Capítulo 6
Harry não sabia o que deveria estar esperando, quando Linus disse que havia um problema no salão principal.
Depois de se recuperar do choque e trauma de ter sido pego em um momento tão íntimo por seu futuro irmão de lei, ele seguiu Caius e Linus pelo palácio. Para sua surpresa, contudo, Linus não os estava levando até o salão principal. Harry podia não conhecer todo o palácio com perfeição e, certamente, tinha se perdido algumas vezes (ele estava realmente grato pelo feitiço 'aponte-me'). Quando eles alcançaram a ala oeste do palácio, o moreno tentou se lembrar do que havia naquela direção e, conforme avançavam, ele começou a perceber qual era a direção que eles estavam indo e isso o preocupou. Quando eles pararam em frente a enfermaria, Harry estava pensando nos piores cenários.
Linus abriu as portas da enfermaria, e Harry viu o médico da família real, Martu parada em frente a um leito hospitalar. O titã se virou assim que escurou a porta se abrir, se curvando para os três.
– Príncipe Caius, Príncipe Linus, Honorável Noiva. Eu os tratei da melhor forma que pude, mas não tenho muito conhecimento da biologia vanïr. – Afirmou o médico, parecendo preocupado, antes de dar um passo para o lado e permitir que vissem o paciente sobre a cama.
No instante em que Harry ouviu o termo 'vanïr', seu coração disparou, mas ao ver quem estava deitado sobre a cama... pânico o consumiu. Deitado na cama grande, que apenas o fazia parecer muito do menor do que era, estava um Draco Malfoy muito machucado. Seu olho esquerdo estava roxo e inchado, lábio partido, um corte profundo em sua bochecha esquerda, com bandagens envolvendo seus braços, peito e abdome. Nos pés da cama, dormindo em uma grande certa de vime, estava Teddy! O bebê de um ano de idade estava aparentemente bem.
Demorou apenas meio segundo para que Harry superasse o choque, antes de correr para a cama, sacando sua varinha e começando a lançar feitiços de diagnósticos. Um palavrão escapou de seus lábios. Draco estava coberto por ferimentos, muitos causados por magia negra. Quando fez os mesmos feitiços sobre seu afilhado, ele descobriu uma forte maldição sobre o bebê. Não qualquer maldição. Aquela era a Lupus Insanire. Uma maldição cruel, que só afetava aqueles com um lobo interior. A maldição enlouquecia o lobo e fazia com que ele atacasse a mente do bruxo, levando-o a uma loucura e, posteriormente, morte.
– Harry, você os conhece? – Perguntou Caius preocupado, vendo a forma como sua noiva tinha começado a balançar a varinha sobre o bebê, uma determinação e raiva brilhando em seus olhos, enquanto sussurrava palavras em uma língua estranha, rápido demais para que ele pudesse entender.
Harry não respondeu. Ele não podia quebrar o contato visual com seu afilhado, muito menos interromper o cântico da contra maldição. Maldições eram complicadas. Coisinhas traiçoeiras e letais. Um pequeno descuido durante uma contra maldição, e a dita maldição poderia acelerar e matar a vítima. Foram longos trinta minutos de trabalho intenso, nos quais Harry não se permitiu nem mesmo piscar, antes que ele pudesse finalmente baixar sua varinha e suspirar aliviado.
– Harry...? – Chamou Caius, preocupação clara em seu rosto, quando viu que o menor tinha parado o que estava fazendo.
– Eu os conheço. – Confirmou, Harry, antes de acenar a mãos e convocar sua maleta de poções. Demorou apenas alguns instantes para que a maleta de couro preta entrasse voando pela janela. Harry a abriu e começou a reunir as poções que precisaria para cuidar de Draco. – Este é Draco. Nós frequentamos a mesma escola quando éramos crianças. – Explicou, enquanto começava a tratar o sonserino.
– Então... vocês eram amigos? – Questionou Linus, olhando para o garoto pálido e ferido na cama.
Harry bufou aquela pergunta.
– Rivais, beirando a inimigos, seria um termo melhor. – Afirmou, um sorriso divertido em seu rosto. – Nós não nos suportávamos. Infelizmente, minha primeira impressão de Draco não foi nem mesmo favorável. Ele me lembrava muito meu primo, que era alguém que eu não podia suportar. Terminamos em dormitórios rivais: ele na Sonserina, e eu na Grifinória. Depois, eu me tornei o apanhador do time da grifinória, e ele se tornou o apanhador do time da Sonserina. Duelos. Lutamos. Nos amaldiçoamos. E, sem qualquer surpresa, terminamos em lados opostos da guerra. Mas... no fim, nada era preto no branco. Voldemort forçou Draco a se receber a marca, ameaçando matar a mãe dele. Quando tudo acabou, nós dois concordamos em 'enterrar o machado'. Nós construímos uma amizade, ou algo assim. Respeitamos um ao outro, compreendemos o que o outro passou e sabemos que a guerra mudou muito a nós dois. Quando eu estava pronto para fugir, Draco deveria me encontrar em Gringotes com Teddy, meu afilhado, para irmos embora juntos.
Caius franziu a testa, enquanto observava Harry cuidado do vanïr loiro. Havia um carinho e cuidado na forma como Harry estava limpando e aplicando os líquidos sobre as feridos do loiro, e isso incomodava Caius mais do que ele poderia imaginar que faria. Ele não se lembrava de ter tido tais sentimentos ou impulsos quando estava com Medina.
– Você sabe como ele pode ter vindo para Eustil? O feitiço de convocação é complicado e, normalmente, seria precisaria de alguém de Eustil para abrir o caminho até aqui. – Comentou Linus. Ele saberia como o ritual de convocação funcionava, já que ele tinha ajudado Caius a estudar e praticar o ritual.
Harry franziu a testa ao escutar a pergunta, enquanto terminava de aplicar gotas de essência de ditam-no sobre as feridas do rosto do loiro. Draco era ridiculamente vaidoso. Se ele acordasse com o rosto ferido, o loiro agiria como uma rainha do drama irritante. Enquanto aplicava a essência, seus olhos se moveram para a fina corrente de platina ao redor do pescoço do sonserino. Com cuidado ele puxou a corrente, apenas para encontrar o pequeno frasco, que tinha servido de pingente, quebrado. Seus olhos se moveram para seu afilhado. Indo até o cesto de vime, e ele examinou as roupas de seu afilhado, até encontrar a mesma corrente de platina, mas, assim com a de Draco, o pingente de frasco estava quebrado.
– Meu sangue. – Sussurrou surpreso, olhando entre os dois
– Seu sangue? Do que você está falando Harry? – Caius se adiantou preocupado.
– Eu... quando as coisas começaram a ficar ruins após a guerra, e nós dois começamos a fazer os planos para fugir... concordamos que deveríamos carregar um amuleto de conexão. Uma forma de nos ligarmos, e podermos chegar um até o outro, se as coisas ficassem muito ruins de repente. Então, eu criei amuletos feitos de sangue. O sangue é um elemento muito poderoso, e ainda mais perigoso. Pedir o sangue de alguém, ou ainda pior, tomá-lo a força, é um tabu. Isso porque se pode fazer coisas terríveis com o sangue. – Afirmou Harry, tentando explicar o quão complicado era aquele ramo da magia. O sangue de sua mãe o tinha salvado e protegido durante dezesseis anos, mas também tinha sido seu próprio sangue, tomado a força, que tinha trazido Voldemort de volta a vida. – Draco e Teddy carregavam os amuletos nessas correntes. Eu tenho os deles guardados na minha bolsa de pele de briba, onde ninguém mais pode pegá-los. Talvez... de alguma forma, o meu sangue possa tê-los trazido para cá?
Linus franziu a testa, tentando pensar com base em todas aquelas informações, assim como em seu próprio conhecimento e no que tinha aprendido com Harry até aquele momento. Suas magias eram diferentes, mas tinham semelhanças em alguns pontos. Foi quando algo lhe ocorreu. Seus olhos se voltando para o vanïr de cabelos escuros.
– Harry, quando você e meu irmão fazem sexo, ele goza dentro ou fora?
Os olhos verdes se arregalaram em choque diante da pergunta, suas bochechas ardendo em vergonha. Como Linus poderia fazer uma pergunta como aquela de forma tão tranquila?!
– Eu... isso é mesmo importante?! – Exclamou, rosto vermelho e sem coragem de olhar para qualquer um dos dois titãs na sala, de repente, muito interessado em guardar e organizar os frascos de poções de volta em sua bolsa sem usar magia.
– Sim. A magia de convocação que meu irmão usou para trazê-lo aqui tem um preço. O convocador precisa ofertar uma parte de sua essência ao convocado, seja sangue ou sêmen. Se isso não for feito, o convocado será enviado de volta para seu lugar de origem. O tempo para a ligação depende da quantidade de magia usada para se convocar. Meu irmão usou o suficiente para manter o convocado por 30 dias, então, se ele ainda não gozou dentro, vocês teria apenas 16 dias antes que a magia da convocação se esgotasse e te mandasse de volta. Mas, se ele fez, então a magia se estabilizaria, você receberia uma marca indicando a conclusão da ligação e o portal para o seu mudo se fecharia e a realidade dentro dele seria reescrita, apagando a sua existência. Se esse fosse caso, talvez a magia da convocação tenha entrado em algum tipo de conflito com a magia do seu amuleto. Se uma não pudesse cancelar a outra, então a única solução seria a magia de convocação trazer para cá aqueles ligados a magia do amuleto.
Harry prestou atenção a explicação, esquecendo-se de toda a vergonha que tinha sentido devido a origem do assunto, enquanto olhava para Caius irritado. O titã foi esperto o suficiente para não o encarar de volta, muito interessado em olhar para o padrão do piso da enfermaria.
– Caius, amor, quando você ia me falar sobre esse pequeno detalhe do ritual de convocação?
Caius estremeceu com o tom perigosamente doce do moreno.
Ele sabia que deveria já ter tido essa conversa com Harry antes. Principalmente depois que fizeram sexo pela primeira vez há dois dias, mas... Caius não tinha conseguido reunir coragem para fazê-lo. Ele tinha visto o corpo de Harry ontem, após a cerimônia de Beltane e... não havia marca. Nem mesmo uma única mancha sobre a pele clara de seu amante. Ele tinha se preocupado com isso, pensando em inúmeras explicações, mas não conseguia encontrar uma resposta lógica. Sem a marca, isso significava que Harry partiria em 16 dias... Caius não sabia se ele poderia sequer suportar o pensamento de perder o vanïr. Não que ele fosse durar muito depois disso. Ele tinha gastado muito poder realizando o ritual pela primeira vez com Kouichi, sua própria energia foi poupada quando seu pai enviou o anão de volta a seu mundo. Mas o poder que ele precisou usar para convocar Harry quase o deixou completamente esgotado. Sim, ele tinha conseguido se recuperar um pouco, graças a aceitação de Harry perante a ideia do noivado. E ele tinha sentido sua energia voltar completamente após o Beltane. Mas se a ligação não fosse completada, então o ritual voltaria a usar sua energia para enviar Harry de volta e, dessa vez, ele sabia que se encontraria muito perto da morte.
– Eu... não queria que você se sentisse obrigado. – Falou, tentando explicar da melhor forma que podia. – Convocar alguém de outro mundo, custa muita magia e nossa magia está ligada à nossa essência vital. Normalmente, o Deus Titã nos reabastece, então não nos sentimos cansados, mas... desde a profecia, minha ligação com o Deus Titã se tornou muito mais frágil, e estava recebendo muito pouco energia dele. Quando realizei o ritual pela primeira vez, usei quase que metade de todo a minha força vital... quando Kouichi exigiu ser devolvido a seu mundo, meu pai que realizou o ritual, para que eu não usasse mais magia, já que teria morrido ao fazê-lo. Consegui recuperar um pouco depois disso, o suficiente para tentar o ritual outra vez... e quando você aceitou o noivado, minha ligação como Deus Titã ficou um pouco mais estável, e minha magia começou a se restabelecer. E depois do Beltane, toda ela se restabeleceu... na verdade, sinto que estou com ainda mais magia do que antes.
Harry fechou os olhos, respirando devagar e contado de zero a dez.
Havia momento em que ele queria muito bater em Caius. E isso não estava ligado de forma alguma ao seu recém-descoberto fetiche de dominação.
– Caius, isso era algo importante. Você precisava ter me dito sobre as consequências e as condições do ritual. E se, por acaso, tivesse demorado mais de 30 dias para que fizéssemos sexo?
– Sinto muito, eu só não queria que você se sentisse obrigado a fazê-lo.
Soltando um bufo, Harry se aproximou do titã, puxando-o pela capa, fazendo com que se abaixasse e lhe deu um leve beijo no canto dos lábios.
– Você teria sido um excelente grifinório. E isso não é um elogio completo. – Provocou, enquanto recebia um pequeno sorriso do titã. – Agora, o que você quis dizer sobre marca? – Perguntou, voltando seu olhar para Linus.
– A marca é como uma... tatuagem. Ele deveria aparecer em seu corpo pouco depois de receber o sangue ou o sêmen de Caius.
Harry pensou sobre isso.
Ele tinha tomado um longo banho no dia anterior e ficado nu a maior parte do tempo. E, em nenhum momento, notou uma marca sobre seu corpo. Como... oh! É claro.
Um bufo divertido escapou de sua boca, enquanto abria seu manto, revelando a parte superior de seu corpo. Assim que expos a pele clara, ele não pode deixar de sorrir ao ver a 'tatuagem' em vermelho escuro gravada em sua pele, sobre seu ventre. Parecia uma tatuagem tribal em formato de coração, com uma espiral em seu centro. Caius olhou para a tatuagem, olho violetas arregalados.
– Como... ela não tinha aparecido... - murmurou em choque e alívio, erguendo a mão para tocar os traços finos sobre a pele suave. Tinha funcionado... Harry não seria tirado dele.
– A primeira vez que fizemos sexo, foi durante o Beltane. Nessa época, toda a magia sexual é 'anulada', pois o Deus e a Deusa se alimentam dessa energia. Se a ligação que completa o ritual de convocação é baseasse em magia sexual, ela não poderia ser concluída durante o Beltane.
Os olhos de Caius se arregalaram em compreensão.
– Ontem... eu fiquei preocupado com você e por isso não fizemos sexo. – Murmurou, lembrando-se de sua própria hesitação de fazer qualquer coisa mais íntima do que alguns toques e beijos naquele dia.
– Sim. Hoje nós dois fizemos sexo pela primeira vez depois do Beltane. Mas estávamos tão... distraídos que não notamos a formação da marca. E depois Linus apareceu e eu usei magia para nos vestir mais rápido, então não olhamos para os corpos um do outro.
– Nesse caso, se a teoria de Linus estiver certo, por termos feito sexo hoje, a ligação se completou e, para estabilizar a fenda, seu amigo e afilhado foram trazido para Eustil.
Harry acenou, voltando seu olhar para o loiro.
– A única questão que falta ser respondida: por que eles estavam tão machucados? – Declarou Harry, olhos atentos. – Havia uma poderosa maldição sobre Teddy e os ferimentos de Draco foram causados por magia negra hostil. Isso não é algo que posso acontecer por coincidência.
– Brilhante dedução, Potter. Qual foi sua primeira pista?
Todos pularam assustado com a voz zombeteira e cansada que ecoou pela enfermaria.
Draco abriu os olhos devagar, olhando para seu ex-rival de escola. Ele estava se sentindo um lixo, mas muito menos do que estava esperando se sentir. Parecia que Harry o tinha curado com perfeição.
– Você me curou.
Não era uma pergunta.
– Sim. Como você está se sentindo, Draco? – Perguntou, se aproximando da cama e olhando com cuidado para o loiro.
– Como se um trasgo tivesse me usado como palco para uma apresentação de sapateado. – Resmungou, lutando para se sentar na cama.
Vendo isso, Harry foi rápido em ajudá-lo a se sentar, antes de convocar um frasco de analgésico.
– Aqui. Um analgésico de nível seis.
Draco murmurou um agradecimento, antes de engolir a poção e devolver o frasco vazio. Um suspiro de alívio escapado de seus lábios, quando sentiu a dor diminuir significativamente. Só então ele se deu ao trabalho de olhar para as outras pessoas na sala... pessoas que poderiam competir com Hagrid em questão de altura, mas superavam muito o meio-gigante no quesito aparência.
– Por Salazar, Harry... onde estamos?
Harry sabia que não deveria rir, mas a expressão de choque no rosto do vanïr loiro era muito mais engraçada do que ele poderia pensar.
– Estamos em Tildant, o país dos titãs em Eustil. Estamos em um mundo diferente, Draco.
Draco encarou o moreno por alguns segundos, antes de olhar para os três titãs, e então voltar seu olhar para o moreno.
– Sétima Teoria da Magia?
– Sim. Esse é Caius Lao Bistail, príncipe herdeiro do trono de Tildant e meu noivo; o irmão mais novo dele, Linus Van Bistail; e o Dr. Martu. – Apresentou, indicando cada um dos ocupantes da sala.
Draco sentiu seu cérebro congelar por um segundo. Talvez o analgésico que o moreno tinha lhe dado estivesse vencido, ou preparado de forma incorreta. Porque ele não podia ter ouvido certo.
– Noivo?
– Sim.
– De um homem?
– Sim.
– De um titã?
– Sim.
– Alguém que, se o tempo entre os mundos correr da mesma forma, você conhece há apenas duas semanas?
– Sim.
– Merlin, Potter! Como essas coisas acontecem com você?!
Nesse momento, ele não se importou em esconder o riso.
– Eu me pergunto a mesma coisa desde os 11 anos. Agora... – a expressão de Harry se tornou mais seria e preocupada. – O que aconteceu?
Draco soltou um suspiro, recostando-se sua cabeça na cabeceira da cama hospitalar.
– Quando você desapareceu no meio do Beco Diagonal, a luz do dia, muitos pensaram que você estava morto. Saiu na primeira página do Profeta Diário. Eu sabia que você estava vivo, por causa do feitiço de amuleto nos nossos colares, mas não importava o que eu fazia, ou o método que usava, não conseguia te encontrar e ir até você. Meu... pai – Draco cuspiu com nojo – começou a colocar lei piores. Ele... declarou a caça e o abate de bruxos com sangue de criaturas. Flitwick foi tirado da Inglaterra pelo goblins é claro, mas Hagrid foi capturado e executado... no meio do Beco Diagonal, para que todos vissem. A política do Ministro é que a única forma dos bons, nobres e puros bruxos recuperarem a força de suas magias familiares, era se eliminássemos todos os mestiços. Eu... eu estava com a tia Andromeda, quando eles invadiram a casa dela, atrás de Teddy. Ela me tentou ganhar tempo, enquanto fugíamos. Passamos os três dias seguintes em fuga, até que fomos emboscados perto da fronteira com a França. Você conhece a política dos bruxos franceses, para eles, o sangue misto é um dom e eles aceitam muito bem os mestiços. A maioria dos que viviam na Inglaterra, estavam tentando chegar a França, para fugir da caçada. Infelizmente, esse movimento foi previsto e emboscadas foram criadas. Eu... eu lutei o melhor que pude... tentei proteger Teddy, mas... eles estavam em sete e... eles usaram a Cruciatus... depois disso, não consegui mais revidar direito e fui atingido.
Harry sentiu como se alguém o acertasse com um balaço no estômago.
Seus olhos se moveram para seu afilhado adormecido, antes de voltar para Draco.
– Obrigado. Por proteger Teddy.
Draco bufou, revirando os olhos.
– Não fiz isso muito bem. Eles lançaram Lupus Insanire nele.
– Sim, mas eu consegui quebrar a maldição. Está tudo bem. E eu sei que você o protegeu com tudo o que tinha. Você é um ótimo duelista Draco, e só foi subjugado, porque aqueles covardes usaram a Cruciatus.
Draco lhe deu um meio sorriso, seus ombros relaxando um pouco. Parecia que ele estava se sentindo culpado por pensar que não tinha protegido o afilhado de Harry.
– Eu só... não sei como vim parar aqui.
Ao dizer isso, Draco viu as bochechas de Harry se tingirem de um vermelho escuro.
– Isso... bem... de certa forma... isso foi culpa de Caius e minha...
– O que você fez? – Questionou o vanïr loiro, estreitando os olhos para o moreno.
– Em minha defesa, eu não sabia sobre nada disso, e Caius também não sabia sobre o feitiço de amuleto que te dei.
– Desembucha Potter.
– Hn... o ritual que Caius usou para me convocar, precisava ser estabilizado por meio de uma ligação, que só poderia ser concluída se eu recebesse o sangue dele... ou o esperma...
– Arg... que nojo Potter! Eu não quero saber sobre sua vida sexual!
– Sinto muito, mas você está aqui por causa disso. Há dois dias, foi Beltane e, como você sabe, Beltane desvia toda a energia da magia sexual para alimentar a Deusa e o Deus. A ligação do ritual também é concluída por meio da magia sexual e, por tanto...
– Anulada pelo Beltane, sim. Eu entendi... pule a parte nojenta, Potter!
– Pare de ser dramático, Malfoy. Eu escutei todas as suas malditas histórias sofre como Blaze Zabini era incrível na cama e tinha um pau enorme! Agora, seja homem e me deixe terminar!
Draco teve a decência de corar.
– Como eu estava dizendo, com o ritual de Beltane desviando toda a magia sexual, não foi possível que Caius e eu concluíssemos a ligação. E como aquela tinha sido a nossa primeira vez juntos, e não fizemos depois, a ligação não foi concluída... até há alguns minutos.
Draco gemeu, fechando os olhos.
– Merlin, me diga que você ao menos tomou um banho...
– Cale a boca, e escute! Caius e eu fizemos sexo e completamos a ligação, mas a magia do ritual fecha a fenda entre os mundos depois que a ligação é concluída e 'apaga' a existência do convocado, para limitar o dano. Mas como você e Teddy estavam ligados mim pelo amuleto de sangue, a magia não poderia se fechar, então...
– A magia escolheu o caminho de menor resistência: trazendo Teddy e eu para esse mundo, e fechando a fenda. É provável que a minha existência e a de Teddy também tenham sido apagas, se esse for o caso.
Harry concordou.
– Hn... mesmo que seja nojento pensar nisso, devo agradecer por você ter feito sexo... do contrário...
Draco estremeceu com a ideia.
Talvez ele devesse ser realmente grato pela nova vida sexual ativa de Harry.
Soltando um suspiro, Draco se recostou melhor da cama, seus olhos se movendo em direção ao teto da enfermaria.
– O que acontece agora, Harry?
Essa é a grande questão. O que aconteceria a partir daquele momento?
Harry olhou para Caius, os olhos violetas do titã encararam os seus. Havia um brilho de carinho e compreensão. Isso fez com que o moreno sorrisse, antes de voltar seu olhar para o vanïr loiro.
– Nós vivemos Draco. Eu estou noivo de Caius, e estou construindo uma vida aqui. Você também pode fazer o mesmo. Cuidarei de Teddy, e você pode começar a viver a sua vida de verdade, sem seu pai ou outras pessoas tentando controlá-lo e dizer como você deve viver.
– Há muito quartos vagos no palácio. – Afirmou Caius, colocando a mão ao redor do ombro de Harry.
– E tenho certeza de que Linus pode te arranjar uma sala na Torre, para você montar um laboratório de poções e fazer suas pesquisas. – Concluiu Harry, sorrindo para o loiro.
Draco relaxou ao escutar aquilo.
Ele ainda não sabia o que aconteceria a partir daquele momento, mas, ao menos, ele sabia que estava seguro. Ou... o mais seguro que poderia se estar, quando se estava em um mundo completamente diferente.
~*~me ignore, sou apenas uma linha~*~
Caius entrou no quarto, não conseguindo deixar de sorrir ao ver a cena diante dele.
Harry estava sentado no chão, brincando com o pequeno Teddy com os antigos brinquedos de Caius.
Depois de terem conversado com Draco, Caius tinha ido falar com seus pais, enquanto Linus levava o vanïr loiro para um dos quartos vazios do palácio, enquanto Harry tinha pegado o bebê vanïr para o quarto. O rei e a rainha tinham ficado surpresos e tristes com a história do vanïr loiro, mas foram rápidos em oferecer asilo no palácio para o loiro. Sua mãe também tinha sido rápida em ordenar que os servos pegassem todas seus pertences de quando Caius era bebê e o colocassem no quarto do príncipe titã.
Agora, em seu quarto, havia um berço de madeira vermelha polida. O baú com brinquedos aberto ao lado do berço, um cavalo de balanço em um canto, cubos e outros brinquedos de madeira coloridos. Os brinquedos pareciam ter sido encolhidos um pouco pela magia de Harry, provavelmente, para facilitar o manuseio por mãos tão pequenas. Ele viu Teddy brincar com um anel de madeira azul, levando-o até a boca e mordendo-o, enquanto emitia uma grunhido alegre, enquanto seu cabelo se tingia de azul escuro.
Caius sorriu, sentando-se ao lado de Harry.
Os olhos esmeraldas se viraram para encará-lo, um sorriso em seu rosto. Caius se inclinou, beijando aqueles lábios pequenos que sempre pareciam capazes de deixá-lo louco, antes de voltar seus olhos para o bebê sentado no chão próximo a eles. Caius já tinha visto bebês antes, mas Teddy parecia incrivelmente pequeno. Quase tão pequeno quanto um titã recém-nascido. Será que seus filhos com Harry seriam assim? Tão pequenos e de aparência tão frágil?
Os olhos dourados de Teddy se ergueram, observando o titã com curiosidade. Para a surpresa de Caius, ele viu a pele de Teddy se tornar mais escura, seus cabelos tornando-se loiros e os olhos violetas. Era como ver uma versão miniatura de si mesmo. Caius ergueu a mão, para tocar a bochecha do bebê, chocando-se um pouco com a diferença de tamanho. Ele tinha pensado que Harry era pequeno, sua cabeça sendo pequena o suficiente para caber em suas mãos. Mas Teddy... céus... ele parecia minúsculo.
– Ele é pequeno. – Murmurou, sorrindo ao ver a minúscula mão de Teddy agarrar seu dedo indicador.
Harry sorriu com o comentário, observando a interação com carinho.
– Na verdade, ele tem um ótimo tamanho para um vanïr de apenas um ano. Bebês da minha espécie normalmente nascem com, no máxima, 45 centímetros. Às vezes, cinco ou sete centímetros a mais.
Caius riu em descrença ao escutar aquilo, tentando imaginar um bebê tão pequeno.
– Titãs nascem com 90 ou 100 centímetros.
Harry se encolheu mentalmente ao imaginar um bebê tão grande saindo de dentro dele. Para sua alegria e alívio, seu parto seria uma cesariana, já que seu corpo não possuía o canal de saída natural.
– Você também pode fazer isso? Mudar a aparência. – Perguntou Caius, vendo que Teddy tinha mudado outra vez. Agora sua pele era tão clara quanto a de Harry, mas seus cabelos eram verdes e os olhos tinham voltado ao tom âmbar.
– Desse jeito não. Há feitiços e mesmo poções, que podem alterar a aparência. A habilidade de Teddy é um dom raro da magia, chamado de metamorfomagia. A mãe dele tinha o mesmo dom, e podia mudar todas as partes de seus corpo. Tonks era... uma força da natureza. Muito desastrada, não podia dar cinco passos sem tropeçar em alguma coisa, mas também era uma mulher guerreira e feroz, que sabia muito bem o queria e não tinha medo de ir atrás. Ela provou isso, quando foi atrás do pai de Teddy, mesmo ele dizendo 'não' tantas vezes.
Aquilo deixou Caius confuso.
Ninguém em Tildant fugia de uma declaração de amor. Amor era fundamental para a prosperidade, que era a base da sociedade dos titãs. É claro que havia rejeições, nada era perfeito, mas ninguém realmente fugia daquele sentimento.
– O pai dele não a amava? – Era a única explicação.
– Oh, Remus a amava. Muito. E por isso que ele fugia. Eu te disse uma vez, existem muitas espécies diferentes em meu mundo. Uma delas são os homens-lobos, ou lobisomens, como muitas os chamam. As lendas antigas, dizem que uma noite, a Mãe Lunar desceu a terra e encontrou um filhote de lobo ferido. Os pais tinham morrido e não demoraria muito para o filhote morrer. Os lobos são sagrados para a Mãe Lunar, então ela cobriu o filhote com seu magia lunar pura, e o transformou em uma criança humana. A criança foi encontrada por um casal de vanïrs, que viviam isolados na floresta e não podiam ter filhos. Não foi difícil descobrir que a criança não era normal: ele era mais forte, mais rápido, com instintos melhores do que qualquer humano, mas foi na lua cheia, que a diferença mais importante surgiu. Banhado pela luz da lua, a criança retornou a forma de lobo. Ele foi o primeiro homem-lobo e quando cresceu, jurou sua fidelidade a Mãe Lunar. Existe duas maneiras dos genes de lobo ser passado a diante: de maneira hereditária, ou por mordida. Se uma pessoa for mordida por um homem-lobo, durante a noite de lua cheia, a magia lunar é passada para ele, tornando-o um homem-lobo. Por muito tempo, os homens-lobos era uma espécie orgulhosa e guerreira, temidos em um campo de batalha, mas... – a voz de Harry diminuiu um pouco, um brilho de amargura em seus olhos. Ele tinha descoberto sobre a origem real dos lobisomens há poucos meses, enquanto fazia pesquisas para ajudar Teddy. Ele teria gostado de mostrar tudo aquilo para Remus, para provar a seu ex-professor que ele na era um monstro, mas um filho da Deusa.
– Mas?
Harry emitiu um suspiro baixo.
– Nos dias atuais, há muita descriminação para aqueles que tem o sangue misto, para qualquer outra espécie que não fosse a dos vanïrs. Esse foi o principal motivo da última guerra. – Explicou Harry, recostando-se no titã, enquanto olhava para o afilhado, que tinha começado a empilhar os blocos de madeira colorida. – Sem surpresa, os homens-lobos foram classificados como 'bestas imundas' e sua herança como 'doença'. Remus acreditava que ele era um monstro e, por tanto, não tinha direito de ser feliz. Mesmo que ele fosse o homem mais gentil e inteligente, que eu já conheci, ele só conseguia se ver como um monstro. Tonks levou quase dois anos, para convencê-lo. Então a guerra aconteceu e eles se casaram o mais rápido que puderam... Teddy nasceu algumas semanas antes do fim da guerra. Ele... Teddy tinha apenas duas semanas, quando Remus e Tonks morreram. Remus morreu acreditando que tinha lutado pelo que era certo... por um mundo melhor para seu filho... se ele soubesse que o tipo de mundo pelo qual morreu...
Caius abraçou Harry, puxando-o para seu colo, enquanto apoiava a cabeça do menor em seu peito.
– Está tudo bem agora. Você, Teddy e seu amigo estão seguros.
Harry sorriu, puxando Caius para um beijo, mas antes que pudessem ir muito além do beijo, a voz animada de Teddy ecoou pelo quarto.
– Hawwy! Vê! – Exclamou Teddy e... os blocos de madeira ao redor dele estavam flutuando?
– Hn... talvez eu deva começar a colocar amuletos anti-levitação ao redor do palácio. – Murmurou Harry, um tanto surpreso ao ver a manifestação de magia do afilhado.
~*~me ignore, sou apenas uma linha~*~
Draco estava rindo.
Rindo como não fazia há muito tempo.
Era a noite da festa de apresentação oficial de Harry como noiva de Caius e, apesar de ter chegado a menos de um dia, ele tinha sido convidado para o baile. Sem roupas próprias, Linus tinha lhe emprestado um conjunto charmoso que consistia em: uma calça preta de um tecido que parecia se assemelhar um pouco com o couro, mas era muito mais macio e suave; uma camisa do que parecia ser um tipo de seda azul noite com bordado em linha preta e pequenas safiras; botas de couro escuro; um cinto e braceletes dourados. Draco precisou encolher as roupas, é claro, já que Linus era irritantemente maior do que ele. Algo que ele sabia que teria de se acostumar, já que até mesmo as mulheres era muito mais altas do que ele.
Depois de ter se vestido, ele tinha ido até o quarto de Harry, apenas para encontrar o moreno usando uma roupa que ele jamais teria pensado que, o 'Menino de Ouro da Grifinória', usaria em público.
As roupas de Harry de Harry lembravam muito uma roupa usada por uma odalisca, feita de tecido transparente verde floresta, deixando muito pouco para a imaginação humana. Ele também usava uma tiara dourada, com esmeraldas e diamantes, preso a coroa estava um véu de renda transparente. Ele usada joias feitas de ouro trabalhado, adornando seus pulsos, braços, pescoço, cintura e tornozelos.
A única resposta de Harry para o ataque de risos do vanïr loiro, foi um simples revirar de olhos, enquanto ele terminava de ajustar as pulseiras de ouro.
– Eu nunca desejei tanto ter a câmera de Creevy, como agora!
– Tente não sufocar de tanto rir, Draco. Não vou tentar salvá-lo dessa vez.
– Oh, vamos lá, Harry. Não me diga que se fosse eu, usando algo como isso aí, você não estaria rindo como louco? – Provou Draco, conseguindo controlar a respiração. – Como você acabou usando isso, afinal?
– Esse é o traje tradicional que a noiva da família real deve usar em eventos oficiais. – Afirmou Harry, sem nem mesmo piscar, enquanto se virava para encarar o loiro. – Não é tão escandaloso. Não quando se leva em consideração o hábito de exibicionismo sexual da cultura titã.
Draco fez uma careta com aquele lembrete.
Ele estava a apenas há algumas horas naquele país, e já tinha tido a desagradável visão de três casais transando em áreas públicas e pouco escondidas. Fale sobre amor livre.
Seus olhos se voltaram para um livro, que estava descansando inocentemente sobre a cama de casal imensa no quarto. Pelo tamanho, era fácil descobrir que era um livro de Harry. Curioso, ele se aproximou para ler o título, apenas para pular para trás assustado.
– Potter... o que... o que esse livro está fazendo aqui?
Harry olhou para o livro, um meio sorriso surgindo em seu rosto.
– Nada demais. Era apenas para... referência.
– Potter... eu... eu sei que estava rindo de você, mas tenho certeza de que não precisamos chegar a... a isso! – Exclamou assustado, olhando de Harry para o livro.
Harry bufou e revirou os olhos.
– Acalme-se Draco. Isso não é para você.
O loiro relaxou ao escutar aquilo.
– Doce Morgana, obrigado... então? Quem é a vítima infeliz?
Um sorriso quase sórdido surgiu nos lábios de Harry, enquanto seus olhos brilhavam de pura maldade.
– Apenas uma pessoa que precisa aprender a manter as mãos para si.
Draco sentiu sua boca se abrir em espanto, enquanto encarava o moreno. Nunca, nem mesmo uma única vez, ele tinha conseguido pensar em Harry como alguém vingativo. Vingança significava planejamento e sutileza, algo que sempre pareceu faltar em Harry. Claro que ele não era o típico grifinório de cabeça quente... bem, pelo menos, não depois da guerra. Mas arquitetar uma vingança? Não, Draco nunca pensou que veria isso acontecer.
Antes que pudesse dizer alguma coisa, Caius entrou no quarto, vestindo o que deveria ser o melhor conjunto de roupas disponível no reino. Suas roupas eram brancas, com bordados em dourado e detalhes em preto. A capa sobre seus ombros era vermelha, com placas de ouro sobre os ombros, formando uma corrente que a ligava uma ponta a outra.
Os olhos violetas de Caius se moveram momentaneamente para Draco, antes de se voltarem para o vanïr moreno, um sorriso gentil em seu rosto, enquanto seus olhos desciam pela figura pequena, quase que completamente exposta na roupa nada modesta.
– Você está maravilhoso, Harry. – Elogiou Caius, se aproximando, para beijar seu amante. – Todos já estão no salão de baile. Devemos ir.
– E esse é o meu sinal de saída... nós vemos na festa Harry. Lembre-se de esconder o corpo com cuidado. – Falou Draco, acenando para os dois, antes de sair do quarto.
Caius franziu a testa para o vanïr loiro, observando-o sair sem entender o que ele estava falando.
– Está tudo bem com Teddy? – Perguntou, ainda um pouco inseguro sobre deixar o afilhado fora seu campo de visão.
– Não há com o que se preocupar. Thallara é uma excelente babá. Ela foi a única a cuidar de Linus e tenho certeza de que cuidará muito bem de Teddy.
Harry concordou.
Ele sabia que não poderia manter Teddy o tempo todo consigo. Seria impossível. Não demoraria muito para que ele tivesse que começar suas aulas com a rainha, para aprender de verdade sobre suas futuras funções, e ele também queria gastar tempo de qualidade com Caius. Por mais que amasse Teddy, ele não poderia mantê-lo no quarto onde dormiam, já que não haveria chances de fazer sexo com seu afilhado no mesmo cômodo. Desse jeito, ele tinha apenas que se acostumar com a ideia de uma babá.
Caius sorriu, estendendo a mão para o menor, que a aceitou sem hesitação.
– Pronto para sua festa?
– Sim.
E aí galerinha do meu coração maluco? (ˊ>ᴥ<ˋ)_/
Então? O que vocês estão achando?
Inicialmente, eu estava pensando em manter apenas o Harry no universo de HP na fic, mas acabei mudando de ideia. Umas ideias mais divertidas começaram a surgir na minha cabecinha maluquinha, e eu precisava de alguns personagens extras xP Quem aqui sentiu que algo ruim vai acontecer com a Medina? (ˊ0ᴥ0ˋ)_/ Alguém tem uma ideia do que vai acontecer? (sorriso perverso)
Espero muito que todos estejam gostando.
Beijinhos e até o próximo capítulo! ʕˊ>ᴥ<ˋʔ_///
P.S.: Ah, alguém me perguntou nos comentários se estou bem e me desejou sorte, devido a estar na linha de frente nesse momento de caos da pandemia. Agradeço muito a preocupação, e sim, estou bem. Fui uma das poucas pessoas abençoadas nessa profissão, que não contraíram nenhuma das variantes desse vírus e estou podendo fazer a minha parte para melhorar a situação. (Lembrem-se de fazer a parte de vocês também!)
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