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Capítulo 38 - Amar você e não poder, acaba comigo, ô baby

Eu precisava ir ao hospital e tirar o gesso, mas ninguém parecia minimamente disposto a me ajudar. Igor e Mariana estavam na rua desde cedo e não respondiam minhas mensagens. Eu preferia pensar que eles não respondiam porque estavam sem Wi-Fi, mas as duas gaivotinhas azuis me indicavam que não era exatamente esse o caso.

Sem muita opção, fui andando vagarosamente para a porta do quarto, pensando em pedir ajuda para alguém na recepção. Provavelmente eles me ajudariam a entrar em um táxi, não é mesmo? E pediriam ele para mim

Fiz o trajeto até o elevador no quadruplo do tempo de uma pessoa normal. Mas, fora isso, tudo corria bem. Eu ainda tinha esperanças de encontrar Mari e Igor voltando da rua ou, se eu tivesse muita sorte, Alex, em uma visita surpresa. Todavia, quando a porta do elevador abriu, quem eu vi do lado de dentro foi...

Caio.

— Kate? – Ele perguntou, se apressando para me ajudar a entrar. – O que você está fazendo?

— Indo para o hospital – respondi, sacudindo o braço para me livrar de seu apoio.

— Você está passando mal? – Ele continuou lá dentro, enquanto eu apertava o botão para descer.

— Não, Caio – respondi, incerta sobre os motivos que ainda me levavam a dar qualquer tipo de satisfação àquele traste. – Vou tirar o gesso.

— Sozinha?

— Não, Caio – eu não pude perder a chance. – No hospital.

— Eu sei – ele riu. – Mas sozinha?

— Sim.

— O que aconteceu com a minha irmã e aquele pet de vocês duas? – Ele perguntou.

O elevador anunciou que tínhamos chegados ao térreo.

— Pergunta para eles – eu respondi, irritada.

Eu me arrastei para fora, com Caio na minha cola. Antes que eu conseguisse chegar na recepção para pedir ajuda, ele já estava do lado de fora do hotel, fazendo sinal para um taxi. Antes mesmo que eu pudesse gritar para que ele parasse, ele já tinha conseguido um e estava segurando a porta aberta.

— Kate, vem!

Para mim, pelo visto.

Percebendo meu receio, ele atravessou o hall do hotel novamente e me ajudou a andar até o carro. No caso, me arrastou até o carro. Eu entrei com pouca dificuldade. Estava me preparando para fechar a porta, quando resolvi que talvez fosse bom agradecer. Preciso de um tempo para me convencer de que Caio é digno da minha gratidão, para seja lá o que for.

Quando olhei para fora, Caio tinha sumido.

Ele reapareceu três segundos depois, sentado ao meu lado no banco de trás do carro.

— O que você está fazendo? - Grunhi.

— Te levando no hospital – ele respondeu.

— Eu não preciso de escolta.

— Eu acho que precisa se você não quiser passar todo resto do seu tempo aqui se arrastando até lá – ele respondeu, dando de ombros.

Silêncio.

Where to? – O taxista nos interrompeu.

— Hospital – respondi, puxando o papel com o endereço da minha bolsa. Entreguei-o na mão do taxista.

Silêncio.

— E aí, Kate? – Caio chamou. – Como você está?

— Você não deveria saber, já que teoricamente está aqui para cuidar de mim? – Espetei.

— E da minha irmã – ele corrigiu.

— Sei. Por isso que você precisa me perguntar sobre o paradeiro dela.

Silêncio.

Aquele táxi era demais para nós dois. Eu queria abrir a porta e empurrá-lo para fora. Especialmente agora que estávamos passando por uma ponte. Quem sabe ele não saía rolando, passava entre as grades e se afogava no Tâmisa?

— O que exatamente você está fazendo aqui, Caio? – Perguntei. – Porque claramente não está fazendo o que pediram para você.

Silêncio.

— Sabe, Kate – ele começou.

— Não – cortei.

— Quando seus pais e meus pais me pediram para vir – ele continuou mesmo assim. – Eu quase disse não.

— Mais aí disse sim – eu palpitei. – Afinal, para uma oportunidade bancada por papai e mamãe de fazer zona na Europa não se diz não, né?

— Mas aí eu disse sim porque achei que você, de certo modo, poderia começar a me perdoar se eu viesse te ajudar – ele disse.

Meu coração encolheu. Mas só temporariamente.

— Mas aí você esqueceu disso no momento em que pisou na Inglaterra?

— Não. Eu achei que não era bem-vindo – ele disse.

— Não é mesmo.

— Quando te vi com aquele garoto.

Demorou um tempo para eu entender que ele estava falando de Alex.

Demorou mais tempo ainda para eu cogitar se aquilo poderia ser uma cena de ciúmes.

— Caio, me poupe – eu disse, irritada. – Você roubou as flores que ele estava levando para mim.

Silêncio.

Como se tivesse percebido o silêncio, o celular dele começou a tocar. Eu olhei, surpresa. Não sabia que ele tinha um roaming internacional ativado ou um chip local. Ele puxou o celular do bolso e eu olhei, pensando se eu veria o rosto de Pri.

Ou melhor, o rosto não. Os peitos maiores que a minha cabeça mesmo.

Mas o que eu vejo é pior.

Não tem a foto de ninguém na tela, mas o visor mostra um nome.

GABRIELLA.

Ele enfiou o celular de novo no bolso e eu comecei a entrar em pânico. Provavelmente era só loucura minha. Uma coincidência maluca que Caio tenha uma amiguinha chamada Gabriella. Com dois ls.

O celular começou a tocar de novo. Ele puxou-o e eu olhei, atenta para ver o número.

E era um número inglês. Com todos aqueles códigos estranhos no início.

Deja-vu é pouco para o que eu senti enquanto o assistia tirar e colocar o celular no bolso, olhando para mim como se estivesse procurando uma desculpa plausível. Só que não tinha resposta plausível.

Eu estava com muito medo perguntar e confirmar minhas dúvidas. O medo de saber a verdade era gigantesco, mas eu não consegui me conter. A dúvida era pior.

— Caio – chamei, tentando fazer uma voz mansa. – Quem é Gabriella?

— Err...

— We're here – o motorista nos interrompeu novamente.

Eu continuei encarando-o com uma expressão que eu gosto de pensar como furiosa. Ele ficou olhando para baixo, como se o tapete do taxi fosse a coisa mais interessante de todo mundo.

— Thank you – eu disse ao motorista. E continuei dizendo, ainda em inglês. – Ele vai continuar a viagem.

Eu abri a porta antes de Caio perceber o que eu tinha dito.

— Não vou não – ele disse, em português.

— Vai sim – eu respondi em português, já colocando minhas pernas para fora. Arrastei-me para beirada. Antes de pular para fora, voltei para o inglês e disse – A destinação final é o inferno.

No dia seguinte eu estava jogada no sofá, com os pés para cima. Tinha um milhão de abas abertas no meu navegador, enquanto eu procurava uma possível fantasia para festa de Alexander.

Estava fazendo o possível, desde o dia anterior, para parar de pensar no nome Gabriella brilhando no celular de Caio. Escolher fantasias vinha sendo uma atividade muito divertida.

Cone. Rolo de papel higiênico. Miley Cyrus em Wrecking Ball. Hashtag.

Ainda que não estivesse sendo exatamente proveitosa.

Ter a perna livre era a coisa mais fantástica do mundo, ainda que eu estivesse sentindo um pouco de saudade dos desenhos de David. Eu, inclusive, já tinha mandado uma foto para o whataspp da Carol, sem o gesso. Claro, escondi meu braço nas costas, para que ele pensasse que David pensasse que eu não tinha mais gesso nenhum e parasse de se enrolar em papel higiênico. Aparentemente era um hábito recém-adquirido e que estava deixando Carol enlouquecida. Pelo menos era isso que ela me dizia no whatsapp¸ quando eu e David parávamos de conversar por ele.

Igor e Mariana estavam sentados na mesa, fazendo planos - que não me incluíam – para o dia seguinte: véspera de ano novo. Eu ainda não tinha falado nada sobre a festa de Alex e, pelo andar da carruagem, nem falaria. Se eles estavam me ignorando, eu também poderia ignorá-los. Eu poderia usar alguma sugestão de fantasia, mas não valia a pena.

Eu estava prestes a entrar em um tutorial de como me vestir de hashtag quando meu celular tocou. Eu o peguei, antes que – sei lá – Igor e Mariana viessem correndo e o pegassem na minha frente. E, como eu torcia, era Alex.

— Alô?

Amar você e não poder, acaba comigo, ô baby. Cada vez que me olha, penso: me namora? Mas você não vê. Não vê meu sofrimento em te querer / Todo dia e cada vez mais / E não poder...

Eu tirei o celular do ouvido, horrorizada. Olhei para ele como se ele estivesse pegando fogo. Meu rosto provavelmente estava.

— Kate? – Ele chamou. – Gostou? Fiz o arranjo da música para você. Eu não canto muito bem, mas acho que ficou bonito. Pelo telefone não dá para ouvir direito. E eu preciso correr agora, minha agente já está gritando. Amanhã eu toco para você direito. Mas talvez seja melhor você cantar. Sei que você canta melhor que eu. Beijos.

E aí desligou.

Eu joguei o celular em cima da mesa com muito mais força do que seria necessário. Então, virei na direção da dupla dinâmica, totalmente enfurecida.

— Mariana – eu disse, entre dentes, controlando meus berros. – Você mandou a letra da minha música para o Alex?

Ela não respondeu. Eu andei lentamente até a mesa. Ela continuou sem responder.

— Mariana – eu dei um tapa na mesa, que estremeceu todo tampo de vidro.

— Não mandei nada para Alex nenhum – ela respondeu, aos berros. – Eu nem tenho nenhum contato dele para mandar nada para ele, para início de conversa.

— Para de mentir, Mariana – eu gritei. – Como é que ele acabou de me cantar a droga da música no telefone?

— Cala a boca, Katerine! – Ela gritou de volta.

— A suja falando da mal lavada – Igor, como sempre, entrou para jogar lenha na fogueira.

Para ser sincera, eu nem ouvi.

Mas Mariana ouviu.

— O quê?

— Quem deveria estar sendo acusada de mentirosa é a Katerine – ele explicou, com um sorriso sapeca.

— Do que você está falando? – Eu perguntei, genuinamente surpresa.

— Do instagram.

— O que tem o instagram? – Mariana perguntou, atordoada.

— E quando é que você ia nos contar dessa festa? – Igor levantou o celular na minha direção.

Nele, tinha uma mensagem de Caio.

Com informações sobre a festa de Alex.

Como é que ele sabia disso tudo, se eu não tinha dito nada para ninguém?

— Que festa? – Mariana ainda estava perdida.

Eu não respondi nada. Simplesmente aproveitei minhas pernas boas, enfiei o laptop em baixo do braço e saí pela porta, batendo com uma força exagerada – mas provavelmente não forte o suficiente para extravasar o tamanho do meu ódio.

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EITA, QUANTA CONFUSÃOOOOOOOO.

Perguntas para reflexão:
Quem é que passou a música da Kate para o Alex?
Como é que Caio ficou sabendo da festa de Alex?
Quem é essa Gabriella de Caio e como eles se conheceram?

Segura toda essa curiosidade até terça que vem :P

Quero pedir vibes positivas para Acampamento, que está no final do meu processo de revisão pessoal (agora tá sendo revisado por uma amiga minha, revisora profissional chique) e que em breve pretendo mandar para uma editoraaaaaaaa! Oremos!

E é isso, eu acho. Espero que vocês tenham gostado!

Mil beijos,

Euzinha.

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