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Cap 18 - Caminhos trilhados

(Caso não tenha ficado muito claro, Raimundo real morreu ali no final do ultimo cap, mas assim como um paramédico faz uma ressurreição rápida em segundos Dojo usou seu poder na forma de lágrimas em referência aos contos Green.)

— V-vamos para minha casa. — Kimiko, tem a ideia de se esconderem em sua mansão por ser um local mais seguro que a fazenda de Clay ou o circo de Raimundo; e o grupo não tem por que negar, imaginando que o real motivo seja o simples fato de ela ainda estar muito mal e desejar passar um tempo em casa ajudaria.


O caminho foi silencioso.

Os três refletiam sobre o que havia ocorrido.

Sobre Dojo; como o dragão havia corrompido sua própria missão com o decorrer dos séculos...
e se foi certo o que Raimundo fez, em ir contra o que lhes foi ensinado e permitir que Wuya concluísse seu plano.

— Ele... não tinha tempo, e nem como vir nos perguntar o que achávamos. — Omi defende sério e pensativo. — Cabia a ele, como líder decidir. Este é o peso de ser o líder.

— Eu sei disso... — ele murmura pensativo apertando a boca. — Mas o mundo vai lidar com as consequências desta escolha. Não só nós. Pra nós... foi uma libertação.

— Sim. Eu não conheceria a minha namorada nem você o seu. Todos são afetados, Wuya está usando sentimentos bons para unir os mundos. Todos estão ganhando amor, seja de amigos ou de... algo mais. Justamente por que a tentação nos faz... deixar. Permitir... — o menor pontua revoltado por se ver incapaz de negar seus desejos; preocupado com Raimundo que mesmo após a ajuda de Dojo continuava desacordado.

— Isso já não mostra que é uma armação? Que não devemos aceitar essa "propina"? — o maior pontua sério, apertando os dedos entre as mãos pensando em seu amado e como ele o fazia feliz. Era perfeito até de mais...

Com esse papo a japonesa tem um estalo.

Se o que unia os mundos era a propina de dar às pessoas recompensas como amor, o pedido de Hannibal sobre seu filho do futuro era uma dica.

Se um casal de dimensões diferentes tiverem um filho... ele seria um selo. Um novo selo, feito desta vez para unir e não para separar. Um selo vivo, vários deles: pois jamais iriam existir sem essa união...

A bruxa muito provavelmente iria fazer algo com estas crianças...

Mas o dela não entra neste ponto, pois Raimundo é do mesmo mundo. Então qual o objetivo do ser amorfo em desejar seu filho? A confundir?

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— Ele está fora de risco. — o senhor sério trazia um olhar preocupado, não sabia no que a filha estava envolvida; mas nunca viu nenhum deles tão ferido assim.

— Muito obrigada papai. — diz ao o abraçar, agradecida por ter trazido médicos até lá e que ele desta forma finalmente tivesse algum tratamento decente.

— Não vamos abusar da hospitalidade do senhor. Logo mais estaremos tomando rumo. — o louro comenta educado como sempre, a fim de acalmar o homem que mantinha um semblante sério no olhar.

— Fico grato, mas o amigo de vocês precisa de tempo. Eu compreendo que toda a situação não os permite o deixar em um hospital e uma consulta particular é a melhor opção. Não é problema algum os ajudar. — pontua ao cumprimentar ambos deixando o corredor percebendo que alguém estava a porta da frente.

Agitada, Tomoko já adentra o lugar abraçando seu pai e sua irmã mais nova. Apesar de japonesa, ela mantinha os cabelos ruivos acobreados volumosos como de uma famosa agente a quem admirava secretamente, nem sabendo agora ser amiga de sua irmã.

— Podemos conversar um segundo? — a mais velha diz mantendo os olhos castanhos mel em sua irmã, tendo um olhar de aprovação vindo de seu pai.

— Claro. — ela não tinha por que negar, e apenas segue a irmã pelo corredor. Deixando Omi e Clay debatendo em paz sobre o assunto tão complexo.

— O mundo está explodindo, você viu? — diz ao lhe contar sobre as notícias que se espalhavam sobre o mundo.

E desta forma ela percebe que o que Raimundo disse era verdade, o feitiço que os escondia e mantinha alienados e desinteressados no mundo havia sido destruído.

As pessoas não foram esquecidas naquela praia; pelo contrário, estavam estampados em todos os noticiários aquela devastação, assim como as covas cuidadosamente feitas com zelo; entre inúmeras outras coisas que antes passavam em branco, tudo estava sendo investigado.

As PPG davam entrevistas tentando acalmar as pessoas, e ela se perguntava se poderia ser amiga das meninas, ou se elas pensariam se eles são os inimigos.

— Minha nossa... — ela lia tudo perplexa e admirada. Até seu foco estava melhor, conseguia se importar e dar atenção às notícias do mundo.

Sentia vontade de saber da vida da irmã, como ela estava. Se sentiu egoísta por nunca ter o feito antes.

Se tocou que não sabia nada da vida dela, onde morava, se estava com alguém casado ou tido filhos. No que trabalhava agora. Nada.

— Tomoko eu...

— Kimiko eu preciso falar algo muito sério contigo. — entretanto a mais velha a interrompe pegando em suas mãos. — A família anda preocupada de você viver isolada com garotos... sendo a única garota ali... Fora que eu, acabei vendo o comentário das suas novas amigas na sua rede social e nossa família tá surtando.

— Como assim? Eu vivo em um templo, os meninos sempre foram respeitosos. — diz seria, entendendo a preocupação de sua família sobre o assunto. Afinal ela não sabia de nada do que estava acontecendo.

— Mas irmã. As pessoas falam, podem acabar com a sua reputação. Eu me preocupo muito com isso. — diz ao segurar as mãos da mais nova que sorri achando fofo o singelo gesto de carinho.

— Tomoko, o Clay tem namorado. — explica com um sorriso fraco e a mais velha arregala os olhos.

— Aquele homem todo é gay?

— A família dele ainda não aceita, mas estamos dando todo apoio para eles. — sorri dando de ombros. — Nem sempre a família entende.

— Eu... nem sei o que dizer. Ele tem fotos com o garoto na rede social?

— Por que essa pergunta? — questiona confusa com a curiosidade da irmã. — Ele mal posta lá, imagina algo que está dando problemas para ambos? Mas eu vou dar uma ajudinha depois; o garoto ainda não se assumiu para os amigos, pelo jeito ele se importa muito com seus amigos, os pais acho que já sabem ou não ligam. E Clay não falou nada para o pai ou a irmã.

— Entendo. Nossa. Ok. Duvido que as tias chatas entendam, mas eu já fico mais aliviada. — a resposta da mais velha deixou Kimiko confusa, mas ignorou. — Sobre o...

— Sabe que vejo o Omi como um irmãozinho fofo né? — já corta a mais velha que fica sem graça. — Eu não sou pedófila, e ele é uma fofura. — diz ao pegar o celular mostrando a nova rede social do mais novo. — Eu to ensinando ele. Olha a namoradinha dele, que coisa mais fofa! Se conheceram em Nova York e conversam todos os dias. Mesmo com a nossa rotina maluca ele arruma um tempinho nem que seja pra mandar um oi. Fofo demais.

— Ain que menina mais fofinha! Me lembra você quando usava marias chiquinhas e não rabo de cavalo. — a mais velha diz toda emocionada, amor jovem assim era fofo demais para ela. Tão puro e sem safadezas.

— Lindinha né. — sorri lembrando como a garota fazia o amigo feliz. — Ela é uma fofa, está ensinando tanta coisa pra ele, que você não imagina. Acredita que estes dias ele até pensou em usar outra coisa que não fosse um dogi? — sorri animada mostrando umas fotos que tirou do amigo na loja de roupas com outros trajes que o deixavam ainda mais fofo.

— Aimm eu vou explodir de fofura assim! — a mais velha sorri querendo as fotos para ela. — Imagino. Nós sempre ensinamos um mundo aos caras. — diz ao jogar os cabelos de forma arrogante fazendo graça e a mais nova ri. — Isso me deixa tão aliviada, que não tem ideia. Agora se alguém começar com o papo de que você vive como uma puta, tenho novos argumentos. — põe a mão no peito aliviada.

— Como é? — mas Kimiko incendeia as plantas ao redor, de tanta fúria. — Quem tá falando isso?! — ela não pergunta ordena, e a mais velha se afasta; um pouco assustada com os poderes da irmã.

— C-calma. Você sabe como as pessoas são. Sempre inventando maldades. — diz ao tentar acalmar a mais nova. — O papai acha que você deveria mudar de vida, já que as coisas pareciam terminadas. Voltar para o japão, ter uma vida decente. Você sempre foi boa e pode assumir as coisas da empresa. — diz como se fosse a melhor coisa do mundo.

— Eu entendo seu ponto de vista, mas assim como você seguiu sua vida do seu jeito; eu sigo a minha. — pontua séria e a mais velha fecha a cara preocupada.

— Eu sei, mas eu não ando com garotos... As pessoas falam Kimiko. — corresponde preocupada, mas ainda receosa com a fúria da mais nova. — Com as redes sociais você pode ser inocentada fácil, mas ainda tem o brasileiro e como as "suas amigas" falam na "sua rede social". Isso é horrível, você deveria cortar essas piadinhas. Pega muito mal.

— Do que está falando?

— Não se faz de sonsa. Vai dizer que ele também é gay ou tem uma namorada? Sendo que dá pra ver na rede social dele que não? Qual desculpa eu dou? Vocês são só amigos e fim? Moram juntos, ficam se tocando o tempo todo e "nunca" deu clima com o moreno de olhos claros? Ata Kimiko pra cima de mim? Sou sua irmã mais velha, eu te conheço e está se esquivando de falar dele desde o começo do papo.

O tom alvo da japonesa muda para um rubro, só não sabia ser de vergonha ou raiva.

— Você "precisa" arrumar uma forma de ninguém achar que, vocês tem algo. — a mais velha ordena como se cogitar ter algo com o extrangeiro fosse algum crime.

— Como ousa? — os olhos azuis da mais nova são tomados por chamas. Kimiko fica furiosa, mas antes de ela brigar Raimundo intervém:

— Fica na paz, a amizade entre homem e mulher não é mito. — diz ao sair do quarto, e ambas olham espantadas.

Ele não queria causar mal a relação familiar dela, mas ela percebe suas intenções facilmente.

— Raimundo, eu não tenho a menor intenção de abaixar a cabeça para a xenofobia deles, pois todos os seus amigos são estrangeiros. — diz ao o interromper, encarando a irmã como se esta fosse uma heylin.

— Amigos eu também tenho, só tomo cuidado para que isso fique bem evidente Kimiko, e ninguém ache que é outra coisa. — diz com tom de zelo, coisa que irrita ainda mais a xiaolin das chamas.

— __ Se eu namorar um extrangeiro é problema meu. __! — acaba por gritar em japonês e Raimundo nada entende dali em diante. — __ Eu gosto dele, ok! Vai fazer o que? Tentar me proibir? É por isso que veio puxar esse papo tosco comigo?__

A mais velha é tomada por um semblante de horror e nojo.

Como se tal ideia fosse uma afronta.

— __ Não vai me dizer que está tendo um caso com ele? Kimiko você é melhor que isso.__

— __ Caso? Se eu namorar com ele, o problema é meu! Isso nem de longe seria um "caso"! — ela estava transtornada com o uso daquele termo. — O que quis dizer com melhor? Por que eu nasci rica? Melhor, por que ele não é japonês?__

— __ Você sabe muito bem do que eu to falando. Não se faz de sonsa. — põe as mãos na cintura. — Se vocês tiverem filhos? Ele vai ser um mestiço... já pensou nisso Kimiko?__

— __ O que tem de ruim nisso?__

— __ O que tem de ruim? — exclamou indignada. — Você só pode estar zuando da minha cara! — bufa passando a mão no rosto. — Fora que como essa criança seria criada? Como você ia educar ela? Passar valores e tradições? Me explica Kimiko? Ia dar um nome extrangeiro pra ela? Já que gosta tando deles? __

— __ Você fala como se ele não tivesse capacidade de ensinar o próprio filho. Como se a cultura dele fosse nojenta, sem valor algum ou tradições. __

— __ Pelo amor de deus Kimiko. __

— Eu que digo isso. — diz voltando a falar em ingles, percebendo que mesmo usando seu idioma Raimundo não era nada burro. — Volta a falar comigo quando evoluir. — se vira indo até o moreno. — E você já pra cama. Que caralho em... puta merda. Não aprende! — revoltada o empurra delicadamente para dentro do quarto, se tremendo de raiva pelas palavras da irmã.

Não que ela precisasse da aprovação da família para tocar sua vida, mas aquela conversa ferveu seu sangue.

— Está bem, Kimiko? — diz ao se sentar na cama.

Ainda estava sem jeito ou ideia de como falar com ela, mas não era algo que tinha como evitar.

— Não. — bate a porta na cara da irmã que tentava entrar para os impedir de ficar sozinhos em um quarto.

[ — Kimiko, por favor. Pensa na sua imagem! Não faz isso...]

— Tomoko não me irrita se não taco fogo no seu cabelo! — grita furiosa e logo não se ouve mais nada do outro lado da porta.

— Calma Kimiko. — ele diz com um tom ameno. — Seja o que for... — não sabia como completar a frase. Pelos tons só podia julgar ser algo sério para cada uma, e por o impedirem de entender imagina ser algo que envolvesse o grupo.

Fora ter ouvido parte da conversa quando ainda estavam falando em inglês.

— Como está se sentindo? — ela diz tentando se acalmar, sentindo o corpo tremer.

Como Tomoko ousa tentar mandar em sua vida desta forma? Dizer tanta barbaridade sobre seu amigo e o povo dele.

— Com dor... Mas olha Kimiko eu... Unf. — não sabia como tocar no assunto.

— Omi me contou. — diz ao virar o rosto. — O feitiço de Dojo estava te deixando estranho... e te fez fazer aquelas coisas, e depois você só fingiu estar controlado, tinha um plano, mas acabou não dando certo...

— É eu surtei e acabei com meu próprio plano. Mas eu...

— Deixa pra explicar isso com todos ok? — o interrompe.

— Sim, mas eu... — não sabia o que dizer. Como dizer. — Omi me perguntou se eu te beijei... mas eu não me lembro. — ao ouvir isso ela arregala os olhos ficando um pouco tímida pelo assunto e triste por ele ter esquecido. — Eu estava com aquele feitiço que me fazia esquecer coisas e... Sinto muito mesmo; seja o que for que aconteceu... eu queria muito me lembrar.

— Está tudo bem. — vira o rosto; triste por ele não lembrar, mas aliviada por ter sido este o motivo de não ter tocado no assunto. Ou talvez aliviada pelas coisas voltarem ao normal... E se ficarem nos problemas que haviam causado. — Temos muita coisa para pensar agora e...

— Não temos não! — a interrompe. — Só temos de... esperar e ver o que fazer neste novo mundo. Cuidar das nossas vidas.

— Você tem que se recuperar. Quer morrer? Pois parece.

— Kimiko eu... quero/"Preciso" falar com você! Só... não sei como... — seu tom oscila durante a frase, e ela entendia bem o sentimento que aqueles olhos de jade emanavam.

— Olha, você não tem que dizer nada. Eu já...

O tom dela o força a se levantar, e a abraçar.

— Eu não to bravo por ter me queimado, muito menos tenho medo de você. — aperta o abraço a fazendo corar. — Quero conseguir fazer algo... pra te ajudar.

— R-Rai eu to bem. — volta a mentir, sabendo bem que era inútil; assim como sair do abraço, já que não queria sair dali de verdade.

O cheiro dele era tão bom...!

{ — Espera! Estou sendo uma pervertida!} — pensa ao se afastar o jogando de volta na cama. — Você tem de se recuperar. Ok. É o motivo de estarmos aqui. — bronqueia ainda corada, logo percebendo o olhar entristecido dele. — O que ouve?

— Nada... Eu... só fiz merda não é? — responde de cabeça baixa abraçado os joelho de modo pensativo olhando pela janela. — Se não tivesse me estabacado... se tivesse conseguido controlar minhas emoções e parar de fugir...

— Ei. todos nós temos falhas ok. Somos seres humanos, eu sou esquentada, brigo e grito. E ninguém me odeia por isso. — diz com as mãos trêmulas. — Ninguém me aceitava assim antes de conhecer vocês. Lógico que não vou te julgar, por... precisar sair de perto. É uma reação bem melhor do que a minha...

— Kimiko. — vira o rosto a olhando. — Desculpa, preocupar vocês... eu não quis atender o telefone depois de acordar. Não porque não queria dizer que estava ferido, porque muito provavelmente iriam me resgatar. Mas... por que não queria encarar vocês... — volta a virar o rosto olhando o céu que parecia juntar uma tempestade, se perguntando se era um evento natural ou uma elevação de seus poderes.

A confissão a doeu.

— Pra... você era melhor nunca mais nos ver? — pergunta sentindo o peito doer, mas ele mantém o olhar na janela em resposta. — Por que? Por causa daquela briga? Do... — se dá conta. — Do que dissemos sobre você? Nós... te magoamos pra valer.

— Tá tudo bem. Ninguém nunca vai acreditar em mim mesmo... — se vitimiza e ela tem vontade de dar um tapa em seu rosto, coisa que acaba por fazer deixando uma marca detalhada de seus dedos finos em seu rosto moreno.

Ele vira o rosto espantado percebendo os olhos marejados da garota.

— Eu sei que vento não bate de frente, ele faz a curva etc analogias com nossos comportamentos. Mas poxa! Sabe o quanto te amamos! Famílias brigam; você viu o "arranca rabo" com a minha irmã e a briga que acabei de comprar com a família toda. Mas isso não faz deixar de amar. Pensei que como brasileiro iria entender muito mais isso do que eu.

— Não é isso Kimiko. Unf! Você não sabe como dói ter as pessoas que você mais ama e confia apontando o dedo pra você te julgando e condenando por algo que nunca fez. Por que armaram pra você... Não acreditar em você; por que já te tacharam como alguém que não é de confiança. — vira o rosto de volta a janela. — Vocês nunca vão esquecer o que ouve com Wuya... E estão certos. Eu... sou egoísta e no fundo sou um heylin... não posso negar isso em mim. Eu traí o Dashi e deixei ela completar seu plano por egoísmo; para dar a chance do Clay, Omi e até o Fung ter uma vida, uma família deles. Eu não pensei no mal que estava jogando no mundo, pensei nos meus amigos e apenas nisso. Então... não estão errados em esperar o pior de mim. Só dói encarar isso.

— Vou te dar um soco e não um tapa desta vez. — diz meio furiosa meio magoada. — Claro que você tem defeitos, todos temos, ninguém é perfeito! Porra! — grita irritada o forçando a olhar para ela novamente percebendo suas lágrimas. — Eu não faço ideia do que te fizeram em casa. De como te feriram e que isso era um trauma pra você. Mas... Sobre o que fez... é algo que temos que conversar em grupo. Tudo bem?

— Claro. — da de ombros ainda pensativo.

Tinha feito merda no grupo, no mundo e até na sua relação com Kimiko.

E ela por sua vez deixa o quarto escorando na porta e se deixando cair sentada segurando um grito na garganta.

Como lidar com ele era frustrante!

— Kimiko? — a voz do amigo a chama a atenção e logo vê o cowboy parado a sua frente e o menor se senta a seu lado. — Não conseguiu conversar, né?

— Não tem o que conversar. Para de insistir nisso vocês dois.

— Ai! Dois teimosos, que ódio. — o menor cruza os braços. — Eu não entendo.

— É medo baixinho. — suspira ao se sentar de frente a eles sem se importar de estarem em um corredor, encostando na parede oposta à porta onde estavam. — Raimundo está muito inseguro de tomar qualquer atitude, pois julga que só está fazendo péssimas escolhas. E Kimiko está muito magoada por ele ter esquecido o que ouve, e por ter dito e feito o que fez. É complicado di mais da conta.

— Mas podemos ajudar nossos amigos não?

— Oi? Eu estou bem aqui. Podem parar de falar como se eu não estivesse ouvindo tudo? — ela reclama fazendo o maior rir.

— E você acha que conversar aqui na frente da porta, ele não tá ouvindo também? — responde e ela cora. — Dojo virou um conjunto de estrelas para ser uma barreira temporária, por arrependimento de tudo que fez. — pontua pesaroso, todos ali amavam o dragão e doía saber que o que o líder disse era verdade. — Temos tempo pra que nos preparemos para o pior, e ocês podem se resolver. Isso se é o que querem... agora que a magia não está mais nos prendendo; nada impede de conhecer outras pessoas né.

A ideia fez a japonesa sentir um nó em sua garganta.

Iria mesmo deixar assim?

Raimundo também podia ouvir, e sentia o mesmo pesar.

Seria muito fácil para ela encontrar qualquer cara que caísse aos seus pés. Por que ela iria desejar algo com ele? O que ele teria a oferecer?

— Eu sei que meu amigo Raimundo tem suas inseguranças, todo cara tem; mas escondemos das minas. E agora ele não tá nada bem. — se levanta a fim de conversarem logo sobre os assuntos. — Não digo só do físico... Wuya foi esperta, aproveitou que não sabíamos nada dele e jogou com isso e venceu. Fez a cabeça de todos nós, nos jogou uns contra os outros... — aperta a maçaneta se sentindo burro. — Não podemos deixar que isso aconteça de novo. — diz entrando no quarto. — Bora prozia um tiquin.

— Tá certo. — diz ao ver os demais entrarem, mesmo que Kimiko não tenha coragem de o olhar agora. — Sobre qual assunto primeiro?

— Esse. — o mais novo tira a mesma folha agora amassada de seu dogi pondo sobre a cama. — O que ouve?

Mas o moreno encara aquele documento como se fosse um fantasma.

Aquelas acusações e denúncias.

(Ficou longo cortando. Qria muito por esse drama familiar pra dar um gaz legal.)

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