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Capítulo 12 - Picadinho de Roberto pro jantar

— E o que você vai fazer no show de talentos? - Mariana começou a falar quando entramos no carro na manhã de segunda.

— Não faço nem ideia! - me desesperei. Tinha esquecido completamente disso com os acontecimentos do final de semana.

Teria que ser um solo de bateria, porque eu não tinha mesmo mais nenhuma aptidão. Exceto se você considerar as músicas escritas no meu caderninho escondido embaixo do meu colchão como aptidão.

O que eu não considero.

— Você sabe que é final de semana que vem, né? Não está na hora de você decidir o que fazer?

"E não está na hora de você me contar que está apaixonada por Roberto?" - eu quis perguntar, mas me contive.

Podia fazer tia Cláudia bater o carro e nos matar. Imagina ter que aturar Mariana no além por toda eternidade falando "eu não acredito que você me fez morrer antes de conhecer Alex Rodder".

Cruzes.

­­— Está na hora é de decidir o que vamos fazer hoje! - eu disse, tentando mudar de assunto.

Vi Mariana abrir um sorriso pelo retrovisor, mas ela tentou manter um tom blasé, dizendo:

­­— Nós já comemoramos sábado, ora. Não há necessidade de comemorar de novo...

— Não, não. Vamos comemorar sim senhora! - tia Cláudia interrompeu. - E vai ser um jantar. Lá em casa. Eu, seu pai, você, seu irmão, Kate e esse seu amigo que você vive andando para cima e para baixo.

Gelei. Um calafrio percorreu meu corpo só de pensar em um jantar onde Caio e Roberto compartilhariam a mesma mesa. Escondam as facas. Escondam os garfos. Escondam os pratos. Pensando bem, cancelem.

— Igor? - Mariana perguntou e eu vi seu olhar alarmado refletido no espelho.

— Não, não. Um menino novo que eu ainda não consegui ver direito e você nunca se dignou a apresentar - tia Cláudia negou, sacudindo a mão na direção da filha. - Mas pode chamar Igor também.

­­

~~~~

Mariana passou a manhã inteira com cara de quem estava doente. Mais especificamente, com cara de quem estava prestes a vomitar. Fiquei por perto, caso ela precisasse de alguém para segurar seus enormes cabelos com urgência, mas não tão perto a ponto dela vomitar no meu coturno.

Achei que isso fosse realmente acontecer quando nós passamos por Roberto no intervalo das aulas. Ele virou o corredor e deu de cara com nós duas. Sem perder a compostura, se aproximou para felicitar a Mariana e...

Ela saiu correndo alucinada para o banheiro, no final do corredor.

— O que foi que eu fiz? - ele perguntou, desolado. Eu tive pena.

Senhoras e senhores, eu tive pena de Roberto. Este era realmente um fato inédito.

— Nada - respondi, colocando uma mão em seu ombro a fim de consolá-lo. - O que você vai fazer hoje à noite?

Roberto empalideceu. Talvez tenha pensado que eu estava convidando-o para sair. Há! Faz-me rir, querido! Minha expressão de profunda descrença deve ter funcionado como uma injeção de realidade, pois ele se recompôs e perguntou:

— Por que, vai ter festa?

— Talvez - respondi sorrindo. - Se a aniversariante sobreviver até lá.

~~~

Mariana foi trabalhar comigo, ainda que ninguém tenha dito que era dia de leve-sua-melhor-amiga-para-o-trabalho. E, por isso, Rosângela estava me encarando do balcão como se estivesse prestes a colocar Mariana para fora a chutes.

E a mim também.

Todavia, superar a má recepção de Rosângela era moleza quando eu tive que superar um Caio extremamente curioso sobre porque raios Mariana ia trabalhar comigo. Como Mari não falava nada, NEM COM O IRMÃO, eu tive que inventar uma desculpa qualquer sobre como íamos sair para comprar roupas para o jantar.

Não que ele tenha acreditado.

— Você não deveria ir para casa, para comemorar com sua família e receber ligações dos seus vários amigos? - brinquei.

Mariana me encarou em resposta sem mexer um músculo sequer. A pior parte dessa presença dela no trabalho era que ela era um peso morto. Simplesmente mais um enfeite na loja. Talvez pudesse colocá-la na porta segurando uma guitarra e ver se isso atraía mais fregueses.

Não importava o que eu dissesse, ela continuava parada entre as estantes de pop nacional e pop internacional quieta, sem dizer uma palavra ou esboçar uma reação. Eu sei que vocês não conhecem Mariana tão bem quanto eu, mas acreditem em mim quando digo: Mariana parada e muda não é algo que se vê sempre.

Ou qualquer dia.

Nem quando bolinha entrou no ralo e sumiu para sempre.

Nem quando as fotos do Havaí saíram.

— Mari, a gente inventa uma história para o Caio não ir hoje - eu tentei, tirando pó da estante ao lado dela. - Eu posso sair com ele ou sei lá.

Nada.

— Mari, eu queria muito que você me contasse o que está acontecendo entre você e Roberto.

Nem um piscar de olhos.

— Tô grávida. Você vai ser tia, parabéns!

Necas de pitibiriba.

— Gabriella tá grávida! Alex Rodder é o pai!

Nem um gritinho.

Se um filho (ainda que falso) de Alex Rodder não conseguia tirá-la da letargia eu começava a duvidar que existia alguma coisa que pudesse fazer isto.

Na metade do expediente me aproximei novamente e tomei-a num abraço. Aquilo já tinha dado o que tinha que dar, apesar deu não saber muito bem qual era o objetivo do universo ao fazer minha melhor amiga se apaixonar pelo meu ex-namorado (e vice-versa), mas eu queria acreditar que tudo na vida tinha motivo. Talvez eu não visse hoje, mas ia ver um dia. A princípio, Mariana não reagiu. Seus bracinhos nem se moveram e eu fiquei lá me sentindo desajeitada, mesmo sendo tão pequena.

— Mari, você é minha amiga desde sempre. Eu sei que você acha que eu vou ficar muito chateada se você começar a namorar o Roberto, mas prometo que não vou. Não prometo que vou sair com vocês ou ouvir todas as suas histórias. Pelo menos não no início, porque é muito estranho. Eu acredito que ele é hoje uma pessoa muito melhor e tenho certeza que o mérito é seu - eu queria chorar. Chorar porque tinha sido eu a começar o discurso, quando deveria ser ela. - Claro que eu acho que você poderia ficar com alguém muito melhor e tenho certeza que isto vai destruir o coração do Alex Rodder, mas eu te amo e confio nas suas escolhas.

Comecei a me afastar, mas Mariana me segurou. Então começou a chorar como se estivesse guardando todas aquelas lágrimas há meses, molhando o avental da loja e borrando sua maquiagem (tão milimetricamente feita todo dia antes da aula). Depois do que pareceu uma eternidade, ela soltou nosso abraço. Abriu e fechou a boca daquela maneira de sempre, como se quisesse falar um monte, mas não soubesse como. Daí só suspirou e disse:

— Desculpa, eu sou uma péssima amiga.

— Não é não. - respondi, sincera.

~~~~

Mudei de opinião quando dei de cara com Roberto me esperando na porta da minha casa. Ele estava lindo e eu comecei a entrar em pânico. Meu cérebro reconheceu a cena e me forneceu uma série de imagens semelhantes de anos anteriores, mas meu coração não se manifestou. Ou, pelo menos, não manifestou interesse.

— Oi Roberto. O que você está fazendo aqui?

Ele deu um sorriso sem jeito e uma coçadinha na cabeça que eu conhecia muito bem. E tudo aquilo só podia significar uma única coisa:

Lá vem bomba.

~~~~

Foi assim que me vi tocando a campainha da casa dos Lopez com Roberto ao meu lado. Foi assim que eu vi a confusão nos olhos do pai da Mari, foi assim que eu vi a própria Mari roendo as unhas e evitando encarar Roberto e foi assim que eu vi Caio fincar a faca que trazia da cozinha no frango que estava na mesa com muita raiva.

Roberto também percebeu a facada porque tirou rapidamente a mão que apoiava nas minhas costas. Não que eu não estivesse grata pelo fim deste maldito contato físico, mas será que ele sabia do meu, ahm, envolvimento com Caio?

— Kate! - tia Cláudia disse com um sorriso, em uma clara tentativa de tornar o clima mais ameno. Em vão. — Que bom que você chegou, agora já podemos jantar!

— Vocês se lembram do Roberto - eu disse, empurrando-o para dentro com meu ombro e seguindo.

— Ah sim, lembramos - quem respondeu foi Caio, entre dentes, encarando Roberto como se seu ódio pudesse fazê-lo desistir do jantar.

Eu meio que estava querendo que funcionasse.

— Vamos sentar! - é tia Cláudia novamente. Ela se adianta e puxa a cadeira para sentar. - Vamos, vamos!

Esperei todos se sentarem, incerta de qual seria meu lugar. Arrependi-me pouco depois quando percebi que o lugar restante e, aparentemente a mim designado, me deixava ao lado de Caio e na frente de Roberto.

Mariana estava na cabeceira da mesa e tio Rogério, seu pai, na cabeceira oposta. Perto de Mari e de frente um para o outro estávamos eu e Roberto. Ao meu lado, Caio, e na sua frente, tia Cláudia.

Eu sabia que Caio estava me encarando mesmo sem olhar pra ele. Todavia, mantive-me firme em olhar para qualquer lugar, menos pra ele.

— Podem servir, queridos! - claro que foi tia Cláudia de novo, ao ver que ninguém se movia.

Eu me estiquei para pegar o arroz e começar o prato. Bom, alguém teria que fazer isso. Coloquei o arroz, o feijão e a farofa, mas o frango estava do outro lado da mesa, ainda com a faca cravada no meio do peito e perto de seu assassino. Caio.

Hesitei. Por sorte, ninguém reparou. Todos resolveram seguir meu exemplo e estavam se servindo distraidamente. Todos menos Caio, que continuava me encarando.

— Caio? - disse, dissimulada. - Será que você pode cortar um pedaço de frango para mim?

Ele continuou me encarando, impassível. Nós dois não piscávamos. Que reação ridícula! Eu quero a droga do meu frango! Eu vim pra cá com um acompanhante falso para cobrir minha melhor amiga que não me conta a verdade! O mínimo que eu mereço é a droga de um pedaço de frango.

— Caio? - pisquei. - Por favor?

Ouvi o tilintar dos talheres nos pratos e, pela visão periférica, percebi que todos largaram seus afazeres para ver o desenrolar da situação. Mesmo assim, continuei fazendo o jogo do sério com ele. Até todos ouvirmos um som de louça se partindo e um grande boom. Não exatamente nessa ordem. Virei-me a tempo de ver Mariana boquiaberta enquanto o pote do arroz jazia no chão, espalhando grãos para todo o lado.

Inclusive no seu cabelo.

Como, meu Deus, como?

— Kate, será que você pode ir comigo na cozinha um segundo para ajudar? - ela perguntou, sem encarar ninguém.

— Ahm, claro.

Nós não tínhamos nem passado do beiral da porta e ela desandou a falar, como se toda sua ausência de manifestação estivesse acumulada e sendo finalmente liberada. De novo.

— Aimeudeus, essa foi a pior ideia de todas. Pior ideia DA VIDA. Pior ideia de TODO O UNIVERSO! Pior ideia...

— Pior do que quando você deixou a gaiola do Sr. Bolinha E o ralo abertos? - interrompi, porque não podia perder a piada.

— Pior.

— Pior do que quando você resolveu abrir o site oficial do Alex despretensiosamente e deu de cara com as fotos do Havaí?

— Pior - ela nem hesitou. A situação estava feia mesmo. - Mil vezes pior, Kate. Eu não sei o que fazer. Caio te odeia no momento e se eu contar a verdade, ele vai me odiar mais ainda e a cara do Roberto... Kate, você viu a cara dele?

Não, quis responder, não percebeu que eu estava muito ocupada lidando com seu irmão?

— Mariana! - interrompi, cansada dessa mesma história. - Isto tem que parar - ela me olhou surpresa. - Você tem que contar a verdade para todo mundo!

— Não tem verdade nenhuma para contar - ela murmurou. - Não tem nada acontecendo entre eu e o Robert...

— Ah, por favor. POUPE A MINHA JÁ ESCASSA BELEZA! - eu quase gritei. Ela estava de SACANAGEM com a minha cara, não é possível. - Pode não ter nada acontecendo no sentido físico, mas dá para cortar a tensão entre vocês dois com a droga de uma tesoura.

Ela começou a piscar e eu sabia que ela estava prestes a chorar. Ah não, ah não, de novo não. Continuei falando para tentar não dar espaço.

— Caio vai ficar puto? Ah, sim. Seus pais não vão entender nada? Exato. Eu vou ter vontade de vomitar? Com certeza. Isto tudo vai mudar alguma coisa? Não - soltei o ar com toda força pelas narinas. - Como você mesma disse, somos todos adultos. Você precisa aprender a tomar suas decisões e também a assumir suas consequências.

— Mas o Caio vai ficar... - ela hesitou. - chateado e você vai ter refluxo e...

— Mari... - eu revirei os olhos, mas sorri. Comecei a catar o arroz da cabeça dela. - Dane-se. O Caio vai superar, seus pais vão entender e eu vou tomar muito digesan.

Ela soltou uma pequena gargalhada e me puxou para mais um abraço. Claro que eu ainda estou chateada por toda omissão e que eu preferia que ela se apaixonasse por outra pessoa ou continuasse "se guardando" para o Alex Rodder, mas tudo bem. Sério. Tudo bem.

Mariana virou de costas, se dirigindo para a cozinha a fim de pegar vassoura, pano e desinfetante. - afinal, era isto que estávamos ali para fazer para início de conversa. Eu aproveitei para ir ao banheiro. Precisava arrumar a cabeça. E provavelmente o cabelo. Vai que tinha arroz nele também?

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Bom dia, gente! Desculpa por não ter postado ontem. Cheguei na Bienal na segunda-feira, mas passei mal ontem o dia inteiro. Tive que adiar todos os meus afazeres e, infelizmente, isso também envolvia o capítulo de Tiete! Enfim, antes tarde do que nunca, aí está.

OBRIGADA por terem ido na Bienal me ver! Fiquei muito feliz de conhecer várias de vocês ao vivo, reconhecer pelo usuário e distribuir autógrafos e marcadores <3. Espero que a vida me dê oportunidade de conhecer ainda mais de vocês (quem sabe todos?). Postei todas as fotos da Bienal na página de Mocassins e All Stars (fb.com/mocassinseallstars) e se alguém tiver fotos comigo, por favor mande!

Meus livros esgotaram, DUAS VEZES. Estou sem livros aqui em casa no momento, mas já pedi para meu editor mandar mais. Assim, se alguém ainda estiver interessado em comprar Mocassins, me manda e-mail ou inbox por aqui pra gente combinar :)

Enfim, com certeza tinha mais coisa para contar, mas me esqueci de tudo. Espero que vocês tenham gostado do capítulo. O Alex tá chegando aí, mas ainda falta um pouco. Para atender as desesperadas para conhecê-lo,  ACHO que vou fazer dois capítulos bônus em breve. Um narrado por ele. Que tal?

Beijos e muito obrigada por tudo!


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