❦Chapter XXXVI - Brother
001 ━━━━━ Eu voltei para a alegria de todos ❤️ Galera, comentem muuuito e não esqueçam de votar, ok?
002 ━━━━━ O que estão achando dessa temporada da fic?
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Capítulo Trinta e Seis: IRMÃO
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Beatrice di Ângelo
Atualmente
NICO ME ENCAROU COM UMA expressão cansada e por um momento, pareceu que ele era o mais velho de nós dois.
— Eu sei o que você está fazendo.
Limpei o suor que escorria pelo meu rosto devido ao nosso treinamento, desde que reencontrei meu irmão, estava fazendo de tudo para passar a maior quantidade de tempo que conseguia com ele.
— O que eu estou fazendo?
Ele revirou os olhos e avançou.
— Você está com medo de se importar com alguém, então decidiu que era melhor se afastar e criar esse muro invisível.
Mordi o lábio inferior com força, ao ponto de sentir o gosto de sangue.
— Eu não estou me afastando de ninguém, Nico — retruquei, calma — estou apenas tentando recuperar a minha sanidade mental agora que consegui novamente lembrar de tudo.
— Trice, eu te conheço. Você tem sentimentos por Leo, mas está se sentindo culpada por causa de Luke e se tudo isso não fosse o suficiente, você tem medo que tudo acabe da mesma forma que antes.
Respirei fundo, eu sabia exatamente o que meu irmão está tentando fazer.
— Sabe, eu tenho um autocontrole muito bom que não vai ser quebrado apenas por você ficar tocando em assuntos que acha que é delicado — resmunguei — e outra: eu não posso sentir nada por ninguém agora, não quando os mortos estão tão agitados como se alguma coisa grande tivesse prestes a acontecer… Você está sentindo isso também, não é?
Por um momento, Nico ficou tenso.
— Acabamos de sair de uma guerra.
— Como se os deuses se importassem com isso.
Nico avançou novamente e eu desviei, era bom ter aqueles momentos com ele, pois havia uma tristeza dentro do meu coração por não poder ter estado lá para ele quando Bianca morreu.
Acho que uma parte dele também me culpava por aquilo.
— Você também se sente estranho? Como se não pertencesse a esse tempo?
Franzi a testa com a pergunta dele e girei meu cetro, fazendo ele voltar a ser apenas uma pulseira comum.
— Eu me sentia assim, antes — admiti — mas no Acampamento Júpiter, Prim e Jason fizeram com que eu sentisse que pertencesse a algum lugar. Você deveria baixar a sua guarda e deixar alguém se aproximar, ter amigos pode transformar a nossa vida.
Ele revirou os olhos.
— Não preciso de amigos, tenho você e Bi.. Hazel — Nico se corrigiu rapidamente, uma careta dolorosa em seu rosto — Isso basta.
— Isso não basta, Nico — sussurrei, me aproximando dele e colocando as mãos em seu rosto — Tem vezes, que a gente só precisa de um amigo para pegar a nossa mão e estar lá pela gente.
Nico desviou o olhar.
— Fácil para você dizer, as pessoas só te admiram ao invés de ter medo.
Meu coração apertou.
— As pessoas têm medo daquilo não entendem, é comum, infelizmente — murmurei — Tenho certeza que tem alguém aqui nesse acampamento que está ansioso para ser seu amigo.
Ele resmungou.
— Duvido.
— Não seja tão mau humorado…
— Desculpe atrapalhar, mas agora é a hora da aula de arco e flecha, do chalé de Apolo — um garoto loiro pediu, parecendo tímido — Vocês podem ficar para participar, se quiserem.
Forcei um sorriso para o loiro, particularmente, eu achava todos os filhos de Apolo parecidos demais.
— Ah, a gente passa, mas obrigada pelo convite.
O rosto do garoto adquiriu um forte tom de vermelho enquanto Nico bufava baixinho ao meu lado.
— Tudo bem… Eu sou o Will!
— Beatrice, o mau humorado aqui do meu lado é o meu irmão, Nico.
Me virei para ver meu irmão, mas ele já havia desaparecido. Voltei a encarar o garoto, que tinha uma expressão desanimada em seu rosto agora, por um momento, eu quis matar Nico.
— Desculpe pelo meu irmão.
— Tudo bem — Will murmurou.
Dei um último sorriso para o garoto e pulei na sombra mais próxima, indo para o chalé de Hades, onde encontrei meu irmão sentado em cima da sua cama de solteiro.
— Isso não foi legal, ok?
Ele bufou.
— Tanto faz.
Respirei fundo, Bianca sempre foi melhor do que eu para conversas como aquelas, enquanto eu sempre resolvia as coisas ignorando o máximo possível. Sentei ao lado dele em sua cama e apoiei minhas mãos em cima do colo.
— Nico, você pode me dizer qualquer coisa que eu nunca vou te julgar — murmurei — eu amo você, somos família.
O garoto suspirou.
— Como você acha que teria sido se Zeus nunca tivesse tentado nos matar? Se a gente tivesse vivido na nossa época?
Infelizmente, eu entendia de onde estava vindo aquilo.
— Por muito tempo, também fiquei presa nesses “e se…”, mas a profecia ainda ia existir e talvez sobrasse para mim, talvez Bianca ainda teria acabado morta assim como a nossa mãe, talvez a gente ainda não conseguisse se encaixar no Acampamento daquela época.
— Odeio tudo isso.
Passei o braço pelos seus ombros e o puxei mais para perto de mim.
— Queria poder te proteger de todo o mal, maninho — sussurrei — mas se nem o papai que é um deus conseguiu nos proteger…
Nico bufou.
— Você sempre foi a favorita dele.
Revirei os olhos e o apertei ainda mais contra mim.
— Bobagem — retruquei.
— Não tenta me enrolar, Trice. Se nem ele tenta esconder que você é a favorita…
Me afastei e segurei seu rosto, olhando diretamente para os seus olhos.
— Hades pode ter todos os defeitos dele, mas ele ama nós dois igualmente — expliquei — nunca duvide disso, ele faria tudo que está ao seu alcance para nos proteger.
Ele se encolheu e naquele momento, Nico pareceu tão novo que eu quis chorar.
— Você realmente acredita nisso?
— Sim, também acho que de todos os deuses, tivemos sorte de ter como pai, o que mais se importa com seus filhos. Quando você estiver com medo e achar que não tem mais solução, reze para o papai que ele vai dar um jeito de te ajudar — murmurei — quanto mais acreditarmos nele, mas forças o papai vai ter para nos ajudar.
Nico fez uma careta.
— Trice, me promete que se tiver uma nova profecia louca, você não vai se meter.
— Eu posso prometer que vou fazer de tudo para não me meter e se eu tiver muito azar e tiver que fazer alguma coisa, prometo te avisar.
Ele suspirou.
— Por enquanto, isso é bom o suficiente para mim.
Sorri satisfeita e bati na ponta do seu nariz, ignorando o seu resmungo.
— Agora, o que acha de fazer alguma coisa divertida?
— Como…?
— Ótima pergunta, meu querido irmãozinho — falei animada — Nós dois vamos causar um pouquinho de caos no castelo do papai.
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