Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

14

Charlotte parou em frente à porta que dava para o quintal, abriu somente uma fresta, aproximou o rosto e foi a abrindo devagar quando não viu nada perigoso. Abriu a porta antiga de ferro com cuidado para não fazer barulho, tirou as plantas que cresciam à frente dela e a camuflavam na parede. Quando conseguiu obter um espaço onde pudessem passar tranquilos, saiu para fora. O sol estava se pondo, não havia sinal de algum guarda e alguns metros a frente, perto do muro, se encontrava uma pequena casa antiga. Viu nela sua única alternativa, até porque a partir do momento em que saiu para fora, teria que improvisar.

- Ótimo, agora vamos ter que correr. - avisou em um sussurro, olhando para o garoto que a encarou exasperado.

- Correr pra onde?! Não tô vendo um único lugar aqui que nos proteja da morte.

Precisava permanecer com o controle, não deixaria que o tom amargo dele a distraisse.

- Eu realmente não senti a sua falta. - não teve como não falar.

- Que bom que o sentimento é recíproco. - afirmou, abrindo um sorriso sarcástico.

Charlotte se voltou para a frente, inspirou fundo e ordenou séria:

- Cala a boca e me segue. Só temos uma chance.

□ □ □ □ □

- Preparado?

Henry escutou Schwoz perguntar, apertou as mãos em punho sentindo a palma ser machucada pelas unhas, isso o ajudava a voltar a realidade.

- Sim, rápido, por favor. - pediu, respirando de forma acelerada.

- Toma cuidado e volta inteiro. - Piper pediu, o que o fez encar a irmã que estava com os braços cruzados e modiscando a unha do dedão.

A mania voltava somente nos momentos em que ela estava mais nervosa, lançou um sorriso tranquilizador para ela que retribuiu com um leve aceno.

- Traz ela em segurança. - Jasper pediu, fazendo Henry fixar sua atenção no portal que começava a se abrir.

- Agora!

Após o grito de Ray, Henry correu o mais rápido que podia para dentro do portal.

□ □ □ □ □

Alguns minutos antes, Charlotte parou em frente à porta de uma aparente casa de ferramentas, o outro Henry se encontrava ofegante ao seu lado e ela se segurou para não soltar algum comentário que provavelmente daria início a uma discussão. Olhou ao redor e notou que não havia aparecido ninguém, o que era muito estranho. Resolveu continuar aproveitando a sorte, levou a mão à maçaneta e constatou que a porta estava trancada, só bastou um tiro do laiser para que ela se abrisse.

- Isso é vandalismo. Você não pode arrombar a propriedade dos outros desse jeito e sair vandalizando tudo o que aparecer, quem-

- Vandalismo vai ser o que vou fazer na sua cara se você não se calar. - ameaçou com um olhar cortante que o calou no mesmo momento, passou em silêncio por ela, recebendo a máquina que ela o estendia.

Assim que o Outro Henry entrou, iria fechar a porta, mas um som alto e conhecido que surgiu alguns metros a sua direita, a fez se virar irritada. Um portal se abriu e dele saltou um garoto alto e angustiado, no meio das árvores, fazendo um barulho alto o bastante para chamar a atenção de todos que estavam por perto. Ou seja, finalmente eles haviam sido encontrados.

- Por quê? - indagou cansada, olhando para o céu que estava sendo pintado de estrelas.

- Charlotte! - seu Henry gritou claramente aliviado, e de dentro da casa o Outro veio correndo para a porta.

- Sou eu? - perguntou curioso.

Charlotte somente empurrou a cabeça dele para dentro, não poderia deixar que eles se encontrassem.

- Ah, não. - falou para o Henry que caminhava em sua direção, apontou o dedo para ele quando disse irritada. - Não se aproxime.

Ele parou confuso, mas assim que ia dar mais um passo à frente, eles foram cercados por seguranças.

- Parados!

Gritou um deles, apontando uma arma para Henry enquanto outro mirava em Charlotte. Porém o Hart em um acesso de coragem, ou burrisse, continuou caminhando.

- Eu falei pra não se aproximar! - a Bolton gritou irritada quando viu o amigo parar no meio do caminho e levar as duas mãos à cabeca, olhando rapidamente para dentro da casa viu a cena se repetir com o outro que estava perto da porta. - Vocês não podem se encontrar.

- Eu falei parados!

- O que eu faço então?! - Henry gritou, ignorando os seguranças que pareciam perdidos sobre como reagir.

- Faz ele parar! - O Outro Henry pediu, quando o Hart voltou a se aproximar.

- Henry! - Charlotte não sabia como fazer aquele idiota entender que era para eles ficarem separados.

- O quê?! - claramente ele não conseguia raciocinar, não queria imaginar a dor que os dois estavam sentindo.

Os guardas ainda tinham as armas apontadas para os dois, Charlotte desviou o olhar para eles e só contou quatro, mas tinha certeza de que os outros ainda iriam aparecer. Mas precisava focar no problema mais urgente.

- Você, vai lá para o final da sala, agora! - mandou, colocando parte do corpo para dentro da casa. Quando viu seu pedido ser antendido, voltou para fora. - Henry, se aproxima com calma. - pediu, em um tom gentil que pelo visto não surtiu efeito.

- Eles estão apontando armas pra gente, Charlotte! Como ter calma?!

Mas mesmo assim ele se aproximou, quando estava a um braço de distância dela, um grito alto fez os dois virarem para frente.

- Não se mexa!

Henry rapidamente reconheceu Mitch, sentiu seu corpo gelar quando Schwoz apareceu em um terno branco e com um enorme sorriso no rosto.

- Ora, ora. Achou que iria escapar de mim assim tão fácil?

- Era o plano. - respondeu de forma seca, sentiu Charlotte ficar tensa ao seu lado e começou a se aproximar dela bem devagar.

- O que houve com seu cabelo? E as suas roupas? - Schwoz perguntou confuso, o que os deixou em alerta. Mas o que realmente os assustou foi a forma como ele olhou para Charlotte.

- Não ouse se aproximar. - Henry falou, acabando com a distância entre ele e a amiga e ficando alguns centímetros à frente dela.

- Trouxe mais alguém? Isso é maravilhoso. - os olhos dele brilhavam em animação, Charlotte quis acerta-lo ali mesmo. - Por que vocês não se entregam logo e acabamos com isso? Aqui vai ser o máximo que vocês conseguirão ir, crianças. - avisou, a voz em um falso tédio. - Já deixei vocês brincarem de mais.

A noite enfim havia chegado, o local onde estavam se encontrava iluminado por holofotes, era um show para Schwoz, um show que talvez custasse muito para eles.

- O que fazemos? - Henry perguntou em um sussurro agitado.

- Enrole eles, só preciso de um minuto. - pediu, pelo visto era hora de colocar seu plano em ação, só existia um porém.

- Charlotte. - o Hart acreditava o suficiente na loucura do homem à sua frente para crer que ele mandaria atirar neles quando se cansasse de jogar.

- Confie em mim.

Charlotte o viu hesitar por alguns segundos, e também notou quando ele tirou algo do bolso de trás da calça, foi rápida em tirar da mão dele o que quer que fosse. Depois o guardou em seu próprio bolso e levantou as duas mãos para cima. Era a vez de Henry.

- Não atire, ela vai pegar algo que vai lhe interessar. - esclareceu quando viram armas sendo levantadas.

- Posso? - a Bolton perguntou, no tom mais inocente que conseguiu.

- Tudo bem, mas vá rápido. - a curiosidade de Schwoz era tudo o que eles precisavam.

- Abaixe a arma, garoto. - Mitch ordenou quando Henry apontou a arma que havia tirado de Charlotte na direção deles.

A Bolton já havia se virado para entrar na casa, mas não podia deixar a preocupação de lado ao escutar a resposta do Hart.

- Não, como vou ter certeza de que vocês não vão atirar? - indagou irritado, tanto para enrola-los quanto por ser verdade.

- Não vou jogar fora o meu mascote, criança. - Schwoz afirmou, era possível sentir o orgulho dele em cada palavra.

Charlotte rapidamente entrou e caminhou para um canto escuro onde o Outro Henry estava, ele segurava a pequena máquina nos braços e no seu olhar ela viu o medo que ele havia expressado no primeiro dia em sua terra. Ele poderia ser um idiota às vezes, mas não merecia passar por nada daquilo. Se ajoelhou ao lado dele, estendeu um pequeno cartão de memória para ele e falou apressada.

- Escuta bem, aqui tem provas que vão te deixar em segurança caso algo dê errado.

- O que você está planejando? - perguntou, pegando o cartão e a passando a máquina.

- Nossa liberdade. - respondeu, notando um certo alívio nos olhos dele. - Vai ter um clarão enorme, em circunstância alguma olhe para fora, ele só vai durar alguns segundos e depois você vai poder sair daqui.

- Mas e se-

- E se nada, só faça o que eu pedi, por favor. - pediu, em sua voz ele sentiu toda a exaustão dela.

- Tudo bem. - aceitou sem mais questionamentos, assim que ela se preparou para se levantar, desejou sincero. - Boa sorte, Charlotte.

- Pra você também. - disse, abrindo um pequeno sorriso e dando às costas para ele.

Mas antes abriu a mão para olhar o que Henry a havia entregado, sua expressão relaxou um pouco, talvez eles tivessem uma chance muito grande de escapar daquele mundo.

- Eu não quero mais saber das prisões da sua irmã! Cadê a garota?

Escutou Schwoz perguntar assim que saiu da casa e voltou para o lado de Henry.

- Estou aqui.

- Trouxe o que falou? - indagou descrente, mas ela podia ler em seu rosto a curiosidade. Levantou o queixo e respondeu sem demonstrar insegurança.

- Sim.

Caminhou alguns metros e colocou a máquina no meio deles, depois voltou para o lado de seu amigo e retirou do bolso o aparelho que Henry a havia entregado.

- Mas essa é a minha máquina.

- Modificada. - informou após a afirmação desconfiada dele.

- Como assim? - perguntou irritado.

Charlotte apontou para um pequeno cartão de memória em cima da máquina, algo que nenhum dos outros havia prestado atenção ainda.

- Está tudo aí.

- Tudo o quê?

- Abra o arquivo. - falou, não demorou muito para que Schwoz cedesse.

- Jones, traga algo para conectar. - ordenou para um dos seguranças que estava ao seu lado.

- Sim, senhor.

Assim que o homem saiu e Schwoz se aproximou para examinar o cartão, Henry se colocou mais perto de Charlotte e indagou em seu ouvido.

- O que você está fazendo?

- Plano B. - respondeu baixo, não deixando de fazer contato visual com nenhum dos seguranças que os observavam. - Avisou para eles não fecharem o portal?

- Sim.

- Ótimo, me escute, Henry. Não olhe para trás. Vai ser uma grande explosão, mas eu vou estar bem atrás de você, então, por tudo o que já passamos, confie em mim e não olhe para trás. - seu pedido provavelmente o estava deixando preocupado, sentia uma vontade quase incontrolável de encarar o Hart e falar tudo aquilo olhando em seus olhos, mas não podia, seria perigoso de mais.

Schwoz ainda esperava seu segurança trazer o que ordenara e os encarava com desconfiança.

- Charlotte, você está me pedindo para te deixar? - o tom preocupado de Henry fez seu coração apertar.

- Eu não vou ficar, vou estar atrás de você, mas não olhe. Só corra para o portal e não olhe. - era a única coisa que ele precisava fazer, e ela só teria aquele momento de distração para pedir.

- Eu não quero te perder. - a mão dele rapidamente alcançou a sua, o que a fez engolir o bolo que se formou em sua garganta, não poderia chorar.

- E não vai, eu prometo. - garantiu, apertando a mão dele e a soltando rapidamente quando o olhar raivoso de Schwoz recaiu sobre eles.

Charlotte apertou o botão que acionaria o alarme para o portal e torceu para que seus amigos o ligasse rápido.

- Não tem nada aqui. O que significa isso?!

- Nossa saída. - respondeu seca. Um som alto tomou conta do local e finalmente viram um portal abrir alguns metros longe deles. - Agora! - gritou para Henry que começou a correr em sua frente.

- Não deixem eles escaparem! Atirem!

Escutou a voz de Schwoz ordenar quando correu atrás do Hart. Apertou a última esfera que estava em sua mão e aproveitou o momento de hesitação dos seguranças.

- Mas chefe!

- Atirem!

3, 2, 1.

Um clarão intenso tomou conta de tudo após o grito descontrolado de Schwoz. Charlotte continuou a correr sem olhar para trás, focando somente nas costas de Henry, torcia imensamente para que ele não tivesse virado, eles estavam tão  perto. Sentiu seu braço arder, mas não olhou para saber o motivo, porém tropeçou em algo e fechou os olhos quando sentiu seu corpo ser impulsionado para frente. Só conseguia pensar:

Eu não quero ficar.

*****

Olá pessoas, quero agradecer a todos que estão lendo e avisar que terá somente mais um capítulo. Estamos no fim e fico imensamente feliz pelo retorno lindo de vocês.

Continuem propagando o amor que eu vejo tão nitidamente nesse fandom, e nunca esqueçam que lutar pelo outro que está sendo silenciado é um dever de todos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro