daquelas que há anos não tinha. Sentindo o estômago doer e os olhos cheios de lágrimas, cessou o riso aos poucos. E ao abrir os olhos, viu que Jungkook o olhava.

Levando um susto, pôs a mão no coração. ー Satanás!

Jeon abriu um sorriso, se aproximando. ー Do que tanto ria?

Jimin, ainda mole do susto, apenas disse: ー Ouvi uma piada. Não é óbvio?

ー Qual era a piada? Me conta, quero rir também. ー pediu ele.

Jimin, já meio altinho, soltou: ー O tamanho do seu p... ー mas desistiu, apesar de ser tarde demais. ー ... Pardal.

Jungkook fingiu uma risada. ー Sabia que viria.

ー Não sabia não ー disse, duvidoso.

ー Sabia sim ー Jeon disse, chegando mais perto. ー Você me adora.

E quando ele chegou mais perto, Jimin pôde ver a mudança no cabelo. Ele tinha mechas loiras na franja agora, com um pouco de rosa, e o corte estava diferente. Vestia uma jaqueta jeans destruída, uma camisa do Nirvana igualmente detonada, e calças de couro, junto aos coturnos. Maquiagem preta no olho, e muitos brincos. Uma alegoria.

Jimin não via graça nesse estilo rebelde, mas combinava com ele. Tinha que admitir.

ー O que aconteceu no seu cabelo? ー questionou.

ー Descolori um pouco. Curtiu? ー ele quis saber.

ー Sim ー lhe disse. ー Tá ridículo. Igual você.

Jungkook riu, e ia continuar a conversa, não fosse alguns amigos lhe avistarem. ー ELE CHEGOU!

Jimin não soube como, mas o rapaz foi arrastado por aqueles caras até o centro da multidão, e a próxima vez que o viu, ele já estava pulando e batendo a cabeça ao ritmo do rock pesado que tocava.

E Jimin ficou um bom tempo o observando.

ー Vai ficar aí? ー Jimin ouviu, e se virando na direção da voz, avistou SeokJin. Acompanhado de um cara mais alto, ele tinha nas mãos uma garrafa de vodca.

ー Jin... ー soltou, surpreso de verdade. Não surpreso em vê-lo ali, mas surpreso em ser chamado por ele.

ー Acertou ー Kim soltou, meio debochado. ー Vem...

Sem melhores opções, Jimin os acompanhou, até uma escadariazinha que dava para um segundo andar. Mas não subiram muito, ficaram sentados nos degraus. Jin os serviu com vodca, enquanto observava a galera lá embaixo, pulando, e cantarolava baixinho a música. ー Ah! Esse é Yohan... ー apresentou. ー Meu alfa.

Jimin se virou e cumprimentou o rapaz, que parecia meio caladão. Era um tipo gótico, mais soturno, mais pra dentro.

ー Não imaginei te ver aqui ー Jin confessou.

ー É, aparentemente ninguém imaginou... ー suspirou, tomando a bebida.

ー Por que não está com Yoongi?

Jimin desviou o olhar dessa vez, para o povo também. ー Ele ficou chateado comigo... Depois daquele dia.

ー Ah... ー soltou. ー Ele gosta do Hoseok.

ー Eu sei ー murmurou.

ー E gosta dessa vida ー continuou. ー Gosta de fervo.

ー Mas ele não era assim ー resmungou.

ー Às vezes a gente é o que a vida nos oferece no momento, Jimin... não significa que outros momentos não possam vir. ー disse. ー Começar a curtir coisas novas não significa mudar quem você é.

Jimin então o olhou. ー Mas significa afastar seu melhor amigo?

Kim riu. ー Quando este amigo crítica cada uma de suas ações...

ー Eu não... ー tentou dizer, mas ele o interrompeu.

ー Que seja ー foi cirúrgico. ー Quanto ao Jeon?

ー O que tem ele? ー Jimin realmente não entendera.

ー Ele está afim de você. Sabe disso, né? ー Jin abriu um sorriso tendencioso.

Jimin engoliu e seco.

Sabia. Óbvio.

Mas nada a ver!

ー Nada a ver ー disse, sem conseguir esconder uma careta. ー Ele só está afim porque é um desses caras que come até pedra se tiver como meter o pinto.

SeokJin não podia entrar em detalhes, mas não era bem assim.

ー Ele só está afim porque pega qualquer um... ー Jimin disse, conseguindo encontrar o rapaz na multidão, com uma menina agarrada em seu braço. ー Não por eu ser bonito, legal, ou algo assim...

ー Não se acha legal e bonito? ー Kim questionou.

ー Não ー disse logo, sem tempo ou paciência para pensar em outra coisa para dizer. E terminou de beber, sentindo-se zonzo. ー Eu quero dançar.

Kim apenas riu, vendo o garoto levantar e descer aquelas escadas quase caindo a cada degrau. Então voltou a atenção ao namorado, Yohan, que bolava um baseado. E suspirou, entediado.

Chegando no piso, Jimin foi aos poucos se juntando a galera que pulava com a música, mesmo sem gostar do que ouvia, moveu o corpo com as batidas, aos poucos se desligando das memórias e pensamentos. Não era uma dança bonita, apenas pulava e jogava os braços, batia a cabeça e o cabelo, seguindo o ritmo das guitarra e bateria. Estava bêbado. Nunca faria algo assim estando sóbrio.

Mas tanto faz. Estava bom.

ー Você curte Ministry?! ー foi Jungkook quem perguntou, sobre a música alta, conseguindo se aproximar de Jimin, após avistá-lo dançando.

ー Quem é Ministry?! ー Jimin continuou dançando, mas o olhando dessa vez.

ー A banda que toca essa música! ー explicou.

ー Ah! ー Jimin soltou. ー E eu vou saber?!

Jungkook riu, e continuou pulando com ele. Mas Jeon estava sóbrio ainda. Apesar de não achar uma atitude muito sã, atravessar o estacionamento só para ficar perto de Park.

E quando a música mudou, Jungkook chamou a atenção de Jimin, para que ele seguisse a "coreografia" dessa música, que era bem mais pesada, alguma do Davey Suicide. E nesse ritmo, as pessoas batiam a cabeça com bem mais força.

Jimin não demorou a entender, mesmo mamado, entrou na sintonia. E cada movimento, sentia que a cabeça voaria para fora do corpo, mas era tão bom que não importava. Até que chegasse o refrão, e voltassem a pular, o mais alto que conseguiam, gritando junto a música. Jimin nem sabia a letra, mas também cantou.

Jungkook, se divertindo, abriu um sorriso pela primeira vez naquele dia. ー E Fear Factory, já ouviu?!

ー Ahn?! ー Jimin não conseguia compreendê-lo, e parando de pular, mas não de se movimentar, chegou bem perto, para tentar entender. ー Fala!

Jungkook, que a essa altura, já sentia o álcool no corpo também, encarando o rosto de Jimin tão de perto, só conseguiu dizer: ー Você é lindo.

ー QUÊ? ー Jimin ainda assim não entendera.

Jungkook girou os olhos. ー Fear Factory! JÁ OUVIU?!

ー NÃO, MINHA AVÓ ME LEVAVA NA IGREJA ー Jimin gritou em resposta.

ー COMO VOCÊ PODE SER UM PECADO HOJE EM DIA ENTÃO?! ー Jungkook tentou cantar.

Mas Jimin sequer entendera, e percebendo isso, Jungkook desistiu. ー ESQUECE!

ー AQUECE? ー Jimin não ouvia direito.

Quase puto, Jeon quis pegar a cabeça dele e falar dentro de seu ouvido, mas tentou ser compreensivo. E assim que uma música mais calma começou a tocar, um tipo de rock mais sensual, ele puxou Jimin para um canto do lugar, onde a luz nem chegava, e o encostou na parede. ー Você está li...

Mas não conseguiu terminar de falar.

Era quase o fim da frase quando Jimin se curvou e vomitou.

Jeon, bem em sua frente, viu o vômito escorrer na direção de seus coturnos, e enojado, saiu do caminho, grato por aquela porra não cair em si. E esperando Jimin terminar de vomitar e arrotar, viu ele levantar a cabeça, com as pálpebras quase cobrindo os olhos, o cabelo bagunçado, derrotado. Jimin questionou: ー O que ia dizer?

Jungkook, com uma careta enjoada no rosto, se forçou a sorrir. ー Nada. O que acha de parar por aqui?

Jimin apenas assentiu, soltando mais um arroto e cuspindo no chão a saliva acumulada. Jungkook então segurou seus ombros e o guiou para fora do lugar, se despedindo das pessoas pelo caminho, até que estivessem na calçada, e fez Jimin se sentar no meio fio. ー Vou mandar um Uber te levar em casa.

ー Não! ー pediu, agarrando a barra da jaqueta dele. ー Não... casa não...

Jungkook não entendeu, mas acatou, e se agachando até ele, se arrependeu um pouco por causa do bafo, mas continuou. ー E pra onde quer ir?

ー Eu não sei ー deu de ombros, igual uma criança que não sabe o que está acontecendo.

ー Eu não posso te levar pra minha casa ー disse, mais para si do que para ele. ー Quer ir pra um hotel?

ー Eu nunca dormi em hotel... hic ー confessou, começando a solução também. ー Eu não tenho dinheiro pra ficar em hot... hic!

ー Então dorme na rua ー brincou.

ー Melhor que ir pra casa ー murmurou, distraído.

Jungkook ainda não podia entender, mas agora sabia que ele realmente não queria voltar. ー Vamos ficar em um hotel, então.

ー Só se você pedir pizza... ー disse de repente, impondo condições.

ー Ah! Mas sou eu que vou pagar! ー reclamou. ー Como é que você ainda quer exigir alguma coisa...?

ー Se não pedir pizza eu não vou! ー ralhou.

Jeon teve que aceitar.



//Vamos fingir que isso foi tudo planejado ok 👀 que essa demora fazia parte dos planos

DESCULPA POR SUMIR... eu tava terminando o Extra de addict e outras coisas, então... Tava bem cansada kkk Foi mal dms...

Enfim... Votem e comentem ok

Ig: baobei.zi
Tt: namjowl

um desenho meu pra aliviar o clima


BE//

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