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Extra - Participação especial s2

(Enquanto isso o que rolou com o Raimundo. \o a galera do CBN liberou usar o personagem aqui s2.)

As mudanças climáticas estranhas fazem com que o jovem de curtos cabelos castanhos, jaqueta verde e um marcante artefato no braço direito deixasse sua casa em busca do que estava causando tais alterações.

Ele percebe que seja o que fosse, cruzava com uma velocidade anormal os céus deixando marcas sobre as nuvens, como se fosse um jato.

Prevendo o pior, ele logo percebe o objeto cair despencando do ar como se fosse uma nave perdendo o combustível do nada e seguindo a inércia ao atingir o solo com fúria. O objeto até parece tentar manobrar para cair fora da cidade, e o jovem salta a janela se converte em uma criatura azulada com pés parecendo rodas, acelerando para tentar evitar que pegasse fogo nas árvores e chegasse à cidade ou destruísse a floresta.

Entretanto ao se aproximar, não percebe um único indício de fogo.

Tudo o que viu, não fez o menor sentido.

— Ei... você está bem? — pergunta inutilmente; o rapaz de pele morena e cabelos castanhos estava desacordado. — Merda. — murmura ao perceber o sangue, acionando seu dispositivo, convertendo sua forma humana em um ser com quatro braços e pele vermelha escura.

Sem tempo para pensar muito ele o resgata das rochas, percebendo que o jovem havia caído ali sem nave sem nada, não encontrando nenhum destroço por perto.

Raimundo estava apenas com o dogi de treino, e como não foi algo planejado não possuía documentos, e não tinha como ser levado a um hospital. Por sorte o jovem possuía itens bem interessantes para salvar sua vida.

— O que você está fazendo Ben? Você nem conhece esse cara! — o jovem se auto crítica ao simplesmente agir e por o desacordado xiaolin em sua cama, enquanto pegava um dispositivo no armário.

Mas assim que tenta usar o item sobre o moreno, esse tem um breve momento de consciência movido por seus treinos e segura o item o impedindo de por sobre seu corpo, amassando entre seus dedos.

— Caralho... o que você é? — murmura o vendo desacordar, fazendo força para tentar se manter acordado, mas não conseguindo.

— Bem. O que está havendo agora? — sua mãe, uma mulher de cabelos louros que poderiam ser tingidos ou não com com os olhos verdes como os de seu filho. — Quem é esse? — ela já pergunta preocupada, sabendo que o filho conhecia muita gente.

— Eu não sei. Mas... se não ajudar ele vai morrer. — diz preocupado vendo o sangue manchar sua cama. Logo se tornando um pequeno ser acinzentado e consertando o dispositivo quebrado. — Isso vai ajudar nos primeiros socorros.

Desta vez o brazileiro não desperta pela falta de sangue e o item aparentemente alienígena, consegue fazer os cuidados iniciais em seu corpo, fechando as feridas internas e externas, pondo os ossos quebrados no lugar e engessando.

— Como você tá vivo? — murmura sentado ao lado da cama pensativo. — Você não é humano, né? Em que treta ta envolvido carinha?

Por dias então a família vigia preocupada com o bem estar do desconhecido misterioso, debatiam sobre chamar as autoridades e o levar a um hospital, mas a falta de documentação fazia tudo impossivel.

Temiam que o jovem chegasse a óbito pelo nível de seus ferimentos, e que sua presença ali trouxesse perigo a casa.




— Onde eu to? — Raimundo desperta assustado apensar de seu corpo não corresponder a vontade de se levantar.

Ele se percebe em um quarto, com ataduras e gesso em seu corpo.

Tudo doía e rodava de uma forma diferente do que sentia com o feitiço de Dojo, agora eram feridas reais; nada foi curado ao término do duelo ao som do gongo como estava acostumado. Sorrindo com esse pensamento; se percebeu em um colchão inflável no chão e que a cama a seu lado estava sem um colchão imaginando os motivos para tal.

Claramente havia sido resgatado e cuidado, mas onde estava?

— Finalmente acordou? — a voz de seu anfitrião soa zombeira. — Tava esperando um beijinho? O que ouve? Como você se estrupiou assim? — questiona direto, não dando muito tempo para o jovem misterioso pensar em uma desculpa ou mentira.

Mas Raimundo não disfarça estar pensando e organizando a mente.

A última coisa que se lembrava era uma nuvem de emoções colidindo, e depois sentir o corpo fraquejar.

Havia tido um rompante e caído.

— Fui idiota. Eu podia ter morrido... Obrigado pela ajuda. — diz ao se virar na cama com certa dificuldade e se sentar, sentindo o corpo todo doer. — Sou Raimundo Pedrosa, e você é?

— Ben Tennyson. — responde sério ainda a analisar o cara à sua frente. — Tem muito o que explicar. Se não, vou ser obrigado a te entregar aos encanadores.

— Oi? — o brazileio demora um pouco a reconhecer a famosa figura à sua frente. — Espera, você é o carinha transmorfo?

— Ben 10.

— Que tem um item mágico que muda de forma, né?

— O omnitrix é tecnologia, e eu viro aliens. — Ben nem esconde sua nítida desconfiança; mas Raimundo sabia bem que não podia revelar nada ao jovem que salvou sua vida.

Mas a sorte estava ao seu lado, e mais uma vez seu telefone toca. Como Cly pontuou o garoto tinha nascido virado pra lua.

Apesar da tela trincada ele ainda funcionava por não ter batido diretamente no chão e ter usado o corpo do dono de amortecedor.

— Isso não para de tocar. — Ben diz sério ao pegar o aparelho na cômoda e o devolver, havia visto na tela cada chamada sem atender. — Você põe foto nos seus contatos... — murmura se sentindo errado ao ter invadido a privacidade do outro mesmo sendo sem querer.

Entretanto Raimundo apenas pega o aparelho vendo a foto de Clay demonstrando ser mais uma chamada logo depois da primeira que os fez pegar o aparelho.

Ele fica olhando a tela até essa parar de tocar, logo mostrando a quantidade de chamadas perdidas, sendo sempre de Clay e Kimiko tendo poucas de Omi; não entendendo por que mais de um ligar já que estavam todos juntos.

Não conseguia imaginar que estavam preocupados e desesperados.

Só imaginava que ainda estariam furiosos.

— Você apagou por dias. Eles devem estar preocupados. São seus amigos? Sua família? De onde você veio? — pergunta ao se sentar ao lado de Raimundo percebendo suas mãos trêmulas. — Pode me explicar como você caiu do céu? Te empurraram de uma nave?

— Olha... eu sei que você... vai precisar chamar as autoridades e coisas assim. Então vai em frente. Por que eu não posso contar... — murmura, sua cabeça ainda estava um mar de pensamentos ruins.

Talvez passar um tempo preso e até se curar seja o tempo que precisava para os encarar.

Não queria mesmo voltar.

E Ben percebe isso.

— O que faz uma pessoa preferir ser presa? — pergunta direto; percebendo não ser apenas para não revelar seus segredos.

Mas o moreno apenas o olha, voltando a seus pensamentos turbulentos.

Por que?

Doía menos.

Doía muito menos ser preso injustamente por ser suspeito de sabe lá o que, do que ouvir aquelas palavras novamente.

Mas logo uma nova chamada ilumina a tela, desta vez era Fung seu antigo mestre.

— Eita. De onde conhece esse cara? — entretanto Ben parece reconhecer a foto tirada contra vontade do homem, uma imagem até engraçada para uma figura tão séria.

— Eu que me pergunto. Esse é o mestre Fung do templo xiaolin. Como alguém conhece ele? — acaba por revelar um pouco logo cobrindo a boca.

— Templo... isso explica essa roupa aí. — murmura e só então Raimundo se dá conta de que estava sem seu dogi, muito provavelmente havia rasgado e se sujado de sangue na queda. — Eu conheci esse homem no funeral do meu avô. Ele e outros amigos dele lotaram o lugar, mas ele falou tantas coisas e de uma forma que eu não consegui esquecer seu rosto ou sua voz.

— O mestre é assim mesmo. — murmura um pouco pensativo com um sorriso triste nos lábios; as palavras de seu mestre eram marcantes. E estava sem coragem de as encarar agora. — Meus pêsames por sua perda. E obrigado mais uma vez por me ajudar. — diz tentando se levantar, um pouco sem graça por ter sido trocado e estar claramente com algum moleton do dono do quarto.

— Você é um dos aprendizes que ele me falou... Unf. Olha eu entendo que existem segredos que não podemos revelar. Que é melhor sermos punidos do que contar. — explica ao passar um pano, deixando claro que não iria mais chamar as autoridades.

Dando uma colher por ele ser aprendiz de um amigo de seu avô.

— Unf, agradeço pelo voto de confiança. — sorri meio sem graça ao suspirar.

Mas os olhos esmeralda do brasileiro eram expressivos, e Ben já viu muito bem esse olhar antes. No espelho.

— O que tá pegando cara?

A pergunta o fez lembrar de uma coisa que um de seus irmãos disse uma vez: é bem mais fácil desabafar e falar com pessoas on-line e fora de sua vida, pois eles não vão te julgar. Eles nem conhecem de quem você fala, podem dar uma opinião imparcial do seu ponto e te ajudar a entender melhor.

— É complicado. — murmura ainda sentindo o corpo dolorido da queda, mas nem de longe era o que mais lhe afetava. — Eu... só surtei e vazei no meio de um bate boca... E agora estou sem coragem de só... voltar como se nada tivesse rolado. Já passaram dias, pra piorar.

— Olha eu entendo bem. Acho que não existe uma pessoa nessa vida que não entenda isso. — responde franco. — Não quer voltar? Mas tem algum plano do que quer fazer, ou só sabe o que não quer? — pergunta direto. — Mas o que causou essa briga?

— Não eu não quero... aquele lugar não é mais meu lar... — responde mais emotivo do que lógico.

— Não está sendo dramático? Por uma briga só. — corresponde direto o encarnado de forma a o obrigar a responder.

— Não, eu já vi aquele olhar antes e aquelas palavras. Eu sei bem como termina. — responde virando o rosto, e Ben suspira pensativo levando a mão aos cabelos.

— Ok... acho que eu entendo seu ponto. É difícil, mas não se vence nada sem combater. — murmura ao lembrar das histórias de outras pessoas até mesmo seus próprios erros, o medo de ser julgado novamente.

— Eu sei disso, entendo a analogia, mas eu não to afim de brigar desta vez. Entende?

A dor em sua voz era palpável.

Era visível que o moreno havia passado por algo, que ainda o afetava imensamente e estava refletindo no ocorrido de agora.

— Bem, você ainda precisa se recuperar. E está sem um documento sequer. Então tem tempo para por a cabeça no lugar.

— Está aqui. — murmura ao pegar o celular, e abrir um aplicativo que tinha acesso a tudo que precisava, desde os tipos de carteira de motorista, a convênio médico.

— Isso é muito útil. Nossa me passa o nome desse app aí. — brinca impressionado já baixando pelo nome e ícone que via na tela quebrada.

— Foi uma amiga quem criou. — diz meio pesaroso ao lembrar de Kimiko.

Amiga...

A última interação que tiveram, ela havia dito algo importante.

Mas sua mente e alma ainda estavam sobre os domínios do dragão, fazendo com que tudo ficasse muito enevoado. Ele a ouviu... ela estava treinando se confessar era isso.

Eles se beijaram!

— Eita. — Ben da um pulo, quando sem querer um vento forte bagunça seu quarto. — Que porra foi essa?

— Desculpa. Você não é o único com poderzinhos. — sorri sem graça, não tinha como esconder depois da gafe, precisava se controlar e ser menos emotivo; mas foi inevitável ao se lembrar que haviam se beijado.

Justo esse momento ele estava sob o efeito de Dojo.

Sua cabeça não conseguia organizar perfeitamente o momento, por ser algo contra os desejos do Dragão, uma das coisas que ele apagava de seus pensamentos para o manter sobre controle, seus sentimentos pela parceira.

Estava furioso com Dojo.

Uma fúria que o fazia entender a raiva de Omi e Clay quando ele fingiu trair tudo que os disse e apoiou, metendo uma proibição injusta do nada.

Mas precisava fingir.

Precisava os proteger de Dojo.

Dojo.

De que importa se estavam bravos, se o odiavam. Se julgavam e não acreditavam nele e o achavam um criminoso.

Precisava voltar e os proteger de Dojo. Dos planos de Wuya. Os tirar de lá.


— Calma! — Ben grita ao o ver tentar se levantar, e desabar com tudo no chão. — Vai abrir as feridas assim. Merda... olha só o que fez. — avisa meio tarde ao ver o sangue sujar o moletom.

— D-desculpa... meus colegas estão... em perigo. Não posso os deixar lá assim, só porque fui descabeçado e me machuquei sozinho.

— Tah, mas agora você já está machucado. — diz ao o ajudar a se sentar novamente. — Precisa se focar em melhorar. Confia que eles sabem se virar um pouco sem você. Se é algo tão urgente assim eu vou lá.

— Não! — se exalta, engolindo a dor. — V-você não pode ir. Vai piorar tudo se alguém de fora se meter. Eu não sei do que o Dojo é capaz.

— Confia nos seus companheiros?

— Sim... — murmura, não podendo negar que estava ferido demais para ir contra Dojo. Precisava se recuperar para ter uma chance. — Mas eles confiam... no perigo, não sabem de onde está vindo. Eu preciso voltar logo. — murmura ao tentar se reerguer, mas a dor de seu corpo o trava.

Ben não sabia o que fazer.

Entendia que o novo amigo, que não tinha como o revelar tudo o que estava rolando, e não desejava o envolver; mas se sentia incumbido a ajudar de alguma forma.

Parou para pensar, se conhecia algum método ou alguém que teria como o curar mais rápido. Ou pelo menos criar algum apoio para isso. Logo se lembrando do "médico": um pequeno alienígena amarronzado, com seis braços, uma cicatriz em um de seus olhos com um tapa-olho a cobrindo; sempre usando roupas típicas de um enfermeiro comum, só que mais estilizada para um "estilo alienígena".

Este estava junto do grupo que vivia agora na terra e poderia o levar até lá, mas tinha alguns problemas em levar um ser humano ali.

O primeiro deles era a confiança de esta pessoa não dedurar, isso ele tinha no jovem que parecia esconder seus próprios segredos. O segundo era não saber se o garoto era mesmo humano.

Afinal, que ser humano iria sobreviver a uma queda como aquela?

— Olha eu não posso e não consigo te deixar ir assim. — diz convicto ao vestir sua notória jaqueta com um 10 estampado sobre o coração. — Vou te levar a um lugar. Mas você vai ter de guardar segredo. — completa sério, e o brazieliro ja imagina do que se tratava.

Mesmo temendo entregar sua vida nas mãos de um ser alienígena desconhecido, o xiaolin do ar já havia tido uma ligação com o heroi do relógio estranho. Mais do que isso; tinha pressa. Uma pressa que sempre foi sua falha.

Entretanto desta vez ele estava certo em se apressar, pena já ser tarde demais.

oOoOoOo

— Tem certeza? — Ben diz ainda preocupado com o novo amigo.

— Sou eternamente grato pela ajuda e os conselhos. Mas não posso mais ficar me aproveitando da sua boa vontade. — diz ao vestir o dogi que comprou com a ajuda de Sandra Tennyson que conhecia uma ótima costureira.

Havia passado muito tempo desacordado e levado mais tempo ainda para se recuperar, fora a cirurgia de emergência que passou, entretanto ainda não tinha como ir a um hospital sem trazer suspeitas estranhas de como um estrangeiro chegou ali, ou o que lhe causou tais feridas, principalmente os estranhos primeiros socorros que recebeu.

— Você mal consegue andar. Sua perna está quebrada, tem costela quebrada. Você teve fratura exposta e os caralhos. Tá todo remendado. Se toca! — Ben não era a pessoa mais emotiva do mundo, mas ver uma pessoa nestas condições se forçando a voltar a um combate... o amarrava a garganta. Era suicicio.

Contudo ao vestir, o dogi de Raimundo toma a forma do líder magicamente, demonstrando que ele precisava ir logo.

— Faz parte.

A resposta dada pelo moreno lembrou a si mesmo e Ben se pegou rindo, ao entender o que Max via e sentia quando ele respondia assim.

— Cara. — põe a mão em seu ombro. — Responde a porra do celular. Acalma eles, diz o que ta rolando usando alguma coisa que o tal Dojo não descubra. — mas ele se reconhece perfeitamente no olhar teimoso do brasileiro e suspira.

Ele não iria o ouvir, da mesma forma que ele não ouvia seu finado avô que cansou de tentar o aconselhar.

Sabia como era sentir o peso de uma responsabilidade.

E como era misturar a sua responsabilidade com este peso e tomar tudo para si.

— Se você não responder. Eu vou atrás de você! — ameaça e Raimundo apenas sorri.

Sim, era uma ameaça descobrir onde estavam, romper os limites, descobrir os segredos xiaolins e tudo. Mas... era um novo amigo, poderoso e preocupado.

— Justo. — se despede com um caloroso abraço, logo alçando voo sem precisar de equipamento algum; coisa que Ben já havia cogitado e imaginado, mas ver na sua frente o fez repensar novamente se aquele garoto era mesmo humano, se ele não usava aquela forma falsa.

(Bem, tentei resumir muita coisa e uma evolução importante para nosso Raimundo, e respeitar as mudanças e ocorridos na obra do CBN, algo que rola diferente na minha ok? Por isso que tem uma parte dois dessa obra focada no meu mundo pois essa explica a ligação ao CBN em especifico. Ps: a descrição do alien vem do próprio site só achei perda de tempo mostrar indo até lá etc, pois seria so bate papo sem algo q agregasse muito a obra. kkk)

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