❦Chapter XXI - Unexpected surprises
001 ━━ Eu ia fazer uma maratona da fanfic, daí o que acontece? O CARREGADOR DO MEU NOT ESTRAGA, tô tentando dar um jeitinho, mas se não conseguir, só vou conseguir postar mês que vem, quando comprar um novo.
002 ━━ A meta pro próximo é 35 votos e 25 comentários!
━━━━━━━ 🖤 ━━━━━━━
Capítulo Vinte e Um: SURPRESAS INESPERADAS
━━━━━━━ 🖤 ━━━━━━━
Beatrice
Atualmente
ME LEVANTEI RAPIDAMENTE, os uivos pareciam cada vez mais altos.
— Lobos — disse Piper — E parecem perto.
Jason se levantou e evocou sua espada. Leo e o treinador Hedge também se levantaram. Piper tentou, mas caiu novamente sentada.
Girei um dos pingentes da minha pulseira e meu chicote surgiu.
— Fique aí — disse Jason — Vamos proteger você.
Um par de olhos vermelhos brilhou na entrada da caverna, então mais s lobos se aproximaram da fogueira — animais enormes, maiores que um dogue alemão, com gelo e neve presos à pelagem. As presas reluziam e os olhos vermelhos pareciam perturbadoramente inteligentes. O lobo que estava à frente era quase tão alto quanto um cavalo, e sua boca salivava como se tivesse acabado de matar uma caça.
Então Jason deu um passo à frente e disse algo em latim.
O lobo alfa curvou os lábios. Seu pelo ficou eriçado ao longo da coluna. Um de seus companheiros quis avançar, mas o alfa mordeu sua orelha. E todos se afastaram, voltando à escuridão.
— Cara, eu tenho que estudar latim — disse Leo, o martelo tremendo em suas mãos. — O que você disse, Jason?
Hedge praguejou.
— Seja lá o que tenha dito, não foi suficiente. Vejam.
Os lobos voltavam, mas o alfa não estava entre eles. Não atacaram. Esperaram. Agora eram pelo menos doze, e formaram um semicírculo fora do alcance da claridade da fogueira, bloqueando a saída da caverna.
O treinador levantou o bastão.
— Eis o plano: eu mato todos eles e vocês escapam.
— Treinador, você vai ser destroçado — disse Piper.
— Não, eu sou bom nisso.
Notei a silhueta de um homem avançando no meio da tempestade, abrindo caminho entre os lobos
— Fiquem juntos — disse Jason. — Eles respeitam outra alcatéia. E, Hedge, não faça nenhuma loucura. Não vou deixar você nem ninguém para trás.
Os lobos deram passagem e a fogueira iluminou o homem. Os cabelos dele estavam sujos e revoltos, e tinham a cor da fuligem da fogueira. Ele usava uma coroa feita com o que pareciam ser ossos de dedos. Sua roupa era de peles esfarrapadas — de lobo, coelho, texugo, veado e vários outros animais que eu não reconhecia. Não pareciam peles curadas, e pelo cheiro não estavam muito frescas. A estrutura do homem era ágil e musculosa, como a de um corredor de longa distância. Mas o mais terrível era seu rosto. A pele fina e pálida parecia esticada no crânio. Os dentes eram afiados como presas. Seus olhos brilhavam como os dos lobos, vermelhos, e se fixaram em Jason e eu, demonstrando ódio absoluto.
— Ecce — disse ele — filli Romani.
— Fale em inglês, homem-lobo! — gritou Hedge.
O homem-lobo rosnou.
— Diga a seu fauno que cale a boca, filho de Roma. Ou ele será o primeiro de minha refeição.
— Treinador, deixa isso com a gente — resmunguei.
O homem-lobo estudou o pequeno grupo. Suas narinas se dilataram.
— Então é verdade — ele murmurou. — Uma filha de Afrodite. Um filho de Hefesto. Um fauno. E nada mais, nada menos que dois filhos de Roma, um do Senhor Júpiter e outra do Senhor Plutão. Todos juntos, sem matar uns aos outros. Que interessante...
— Você sabia sobre nós? — perguntou Jason — Quem contou?
O homem rosnou — podia ser um sorriso, ou talvez uma provocação.
— Ah. Buscamos vocês por todo o oeste, semideus, esperando que fôssemos os primeiros a encontrá-los. O rei gigante vai me recompensar quando se reerguer. Eu sou Licáon, rei dos lobos. E minha alcatéia está faminta.
Os lobos rosnaram na escuridão.
Licáon olhou para a espada de Jason. Ele se movia de um lado para outro, como se buscasse uma brecha para entrar, mas a lâmina do garoto o acompanhava.
— Vá embora — ordenou Jason. — Aqui não há comida para você.
— A menos que queira hambúrgueres de tofu — ofereceu Leo.
Licáon mostrou suas presas. Aparentemente, não era fã de tofu.
— Por mim — disse Licáon, com arrependimento —, você seria o primeiro a morrer, filho de Júpiter. Seu pai me transformou no que sou. Eu era o poderoso rei de Arcádia, um mortal. Tinha cinquenta e nove filhos, e Zeus assassinou todos eles com seus raios.
— Por uma boa razão — disse o treinador Hedge.
Jason olhou para trás.
— Treinador, você conhece esse palhaço?
— Eu conheço — respondeu Piper — Licáon convidou Zeus para jantar, mas não estava certo se aquele era mesmo Zeus. E, para testar seus poderes, ofereceu-lhe carne humana. Zeus ficou ofendido...
— E matou meus filhos! — disse Licáon, uivando, e os lobos atrás dele fizeram o mesmo.
— Então Zeus o transformou em lobo — disse Piper. — Por isso... por isso os lobisomens são chamados de licantropos, por causa dele, o primeiro lobisomem.
— O rei dos lobos — disse o treinador Hedge. — Um imortal fedorento, vira-lata e odioso.
Licáon uivou.
— Vou rasgá-lo em dois, fauno!
— Quer provar um pouco de bode, cara? Então venha aqui que eu lhe dou.
— Parem! — disse Jason. — Licáon, você disse que queria me matar primeiro, mas...?
— Infelizmente, filho de Roma, você já tem dono, como sua colega romana. Como essa aí — disse ele, apontando as garras para Piper — falhou em destruí-lo, preciso levá-lo vivo à Casa dos Lobos. Uma de minhas aliadas quer ter a honra de matá-lo pessoalmente
— Quem? — perguntou Jason.
O rei lobo reprimiu um sorriso.
— Ah, uma grande admiradora sua. Aparentemente, você deixou nela uma boa impressão. Quer se ocupar de você o mais rápido possível, e eu não posso reclamar. Espalhar seu sangue pela Casa dos Lobos será uma boa maneira de demarcar meu novo território. Lupa pensará duas vezes antes de desafiar minha alcatéia.
— É melhor ir embora agora — disse Piper — ou nós o destruiremos.
Os olhos vermelhos de Licáon se estreitaram de modo debochado.
— Foi uma tentativa corajosa, menina. Admirável. Talvez eu acabe com você de forma rápida. Só precisamos do filho de Júpiter e a filha de Plutão vivos. O restante de vocês, sinto muito, será o jantar.
— Não vai rolar, Totó — retruquei — você não está matando meus amigos.
Licáon uivou e mostrou as presas. Jason o golpeou com a espada, mas a lâmina de ouro passou direto pelo rei lobo, como se não houvesse nada ali.
Licáon gargalhou.
— Ouro, bronze, aço... nada disso faz frente a meus lobos, filho de Júpiter.
— Prata! — gritou Piper — Não é a prata que pode ferir os lobisomens?
— Não temos nada de prata! — disse Jason.
Os lobos avançaram para perto da fogueira. Hedge foi na direção deles e soltou um grito presunçoso.
Mas Leo atacou primeiro. Atirou a garrafa de vidro, que se espatifou no chão, e todo o líquido espirrou nos lobos — junto do inconfundível cheiro de gasolina. Depois disparou uma labareda na poça, e um muro de chamas se ergueu.
Os lobos uivaram e recuaram. Alguns estavam em chamas e tiveram de voltar para a neve. Mesmo Licáon parecia não saber o que fazer diante da barreira de fogo que agora separava os lobos dos semideuses.
— Ah, vamos... — reclamou o treinador Hedge. — Não posso acertá-los se estão do outro lado!
Sempre que um lobo se aproximava, as mãos de Leo lançavam outra onda de labaredas, mas o esforço o deixava cada vez mais fraco e a gasolina já estava se extinguindo.
— Não tenho como soltar mais gases! — avisou Leo, e então seu rosto corou. — Cara, quer dizer, combustível! Vai demorar um pouco até que o cinto de ferramentas se recarregue. O que vocês tem aí?
— Nada — disse Jason. — Nenhuma arma que vá funcionar.
Vasculhei meus bolsos, procurando alguma coisa de prata, mas não achei nada.
— Droga.
— Trice, não tem sombras?
Bufei.
— Mesmo com as sombras, o máximo que eu poderia fazer é enviar alguns para longe pela viagem de sombras, mas mesmo assim, não ia conseguir me livrar de todos e ia ficar fraca.
— Jason, nem raios? — perguntou Piper.
Jason se concentrou, mas nada aconteceu.
— Acho que a nevasca está interferindo, ou algo assim.
— Liberte os venti! — disse Piper.
— Mas assim não teremos nada para oferecer a Éolo — disse Jason. — Tudo pelo que passamos terá sido por nada.
Licáon sorriu.
— Posso farejar seu medo. Alguns momentos mais de vida, heróis. Rezem aos deuses que preferirem. Zeus não me ofereceu misericórdia, e vocês não a terão de mim.
As chamas começaram a extinguir-se. Jason praguejou e largou sua espada, colocando-se em posição para a luta corpo a corpo. Leo pegou seu martelo. Piper levantou sua adaga... não era muito, mas era tudo o que tinha. O treinador Hedge ergueu seu bastão, e era o único que parecia animado com a idéia de morrer.
Bati o chicote, fazendo alguns recuarem.
Mas naquele momento um som cortante rasgou o vento, como o de um papelão sendo cortado. Algo fino e comprido surgiu no pescoço do lobo que estava mais próximo a eles — era a ponta de uma flecha de prata. O animal contorceu-se e caiu, desfazendo-se em uma poça de sombras.
Mais flechas. Mais lobos caindo. A alcatéia ficou desnorteada. Uma flecha foi na direção de Licáon, mas o rei dos lobos a agarrou em pleno ar. E depois gritou de dor. Quando largou a flecha, havia um corte chamuscante na palma de sua mão. Outra flecha o atingiu no ombro, e o rei cambaleou.
— Malditos! — gritou. Ele rugiu para a alcatéia, que deu meia-volta e fugiu. Então, com seus olhos vermelhos, fitou Jason: — Isso ainda não terminou, garoto.
O rei dos lobos desapareceu na noite.
Segundos mais tarde, ouvi mais latidos de lobos, mas o som era diferente — menos ameaçador, mais parecido com cães farejando a caça. Um lobo menor, branco, irrompeu na caverna, seguido de outros dois.
— Matamos? — perguntou Hedge.
— Não! — disse Piper. — Espere.
Os lobos inclinaram a cabeça e observaram os campistas com grandes olhos dourados.
Passado um instante, seus senhores surgiram: um grupo de caçadores com traje branco e cinza de camuflagem na neve. Eram pelo menos uma dúzia. Todos carregavam arcos e tinham nas costas aljavas com reluzentes flechas de prata.
Os rostos estavam cobertos pelos capuzes forrados com pele, mas eram mulheres, claramente. Uma, um pouco mais alta que as demais, agachou-se à luz da fogueira e pegou a flecha que ferira a mão de Licáon.
— Cheguei muito perto — disse, e virou-se para as companheiras. — Phoebe, fique comigo. Guarde a entrada. As outras, sigam Licáon. Não podemos perdê-lo agora. Eu alcançarei vocês
As Caçadoras murmuraram, acatando as ordens, e desapareceram, seguindo o rastro da alcatéia de Licáon.
A garota vestida de branco se virou para eles, com o rosto ainda escondido pelo capuz.
— Estamos no rastro desse demônio há mais de uma semana. Vocês estão bem? Alguém foi mordido?
Jason estava paralisado, olhando fixamente para a menina e logo entendi o motivo, era a garota da foto, sua irmã.
— Você é ela — disse Piper. — É Thalia.
A menina ficou nervosa, ela abaixou o capuz. Tinha cabelo preto e arrepiado, e uma tiara de prata na testa. Seu rosto tinha aspecto saudável, como se ela não fosse apenas humana, e seus olhos eram de um azul brilhante.
— Eu conheço você? — perguntou Thalia.
Piper respirou fundo.
— Talvez seja uma surpresa, mas...
— Thalia — disse Jason, dando um passo à frente, com a voz trêmula. — Eu sou Jason, seu irmão.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro