❦Chapter XVIII - The golden king
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Capítulo Dezoito: O REI DE OURO
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Beatrice
Atualmente
ACORDEI COM UMA GRITARIA QUE me fez querer matar tudo e qualquer um que se atrevesse a cruzar meu caminho, não ter uma noite decente de sono estava começando a afetar meu humor, que normalmente não era muito bom.
Luz do sol entrava pelas janelas da sala e após sentar no sofá, só agora percebendo que Piper havia roubado para si todo o casaco, notei que o culpado pelos gritos havia sido o fauno, por um momento, desejei que ele ainda estivesse congelado, assim ao menos eu teria mais alguns minutos de sono.
— O treinador acordou — disse Leo
O lancei um olhar mal humorado.
— Obrigado, Capitão Óbvio — resmunguei levantando do sofá — eu não teria percebido sem você.
Jason também escolheu aquele momento para acordar, não que ele tivesse muita escolha devido aos gritos infernais.
Gleeson Hedge, com seu traseiro peludo, dava voltas pela sala, brandindo o bastão e gritando "Morra!" enquanto estraçalhava o conjunto de chá, os sofás e o trono.
— Treinador! — gritou Jason.
Ele virou o corpo, ofegante. Seus olhos eram selvagens, o sátiro ainda vestia sua camisa pólo laranja e estava com o apito de treinador, mas seus chifres eram claramente visíveis acima dos cabelos encaracolados, e seu traseiro musculoso era sem dúvida o de um bode, o que era um pensamento realmente estranho.
— Você é Jason, o menino novo e aquela ali é a garota que apareceu junto — disse Hedge, baixando o taco.
— E aí, sátiro? — resmunguei.
O olhar dele focou em Leo e Piper, os dois já completamente acordados.
— Valdez, McLean. O que está acontecendo? Onde está o Grand Canyon? Os anemoi thuellai que estávamos atacando e... — Olhou para a gaiola com os espíritos — Morram!
Alguém podia calar a boca dele por cinco míseros minutos?
— Cuidado, treinador! — disse Leo, interpondo-se em seu caminho, o que foi muito corajoso, ainda que Hedge fosse mais baixo que ele — Está tudo bem. Eles estão presos. Nós acabamos de tirar você da outra gaiola.
— Gaiola? Gaiola? O que está acontecendo? Não é porque sou um sátiro que você vai escapar das flexões, Valdez!
Jason limpou a garganta.
— Treinador... Gleeson... ou seja lá como queira que o chamemos. Você nos salvou no Grand Canyon. Sua bravura foi enorme.
— Claro que foi!
Revirei os olhos e levantei, procurando minhas botas.
— Uma equipe de resgate nos levou ao Acampamento Meio-Sangue. Imaginamos ter perdido você. Depois ficamos sabendo que os espíritos o tinham levado para seu... hum, comandante: Medeia — Jason continuou tentando explicar.
— Aquela bruxa! Espere... isso é impossível. Ela é mortal. Está morta.
Bufei, mal humorada.
— Infelizmente, aparentemente a morte não é grande coisa para as pessoas dos mitos gregos — resmunguei — Papai deve estar com um humor péssimo por causa disso.
Hedge fez que sim, estreitando os olhos.
— Então vocês foram enviados em uma perigosa missão para me salvar. Ótimo!
— Mais ou menos... — disse Piper, levantando-se e erguendo as mãos para que o treinador Hedge não a atacasse — Na verdade, Glee... posso continuar chamando-o de treinador Hedge? Gleeson não parece certo. Estamos numa missão por outra coisa. Mas o encontramos por sorte.
O que era um eufemismo gigante.
— Ah! — O bom humor do treinador pareceu perder intensidade, mas apenas por um segundo. Logo seus olhos estavam vivos outra vez. — A sorte não existe! Não em missões. Isso tinha de acontecer! Então este é o covil da bruxa, certo? Por que tudo está dourado?
Franzi a testa e olhei ao redor, notando que o sátiro tinha razão e realmente tudo era dourado, meus olhos doeram com a visão.
A sala era repleta de ouro — as estátuas; o conjunto de chá que o treinador destruíra; a poltrona, que definitivamente era um trono. Até as cortinas — que pareciam ter-se aberto sozinhas à luz do dia — também davam a impressão de ser feitas de fibra de ouro.
— Claro, por isso tanta segurança — disse Leo.
— Não é por isso... — disse Piper — Não estamos na casa de Medeia, treinador. Esta é a mansão de algum rico de Omaha. Fugimos de Medeia e caímos aqui
Meu corpo se arrepiou e Luke surgiu ao meu lado, fazendo o sinal que eu acho que significava "problemas". Fiz uma careta e girei um dos meus pingentes, o chicote surgindo em minhas mãos enquanto eu dava um passo para mais perto de Jason.
— É o destino, cupcakes! — insistiu o treinador — Existo para protegê-los. Qual a missão de vocês?
Uma porta se abriu no fundo da sala e um homem gorducho, vestindo um roupão branco, apareceu com uma escova de dentes dourada na boca. Tinha barba branca e uma antiquada touca de dormir comprida cobrindo os cabelos brancos. Ficou paralisado quando os viu, e a escova caiu da sua boca. Depois olhou para trás e disse:
— Lit, meu filho? Venha aqui, por favor. Há um pessoal estranho na sala do trono.
O treinador Hedge fez o de sempre. Levantou seu bastão e gritou:
— Morram!
Foi necessário nós quatro para contermos o sátiro, o que era realmente surpreendente na minha opinião e um tanto preocupante.
— Calma, treinador — disse Jason — Guarde a arma por um momento.
Um rapaz entrou na sala. Imaginei que seria Lit, o filho, ele vestia uma calça de pijama e uma camisa sem manga na qual se podia ler cornhunskers, o nome do time de hóquei local, que pode ser traduzido por "debulhadores de milho". Porém, carregava uma espada que parecia capaz de cortar muita coisa além de milho. Seus braços nus eram cobertos de cicatrizes, e seu rosto era emoldurado por cabelos negros encaracolados. Seria um rapaz bonito, se não tivesse sido tão recortado.
Lit olhou imediatamente para Jason e eu, como se fossemos a maior ameaça, e caminhou na sua direção, balançando a espada acima da cabeça.
Fiz o meu melhor para tentar parecer inocente e inofensiva, mas ficava difícil quando eu estava em cima dos ombros de um sátiro, com um chicote enrolado ao redor dele enquanto tentava desesperadamente o imobilizar.
— Espere um pouco! — disse Piper, dando um passo à frente, tentando manter o tom de voz calmo — Estamos confundindo as coisas aqui! Está tudo bem.
Lit parou, mas ainda parecia tenso. E não ajudou nada que Hedge estivesse gritando:
— Deixem comigo. Eu cuido deles!
— Treinador — disse Jason — eles podem ser amigáveis. Além do mais, fomos nós que entramos na casa deles.
Era pouco provável que eles fossem realmente amigáveis se a gente considerasse nosso azar, mas pelo olhar que Piper me lançou, decidi que não era uma boa ideia corrigir o loiro.
— Obrigado! — disse o homem idoso de roupão — Mas quem são vocês e o que estão fazendo aqui?
— Vamos baixando as armas — pediu Piper, usando seu charme — Treinador, você primeiro.
Hedge trincou os dentes.
— Posso dar só um susto...?
— Não.
— Um acordo? Eu mato os dois, e se depois descobrirmos que eram mesmo nossos amigos, peço desculpas.
Olhei para Jason, que me lançou um olhar incrédulo.
— Não é uma péssima ideia — sussurrei.
Luke me encarou cansado e Piper suspirou.
— Não!
— Droga — disse o treinador, baixando seu bastão.
Aproveitei que o treinador relaxou e pulei de seus ombros, ajeitando minha postura.
— Olá, amigos!
Piper deu um pequeno sorriso de "sinto muito por isso". Ainda que estivesse com os cabelos revoltos e usasse as mesmas roupas havia dois dias, ela parecia muito bonita, e sorria na direção de Lit.
Lit bufou e baixou a arma.
— Você fala muito bem, menina... sorte dos seus amigos, ou eu teria cravado a espada neles.
— Obrigado, porque prefiro não ser espetado antes do almoço — disse Leo.
O velho homem vestindo roupão suspirou, dando um chute no aparelho de chá destruído pelo treinador Hedge.
— Já que estão aqui. Por favor, sentem-se.
— Sua Majestade... — disse Lit, franzindo a testa.
Afinal, quem infernos era aquele velho? Boa coisa definitivamente não deveria ser.
— Está tudo bem, Lit. Nova terra, novos costumes. Eles podem ficar sentados à minha presença. Afinal de contas, já me viram com roupa de dormir. Seria bobagem seguir formalidades agora. — Ele fez o melhor que pôde para sorrir, ainda que tenha parecido um pouco forçado — Bem-vindos ao meu humilde mundo. Eu sou o rei Midas.
Ah.
— Midas? Impossível — disse o treinador Hedge — Ele morreu.
— Aparentemente isso não significa muito hoje em dia — resmunguei.
Lit ficou de pé ao lado do trono, com as duas mãos postas na espada, olhando para Piper e eu, e flexionando os músculos do braço, só para chatear
Piper curvou-se no sofá
— O que nosso amigo sátiro quer dizer, Sua Majestade, é que você é o segundo mortal que conhecemos e que deveria estar... sinto muito... morto. O rei Midas viveu milhares de anos atrás.
— Interessante — disse o rei.
Olhando para fora das janelas, para o céu azul brilhante, para aquele sol de inverno. À distância, o centro de Omaha parecia um monte de blocos de montar... muito organizado e limpo para uma cidade real.
— Você sabe — disse o rei — Acho que estive um pouco morto por um tempo. É estranho. Parece um sonho, certo, Lit?
— Um sonho bem longo, Sua Majestade.
Forcei um sorriso para eles e olhei para Luke, que estava parado ao meu lado.
— Estar morto é realmente uma sensação estranha.
— Mas agora estamos aqui. Estou me divertindo muito. Prefiro estar vivo.
Piper franziu a testa.
— Mas como? — perguntou Piper. — Você não parece ter uma... patrona?
Midas hesitou, mas seus olhos franziram um pouco
— Isso importa, minha querida?
— Poderíamos matá-los outra vez — sugeriu Hedge.
Tinha vezes que eu gostava da forma de pensar do sátiro, não havia como negar isso.
— Treinador, você não está ajudando — disse Jason — Por que não fica lá fora, montando guarda?
— Você acha seguro? Eles têm muita segurança por aí — disse Leo.
— Ah, claro — disse o rei — Sinto muito por isso. Mas é um material maravilhoso, certo? É incrível o que ainda posso comprar com todo esse ouro. Vocês têm brinquedos maravilhosos neste país!
E pegou um controle remoto no bolso do roupão e apertou alguns botões. Devia ser um código.
— Pronto — disse o rei Midas —Já é seguro ir lá fora.
O treinador grunhiu, depois disse:
— Certo. Mas se precisarem de mim...
E piscou para Jason e eu. Depois apontou para si mesmo, em seguida apontou para seus anfitriões e passou um dedo pela garganta. Uma linguagem de sinais bem sutil
— Sim, obrigado — disse Jason.
Quando o sátiro saiu, Piper tentou abrir mais um sorriso diplomático.
— Então... não sabe como chegou aqui?
— Ah, mais ou menos — disse o rei. E franziu a testa para Lit — Por que escolhemos Omaha? Sei que não foi pelo clima.
O clima realmente não era lá essas coisas.
— O oráculo — disse Lit.
— Ah! Disseram-me haver um oráculo em Omaha — disse o rei, dando de ombros — Mas, aparentemente, foi um engano. A casa é linda, não é? Lit... é abreviatura de Litierses, aliás... que nome horrível, mas a mãe dele insistiu... Lit tem muito espaço por aqui para praticar com a espada. Ele é muito conhecido por isso. Costumavam chamá-lo Ceifeiro de Homens, nos tempos antigos.
E mais um psicopata, ótimo.
— Ah! — disse Piper, tentando soar entusiasmada — Que legal!
Fiz o meu melhor para sorrir.
— Sempre gostei de homens perigosos...
Luke bufou ao meu lado.
— E problemáticos, é.
O sorriso de Lit não foi mais que um escárnio cruel.
— Então — disse Jason — todo esse ouro...
O rei levantou os olhos.
— Você está aqui em busca de ouro, meu rapaz? Pegue um catálogo.
Dei uma olhadinha para o livro em cima da mesa de centro. O título era: Ouro, um investimento eterno.
— Você... vende ouro?
— Não, não — respondeu o rei — Eu fabrico. Em tempos incertos como estes, o ouro é o melhor investimento, não acha? Os governos caem. Os mortos se erguem. Gigantes atacam o Olimpo. Mas o ouro mantém o seu valor!
Leo franziu a testa.
— Eu já vi esse comercial.
— Ah, não se deixe enganar por imitadores baratos! — disse o rei — Eu posso garantir: sou capaz de cobrir qualquer preço para um bom investidor. Posso fazer vários objetos de ouro em pouquíssimo tempo.
— Mas... — Piper sacudiu a cabeça, confusa — Sua Majestade, você não transforma nada mais em ouro, certo?
Pela expressão do rei, não foi exatamente certo.
— Não? — perguntou o rei, assustado.
— Acho que foi coisa de um rei... — disse Piper.
— Dioniso — disse o rei — Eu resgatei um de seus sátiros, e em troca ele me prometeu um desejo. Eu escolhi o dom do "toque de ouro".
Me sentei no sofá, cansada.
— Mas, acidentalmente, transformou sua própria filha em ouro — disse Piper — E percebeu quão ganancioso fora, por isso se arrependeu.
— Arrependeu-se! — gritou o rei Midas, olhando para Lit, incrédulo — Está vendo, meu filho? Ficamos fora por alguns séculos e veja como a história é distorcida. Minha querida, essas histórias dizem que eu perdi meu toque mágico?
— Não, acho que não. Na verdade, elas dizem que você aprendeu a reverter o efeito com água corrente, e assim trouxe sua filha de volta à vida.
Jason acabou se sentando do meu lado, percebendo que aquela conversa iria longe.
— Isso é verdade. Algumas vezes preciso reverter o efeito do meu toque, mas não temos água corrente nesta casa, pois não quero acidentes — disse, fazendo um gesto para as estátuas — Porém, ainda assim, resolvemos morar perto de um rio, para o caso de uma emergência. Ocasionalmente, eu me esqueço e toco as costas de Lit...
Lit deu alguns passos para trás.
— Eu odeio isso.
— Eu já disse que sinto muito, filho. Mas, seja como for, o ouro é uma maravilha. Por que abriria mão dele?
— Bem... — Piper parecia perdida naquele momento — Mas não é essa a moral da história? Que você aprendeu sua lição?
Midas riu.
— Minha querida, posso ver sua mochila por um momento? Jogue-a aqui.
Piper hesitou, mas não queria ofender o rei. Tirou tudo da mochila e jogou-a a Midas. Logo que a pegou, ela se transformou em ouro, como se uma camada de gelo tomasse conta do tecido. Ainda era macia e flexível, mas feita de ouro, definitivamente. O rei a atirou de volta.
— Como você pode ver, eu ainda transformo tudo em ouro — disse Midas — E agora é uma mochila mágica também. Vá em frente... ponha seus pequenos espíritos da tempestade aí dentro.
— Sério? — Leo ficou interessado de repente.
Pegou a mochila das mãos de Piper e aproximou-se da gaiola. Assim que abriu a mochila, os ventos enlouqueceram, gritando. As barras da gaiola sacudiram, a porta voou longe e os espíritos foram aspirados diretamente para dentro da mochila. Leo fechou-a e foi obrigado a dizer:
— Tenho que admitir: isso é muito legal.
— Viu? — disse Midas — Meu toque mágico é uma maldição? Por favor. Eu não aprendi nenhuma lição, e a vida não é um conto de fadas, menina. Honestamente, minha filha, Zoe, ficou bem mais simpática como estátua de ouro.
— Ela falava muito — disse Lit.
Terapia em família, era só isso que eu queria dizer.
— Exatamente! E por isso eu a transformei em ouro — disse Midas, apontando para uma estátua dourada num canto, de uma menina com cara de susto, como se estivesse pensando: Papai!
— Isso é horrível! — disse Piper.
— Que bobagem! Ela não se importa. Além do mais, se eu tivesse aprendido alguma lição, será que teria isto?
Midas tirou sua touca exageradamente comprida e eu não sabia se sorria ou vomitava. O rei tinha orelhas longas e peludas, que pendiam dos seus cabelos brancos, como se ele fosse um coelho, mas não eram orelhas de coelho.
Eram de burro.
— Uau! — disse Leo. — Eu preferiria não ter visto isso.
— Terríveis, não? — disse Midas, suspirando — Alguns anos após o problema com o toque de ouro, eu julguei um concurso de música entre Apolo e Pã, e declarei Pã vencedor. Apoio decretou que eu deveria ganhar orelhas de burro, e voilà. Eis o que ganhei por ser justo. Tentei mantê-las em segredo. Só o meu barbeiro via isso, mas não pude evitar as fofocas — disse Midas, apontando para outra estátua, a de um homem careca vestindo toga, com um par de navalhas nas mãos — É ele. Não vai contar os segredos das pessoas a mais ninguém.
O rei sorriu. De repente, já não o encarava como um senhor inofensivo de roupão. Seus olhos tinham um brilho dourado... Era o olhar de um homem louco, que sabe que é louco, aceita sua loucura e se diverte com ela
— Sim, o ouro tem muitas utilidades. Talvez por isso eu tenha sido chamado de volta, certo, Lit? Para sanar os gastos de nossa patrona.
Lit fez que sim.
— Por isso e porque meu braço da espada é ótimo.
De repente, o ar naquela sala ficou muito mais frio.
— Então você tem uma patrona — disse Jason — Trabalha para os gigantes.
O rei Midas balançou o braço, dando a entender que não se importava com isso.
— Eu não ligo para os gigantes, claro. Porém, mesmo os exércitos sobrenaturais precisam ser pagos. Tenho uma grande dívida com minha patrona. Tentei explicar isso ao último grupo que apareceu, mas eles não foram nada amigáveis. Não cooperaram nem um pouco.
Jason enfiou a mão no bolso.
— O último grupo?
— Caçadoras — disse Lit — As malditas meninas de Ártemis.
Olhei para Jason, sabendo o que aquilo significava... A irmã dele esteve aqui.
— Quando? — ele perguntou — O que aconteceu?
Lit deu de ombros.
— Há poucos dias, eu acho. Mas não consegui matá-las, infelizmente. Estavam em busca de lobos malvados, ou algo assim. Seguiam uma trilha para o oeste. Um semideus perdido... não me lembro.
Percy Jackson, o namorado de Annabeth.
Midas coçou as orelhas de burro.
— Eram jovens nem um pouco simpáticas, aquelas Caçadoras — lembrou-se — Recusaram-se terminantemente a ser transformadas em ouro. Grande parte do sistema de segurança aí fora eu instalei para evitar que esse tipo de coisa voltasse a acontecer. Não tenho tempo para quem não seja investidor sério
Jason e eu nos levantamos, trocando um olhar com Piper e Leo.
— Bem — disse Piper, abrindo um sorriso — Foi um prazer. Sejam bem vindos de volta à vida. E muito obrigada por minha mochila de ouro.
— Ah, não... vocês não podem ir embora — disse Midas — Sei que não são grandes investidores, mas não importa. Preciso renovar minha coleção.
O sorriso de Lit era cruel. O rei se levantou, e Leo e Piper afastaram-se dele.
— Não se preocupem — disse o rei — Vocês não precisam ser transformados em ouro. Eu dou uma chance a todos os meus hóspedes... vocês podem entrar para a minha coleção ou morrer nas mãos de Litierses. São ambas boas opções.
Piper tentou usar seu charme.
— Sua Majestade, você não pode...
Mais rápido do que qualquer outro homem já de certa idade poderia se mover, Midas avançou e agarrou-a pela cintura.
— Não! — gritou Jason.
Mas um fio de ouro tomou conta de Piper, e em poucos segundos ela estava transformada em estátua dourada. Leo tentou fazer fogo com as mãos, mas esquecera que seu poder já não funcionava. Midas tocou a mão dele, e Leo se transformou em metal sólido.
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