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É só o Começo


"a melhor coisa na vida é encontrar alguém que conhece todas as suas falhas, erros e fraquezas e ainda pensa que você é completamente incrível"


Estava terminando de arrumar os detalhes do meu vestido com a ajuda minha mãe. Não que as outras meninas não tivessem se oferecido pra me ajudar, mas eu achei que aquele seria um bom momento entre mãe e filha.

Enquanto minha mãe me rondava, checando cada pedacinho de mim, eu podia ver seus olhos se encherem de lágrimas vez ou outra. Isso me fazia querer rir um pouquinho. Ela fecha o único botão logo abaixo da minha nuca, que unia as duas alças do vestido, as minhas costas estavam completamente a mostra até o cóccix. O único detalhe ali atrás era um laço que minha mãe tinha feito, cujo as pontas se misturavam com a saia leve. A parte de cima era de renda, bem acinturado e a parte de baixo leve como aqueles fantasmas em filmes de terror.

Rio com o meu próprio pensamento. Um tecido branco que lembrava os dementadores. Eu era uma noiva dementadora do bem.

- Seu corpo ta diferente – minha mãe para de frente pra mim, verificando o pequeno decote da parte da frente – estão maiores.

- É mãe, eu não tenho mais 17 anos – falo óbvia.

- Ta achando que eu sou idiota Ásia? – me repreende.

- Não vou responder essa pergunta capciosa.

Minha mãe faz sua melhor cara de indignação.

- Ásia – me da seu tom mais "avisativo" possível – Continua falando assim e você vai descer na frente de todo mundo com cinco dedos marcados na cara.

Solto uma risada alta e segundos depois ela me acompanha.

- Acho que está pronta – com as mãos nos meus ombros, me faz ficar de frente para o espelho de corpo inteiro.

Eu arregalo os olhos instantaneamente, mal me reconhecendo. Estava parecendo uma boneca de olhos grandes. Meu rosto estava mais iluminado do que o normal. Uma maquiagem levinha em tons de rosa quase imperceptíveis. Consegui ver a cor dos meus olhos, minha boca rosada, minhas bochechas clarinhas. Meu cabelo estava preso. Já que era pra fazer uma coisa mais drástica pedi pra minha mãe me deixar com o cabelo que nem o da Rose em Titanic. Cacheado, preso e com umas jóias enroladas nele todo. Eu não sabia o nome daquelas coisas, mas tinha ficado bonito. No espelho eu era a noiva que Park Jimin tanto queria ver e aquilo me satisfaz a ponto de deixar um sorriso de canto escapar.

- Você está linda – os olhos da minha mãe se enchem de lágrima de novo – Jimin vai ficar louco.

Agora eu sorrio abertamente.

- Espero que ele goste – comento mais comigo mesma do que outra coisa.

- Vou avisar todos que você está pronta e chamar seu pai.

Ela sai apressada pela porta e quando fico ali naquele escritório sozinha, um frio na barriga começa a me deixar nervosa. Meu Deus, eu ia mesmo me casar! Passo incontáveis minutos alisando a saia do vestido e me olhando no espelho. Não estava exatamente me sentindo desconfortável, mas não me sentia eu mesma. Quando meu pai abre a porta eu respiro fundo, era a hora.

- Ásia! – ele me olha sorridente e eu me viro rindo – Eu sempre soube que você era uma princesa.

- Das trevas, mas eu sou – dou de ombros.

Meu pai pega a meia dúzia de cravos vermelhos que seria meu buque e ao entregar em minhas mãos me abraça apertado, mas com o máximo de cuidado pra não amassar meu vestido.

- Nunca pensei que esse dia chegaria tão rápido – aperta meu queixo entre o polegar e o indicador.

- Nem eu pai – comprimo os lábios – Eu disse que Park Jimin ia acabar com a minha vida.

- Conhecendo a filha que eu tenho, sei que foi você que acabou com a vida dele – nós damos risada – Pronta?

Faço que sim com a cabeça e seguro no braço que ele me oferece. Na outra mão os pobres cravos vermelhos eram apertados com força entre meus dedos. A partir do momento em que saímos do escritório tudo começou a acontecer na minha cabeça como num filme do Tarantino. Algumas cenas em câmera lenta, outras aceleradas, mas tudo fora de ordem. Eu não sabia como tinha conseguido descer as escadas para o térreo do café. Sabia que a decoração era a base de luzes fracas e luz de velas, tudo meio laranja e com flores vermelhas, mas eu não sabia os detalhes de nada. Meus ouvidos não captavam todos os sons, se meu pai falou comigo ou não, jamais iria saber.

No futuro quando olhasse pra trás eu só iria lembrar de como fiquei em pé com meu pai, na ponta daquele tapete vermelho, olhando Park Jimin enquanto ele me olhava. Todos os nossos 16 convidados podiam ter os olhos em mim, mas eu só conseguiria me lembrar da forma como ele me olhou em choque, com o maior sorriso que eu já havia visto na face da terra. Ele me encara com sua melhor expressão de "uau", de boca aberta e olhos arregalados, depois bate palmas discretas. Eu só consigo fazer uma careta boba revirando os olhos e depois mostro a língua arrancando sua risada.

Pra minha surpresa, quando começo a andar no tapete em sua direção, ele abre o paletó que estava usando e exibe uma camisa dos Beatles preta e linda. Ele estava todo de preto e de all star. Park Jimin usava o cabelo mais rock starque eu já tinha visto e sua maquiagem era toda rock n roll. Eu me seguro pra não dar um pulinho feliz ao lado do meu pai, mas acabo saltitando levemente, arrancando mais risadas daquele meu noivo sorridente. Ele aponta pra mim balançando a cabeça em negativa e eu sabia que ele estava pensando "você e essa sua mania de ficar feliz com essas bobagens". Mas Park Jimin era o rock star mais lindo que eu já tinha visto.

Eu não saberia dizer se estava tocando a marcha nupcial, something, Kiss me ou se era Gangnam Style do Psy, na verdade aquilo pouco me importava. Depois do que me pareceu horas, finalmente meu pai cumprimenta o noivo e entrega a minha mão. No segundo em que eu sinto nossos dedos se entrelaçando minha respiração se acalma. Sua mão estava fria como a minha e levemente suada. Eu adoro aquele fato.

Meu sogro começa a falar alguma coisa que eu mal presto atenção, mas deveria, afinal era ele quem ia dar a benção, falar nossos votos e blábláblá. Ele era a pessoa mais importante dali, o dono do café onde estávamos nos casando então nada mais justo. Depois íamos ter que oficializar tudo em registro no governo de qualquer maneira.

Enquanto eu olhava meu noivo descaradamente, Park Jimin se inclina em minha direção e sussurra:

- Mal da pra acreditar em você desse jeito...

- Pois acredite amor – sussurro de volta. Depois ergo levemente a saia do meu vestido e mostro o all star branco que estava usando – ainda sou eu.

Ele segura uma risada mais alta e eu pisco como se fosse um segredo. O tempo todo sinto seus dedos acariciando minha mão e eu retribuo com a mesma leveza, carinho e cuidado. Eu me sentia como se estivéssemos presos em nossos próprios pensamentos, uma sensação gostosa se espalhava pelo meu corpo através do seu toque, mas eu não conseguia saber se eu estava falando o que deveria falar ou se eu estava quieta como uma estátua louca que ficou assim depois de encarar muito tempo o sol, a.k.a Park Jimin.

Ninguém chamou minha atenção nem nada, então acho que estava fazendo tudo certo. Em câmera lenta nós trocamos alianças, repetimos os votos que o senhor Park diz, respondemos "sim" quando solicitado junto com todos os 16 convidados que respondem conosco – essa parte eu também me lembraria – apagamos a vela que nossas mães haviam acendido, e finalmente...

- ... os declaro, marido e mulher...

O senhor Park faz um gesto com a mão e troca um sorriso cúmplice com o filho. Segurando minhas mãos Park Jimin sela meus lábios singelamente e aquele momento que deveria durar horas, passa como um flash para mim. Foi só o tempo do Yoongi tirar uma foto e nós já estávamos indo cumprimentar os mais velhos.

Era isso...

- Você conseguiu jahgi – fala ao pé do meu ouvido.

- Só vou ter certeza quando ver os vídeos, por que não me lembro de nada a não ser seu sorriso de comercial de pasta de dente Park Jimin.

Ele solta um risinho gostoso que me faz arrepiar e eu aperto sua mão entre meus dedos pequenos.

A gente tinha mesmo se casado! Não era tão assustador quanto eu pensava. Pelo menos por enquanto. Na verdade, eu não conseguia parar de sorrir e só percebi isso por que minhas bochechas começaram a doer.

(...)

Estávamos sentados junto a mesa retangular e cumprida, desfrutando do jantar de casamento que basicamente ia ser nossa "festa". Tudo estava decorado com vasos de flores vermelhas, velas e tulipas. Simples, elegante e pequeno. Tudo que eu poderia ter pedido a Jenny que encarava cada detalhe do salão orgulhosa. Eu e Park Jimin nos sentamos ao meio da mesa, cercados pelos nossos amigos e nossos pais na cabeceira.

Depois de certo tempo, meu pai chama a atenção de todos na mesa ao se pronunciar:

- Nós gostaríamos que vocês abrissem nosso presente agora – ele diz mais formal do que eu jamais havia visto – É um presente dos seus pais. Nós quatro – aponta para o senhor e a senhora Park - Sabemos que é típico dar a quantia em dinheiro, mas pensamos em conjunto e nos reunimos pra dar algo mais significativo e gostaríamos que vocês abrissem agora.

Minha mãe faz o envelope deslizar pela mesa, passando por várias mãos até chegar a mim. Eu franzo o cenho, estranhando aquilo tudo. O que um envelope poderia carregar de tão significativo? Park Jimin se inclina sobre mim, pra ver melhor assim que eu abro o envelope. A perplexidade nos arrebata e nós dois levamos a mão a boca assim que lemos rapidamente o que estava escrito.

- Tá brincando né? – ele pergunta se esquecendo completamente de ser formal.

- O que foi? – Taehyung pergunta curioso.

- Nós ganhamos um apartamento novo.

- Não é nada grandioso ainda – a senhora Park explica – Mas pelo menos é maior do que o atual. É melhor localizado também. Ideal pra um casal recém casado.

- Meu Deus... eu não... – balanço a cabeça, procurando as palavras sem tirar os olhos do papel – não há... não dá...como agradecer?

- Nos dêem muitos netos – minha mãe brinca e Park Jimin imediatamente ri.

Já eu a encaro extremamente desconfortável.

- Então acho que é a hora de nós começarmos a discursar – Jin fala trocando olhares com os outros seis garotos – Nós também queríamos fazer uma surpresa e nos juntamos.Nós 6 e as meninas. Além de dar a quantia do presente, decidimos dar a lua de mel que a gótica quis adiar.

- Nós não sabíamos se vocês iam gostar de ir pra Jeju, ou se queriam passar frio – Jung Hoseok chama minha atenção – Particularmente acho que a Ceci ia gostar de passar um tempo isolada numa cabana com o Jiminie...

- É assim que filmes de terror começam hyung – Namjoon interrompe e eu tenho que admitir que foi engraçado.

- Mesmo assim nós achamos que seria legal vocês ficarem um pouco mais internacionais e conhecerem lugares novos juntos – Jung Hoseok continua – Então compramos passagens pra Hong Kong.

Eu já nem sabia mais o que pensar naquela altura...

- Sério... só um discurso já estaria de bom tamanho – falo incrédula.

- Quando eu me casar vou querer umas surpresas também – Mikame pisca pra mim e eu sorrio – Mas eles estavam pensando em coisas legais pra falar a semana inteira.

- O Namjoon hyung teve umas idéias legais, acho que ele deveria começar ja que é o mais inteligente – Taehyung sugere.

- Ta, eu tava pensando em umas poesias só – Namjoon não dá importância, só olha pros próprios pés com os ombros caídos e começa a recitar - "Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia, E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora."

Quando ele termina sua linda interpretação todo mundo faz um coro de : OOOOOOOOh, bem impressionado, porém, Park Jimin fala:

- Isso foi lindo Namjoonie hyung... mas eu não entendi nada – arqueia as sobrancelhas.

Nós caímos na gargalhada.

- Isso é Shakespeare! – ele faz uma cara de ofendido – quer dizer que o que vocês vivem é o conto mais antigo que o tempo. Mais uma história de amor que pode ser descrita pelos sentimentos do poeta mais vetusto e consagrado. Vocês foram capazes de reproduzir a beleza e a pureza profunda dos amores de Shakespeare. Não é nada novo, mas é algo raro. Um amor perfeito cheio de imperfeições. "Inalterável, em grande excelência"... eu espero que isso só se propague, pela sua "beleza, bem, verdade" por um longo tempo e por todos nós.

Park Jimin segura minhas mãos entre as suas, acariciando e apertando com certa força. As palavras dos seus amigos eram especiais pra mim, mas aquilo significava o mundo pro meu marido. Ele era a pessoa mais comprometida com cada um deles, o melhor amigo de todos. Ouvir aquelas palavras de admiração de amigos que ele tanto prezava o fazia a pessoa mais feliz da face da terra.

- Droga! Agora a gente tem que falar depois do Namjoon – Jin reclama, descontraindo novamente o ambiente – Eu não sou Shakespeare e nem tenho o QI do Namjoon, mas posso afirmar com todo o meu coração o quanto cada um de nós aqui se sente grato por ter presenciado algo tão raro e único quanto duas pessoas tão singulares se apaixonando bem diante dos nossos olhos. Vocês me deram a oportunidade de crescer e amadurecer junto com essa história... – ele ergue o copo que estava bebendo, dando o brinde por encerrado basicamente, mas antes que todos se juntem a ele...

- Eu quero ouvir o Suga Hyung – Park Jimin pede sem conseguir desfazer seu sorriso enorme e ao mesmo tempo tímido.

Aquele jeito que só ele conseguia ficar quando recebia muitos elogios. Sem graça e cheio de si.

- É muito simples... se cada um de nós aqui conseguir conquistar metade do que vocês dois conquistaram e superaram então poderemos dizer que tivemos sucesso em nossos relacionamentos – responde com cara de tédio - Eu estou muito orgulhoso de você Jiminie – deixa escapar um sorrisinho.

Park Jimin e Min Yoongi trocam um olhar cúmplice.

- Jungkook? – Min Yoongi chama o mais novo pra falar.

- Espelho... modelo... exemplos – jeon jungkook ri sem graça – Eu não sou bom com palavras. Não sei como cuidar de ninguém, só tive pessoas cuidando de mim toda a minha vida. É por isso que o Jiminie hyung sempre foi meu maior modelo e quando ele achou a Ceci só completou o quadro de perfeição. Um completa o que falta no outro e eu vou me espelhar nisso e melhorar como pessoa.

- Meu Deus! – Park Jimin arregala os olhos – ele nunca fala coisas legais assim.

- Hoje é um dia especial – o moreno sorri tímido, sendo amparado por Thays que ri de sua cara – Acho que o hobe hyung devia falar também.

- Não posso – Jung Hoseok responde prontamente – Vou alegrar demais o clima e ta todo mundo muito emotivo – aquela desculpa arranca mais uma risada de Park Jimin – Além do mais, todo mundo sabe que eu sou o maior fã de MinSia. Vocês tem meu amor incondicional pro resto dos dias. Vou tomar conta dos dois pra sempre.

- Isso é mais do que ele já falou pra mim até – Mikame responde irônica, recebendo uma risada escandalosa do namorado.

Conforme os múrmuros e risos vão cessando, um certo silêncio vai tomando conta da mesa. Todos esperando...

- O que? – Taehyung pergunta arqueando as sobrancelhas – Ah cara! Olha só pra vocês. Chega a ser estranho... de uma forma boa – se apressa em falar quando vê minha cara de espanto – vocês dois juntos. Tem alguma coisa ao redor, entende?não, Park Jimin e eu dividíamos uma cara de confusão engraçada – Parece até magia, ou sei lá. Acho que eu não arrumei ninguém até hoje porque sei que se não me sentir da forma que vocês se sentem um pelo o outro, não vai valer a pena.

- A culpa de você ta encalhado agora é nossa? – Park Jimin não podia perder a chance de encher o saco do amigo – Seu idiota.

Os dois trocam um soquinho sobre a mesa.

- Hyun... – eu chamo, fazendo todos na mesa se surpreenderem com o meu pedido já que ele era o mais novo dali – Fecha o brinde?

Mas era também o mais próximo de nós dois, o que mais aguentava todos os infortúnios de Park Jimin e Cecília. Jimin roça o nariz na minha bochecha brevemente, como quem diz que a minha ideia foi brilhante.

- Não estou muito confortável pra fazer isso... eu não me preparei – comprimi os lábios numa linha reta. Uma característica que ele compartilhava com o irmão mais velho.

- Diz qualquer coisa... você conhece bem a gente – Park Jimin o encoraja.

Aquilo tava mais parecendo uma conversa do que um brinde de verdade... e era por isso que eu estava memorizando cada uma daquelas palavras e cada segundo daquele momento. Era uma "conversa" memorável... era a melhor conversa da minha vida me fazendo ter orgulho de cada uma das decisões que eu tomei e que me levaram até aquele dia. O dia que eu disse "sim" a Park Jimin.

Hyun se levanta e Alanis dá um copo cheio em sua mão, ele observa as velas e flores sobre a mesa envergonhado demais pra encarar até mesmo o irmão quando começa a falar.

- Eu não sei... – solta uma risadinha que me faz acompanhá-lo – Só consigo pensar em livros e vídeo game e em como tudo começou. Acompanhar de perto... a forma mais simples... – procurava as palavras, vez ou outra olhando pra mim ou pro irmão – de amor... vocês se gostam e ponto final. O resto é trabalhado e vocês fazem parecer tão fácil, sem esforço. Eu conheci o meu irmão antes e depois da Ceci aparecer, e depois de conviver um pouco mais com ela pude perceber o que um mudou no outro. O que a gótica trouxe de novo e completo pro "boyzinho fofo" e o que o garoto romântico fez a gótica sentir sem medo. É como se vocês tivessem que ficar juntos pra poder enfrentar o que é "a vida"daqui pra frente. Cara, foi mal... isso ta ridículo – ele ri escondendo o rosto com a mão e eu só balanço a cabeça em negativa, completamente absorta – mas eu realmente acho que o que um tem pra oferecer pro outro é o que vai fazer tudo dar certo daqui pra frente. É o que eu torço pra que aconteça – Hyun ergue o copo e dessa vez todos na mesa o acompanham – Parabéns hyung, por tudo que você conquistou. Eu já considerava a Ceci como uma irmã a muito tempo e agora é ótimo poder dizer que ela é oficialmente parte da família. Bem vinda irmãzinha... eu sei que vai durar pra sempre.

Nós brindamos em meio a gritinhos de "cheers" barulhentos. Troco olhares com Hyun e murmuro um "obrigada", fazendo-o rir aliviado. Depois encosto minha taça na de Park Jimin e quando ele olha pra mim seus olhos estão cheios de lágrimas. Eu sorrio abertamente e selo seus lábios antes que invente de começar a chorar ali, me fazendo acompanhá-lo. A gótica das trevas não pode chorar na frente dos outros mesmo sendo uma dementadora do bem.

(...)

- Acho que não tivemos nenhum momento romântico entre nós dois nesse casamento... chateado?

Eu estava sentada no colo do meu marido, numa cadeira afastada de todo mundo onde pouca luz alcançava. Nós observávamos enquanto nossos amigos conversavam, bebiam e dançavam uma bossa nova desconhecida que estava tocando ao fundo.

- Desde quando casamentos são feitos pra ter momentos românticos entre o casal? Casamentos são feitos pra gente compartilhar e celebrar o que temos com pessoas que nos importam... – ele alisava a saia leve do meu vestido o tempo inteiro - E eu acho que a gente teve o melhor casamento de todos. Estou orgulhoso de nós dois. Orgulhoso dos nossos amigos e família.

Meu braço estava ao redor dos ombros de Park Jimin e eu fazia um cafuné lento nos seus fios de cabelo da testa, enquanto olhava Hoseok roubando beijos escondidos da Mikame porque era falta de respeito na frente dos meus pais. Aquilo não adiantava nada, Lia estava tirando foto de tudo e todos.

- Estou feliz com o que temos e ainda vamos ter – fala de surpresa ao acariciar minha barriga, me arrancando um sorriso sincero.

- É só o começo Park Jimin – afasto seu cabelo e beijo sua testa.

(...)

Entramos em nosso apartamento com os envelopes, uma cesta com varias comidas, meu buque de 6 cravos e uma garrafa de champagne em mãos.

- Está cansada jahgi? – pergunta colocando algumas coisas sobre o balcão da pia.

Eu coloco os envelopes no hack da tv e o buque no sofá.

- Um pouco, talvez com um pouco de sono... e você? – estico a mão pra que ele pegue, o que ele faz prontamente ao se aproximar.

- Também. Minhas bochechas estão doendo um pouco – ri levemente e eu deposito um selinho demorado em seus lábios.

De olhos fechados só ouço um "click" de foto, sem perceber que ele tinha tirado o celular do bolso do paletó.

- Park Jimin o que foi isso?

- Tenho que registrar esse momento... você assim... toda "clara", de branco... essa princesinha anã tão linda me beijando.

- O Yoongi e a Lia já tiraram todas as fotos necessárias pra registrar isso.

- Essas vão pro meu álbum pessoal, só meu... ninguém vai ver. É a minha visão.

Tira mais uma foto do meu rosto e eu faço uma careta.

- Você me prefere assim? – brinco com nossas mãos entrelaçadas – Gostaria que eu me maquiasse mais assim? Me vestisse diferente? Prefere que eu pareça mais menininha?

- Eu gosto de você de todos os jeitos Ceci – solta minha mão e acaricia o corpete rendado do vestido até a altura da minha cintura – Gosto de como você fica quando acorda com carinha de boneca inchada e vai pro banheiro com os olhos serrados. Gosto de você com o cabelo embaraçado de passar o dia inteiro na cama, ou o cabelo desgrenhado depois que a gente transa. Gosto quando você dorme com a boca meio aberta e quase baba quando está muito cansada – nós rimos – São as coisas que me provam que você é real, senão eu acreditaria seriamente que você é fruto da minha imaginação.

- Então meu "eu" gótica...

- É o meu preferido – me interrompe, colando nossas testas.

Eu sorrio e antes que perceba meus olhos se enchem de lagrimas, fato que Park Jimin jamais deixaria passar em branco...

- Está feliz jahgi? – pergunta sorridente e eu só confirmo com a cabeça, tentando afastar o choro bobo – Eu amo esses seus detalhes sem sentido sabia? Seus choros de felicidade...

- Eu amo você – falo baixinho e deslizo minhas mãos pelo seu peito, admirando sua camisa.

- E quanto a mim? – se afasta minimamente, me olhando melhor – prefere que eu me vista assim? Que eu seja mais gótico ou rock star?

Faço minha melhor careta "bleh".

- Por mim tudo que está aqui – faço um gesto com as mãos apontando todo seu semblante e figura – por fora é só um bônus muito lindo e perfeito. Eu amo o que está aqui – apoio o indicador no seu peito – e o que está aqui – deslizo a mão livre pelo seu cabelo, indicando sua cabeça – O que você veste não me importa nadinha.

Envolvo os braços no seu pescoço e nos beijamos lentamente, selando aquelas palavras. Dessa vez eu não me importo nem um pouco com o "click" da câmera do celular. Aos poucos seus beijos vão para o meu pescoço, minha clavícula, meu colo descoberto pelo decote. Com uma mão ele acariciava meu corpo sobre o tecido do vestido e com a outra ele registrava cada ângulo que achasse interessante com o celular. Eu já nem me importava mais com as fotos, na verdade achei divertido.

- Está tão linda jahgi... acho que eu enlouqueci mesmo e você não é real...

Suas palavras me arrepiam e eu fico em êxtase com seu olhar. Ele circunda meu corpo, parando atrás de mim e abre o único botão do meu vestido, trazendo as alças pra baixo com lentidão deliberada. Seus beijos molhados agora começam em minha nuca exposta e descem pela minha espinha, me fazendo estremecer. Park Jimin se desfaz do laço nas minhas costas e seus lábios só param no meu cóccix. Conforme ele vai descendo o vestido pelo meu tronco e minhas pernas, sua língua contorna o elástico da minha calcinha de seda branca. Por algum motivo bobo eu empino o bumbum e assim que meu vestido fica espalhado pelo chão ele dá atenção a aquela área, apertando com vontade.

As provocações não eram com o intuito que geralmente estávamos habituados Aquela noite queríamos ir com calma, aproveitar um ao outro enquanto ele saciava a vontade de me ver de noiva. Quando ele anda ao meu redor novamente, analisa meu corpo seminu, só de calcinha e o laço de noiva ao redor da coxa esquerda. Eu não fico envergonhada com a forma despudorada que ele me admira. Pelo contrario, me sinto... mulher, ansiosa pra fazer o mesmo com ele.

Puxo seu paletó, o trazendo pra perto e o abraçando apertado. Fico nas pontas dos pés e roço os lábios pelo seu maxilar, enquanto Park Jimin posiciona o celular pra mais um click.

- Esse álbum pessoal não vai ficar um pouco pornográfico?

Ele ri baixinho, inclinando a cabeça pro lado.

- Espera só eu tirar foto da sua tatuagem.


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Espero ter pegado vocês de surpresa com essa inversão de gótico e fofa... achei que ficaria legal os dois trocando de papel pra agradar um ao outro. E pensei que seria legal as declarações partirem dos amigos deles aqui. O efeito MinSia no grupo Seokjin.


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