Capítulo 03 - Show de tale... Horrores
Por mais que eu soubesse que estava devendo, tinha uma pequena esperança de que eu pudesse sair ilesa. Minha esperança saiu voando pela janela no momento em que a inspetora do andar bateu na porta da minha sala. Antes que ela pudesse abrir a boca, eu já estava me levantando.
— Katerine, Regina quer falar com você imediatamente.
Assenti, caminhando na direção da porta enquanto meus colegas de turma começavam a entoar um "uhhhh, o que você fez agora?". Mari parecia apenas chocada. Quando nossos olhos se encontraram, os dela se esbugalharam. Tantos anos de amizade permitiam uma comunicação com os olhos muito eficiente. Ela sabia exatamente qual era o problema. Os lábios dela se mexeram no que parecia ser "advertência" e eu assenti, quase sorrindo.
Que cacete, por que eu sempre me meto nessas situações? Eu ainda não sabia exatamente qual seria a minha desculpa para Regina quando eu virei na coordenação. Ela estava sorrindo sem mostrar os dentes, mas suas mãos estavam entrelaçadas sob a mesa, numa típica posição de quem estava desconfortável com a falta de disciplina da aluna. Ainda que fosse uma aluna de quem ela gostava. Euzinha, no caso.
— Kate, você não passou aqui na entrada para entregar sua advertência – disse ela, num tom ameno. – Você sabe que este simples fato já poderia lhe render uma nova advertência.
— Sabe o que é, Regina... – eu ri. De todas as coisas que eu podia fazer, ri. Sinceramente, Kate. – É uma história engraçada, você vai morrer de rir...
Enquanto eu tentava maquinar alguma coisa para dizer, Regina começou a bater os polegares das mãos entrelaçadas, como quem começa a ficar muito nervosa com a situação. Então disse:
— Dona Liliana vai pedir as advertências a qualquer momento. O que eu vou dizer pra ela?
— Que eu faltei! – a ideia me veio como uma luz. – Você pode me dar uma dispensa e fica tudo certo.
— Kate, honestamente, eu nem acredito que ouvi essa sugestão. Você sabe que eu adoro você, mas sua situação é muito delicada. Você não é exatamente o modelo de aluna ideal que esse colégio quer apresentar para o mundo, querida.
— Ah vá lá, o que vocês vão fazer? – revirei os olhos. – Me expulsar?
Regina virou a cabeça e encarou o livro preto que estava na outra mesa, por longos segundos, sem dizer uma palavra.
— Sério? Expulsão? Tá brincando...
— A não ser que você surja com uma linda ideia de alguma boa desculpa para dar pra ela, Kate, sim, te expulsar está nas opções.
Eu a encarei, boquiaberta. Certo, eu não era a melhor aluna do colégio. Sim, eu tinha algumas infrações disciplinares. Ainda assim, não eram infrações disciplinares graves. Não é como se eu andasse pelos corredores do colégio oferecendo drogas ou, sei lá, mostrando os peitos. Pelo amor de Deus.
— Tem alguém que pode trazer a advertência assinada aqui pra você? – ela voltou a me encarar, com um pingo de esperança no olhar.
— Ah sim, Cai... Meu pai! Posso pedir para o meu pai trazer. Ou melhor, para um dos motoboys dele... – eu disse, torcendo para que na minha ficha não tenha dizendo explicitamente que meu pai é engenheiro, que fica ao menos 15 dias embarcado todo mês e que não e tem muitos motoboys. Ou qualquer um. – Posso ligar daqui?
Ela assentiu, empurrando o telefone na minha direção. Tudo que eu conseguia pensar era que Caio ia me matar. Totalmente. Arrancar cada fio do meu cabelo. Com uma pinça. Se ele souber o que é uma pinça. Ele faz educação física, deve saber o que é uma pinça. Ou então passar com o carro por cima de mim. Quatro vezes. Talvez fosse melhor ficar careca com uma pinça ou toda cheia de gesso do que explicar para minha mãe porque eu fui expulsa do colégio, considerando que ela nem sabe que não sou um exemplo de aluna. Fechei os olhos, torcendo para que ele pelo menos atendesse.
No que pareceu ser o quinquagésimo toque, ele atendeu. Sua voz tinha um tom esganiçado de sono e ressaca. A pior parte é que eu achei adorável.
— Ei, oi! É a Kate, tudo bem? – disse, percebendo Regina me olhar de soslaio. Talvez não se comprimente o pai com "ei, oi?" – Tudo bem, pai?
Ela parou de me encarar e voltou a olhar as fichas que tinha entre as mãos. Ao mesmo tempo, ouvi Caio falar uma série de palavrões que eu nem sabia que podiam ser ditos juntos e depois responder:
— Eu não tenho filhas – outro palavrão.
— Caio!!! – eu sussurrei, fazendo uma concha com a mão quando Regina pareceu suficientemente distraída com as anotações nas suas fichas. – Sou eu, seu idiota.
Eu me senti compelida a tirar o telefone da orelha porque simplesmente não aguentava mais ouvir a sinfonia dos palavrões. Mesmo assim, me segurei e agarrei o telefone com força, para extravasar minha raiva, enquanto ele dizia, entre dentes:
— O que você quer?
E, sabe, eu entendo que é sexta-feira antes de oito horas da manhã e que ele deve estar de ressaca, mas a vontade que eu tive foi de repetir metade dos palavrões que ouvi de volta pra ele. Que tom era esse? Como assim o que eu quero? Tá achando o que? Ontem parecia extremamente feliz de me ver no meio de sua crise existencial. Aliás, ontem parecia extremamente feliz de me ver PONTO.
— A advertência – curta e grosa. – Ficou em cima da sua mesa. Eu preciso dela assinada aqui agora ou aparentemente vou ser expulsa.
Apesar de ainda estar mantendo a voz baixa e a mão fazendo a concha no bocal, olhei de novo para Regina. Ela não parecia ter ouvido que eu estava contando sobre minha possível expulsão para meu pai. Então aproveitei e disse:
— Idiota.
Porque foi o mais perto de um xingamento que tive coragem de chegar considerando que estava na coordenação e também considerando o fato de que precisava que Caio me ajudasse. Depois do que pareceram mais 900 palavrões, ele disse:
— Sério? São oito horas da manhã.
— Por favor. Eu preciso de você.
Alguma coisa no meu tom de voz (minha humilhação, talvez?) o fez trocar o próprio tom. Ao invés de uma chuva de palavrões, ouvi um murmúrio do outro lado e, em seguida, meu nome.
— Tudo bem. Eu estou indo.
— Ok pai – disse, querendo que ele entendesse. Não podia simplesmente explicar a situação na frente da Regina. – Pode mandar um dos seus motoboys entregar na portaria? Coloca num envelope e escreve na frente "aos cuidados de Regina".
Regina levantou os olhos pra mim quando ouviu seu nome e eu sorri. Ela continuou me encarando, me impedindo de continuar a conversa decentemente.
— Tá bom – ele disse. – Eu paro o carro longe e vou andando até a portaria.
Eu queria dizer para ele pegar um ônibus ou um taxi. Eu não sabia quantas horas ele tinha dormido e se ainda havia resquícios de álcool no seu sangue, mas Regina estava me olhando.
— Obrigada, pai. Eu preciso ir agora. Obrigada – eu disse, vendo que Regina estava ficando irritada pela conversa ter se estendido por tanto tempo.
Ele já estava se despedindo quando eu lembrei e, esquecendo todo o esquema, gritei:
— AH É!!! PARABÉNS!!!
Mais uma chuva de palavrões.
— Não lembrava que era meu aniversário. Por que você foi me lembrar dessa data horrível? – nova sequência de palavrões.
— Sim, é realmente um dia lindo! É maravilhoso comemorar mais um ano de vida! Hoje à noite comemoramos!
Regina estava sorrindo agora. Parecia maravilhada com eu estar tão emocionada com o aniversário do meu pai. Ouvi Caio dar uma risada meio sarcástica, meio cansada do outro lado, antes de dizer:
— Ok, Kate. O que você quiser.
Sorri comigo mesma, sentindo meu coração se encher de alguma outra coisa e não a raiva absurda que estava ali antes. Despedi-me novamente e desligamos.
— Ótimo, Kate! – disse Regina, parecendo aliviada. – Vou fazer o possível para fugir de Liliana até o documento chegar.
— Obrigada, Regina! – eu queria abraçá-la, mas tinha certeza de que era contra as regras escolares. Então só sorri docemente e me virei para ir embora...
Dando de cara (literalmente) com um ombro que não sei como não quebrou meu nariz.
— Olhe por onde anda! – ele me segurou, apesar deu não estar caindo.
— Saia você do meu caminho, praga! – me livrei de seu aperto, enfurecida.
— Não comecem! – ouvi Regina atrás de mim. – Parece que vocês dois simplesmente não podem ocupar o mesmo cômodo!
Mesmo sem querer, vejo um sorriso de escarnio surgir no rosto de Beto e sei que ele também está lembrando que nós dois já ocupamos muito bem lugares bem próximos em vários mesmos cômodos em diferentes ocasiões. Fiz o possível para não deixá-lo perceber que também estava me lembrando disso.
— Tudo bem, eu já estava indo embora – levantei as sobrancelhas para Beto, contornando-o e indo embora.
««
Eu estava trabalhando na caixa quando vi Mariana entrando pela loja. Rosângela estava no estoque com Daniel, pois tínhamos recebido uma grande entrega das trilhas sonoras das novelas em exibição e eu me recusava solenemente a ter participação em qualquer coisa que envolvesse trilha sonora de novelas.
Eu a vi entrando pelo canto de olho, porque estava ocupada assistindo um vídeo da minha banda preferida, Rooney, no YouTube. Mesmo assim era um pouco impossível não a notar. Seu cabelo ruivo cacheado estava de uma forma bem descontrolada quando ela entrou correndo pelas portas da loja. Além disso, a gente tinha um sininho idiota pendurado que fazia barulho, como se fossemos uma mercearia de uma cidade pequena de Londres e não uma linda loja de música no centro do Rio de Janeiro.
— KATE! SHOW DE TALENTOS! — ela gritou, parada na porta, recuperando o fôlego.
— Shhh... — repreendi. — Estou vendo um vídeo do Rooney.
— Não importa! — ela se aproximou, balançando seus braços na minha frente. — Preste atenção: show de talentos!
Eu dei pause no vídeo e encarei-a sem paciência. Se ela percebeu, não falou nada. Aliás, falou sim. Continuou matracando, como sempre:
— Show de Talentos. Novembro. Depois do ENEM. Inscrições abrem no início do mês que vem.
— Acho que eu fui expulsa de aulas demais pra ser avisada sobre isso – dei de ombros.
— Você não está empolgadaaaaaa? – ela segurou minhas mãos e eu tive muito medo dela começar a pular.
— Sim, estou super. Eu e Caio estamos competindo para ver quem está mais empolgado no dia de hoje –brinquei.
— Meu irmão é um idiota – ela soltou minhas mãos, como se estivesse muito irritada com minha menção ao seu irmão. – Podemos focar no assunto?
— Sim, Mari, desculpa – apoiei meu rosto em minha mão libertada. – Você vai apresentar alguma coisa nesse show idiota?
— Não é um show idiota – ela se defendeu. – E sim, eu vou.
Eu me espantei com a defesa tão efusiva de Mariana. Sim, tudo bem, ela normalmente era efusiva sobre as coisas, exagerada e muito empolgada, mas nunca tinha a visto reagir a nada da escola dessa maneira.
— O que, exatamente?
— Puff... – ela trocou o apoio dos pés, como se estivesse impaciente com minha estupidez. – Ballet, óbvio.
Eu dou um sorrisinho amarelo, mas o sentimento mais próximo que eu sinto é vergonha alheia. Daquelas que te faz querer se enfiar em baixo da mesa e fingir que não está lá. Por três séculos.
— Você vai sozinha? – me forcei a perguntar. – O que você vai dançar?
— Não sozinha...
Eu comecei a ficar com medo. Primero, medo de que seu plano maléfico me envolvesse. Depois, medo de que pudesse ser pior e seu plano maléfico não me envolvesse.
— E quem em sã consciência... Digo, quem vai com você?
— Igor.
Ai meu deus, O QUÊ? Mari deve ter visto minha expressão de total incredulidade, pois completou:
— Igor, Kate! Você sabe... Igor Santos? — ela pigarreou. — Igor, monitor da aula de música.
Eu sacudia cabeça porque aquela imagem não conseguia ser absorvida. Quer dizer, o Igor? Igor monitor da aula de música? O Igor que devia ter, sei lá, uns 5 anos a mais que nós? Igor, que me cumprimentava nos corredores com uma piscadinha marota? O mesmo cara careca por quem Mari tem uma queda desde que ele entrou na escola? Esse Igor? É permitido que um monitor faça dupla com uma aluna? ELA ESTÁ ME ZOANDO?
— É sério? – não consegui pensar em nada melhor para falar.
— Sim! – ela disse empolgada e fico pensando que ela vai mesmo começar a pular cedo ou tarde. – Nós vamos fazer uma nova interpretação de Three Little Birds. Ele vai tocar e eu vou fazer um solo de balé.
Assenti em silêncio, imaginando a cena. Estava em dúvida se estava empolgada ou desesperada pela minha amiga.
— O que Igor vai tocar?
— Oboé – ela sorriu.
Desesperada. Definitivamente.
— E desde quando você está tão íntima dele? – eu engoli todas as minhas indagações e troquei-as por esta.
— Desde que eu dei uma olhada no celular dele enquanto ele estava fora. Eu estava pretendendo olhar as músicas que ele gosta e tentar puxar assunto a partir daí. Só que você não sabe o que aconteceu... – ela começou a gargalhar. – Adivinha quem está no plano de fundo do celular dele?
— Você? – perguntei, aterrorizada. Seria muito perturbador se fosse verdade.
— Não, criatura! – ela continuou gargalhando. – Alex Rodder.
Eu achei que já tinha ouvido todo tipo de coisa louca sobre Alex Rodder. E não são poucas coisas loucas: garotas que ficaram três semanas acampadas na porta do seu apartamento em Hollywood até descobrirem que ele estava em Londres; uma senhora de 64 anos que tatuou "eu <3 Alex 4ever" no osso do quadril; um garoto que foi perseguindo seu carro de bicicleta em uma velocidade emocionante de sua casa até o estúdio, onde foi barrado pelos seguranças e criou um grande fuzuê. Todavia, mesmo com todas essas histórias, saber que Igor era fã dele foi a que mais me chocou.
— Você está brincando? – comentei, chocada. – O Igor é fã do Alex Rodder?
— Querida, fã é um termo leviano. Ele é apaixonado pelo cara. Seu nível de amor é quase igual ao meu! Quer casar com ele e tudo...
Eu pisquei, atônita.
— Enfim, minha paixão platônica por Igor está superada, mas agora tenho alguém para fofocar sobre Alex Rodder de bom grado e sempre que eu quiser – ela implicou e eu levantei as mãos para o céu em agradecimento, apesar do choque.
Eu balancei a cabeça, rindo, sem acreditar que aquilo tudo era realmente possível. Eu nem sabia que Igor era gay, para início de conversa. E ele ainda por cima era apaixonado pelo Alex? Não importa. A única pergunta realmente importante era: por que raios ele sabia tocar Oboé, meu Deus?
— Você devia se apresentar também – disse ela, com um olhar sapeca na minha direção.
Só então entendo o ponto de toda discussão. Eu. Ela quer que eu me apresente, quando sabe que eu não faço isso desde o fatídico dia onde certas pessoas conseguiram me deixar tão louca de raiva a ponto de não querer nunca mais olhar para uma bateria. Claro que isso passou com o tempo, mas não o suficiente para me fazer subir em cima de um palco e tocar.
— Não, obrigada – eu respondi rapidamente. Não queria entrar nessa discussão.
— Sério Kate, você deveria! — uma nova tentativa animada.
— E vou fazer o que lá, um solo estúpido de bateria? — eu disse, sarcástica.
— Um solo de bateria... – ela sonhou um pouco. Fico rezando interiormente para que ela não esteja pensando em uma forma de inserir minha bateria na sua nova versão de Three Little Birds. – Talvez seja legal! Podemos escolher alguma banda de rock para você!
— Sem guitarra? – eu reclamei. – Não dá.
— Pede pra alguém fazer uma dupla com você.
— Quem exatamente?
Ela não precisou falar nada. Pelo jeito que ela me olhou, já sabia qual seria sua sugestão. E já estou negando antes que ela possa tentar me convencer, com veementes sacudidas de cabeça:
— Algum ser demoníaco te possuiu? Eu e ele? Tocando juntos? Você só pode estar de SACANAGEM.
— Vocês já tocaram juntos tantas vezes antes! – ela exclamou. – E tem necessidade de usar essa palavra horrível?
Mariana era um pouco puritana. Nem eu nem ela tínhamos muito o costume de falar palavrões, o que é bem louco, se você pensar que eu estive numa banda de ROCK onde 90% dos diálogos começavam com um palavrão e terminavam com outro e se você também pensar que ela mora na mesma casa de Caio, cujas frases normalmente também são bem repletas deles. Vá saber, talvez seja por isso mesmo que não tenhamos o costume. Mesmo assim, Mari era extremamente sensível a qualquer palavra que beirasse um palavreado chulo, exceto quando ela mesma utilizava-se deste artificio, alegando "ser a única forma de se expressar no momento". Desta forma, palavras como sacanagem, cacete e escroto eram ofensas perante o sensível ouvido de minha amiga.
— Primeiro que nós não estávamos sozinhos e segundo que isso é um passado distante e enterrado cujo qual eu não quero lembrar. Não acredito que estamos tendo essa conversa sobre Roberto de novo, Mariana! Vou ser obrigada a usar um monte de outras palavras HORRÍVEIS para explicar meu sentimento no momento.
— Cruzes, não precisa chamar de Mariana. E nem usar palavras horríveis – ela sorriu, revirando os olhos. – Eu só pensei que talvez você pudesse querer, levando em consideração que há um prêmio.
— Oh, sééério? – eu me apoiei de novo nas minhas mãos, como uma linda menina dos anos 50 esperando na sacada e disse num tom muito doce. – Deixe-me adivinhar? Um vale para o restaurante da esquina do colégio?
— Não, sua boba! – ela me bateu, rindo da minha interpretação. – Tipo, dois mil reais.
Meu cotovelo deslizou pelo balcão de madeira da loja e eu tive sorte que meu instinto me possibilitou rapidez suficiente para conseguir me estabilizar com a outra mão. O QUÊ? Eu ouvi direito?
— DOIS MIL REAIS? — eu gritei, e depois agradeci mentalmente por Rosângela estar ocupada no estoque.
— Eu não sei bem porque o colégio resolveu ser generoso assim, mas imagino que tenha relação com o fato de não termos muitos alunos indo para os Estados Unidos. Você sabe, fica meio feio para um colégio que se diz bilíngue não poder colocar em suas propagandas que tem ex-alunos fazendo faculdade fora – ela deu de ombros. – Vai ver é uma maneira de incentivar os talentos e convencer alguém a aplicar para uma bolsa.
A verdade é que não estou ouvindo mais nada que veio depois de dois mil reais.
— Dois mil reais — eu suspirei. — Isso é o que eu ganho em sei lá, 5 meses de trabalho aqui!
— Aliás, eu e Igor já combinamos que, se ganharmos, vamos juntar o dinheiro para ir até Londres e tentar conhecer Alex – Mariana interrompeu meu devaneio, sorridente. – Você também devia tentar participar, Kate. Vai? Por favor?
— Eu não tenho um parceiro – eu reclamei.
Ela me olhou com aqueles olhos sugestivos.
— Eu não vou tocar com o Beto, Mariana. Achei que já tínhamos superado essa parte da discussão.
— Eu não disse nada – ela se defendeu.
— Eu sei – respondi, encarando o vazio. – Só estou deixando isto claro para mim mesma.
****************
ALERTA DE IGORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR \O///////////////
Quem estava com saudades desse fã#1 da Diva Gaga? Daqui a pouco ele aparece <3
OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS E LEITURAS E ESTRELAS! JÁ passamos de 1k de LEITURAS, estou muito feliz. INCLUSIVE FIZ BOLO. Vou postar agora no instagram (claraguta), tá bom?
Não sei mais o que dizer, além de que estou muito feliz e muito empolgada e cheia de ideias LOUCAS pra Tiete e rindo dos shipps de vocês :PPPPPPPP
E Alex já vem,ta? Aguardem. Mas antes dele, águas rolarão com Caio-Katerine-Roberto-Mariana.... E CHEGA, nãofalo mais nada! Daqui a pouco solto spoilers!!!
Beijos mil.
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