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#coisachata

Tem certeza que vai ficar bem? — Jungkook perguntou, estacionados em frente a casa de Jimin, ele mantinha uma das mãos sobre a coxa do ômega. — Podemos ir pra outro lugar.

Jimin não sabia como agir perto dele agora que haviam ultrapassado tantos limites. Não era nem um virgem, inocente ou algo assim, mas ainda era constrangedor, e só de lembrar dos últimos três dias, e da última hora, sentia que caíria em pedaços de tanta vergonha.

— Pode ir, Jungkook — respondeu. — Já estamos juntos há muitos dias… você precisa descansar.

Jeon estava morto de cansaço, verdade, mas também estava em um estado de alerta tão energético que não conseguia desligar. E ele não pensava como Jimin, não via limites.

— Hm, certo — respondeu, cedendo. — Posso te ligar?

— Por que? Estamos nos falando agora. — Park perguntou, abrindo a porta. — Fica frio.

Impossível, Jungkook estava cheio de um calor que jamais passaria agora. Sorrindo para ele, acenou enquanto ele fechava a porta, e o assistiu fazer o caminho até dentro de casa. Distraído, ainda perdeu uns bons minutos ali, com o queixo encostado no volante, lembrando dos últimos dias e especialmente do que decidiram um pouco mais cedo.

Estavam juntos.

Soltando um bocejo, se lembrou de ir embora, e durante todo o caminho, um sorriso se manteve dançando em seus lábios.

Dentro de casa, Jimin chutou os tênis para fora dos pés e calçou um par de chinelos, tentando ignorar o olhar de Soobin em sua direção. Mais essa.

— Eu vou soar como um velho de 40 anos — Soobin começou dizendo. — Mas custa mandar uma mensagem que seja? Você só sumiu. Qual o seu problema? O que aconteceu?

O mais velho passou a mão pelo rosto, se sentindo cansado e impaciente. — Eu respondi sua mensagem.

— Com um mísero “ok”? — ele resmungou, e então deu uma analisada mais criteriosa no irmão, sentindo também o seu cheiro. — Você… ah, Deus…

O loiro rolou os olhos. — Eu sou um ômega, não sou? Espera que aconteça o que comigo?

Soobin fez uma careta enojada. — Você está fedendo a alfa e… ah…

Jimin se aproximou dele e o puxou, esfregando a cabeça dele em sua camisa, que se esperneou até se soltar. — Jimin!

— Você é um alfa. Acha que nunca vai passar o cio com alguém? — questionou. — Vai morrer virgem? Você já é bem grandinho, não precisa fazer um show por causa disso.

O mais novo deu de ombros. — Tanto faz… é que… faz tanto tempo que você não… eca! — e se recompôs. — A vovó ligou.

Mais uma pessoa com quem Jimin não se dava bem. E daí?

— O que ela disse? — perguntou, enchendo um copo de água. Pouco se importava.

— Ela queria falar com você… saber o que tá acontecendo com a mãe. — disse ele. — A mãe não a responde. Acho que ela vai nos visitar esse final de semana.

Engolindo em seco, Park apenas assentiu. Enfim, se enfiando no banheiro, ele gastou longos minutos no banho, deixando a água do chuveiro massagear suas costas e ombros por um tempo, até que ele estivesse satisfeito. Passando o rosto pelos braços, sentiu o cheiro de Jungkook, e fechou os olhos, lembrando-se dos seus toques, e até conseguiu ouvir sua voz por um breve momento. Se perguntava se não havia tomado uma decisão precipitada ao aceitá-lo daquele jeito, mas… perdê-lo parecia ruim. Não era algo que queria fazer.

Não podia negar, ele vinha ocupando sua mente durante tanto tempo agora, que parecia uma parte de si.

Enfim, se secando e se vestindo, ele deixou o banheiro, levando a roupa suja nas mãos, levou um susto ao encontrar a mãe no corredor de casa, apoiada na parede, ela vestia o mesmo pijama de alguns dias atrás, e estava mais magra do que a última vez que Jimin a viu. Tenso, ele escondeu as roupas atrás do corpo, tentando não olhá-la diretamente. — Soobin disse que a vovó quer saber da senhora, que você não a responde.

Ela o olhou, sem um pingo de vida no olhar. — Não é da sua conta.

Cheia de ódio.

Assentindo, ele passou por ela e entrou no próprio quarto, mas surpreso, ele a viu o seguir. — O que foi, mãe?

— Você está fedendo. — ela disse, cruzando os braços. — Estava com algum alfa durante esses dias, hm? Sendo usado feito um vagabundo. Vocês ômegas são mesmo nojentos no cio, ah… você me enoja.

Encolhendo-se, Jimin tentou não dar importância ao que ela dizia. Mas ela continuou: — Isso não vai continuar. Você não vai sair, se esfregar com homens por aí e depois voltar para a minha casa espalhando esse cheiro nojento por todo lugar. Se quer ser um vadio, faça isso bem longe daqui.

— Está me mandando embora? — Park perguntou.

— Embora? — ela riu. — Você não vai a lugar algum, Jimin… ou você acha que conseguiria viver sozinho? Você arranja problemas por onde vai. Você não é bom em nada. Vai viver do que? Você precisa dessa casa, precisa do meu dinheiro, então vai fazer o que eu estou mandando. Eu não quero você se deitando com alfas mundo afora, pra um dia voltar com filho na barriga, sem nem saber quem é o pai, achando que vai ter espaço aqui.

Jimin estava tão farto de tudo aquilo. Tão farto.

— Eu posso ir embora se eu quiser. — a respondeu.

Ela levantou uma das sobrancelhas. — Ah, é? Como? Você é um fodido sem trabalho. Tudo que você tem é meu. Ou algum alfa de merda prometeu cuidar de você? Hm? Como o último? Aquele playboyzinho que vinha te buscar pra te comer… mas ah, ele nem mesmo te assumiu propriamente, não é?

Ficando sem respostas, o ômega sentiu que os olhos marejaram. Ouvir aquilo de outra pessoa doía como uma facada.

Ela riu, satisfeita. — Você sabe que… não há nada em você que faria alguém te levar a sério. O que você tem a oferecer? Sexo? Você deve ser medíocre até mesmo nisso. Você não é exemplar em nada que faz. É uma vergonha na faculdade, trabalha mal, não é bonito, não é agradável. Não me diga que alguém gosta de você de verdade.

Abaixando a cabeça, Jimin encarou os próprios pés, sem mais conseguir encará-la. Como a responderia? Se fosse outra pessoa, ainda conseguiria sair dessa situação, mas vindo dela… era ela.

A alfa então lhe deu um tapa no lado da cabeça. — Pare de agir como um idiota! Se entregando para qualquer um, se gastando, se sujando… se não quiser arriscar o que você tem, então tenha algum respeito por mim, seu imundo! — ela rosnou. — Ah… você é a pior coisa que aconteceu na minha vida, e ainda assim eu estou te dando uma chance, garoto… eu não vou bancar uma puta na minha casa, está ouvindo?

Saindo do quarto, ela bateu a porta com força, e Jimin ficou ali parado, até que finalmente as lágrimas caíssem, molhando a gola da camisa. No escuro, ele se sentou na própria cama e chorou baixinho, agarrado a camisa que Jeon lhe dera, ele sentiu o cheiro familiar por um tempo, confuso em meio aos pensamentos. Quando Soobin entrou no quarto, o mais velho tentou disfarçar a situação, se virando e arrumando o lençol.

O irmão o olhou, andando devagar, incerto sobre o que fazer. E então disse: — Não leve o que ela disse a sério… Ela só não quer te ver feliz, porque ela é triste.

Mesmo tocado, Jimin soltou um suspiro. — Se não vai dormir agora, não fique fazendo barulho. Eu tô cansado.

E se deitou, escondendo o rosto no cobertor. De fora, Soobin encarou o mais velho por um tempo, antes de se sentar em frente ao computador, e então pesquisou: “com que idade pode ir morar sozinho?”.

Chegando em casa, Jungkook notou alguns carros diferentes na garagem, e curioso, entrou pela porta da frente, e para sua surpresa, encontrou toda uma aparelhagem de fotografia na sala principal, de frente para o grande retrato de seu avô, viu o pai e mãe muito bem arrumados, conversando com um homem desconhecido, que parecia ser um fotógrafo. Ok, uma sessão de fotos.

Se curvando para eles, os cumprimentou, notando um olhar repreendedor da mãe, talvez pelo modo com que ele estava vestido. Sem se importar, apenas disse: — Vão atualizar as fotos de campanha? Interessante.

— Você devia estar junto… — o sr. Jeon disse, sem querer se expor demais na frente do fotógrafo. — Enfim, o sr. San nos foi apresentado pelo Taehyung, então decidimos fazer algumas fotos.

Taehyung.

— Ah, vá cumprimentar o seu primo, ele está na cozinha. — Sra. Jeon se lembrou de dizer. — Ele está comendo uma coisinha, já que esteve o dia todo fora de casa trabalhando. Ele é muito ocupado.

Assentindo, Jungkook se curvou mais uma vez e os deixou, andando até a cozinha, com a mochila nas costas, encontrou a cozinheira servindo o primo com mais algumas porções de comida. — Oh, senhorita, eu já disse que estou satisfeito… — ele dizia, antes de perceber que Jeon estava ali. — Ah, Jungkook.

— Vou me retirar, com licença, senhores — a cozinheira lhes disse, saindo pela porta de serviço.

Jungkook curvou-se o mínimo possível, passando por ele para pegar água na geladeira. — Como vai, Kim?

Ele estava elegante como sempre, sapatos sociais, camisa bem passada, o cabelo castanho modelado lindamente. Woah, que sonho de homem, não?

Taehyung não o respondeu, e até mesmo parou de mexer no prato de comida. Jungkook então se virou para ele, encostando-se no balcão, de frente para ele. — Não me ouviu?

Kim o farejou mais uma vez para ter certeza, e então o olhou nos olhos. — Com quem você estava? Se me permite perguntar.

Jungkook sentiu o sangue acender como gasolina no fogo. Aquilo era o que ele estava pensando que era?

— Não permito. — respondeu, continuando a beber a água.

Taehyung sorriu sutilmente. — Mas eu sei, de qualquer forma. Esse cheiro…

Jungkook apertou o copo com mais força. Ele se lembrava do cheiro? Ah, é mesmo?

Ele não o respondeu, mesmo que a onda de tensão estivesse os banhando, enchendo a cozinha de uma má sensação, a qual poderia ser sentida por quem quer que se aproximasse.

Taehyung se levantou. — É melhor controlar esses feromônios, seus pais têm um convidado na sala. Não seja desagradavel. — lhe disse. — Mas me diga… — suspirou, colocando as mãos nos bolsos da calça. — O que o Jimin poderia querer com você?

Esses dois eram bem diferentes, e isso foi mais uma vez notório na resposta de Jungkook: — Meu pau. Mais alguma pergunta?

Kim sorriu. — Eu espero do fundo do meu coração que seja só isso.

Franzindo o cenho, Jeon cedeu à curiosidade. — Por que?

— Porque aquela coisinha bonita é complicada — lhe disse. — E tem uma mãe psicopata.

— E o que mais, Taehyung? — o respondeu. — Algo novo?

Ele o olhou de cima a baixo. — Vamos ver o quão investido você está. Talvez a academia tenha o mudado e agora você consiga encarar um problema de verdade. — e se afastou. — Quando você perceber que o Jimin está completamente refém daquela casa, e que nada que você faça é capaz de mudá-lo… vamos ver se você consegue continuar.

Jungkook cerrou os olhos. — Bom, você certamente não conseguiu.

Taehyung lhe deu um sorriso triste. — É bem cansativo, devo admitir. Preciso ir… ah… — parou de andar, o olhando mais uma vez. — Ele também é difícil sexualmente falando, então aproveite o cio. É sua única chance.

Que idiota! Jungkook ia atirar aquele copo na cara dele, não fosse pelos pais se aproximando com o fotógrafo ao lado, em uma conversa sobre experiências com outras figuras. Taehyung naturalmente se juntou a eles.

Contendo o ódio, Jungkook saiu pela porta de serviço, tentando não voltar lá e socar o primo até a morte. O que foi tudo isso, ah? Filho da puta.

Como ele reconheceu o cheiro de Jimin com tanta facilidade? Jungkook começou a imaginar os dois juntos, e a quantidade de vezes que estiveram juntos, fazendo as mais variadas coisas. Queria matar Taehyung, sem deixar um pedacinho para a família velar e chorar em cima.

E que porra o Jimin queria com ele, hm? Eles sim não tinham nada a ver juntos. Provavelmente o casal mais chato do mundo. Pensando nisso, subiu as escadas com uma careta no rosto, batendo a porta do quarto com força. Teria pesadelos, certamente.

Na manhã seguinte, a primeira coisa que ele fez foi ligar para Jimin. Não foi atendido. E ali se iniciou uma saga que não parecia ter fim.

DIA 1
8 ligações não atendidas.

DIA 2
13 ligações não atendidas.

DIA 3
18 ligações não atendidas.

Naquele final de semana, Jimin acordou com Soobin o cutucando. — O que foi, garoto? Que inferno.

— Se levanta, a vovó está no portão e mãe não quer me deixar atender! — disse ele, parecendo nervoso.

Se levantando às pressas, Jimin vestiu uma calça e saiu do quarto. A Sra. Park estava na sala com a chave na mão, visivelmente estressada. O ômega perguntou: — Qual o problema? É a sua mãe.

— Cala a boca — ela mandou. — Voltem pro quarto, eu já falei que ninguém vai entrar.

O telefone na sala começou a tocar, e pela falta de surpresa nos dois, Jimin percebeu que não era a primeira vez. Engolindo em seco, andou até a janela e viu a avó com o celular no ouvido, acompanhada de um dos tios, ela não parecia disposta a sair dali.

Park então decidiu agir, e andando até a mãe, tomou a chave na mão dela, que se levantou vacilante, os olhos alucinados. — Me dê isso aqui, moleque! Eu estou mandando.

— Está com medo de que? — a questionou. — É sua mãe. Você vai se negar a receber sua própria mãe?

— Jimin, eu não tô brincando — ela lhe disse, tentando pegar a chave de volta. — Eu não tô brincando!

Devido ao esforço em excesso, ela pareceu ficar tonta, e se apoiou no sofá, Soobin correu para segurá-la, e Jimin abriu a porta de casa, se apressando em ir abrir o portão também. Sua avó entrou rapidamente, dizendo: — Que demora é essa? O que está acontecendo nessa casa, Jimin?

Era uma senhora de idade avançada, mas como qualquer alfa, era forte e imponente. Apressada e posturada, marchou para dentro da casa, acompanhada do filho, e assim que entrou, bufou com o cheiro. — O que é isso? Por que tudo fede a doença? Filha!

Chocada com a aparência da mulher, a senhora levou a mão à boca. O irmão da sra. Park se aproximou dela, afastando Soobin. — Você está morrendo, garota.

Ouvir tais palavras fez o coração de Jimin ignorar algumas batidas.

Abrindo as janelas e cortinas, a avó dos meninos fez ar e luz entrar. — Filha, o que é isso? Desde quando você está assim?!

De repente, a mãe de Jimin pareceu pequena, de cabeça baixa, ela não dizia nada. Jimin então disse: — Faz meses. Ela não quis ir ao médico.

— Jimin! — sra. Park soltou, irritada.

Soobin, sem local de fala, andou até o irmão, ficando ao seu lado.

A avó cruzou os braços. — Que situação, Daungie… — a chamou pelo apelido íntimo. — Ah, quando foi que eu pensei em ver minha filha assim? Minha filha… você nem parece minha filha. Olhe o seu estado. E esse cheiro, nem se parece com uma alfa. O que deu, ein? Você era forte, mulher. Como deve ser.

Ela não disse nada.

— Por que vocês não nos ligaram? — o tio perguntou.

— Ela nos mataria? — Jimin respondeu, impaciente.

— Esqueça, filho — a avó disse. — Não é culpa deles. Um é uma criança e o outro… um ômega não consegue mover uma palha sozinho. O que poderiam ter feito? É culpa dela. Ela não devia ter chegado nesse estado. Não foi assim que a criei. Nenhum de nós é fraco desse jeito. Mas ah, quando foi que ela teve uma decisão sensata na vida? Não adianta falar nada. Eu devo ter falhado muito tempo atrás.

— Mãe — disse o tio. — Agora não… ela não pode ficar aqui.

— Vamos — ela concordou. — Primeiro ao hospital, e depois… arranjar uma ômega para essa tola.

— Uma ômega? — Jimin questionou.

O tio mesmo respondeu: — Ela está doente, precisa de feromônios complementares para recuperar serotonina. — e se virou para a própria mãe. — Vou ligar para o meu setor, vamos interná-la para hidratação. Meu colega da psiquiatria vai vê-la imediatamente.

— Pegue-a, vamos — a senhora mandou, e o alfa pegou a irmã na colo, a levando para fora. — Façam uma mala pequena para ela. Documentos e trocas de roupas.

Soobin assentiu, correndo para o quarto da mãe. Jimin ficou a sós com a avó, e mesmo sabendo do desprezo dela, falou com ela: — Vai ficar tudo bem?

Ela o olhou, respirando fundo. — Vai. Não vou deixar minha filha definhar. Não se preocupe. Ela vai ficar sob meus cuidados até melhorar. Cuidem da casa, seu tio virá vê-los.

Assentindo, Jimin não disse nada, mas ela continuou: — Tem um cheiro forte em você, garoto. Foi marcado? Você nem é casado.

Os feromônios de Jungkook eram tão fortes assim? Já fazia dias desde quando estiveram juntos.

— Não, não sou marcado.

Ela soltou uma careta. — É bem intenso. Cheiro de quem foi traçado com força. — disse e riu do rosto vermelho do neto. — Pessoalmente falando… — disse mais baixo. — Eu acho a junção de ômegas e alfas a mais excitante. Espero que meu marido lá no céu não se ofenda com isso, mas verdade seja dita.

— Soobin! Apressa aí! — Jimin chamou o irmão.

Quando eles estavam prontos para partir, Park hesitantemente andou até o carro, vendo a mãe no banco de trás. Ela dizia: — Eu tô bem! Vocês não podem me levar sem que eu deixe…

— Quieta, Daungie — a avó disse, entrando no veículo. — Já que você não sabe cuidar de si mesma, faça o que eu estou mandando. Vocês dois, de olho em tudo.

Suspirando, Jimin acenou, concordando. Então, enquanto o carro partia, ele viu por um breve momento, a mãe chorar.

Piscando algumas vezes, confuso, ele os assistiu sumirem em uma curva. Mirando Soobin, encontrou o irmão roendo a unha do polegar, farejando como se pudesse acompanhá-los para sempre. — Vamos entrar, a gente tem que limpar essa casa. O quarto dela tá fedendo.

Soobin respirou fundo. — Ela vai melhorar, não é?

Jimin assentiu sem hesitar, não porque tinha certeza, mas porque não queria preocupar o mais novo. — Logo ela volta, e vocês vão voltar a ser como eram antes… — lhe deu um sorriso. — Ela só precisa se tratar.

Soobin engoliu em seco. — Mas quando ela voltar, e estiver boa… ela vai voltar a bater em você?

Pra ser sincero, ouvir aquilo em voz alta mexia um pouco com Jimin. Ele apanhava da mãe, claro, mas aquilo nunca era citado assim.

Coçando atrás da cabeça, ele nem o respondeu, apenas continuou a andar, mas antes que entrasse, viu um carro familiar estacionar em frente ao portão, e Jungkook saiu de dentro dele. Droga.

Soobin se virou, abrindo a boca. — É o irmão do Dasom…

Se encostando no carro, Jungkook cruzou os braços, usando um boné preto, seu rosto estava praticamente escondido pela sombra, mas ele obviamente não estava feliz.

— O que ele tá fazendo aqui? — Soobin perguntou. — Ele… — e farejou. — Espera… é o mesmo cheiro…

Jimin mirou o irmão pelo canto dos olhos. As bochechas do mais novo ficaram vermelhas. — Era com ele que…

— Vai pra dentro — o ômega mandou.

Hesitando por um segundo, ele se foi, e Jimin respirou fundo antes de caminhar até o portão de casa, saindo sem muita postura. — Não é um momento bom…

Mais perto, pôde ver seu rosto. Ele não estava feliz mesmo.

Justo. Jimin realmente não o respondeu nos últimos dias, desde quando se viram, é verdade. Como iria explicar? Não sabia explicar.

— Quando vai ser um momento bom? — ele perguntou.

Quando?

— Eu tenho que limpar o quarto da minha mãe, minha avó acabou de levar ela pra ser internada. — foi honesto.

Jungkook desfez a pose. — O que ela tem?

Jimin deu de ombros. — Depressão? Não sei.

— Foi por isso que você não me atendeu? — perguntou, e em sua voz havia uma mágoa tão dolorida que Park sentiu o coração rachar.

Por que não o atendeu? Por que?

— Não — disse, abaixando a cabeça. — Eu preciso entrar…

— Eu te ajudo — Jeon interviu, segurando o portão. — Posso?

Tentando não demonstrar tanto espanto, Jimin parou no mesmo lugar por uns segundos, antes de voltar a andar. — Está nojento.

O seguindo, Jungkook arregaçou as mangas da jaqueta jeans. — Já esteve numa rave?

— Você sabe que não.

— É pior.

Entrando na casa simples, Jungkook sentiu logo o odor de doença, de alfa doente, e olhou em volta. Na cozinha não cabiam três pessoas, a sala tinha um sofá gasto, um televisão um pouco antiga, cortinas de estampa, um tapete com muitos fios soltos. Sem muito mais cômodos, um curto corredor levava a três portas, as quais ele descobriu que eram dois quartos e um banheiro. Era tudo bem pequeno.

No quarto da sra. Park, Soobin levou um susto quando viu Jungkook entrar. — Hyung?

Jungkook não conseguiu responder, espantado com o estado do quarto. Havia uma cama de casal com lençol manchado, travesseiros afundados, e no chão tinha muitos pratos e embalagens de comida, filas de copos com água pela metade, roupas jogadas, havia teias de aranha e mofo, e um cheiro insuportável. Como um humano vivia ali?

Envergonhado, Jimin passou a mão pela testa, se encolhendo. — Ela não deixava a gente entrar…

— É! Ela não deixava! — Soobin reforçou, parecendo constrangido também. — Por que ele tá aqui, Jimin? O que ele vai pensar? Meu Deus.

Jimin se irritou e, levantando a cabeça, disse: — Ele quis! Se for muito, ele pode sair.

Intervindo, Jungkook abriu um sorriso. — Eu vou ajudar. — e virou a aba do boné para trás, pondo as mãos na cintura. — O Soobin pode pegar um saco, balde, vassoura, certo? A gente afasta tudo.

— Beleza — o mais novo sequer hesitou, passando por eles para fazer sua parte.

Sozinhos, Jimin ficou no mesmo lugar por um tempo, processando a situação. Jungkook ia um pouco ao extremo. Como um garoto como ele, cheio de dinheiro, chegava a esse ponto só para conseguir alguma coisa?

Cansado dos olhos dele em cima de si como um caçador, Jimin começou a se mexer, indo até a janela, tirou as cortinas, as jogou na cama, e empurrou o vidro, deixando o ar entrar. Jungkook juntou toda a roupa de cama e jogou para fora do quarto, tentando ignorar o cheiro ruim, e assim que voltou, pegou Jimin tentando levantar o colchão, então o ajudou, facilmente puxando o objeto, o levou para fora, e em seguida levantou a cama. Uma aranha correu no meio da sujeira, e Jungkook deu um pulo para trás. — Ah, que nojo!

Jimin apenas pisou sobre ela, e chutou seu corpo morto para desgrudar do chão. Jeon fez uma careta, dizendo: — Você não tem nojo disso não?

O loiro rolou os olhos. — Elas são comuns em casas velhas.

Soobin voltou, trazendo tudo que precisava. — O que eu faço agora?

— Põe as coisas pra lavar? — Jungkook pediu com um sorrisinho.

— Ah, sim — ele respondeu de imediato.

Jimin ralhou: — Pau mandado.

Pegando a vassoura, Jeon passou pelo ômega, encostando o corpo no dele, disse: — Ele é mais legal que você.

Respirando fundo, Jimin tomou a vassoura da mão dele. — Leva ele pra sua casa.

— Não aguentaria dois adolescentes no mesmo lugar — respondeu, começando a juntar a louça suja. — Ela está doente desde quando? Tem comida com mofo aqui.

— Faz uns meses — respondeu o menor, varrendo a sujeira dos cantos.

Entregando a louça a Soobin na porta, Jeon abriu o saco de lixo e começou a juntar as sujeiras maiores, mesmo com nojo de tocar naquilo. — Ela não tem ninguém pra se relacionar?

— Não — Jimin suspirou. — Desde quando se separou do meu pai, ela não teve mais ninguém.

— É difícil viver sem um ômega depois que se tem um por tanto tempo… o corpo se acostuma. — ele comentou.

— Meu pai é alfa, ambos são — lhe disse.

Agachado, Jungkook o olhou. — E por que você é ômega?

Se virando para ele, Jimin deu de ombros. — Meu avô por parte de pai é ômega.

Jeon parou de juntar o lixo por um momento. — Não.

— Não, o que? — o loiro parou de varrer.

— Não é assim. Você recebe a herança da geração anterior a sua… dos seus pais. — ele explicou.

— Nem sempre — Jimin respondeu. — Minha mãe disse que é raro, mas acontece.

Jungkook levantou-se em silêncio por um momento. — Nesse caso você seria beta, no máximo.

Jimin não estava entendendo. — Claro que não.

— Como não? — o alfa questionou. — Se você não receber nenhuma das heranças dos pais, você nasce beta. Não passa dos avós, tataravós ou que seja. Pode pesquisar.

— Mas minha mãe dis-

Jungkook o interrompeu: — Sua mãe? Aquela que te trata feito um cachorro?

Oh.

Sem respostas, Jimin perdeu o foco por um tempo, encarando o chão, se sentiu perdido de repente. Jeon pegou a vassoura das mãos dele, o despertando. — Sua mãe mentiu. Se você é ômega, algum dos seus pais precisa ser ômega também.

Quantas vezes Jimin viu casos assim? Várias vezes, não? Ou eram filhos betas? Suas memórias pareciam tão confusas agora.

— Mas eu sou filho deles — disse, assustado. — Eu e o Soobin temos as mesmas alergias da minha mãe.

— Não tô dizendo que você não é filho deles — falou o mais alto. — Mas que… tem algo de errado com alguma das partes. Sua mãe é claramente uma alfa. E o seu pai?

— É óbvio que ele é — respondeu.

Com medo de ter tocado em um assunto muito complicado, Jungkook abaixou o tom, e se aproximou do ômega. — Talvez eu esteja errado… mas é que minha mãe fazia parte de uma pesquisa sobre esse tópico, eu a ouvi em seminários algumas vezes… minha família é bem rígida quanto a relações entre as espécies, nós aprendemos essas coisas desde cedo.

Educação sexual não era um assunto no qual a sra. Park tocava, claro, ela apenas dizia que Jimin não devia engravidar. Chocado, ele riu. — Ah… o que aconteceu, então? Eu devia ir ao médico?

Jungkook deu de ombros. — Eu acho que está tudo bem com você. Me parece mais que a sua mãe mentiu sobre quem é o seu pai… ou nesse caso, a sua outra mãe.

Outra mãe?

Engolindo em seco, Jimin se sentou na mesinha de canto, se sentindo muito tonto para continuar em pé. O alfa não o tocou porque estava com as mãos sujas, mas se agachou, o olhando nos olhos. — Foi só uma suposição, Jimin… eu não devia ter…

— Eu acho que você tá certo, hyung — Soobin disse, os surpreendendo ao aparecer na porta.

Jimin o encarou. — Você sabe de alguma coisa?

Soobin coçou a nuca, inseguro. — O papai soltou uma vez que… eu era o primeiro filho dele. Na verdade, várias vezes ele age como se… como se apenas eu fosse filho dele.

Sim, sim… ele faz isso!

Se levantando, Jimin pôs a mão na cabeça, andando sem rumo. — É! Ele realmente faz isso, eu te disse uma vez, Soobin… ele não me trata do mesmo jeito que trata você. Mas eu achei que fosse por eu ser ômega… é, e tem mais, ele não tem fotos comigo, lembra? Ele não tem nenhuma foto comigo até os meus dois anos de idade. E ele tem um álbum cheio de fotos com o Soobin. É como se… como se ele não me conhecesse antes disso.

Jeon observou o menor, sentindo por ele. — Calma, Jimin… isso pode ser só uma pequena confusão.

— Pequena confusão? — Jimin riu. — Eu fui tratado feito lixo por eles, a vida toda. Por que mais seria? Eu sou a porra de um bastardo. Como eu não pensei nisso antes?

Estava furioso, e chutando o pé da cama, disse: — Foda-se ela!

Nesse estado, deixou o quarto, andando sem coordenação até que estivesse do lado de fora da casa, sentando-se nos degraus, abraçou as próprias pernas, bufando de raiva.

No quarto, Jungkook tentou segui-lo, mas Soobin o impediu. — É melhor deixar ele sozinho. O Jimin não vai se acalmar se alguém ficar em cima.

Hesitante, Jungkook decidiu ouvir o irmão do rapaz, e respirou fundo. Não esperava nada disso quando decidiu procurá-lo mais cedo. — Vem, Soobin, me ajuda, vamos terminar isso aqui.

Do lado de fora, Jimin se manteve na mesma posição, enquanto sua cabeça fazia uma ordem cronológica de acontecimentos que agora faziam sentido. Não poderia ser tão odiado sem nenhum motivo, não é? Nunca foi um menino ruim, e mesmo que não fosse excepcional e um pouco preguiçoso, não devia ser uma razão plausível. Mas ser um bastardo parecia exatamente o tipo de coisa que sua mãe detestava.

Mas por que? Se tinha outra mãe, uma ômega, o que havia acontecido? Por que Jimin foi criado como se fosse filho de dois alfas? Se o sr. Park não era o seu pai, por que eles nunca contaram?

Por que estavam mentindo? E o tratando tão mal…

Sentindo os olhos encherem de água, fungou algumas vezes, tentando controlar o fluxo de lágrimas. Quase como se estivesse em seu ritmo, o céu acinzentado começou a liberar a chuva presa há alguns dias. E Jimin começou a se perder em meio aos sentimentos, enquanto a água respingava em seus pés, passou a repensar diversas coisas, diversas atitudes, e até mesmo a forma como ele se via e se mostrava para os outros.

Então, talvez a vida fosse um pouco mais fácil se ele tivesse uma mãe amável? Um pai de verdade.

Ouvindo a porta abrir, ele passou as mangas da blusa no rosto, tentando limpar as lágrimas. Jungkook se sentou atrás dele na escada, o abraçando, encostou o queixo em sua cabeça. — Nós terminamos. Lavei minhas mãos, e o Soobin vai fazer comida.

Assentindo, sem dizer mais nada, Jimin fechou os olhos ao toque das mãos do alfa, lhe abraçando sem vergonha. Parecia estúpido parecer tão fraco na frente de alguém, mas se parasse pra pensar, não era a primeira vez que Jeon presenciava seus momentos frágeis.

Se permitindo desmanchar por um momento, Jimin deitou a cabeça nos braços dele, voltando a chorar. Jungkook apenas o abraçou com mais conforto, o mantendo apertado em seu corpo, enquanto apenas o som da chuva caindo era ouvido. Realmente doía vê-lo assim.

Passados mais de vinte minutos, Jimin finalmente afastou o rosto do braço de Jungkook, deixando uma mancha de lágrimas no jeans, suspirou, e se levantou. — Você tá com fome?

Jeon se levantou, abrindo a porta. — Uhum, vem, tá um cheiro bom.

Seguindo o alfa para dentro de casa, Jimin viu Soobin encher uma última tigela na pia. — Caldo. Não tem muita coisa pra fazer.

— Você é dez vezes mais prestativo que eu, Soobin. Eu não sei nem fazer miojo, sabia? — Jungkook lhe disse, pegando uma das porções.

Jimin foi até o banheiro lavar o rosto, e hesitante andou até o quarto da mãe, levando um leve susto com a diferença. O chão estava limpo, a cama estava com lençóis novos, toda a roupa jogada havia sumido, e o cheiro estava mais fraco, sendo levado aos poucos pela janela aberta. Então, ele voltou para a cozinha, Jungkook tomava o caldo ao lado de Soobin, enquanto o mais novo mostrava alguma coisa no celular, apontando e explicando.

Se juntando a eles na mesa, o loiro apenas provou a comida, com pouca expectativa, antes de descobrir que na verdade era uma delícia. Seu irmão havia feito aquilo? Nunca diria pra ele o quão bom estava, mas passou a comer com mais apetite. Soobin disse ao outro alfa: — Mas o Dasom odeia o time. Todo mundo sabe.

— Eu não sabia — Jeon respondeu, parecendo pensativo. — Meu pai não ia gostar de saber disso, pra falar a verdade.

Pais. Nunca estão felizes com nada.

— Pais nunca gostam de nada que a gente faz — Jimin soltou, chamando a atenção dos dois. — Não importa o que você faça, e mesmo que faça o que eles estão impondo, ainda não é suficiente.

Observando o ômega, Jungkook sorriu de canto. — Mas você nasceu por causa deles, então vale a pena.

— Ew! — Soobin soltou.

Jimin girou os olhos, ignorando o sorriso safado do maior, mesmo que fosse lindo demais. — Eu tinha uma resposta estúpida pra você, mas eu não vou dizer.

— Woah, acho que você está se apaixonando, hmm — ele soltou, e mesmo que fosse brincadeira, ambos pensaram na sentença.

Se levantando, Soobin lhes deu uma careta. — Nojento.

— Daqui a pouco é você, Soobinie! — Jungkook avisou, e vendo o garoto ir para a sala, de costas para eles, se aproximou de Jimin. — Será que podemos conversar depois?

— Longe do Soobin — respondeu com a voz baixa.

— Eu sei — Jungkook cochichou, voltando a comer. — Vamos trocar de irmãos.

— O seu não aguentaria dormir no mesmo quarto que eu — lhe disse.

— Nesse caso, posso eu trocar de lugar com o Soobin? — perguntou, levantando as sobrancelhas de um jeito charmoso.

— Prefiro um adolescente chato do que um marmanjo tarado — respondeu-lhe.

— Mesmo? — ele perguntou, um pouco sério demais.

Jimin o olhou. Não, não era verdade, mas era difícil falar sobre isso.

— Come — disse apenas, apontando para a tigela de caldo.

Terminando, Jimin lavou a pequena louça, enquanto os outros dois estavam ocupados conectando o videogame do Soobin, qual a sra. Park o proibiu de jogar há um tempo atrás. Quanto mais tarde precisasse encarar o alfa, melhor, então depois de terminar a tarefa, entrou no banheiro para um banho rápido, onde tentou desinchar os olhos. Mas assim que entrou no quarto, lá estava Jungkook, sentado sem sua cama, não vestia mais a jaqueta e o boné, e apenas observava alguns papéis sobre a mesa que separava as duas camas dos irmãos.

Jimin não disse nada, apenas se sentou ao lado dele, com a toalha nos ombros, começou a secar o cabelo, mas Jeon tomou a toalha de suas mãos, secando o cabelo por ele. — Acha que está em um dorama, Jungkook?

— Sim — disse o alfa, esfregando seu cabelo. — Você é o mocinho estressado, e eu sou o galã que vai mudar sua vida.

Hm.

— Galã?

— Posso ser o vilão sexy que todo mundo acha um tesão.

Rindo fraco, Jimin deixou ele fazer o que queria, até que gradativamente ele parasse. — Você cheira bem. — disse Jungkook, e beijou seu pescoço. — Bem demais…

Desviando dos toques, Jimin reclamou: — O Soobin pode entrar…

— Ele não vai, está jogando… — falou. — E ele tem idade o suficiente pra saber que pode ver alguma coisa que não quer, se entrar sem avisar.

Dito isso, voltou a beijá-lo, notando algumas marcas desvanecidas da última vez. Quando sentiu que ele estava relaxado, perguntou com uma voz sútil: — Por que me ignorou esses dias? Se arrependeu de alguma coisa?

Não!

Diga Jimin, diga que não.

— Jungkook… — tentou dizer.

O trazendo para perto, Jeon o abraçou pela cintura, encostando a cabeça em suas costas. — Fala, meu bem…

Ouvindo aquilo, sendo tocado daquela maneira, Jimin perguntou-se como poderia se afastar dele, e por que deveria. Por que deveria? Porque sentia que estar com ele parecia insensato? Jungkook era gentil ao tocá-lo, lhe dizia as coisas que gostava de escutar, ignorava as dificuldades, o fazia se sentir bem como ninguém fez antes. Então, por que se sentia tão pouco pra ele? Tinha essa sensação de que não valia a pena o esforço, que não conseguiria mantê-lo investido por muito tempo, e que a qualquer momento Jeon o deixaria, cansado de esperar mais e nunca recebê-lo.

— Eu não posso ler pensamentos, Jimin — Jungkook lhe disse. — Eu preciso que você fale. Por favor…

Fechando os olhos, Jimin pôs as próprias mãos sobre as dele. — Eu acho que você vai se cansar de mim mais rápido do que imagina… eu não tenho nada de especial. Acho que faz mais sentido você me deixar.

— Por que não deixa eu tentar, hm? — questionou. — Se você continuar me afastando, eu vou parar tão longe que realmente vou te deixar. Você quer isso, hyung? Você me quer longe?

Não. Não. Não…

— Não há nada impedindo isso de acontecer, Jimin. Só você. — o disse. — Se você quer, e eu quero, isso devia bastar, não? Por que você veio a minha festa naquele dia? Por que deixou eu te beijar? Não era sua vontade?

— Era — respondeu, com a voz baixa e tímida.

— E agora? — o beijou mais uma vez. — Não sente mais vontade de estar comigo?

— Sinto.

— É só ficar, Jimin.

— Mas e se…

— E se? Se o que? — riu baixinho. — Já pensou que você pode se cansar de mim primeiro e me dar um pé na bunda? — supôs. — Isso não está me impedindo de tentar ficar com você, está? Mas é uma possibilidade, não?

— Eu não faria isso — Jimin respondeu, brevemente ofendido.

— Por que eu deveria confiar em você? — perguntou-lhe. — Você tem alguma prova? Não, certo? — e o virou, para que o olhasse nos olhos. — Eu não tenho como te provar que eu também não faria isso com você, minha última chance é você confiar em mim. Jimin… eu nunca insisti tanto em alguém, eu nunca quis tanto alguém. Eu simplesmente te quero. O que mais eu posso te oferecer?

Respirando fundo, tocado pelas palavras, hipnotizado pelo olhar do alfa, Jimin sutilmente assentiu. Havia uma complexidade muito grande em seus sentimentos. Não queria que Jungkook fosse embora, mas não achava que daria certo se ele ficasse.

— Você me disse que não ia voltar atrás. — o lembrou. — Eu confiei em você, hyung.

Piscando os olhos algumas vezes, Jimin se sentiu nervoso naquele momento. — Eu não vou… — disse apressadamente. — Voltar atrás.

Levantando a cabeça, o olhando de cima, Jeon passou uma das mãos por seu rosto macio. — Se você continuar me ignorando, eu não vou poder mais acreditar nisso.

Como poderia? — Jimin pensou. Realmente, não podia dizer uma coisa e fazer outra. E não era o que queria fazer.

— Me entendeu? — o alfa perguntou, sutilmente o segurando pelo queixo.

Sem perceber, Jimin assentiu, sem hesitar. E sendo assim, Jungkook o beijou nos lábios, o puxando pela cintura até que estivesse sentado em seu colo, e encaixados confortavelmente, se beijaram com intensidade, deixando estalos e pequenos gemidos escaparem, enquanto se apertavam e compartilhavam calor um para o outro. Jeon poderia tranquilamente aguentar por mais alguns segundos, mas Park teve o fôlego esgotado, então eles terminaram de se beijar em selos lentos e molhados.

— Me responda quando eu tentar falar com você no celular, eu não vou te incomodar o dia inteiro — ele disse, passeando com as mãos pelas costas de Jimin por baixo da camisa. — Eu só quero saber como você está.

Envergonhado, Jimin desviou o olhar. — Não me dê ordens.

— Oh — Jungkook sorriu. — Você gostou das minhas ordens quando estávamos no estúdio.

— Vai se foder — respondeu. — Eu não sou daquele jeito.

O beijando no rosto, Jungkook lhe deu uma mordida no queixo. — O que devemos fazer? O Soobin deve estar matando zumbis agora. Hm?

Jimin o empurrou na cama, para que se deitasse. — Eu posso te matar e você se tornar um zumbi também.

— Sendo um zumbi, quem é a primeira pessoa que eu deveria comer? — o provocou, o segurando pela cintura sobre seu colo. — Você parece tão gostoso que eu ficaria satisfeito por anos.

Ignorando suas investidas, por mais estupidamente charmosas que fossem, Jimin se deitou ao lado dele na cama pequena. — Cala a boca, você só fala merda.

— Hm — Jungkook soltou, se deitando adequadamente no curto espaço. — Você é muito difícil. Não sei se consigo…

Fechando os olhos, o ômega deixou um sorriso moldar seus lábios. — Quietinho.

— Devia ser carinhoso comigo — Jeon disse. — Sua tatuagem ainda está doendo.

Arregalando os olhos, Jimin se virou para ele, tocando seu peito. — Sério?

Rindo discretamente, o alfa forçou uma careta dolorida. — Acho que você fez com muita força…

— Mas eu falei que não era uma boa ideia — respondeu-lhe, preocupado.

— Olha — disse ele, puxando a camisa e mostrando. Jimin analisou a tatuagem de jasmim que havia feito nele, tentando encontrar alguma anomalia. Parecia bem, apesar de não entender nada do assunto. — Toca pra você sentir.

Tocando, Jimin sentiu que havia sim uma sutil cicatriz, uma casquinha de machucado. — Isso dói?

Gemendo, Jungkook choramingou: — Ah, hyung… muito. Você devia dar um beijo pra sarar.

O ômega então lhe deu um tapa na perna. — Eu me preocupei!

Rindo, Jungkook o puxou para um abraço, apertando o rosto do loiro contra seu peito, o impedindo de se afastar por mais que tentasse, até que ele tivesse finalmente desistido e ali ficado. Passando com a mão por seu cabelo, acariciando, lhe disse: — Sempre que estiver duvidando de qualquer coisa, me chame.

Calmamente se aninhando a ele, Jimin observou as tatuagens do peitoral do alfa, sentindo seu cheiro quente, fechou os olhos. Jeon continuou: — Se quiser a minha ajuda pra qualquer coisa, me fale.

— Qualquer coisa? — perguntou.

Qualquer coisa.

Levantando a cabeça para olhá-lo, ponderou por um alguns segundos antes de perguntar: — Quer me ajudar a descobrir se eu tenho outra mãe?


//maria do bairro agora, ah tá, virou novela mexicana agora legal muito bom

aceito críticas, mas também não fico calada

Votem e contentem!1

Tt: namjowl
Ig: baobei.zi //

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