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Capítulo 11 - Permissão

A festa lotou tanto quanto a de Caio, ou mais. Considerando que eu era a única dos aniversariantes que não sabia da festa, Mariana e Roberto puderam fazer um bom trabalho chamando seus amigos e conhecidos. Como eu não era uma pessoa muito social, meu ciclo de amigos se resumia a Mariana e Caio. Mariana estava ocupada dando atenção para todos os seus convidados e Caio estava sabe lá Deus aonde.

Por um lado era muito bom que ele não tenha ficado para festa ou a cabeça de Mariana estaria sendo servida naquelas bandejas de petiscos. Imagina se ele descobre que a irmã maluca deu uma festa para mim e para o Roberto, em conjunto, na sua casa?

Ainda assim, a festa estava caminhando relativamente bem. Por estar muito cheia, eu não estava encontrando sempre com Roberto. Ele não parecia também ávido em me encontrar ou me perseguir, como fez na festa de Caio. Eu estava distraída, ajudando Igor a encher novamente o isopor com mais bebida quando ele levantou os olhos e disse:

— Quem é aquele ser maravilhoso entrando por aquele portal do amor?

Esse é o tipo de coisa que, quando eu não convivia com Igor, nunca pensei que ele fosse dizer. Olhei para ele tentando entender de que raios ele estava falando e ele apontou na direção da porta. Segui sua direção e vi Daniel entrando na casa, meio constrangido. Meu coração parou um segundo esperando para ver se Rosângela entraria atrás dele, mas, por graça divina, era só Daniel. Ou "aquele ser maravilhoso" se você for Igor.

— Não se esqueça de me apresentar! - Igor gritou atrás de mim quando andei para cumprimentar meu único convidado exclusivo da festa. Mas então, ele me segurou pelo braço, fazendo-me olhar para ele de novo. - E, por favor, não conte para ninguém sobre isso. Eu tenho uma reputação a zelar na escola. Não tenho condições de assumir minha gayzice para a diretora. Não por enquanto. Acho que não seria bem aceito. E preciso do emprego.

Assenti, voltando a caminhar. Eu não fazia nem ideia se Daniel gostava de meninos, de meninas ou dos dois. E, para ser sincera, essa era minha última preocupação. A que ressoava na minha cabeça enquanto caminhava na direção de Daniel era: por-favor-Mariana-não-tenha-chamado-minha-chefe.

­­­— Oi Kate! - Daniel disse, quando eu me aproximei. - Parabéns! Que a Prato e Tambor possa ter você por muitos anos!

— Oi Daniel! - exclamei com surpresa. - Você me enganou direitinho lá na loja! Achei que você nem sabia que era meu aniversário!

— Enganei, né? - ele riu, se aproximando para me dar um abraço sem jeito. - A Mariana pediu para não falar nada, já que ela não chamou a Rosângela.

Obrigada, Deus. Obrigada.

— Amém! - eu disse e nós dois rimos. - Vamos, vou te apresentar para as pessoas.

— Ok - ele disse, ficando vermelho.

Esta foi a minha melhor estratégia de todas. Apresentei-o para alguns colegas da escola, para Roberto e, finalmente, para Igor. Depois disse que precisava urgentemente ir resolver um problema na cozinha e fugi, deixando os dois juntos. Igor que descubra se vale ou não o investimento. Eu sou sempre muito sutil, como uma patinha de elefante.

Eu estava bebendo água na cozinha quando Roberto entrou. Retrai-me contra a pia, como se nós dois fossemos imãs opostos, que ao invés de se atrair, se repelem.

— Posso falar com você? - ele perguntou parado na porta.

— Já não está falando? - respondi.

Seus lábios levantaram só de um lado, em um de seus típicos meio-sorrisos. Anos atrás aquele simples levantar de lábios faria meu coração disparar. Hoje, só o fazia doer um pouco. Então ele deu um passo para frente, se aproximando um pouco mais. Eu me contraí ainda mais contra a pia, mas tentei manter minha cabeça erguida. A voz irritante da Mariana na minha cabeça dizendo que nós éramos dois adultos agora.

— Eu queria pedir para você não ficar chateada com a Mariana por ter me convidado para comemorar o aniversário com vocês - ele começou a dizer, cruzando os braços ao se encostar-se à geladeira. - Ela começou a me ajudar no grupo de estudos e nós dois começamos a conversar, no início basicamente sobre você. Eu contei para ela tudo que disse para você no aniversário do irmão dela.

— Você disse pra ela? - ecoei, chocada.

— Sim, disse. Ela tem me ajudado muito, não só na escola. Ela me ajudou a enxergar várias coisas sobre um ponto de vista diferente e a superar mágoas antigas - ele encolheu os ombros. - Eu sei que você me odeia, mas...

­­­­— Roberto, por favor - interrompi, dando um passo em sua direção. - Eu não odeio você. Eu nunca odiei você e acho que nunca vou ser capaz de odiar - disse, enquanto ele me olhava com expressão de choque. - Você foi meu primeiro amor, então acho que parte de mim vai te amar pra sempre. O que eu odeio é o que você fez comigo - respirei fundo para continuar. - Mas a verdade é que passar por tudo isso me fez uma pessoa melhor.

Ele deu mais um passo para frente e eu levantei a cabeça, para encará-lo nos olhos. De perto, me olhando daquela forma, ele me lembrava muito mais do namorado que eu amava do que o ex-namorado que eu aprendi a afastar.

­­— Acho que uma parte de mim sempre soube que você não me amava, mas eu te amava muito. Mais do que a mim mesma - assumi pela primeira vez, incerta como seria sua reação. - E esse foi o problema.

­­— Kate, não. Eu não sei quantas vezes já pedi desculpas por ter te feito sofrer dessa forma, mas não quero que você pense que eu não te amava - ele disse, esticando uma mão para meu ombro. Eu não me lembrava qual tinha sido a última vez que ele tinha me chamado de Kate. - Porque é mentira. Eu te amava. E um pedaço de mim também vai te amar pra sempre...

­­Eu baixei a cabeça, escondendo meu rosto com meus cabelos, sentindo meus olhos encherem de lágrimas subitamente. Todavia, não eram lágrimas de tristeza. Eram lágrimas de libertação.

— Eu sei que você deve estar achando que eu estou com algum plano maligno para magoar sua melhor amiga, mas a verdade é que eu não estou - ele disse, desviando a mão do meu ombro para meu queixo, a fim de levantá-lo.

Encaramo-nos por alguns segundos e eu percebi que ele mesmo também estava com os olhos cheios de lágrimas.

— A verdade é que você gosta dela - conclui por ele.

— A verdade é que eu gosto dela. A verdade é que eu gosto muito mais dela do que eu esperava - Roberto sustentou meu olhar. - Só que, antes deu dizer isso para ela, eu queria dizer pra você. Eu realmente gosto da Mariana, mas não quero que você fique chateada com ela, aconteça o que acontecer.

— Vocês estão namorando?

— Kate - ele riu, arrumando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. - Nós nem nunca nos beijamos. Eu não faria isso com a Mariana, nem com você. Não faria isso com a amizade de vocês.

Eu continuei o encarando, sem saber o que dizer.

— Se você disser que quer que eu me afaste, eu me afastarei. Não quero ficar entre vocês duas. Não mais do que sei que já fiquei - ele começou a virar de costas, se dirigindo para porta novamente. - Só queria que você pensasse no assunto.

— Você está me pedindo permissão para namorar Mariana, Roberto? - perguntei, o freando.

Ele riu de novo, se virando para me olhar da porta da cozinha. Metade de seu corpo fora, metade dentro.

— Não, Kate. Eu estou pedindo por seu respeito novamente.

««

Era um absurdo.

O absurdo não era que Roberto e Mariana começassem a namorar, mas sim que ele tivesse vindo falar comigo enquanto ela continuava ignorando a situação-problema como se não existisse. Mesmo quando eu via os olhares que ela mandava pra ele quando achava que eu não estava vendo. Mesmo quando eu via os dois brincando por alguma besteira, como um belo casal apaixonado. Mesmo quando Igor aparecia do meu lado e dizia "bebê, isso aí vai dar casamento". Mesmo assim, Mariana não se dignava a falar comigo sobre o assunto. Era quase como se ela quisesse que eu soubesse, mas não quisesse me contar.

Era um absurdo, porque eu não era ninguém para impedi-la de namorar Roberto se ela assim quisesse. Era absurdo porque eu nunca impediria os dois de namorarem, especialmente depois da conversa com Roberto. Mariana é uma adulta. Todos nós somos, como ela bem disse. A decisão é dela. Nós duas mal nos encontramos durante o restante da festa. Só fui vê-la de perto de novo perto do final, quando nós três nos empoleiramos atrás da mesa para o parabéns mais estranho do século.

Por sorte ninguém puxou o "Com quem será?".

Sorte não. Provavelmente todo mundo que sabia das histórias considerava também aquele o parabéns mais estranho do século.


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HELLO!!! GENTE, CHEGUEI ATRASADA MAS CHEGUEI!

Estou na Bienal do Rio desde o dia 4/09, em uma maratona frenética! Todo dia, o dia inteiro! Já encontrei VÁRIAS PESSOAS DO WATTPAD POR LÁ e estou muito feliz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estarei lá até o dia 13, todos os dias e o dia todo! Os brindes especiais para quem lê meus livros no wattpad estão esgotando! Acho que só tenho mais 2! Então é melhor correr <3

Espero vocês lá!

PS: QUERO LER OS COMENTÁRIOS SOBRE ESSA CONVERSA DA KATE COM O ROBERTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO.

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