❦Chapter XI - Promise me you'll wait for your memories
Ok, temos um pouquinho mais do Luke e da Beatrice nesse capítulo! Sim gente, a Trice tem medo de perder pessoas que ama, se você parar pra pensar na história da família di Ângelo, faz sentido, vai fazer ainda mais sentido quando souberem todo o passado dela.
Ela não sente nojo de ter beijado o Leo, mas a Beatrice está confusa pra caramba, ao mesmo tempo, tem feridas que não cicatrizaram e ela nem ao menos entende essas feridas. Confuso pra caramba tudo isso.
Qual vocês acham que era o passado do Luke e dela???? HMMMMMM
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Capítulo Onze: ME PROMETA QUE VAI ESPERAR SUAS MEMÓRIAS
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Beatrice
Atualmente
LUKE PARECIA ESCOLHER MOMENTOS ALEATÓRIOS PARA aparecer, como enquanto eu procurava por Leo, ele surgiu ao meu lado.
— Oi.
Ele sorriu para mim, colocando as mãos nos bolsos de sua jaqueta fantasmagórica.
— Oi. Foi uma queda e tanto aquela, está bem, princesa?
Bufei, me sentindo mal humorada, saindo da fábrica abandonada em que estava. A ideia de Leo procurando Festus e vendo o estrago do dragão sozinho parecia péssima, ainda mais considerando o quão apegado ele estava... Ou talvez ficar com Piper e Jason flertando apenas acabasse com toda a minha paciência e eu só precisasse de ar puro.
— É óbvio que você viu aquilo — resmunguei — Eu odeio não estar com meus pés no chão, com todas as minhas forças.
— Eu tinha uma amiga que também morria de medo de altura, o que era irônico, porque ela era filha de Zeus. Acho que ela sempre sentiu vergonha disso, mas não é como se pudéssemos controlar do que temos medo.
Parei de andar, me virando completamente para Luke.
— Eu tive um sonho.
Ele ficou tenso, arqueando a sobrancelha que pegava um pedaço da cicatriz em seu rosto.
— Sonhos de semideuses nunca são apenas sonhos. Quer conversar sobre?
Luke parecia trazer todas as emoções que eu tentava ignorar diretamente para a superfície de um jeito que não era capaz de entender.
— A mãe dos gigantes, Gaia — sussurrei, ansiosa — Disse que poderia trazer você de volta à vida.
— Com um preço, que francamente, não deve valer a pena pagar.
— Você nem sabe o que é!
Ele revirou os olhos.
— Sempre tem um maldito preço, quando estava vivo, achava que qualquer coisa valia a pena para conseguir o que queria, mas a verdade dura é que tem coisas que não valem a pena — retrucou, sério — Me trazer de volta a vida é uma das coisas que não vale o preço, não importa o quão pequeno você ache que é o preço.
— Eu faria qualquer coisa por você.
Era verdade, percebi lentamente, eu estava disposta a pagar o preço que fosse para o ter vivo, para poder tocá-lo.
Luke pareceu frustrado, passando as mãos nervosamente pelo cabelo cor de areia.
— Porra, eu sei que você vai usar o argumento de "eu sei que você faria qualquer coisa por mim também", o que francamente é verdade, mas no momento, você não deveria tomar decisões importantes sem ter suas memórias. Você nem sabe quem eu sou agora!
Dei um passo em sua direção, parando em sua frente, diminuindo o espaço entre nós.
— Sei que você é importante e eu morro de medo de perder você.
Ele pareceu triste, angustiado enquanto me olhava com seus olhos azuis, olhos são as portas da alma, no caso de Luke, era totalmente verdadeiro. Eu conseguia ver toda a sua alma através de seus olhos, principalmente o que ele estava sentindo, o que me fazia ter ainda mais certeza do quão bem eu o conhecia.
— Eu não valho o preço, princesa — sussurrou triste — Não sou um herói de capa brilhante cheio de feitos incríveis no meu histórico. Fiz coisas ruins e tomei decisões idiotas por causa de mágoas e rancores, fiz acordos que não deveriam ter sido feitos. Não quero isso para você, não quero ter que assistir você cometendo os mesmos erros que cometi, ainda mais se forem apenas para me ter de volta.
Senti meus olhos lacrimejarem.
— Como você pode dizer que não vale o preço? Como você...
Meu olhar focou então em sua mão, onde localizei um anel idêntico ao que eu usava, a aliança.
— Nós...?
Luke bufou, jogando a cabeça para trás.
— Odeio isso, porra, odeio isso pra caramba. É malditamente frustrante e horrível olhar no seu rosto e não poder lhe dar todas as respostas que você merece. Todas as verdades que eu sempre disse que ia te dar sem pensar duas vezes.
— Ao menos isso eu não preciso de uma resposta, já entendi — retruquei prontamente, vendo a frustração dele — a gente tinha algo.
— Isso é estupidamente vago, princesa.
A neve não parava de cair, me fazendo ficar com frio mesmo com as roupas quentes que vestia.
— Não é justo.
— Os deuses nunca são justos, mas confesso que fiquei surpreso o quão melhor Hades é do que eu pensei. Ao contrário dos outros deuses, ele realmente se importa com seus filhos, principalmente com você, que é a garotinha dele — Luke murmurou, cansado — Eu nem deveria ser capaz de chegar perto de você depois que morri, depois de tudo o que fiz, mesmo com seus poderes... Mas Hades aparentemente odeia ver você triste.
— Luke...
Ele suspirou, erguendo sua mão e indo até meu rosto, mas sua mão parou quando estava prestes a tocar minha bochecha.
— Eu me importo com você e por me importar, peço que não tome nenhuma decisão sem ter sua memória de volta. E que não faça coisas pelas quais vai se arrepender por mim, eu já estou morto, esse é curso natural.
— Eu sou filha de Hades, a morte não tem que ser um empecilho para mim.
Luke fez uma careta.
— Caramba, e pensar que você reclamava que seu irmão era teimoso... Deve ser de família.
— Meu irmão?
Lembrei repentinamente da outra cama desarrumada no chalé, nas palavras de Drew sobre o outro filho de Hades, Nico.
— Adoraria lhe dar mais respostas, mas agora seria um bom momento para acharmos o filho de Hefesto — resmungou — Temos problemas a caminho e você definitivamente vai precisar de ajuda.
Congelo ao pensar em algo e sinto meu rosto esquentar.
— Você está sempre me observando?
Ele desviou o olhar pela primeira vez e começou a andar.
— Sei exatamente para onde seus pensamentos estão indo e acredite em mim, eu não quero falar sobre isso.
— Merda, você viu.
Luke havia visto o beijo, a percepção disso me fez querer vomitar. A culpa me atinge com tudo.
— Não estamos falando sobre isso, princesa.
— Não estamos falando sobre isso agora ou não estamos falando sobre isso nunca?
Ele gemeu.
— Não estamos falando sobre isso o quanto eu puder evitar, agora pare de falar sobre isso, pelo amor de todos os deuses.
— Luke!
— Começa a caminhar, princesa.
Reviro os olhos, mas o sigo rapidamente, correndo até o alcançar, que já estava a bons passos à frente.
Caminhamos juntos silenciosamente, lado a lado, o mais próximo que poderíamos, procuro sua mão com a minha e toco na dele, sentindo o toque fantasmagórico, era diferente do frio que eu estava sentindo. O toque quente dele não estava lá, mas mesmo assim sentia algo.
Luke suspirou.
— Você é alérgica a amendoim, acho que é importante lembrar — murmurou — Por favor, fique longe de qualquer coisa que contenha amendoim, principalmente chocolate, não importa o quão tentador pareça.
Arregalei os olhos, me sentindo indignada.
— Quer dizer que eu sou poderosa pra caramba, filha de um deus grego, posso falar e ver mortos, invocar soldados esqueletos... Mas amendoim pode me matar?
— Yep.
Bufei, sem conseguir me conter.
— A vida é uma cadela.
— Você não faz ideia, princesa.
Logo vi o corpo do enorme dragão, que havia caído em uma fileira de banheiros químicos azuis, fiz uma careta, que lugar merda pra cair, literalmente.
Leo estava em cima dele, consertando alguma coisa na cabeça do dragão, analisei rapidamente o corpo de Festus, estava tudo certo e não consegui perceber nenhum estrago óbvio, felizmente, estava inteiro.
— Tenho um péssimo histórico com dragões — Luke resmungou — Por culpa de um que eu tenho essa cicatriz.
— Cicatrizes são sexys.
Ele riu baixinho.
— Não é a primeira vez que você me diz isso.
Sorri satisfeita com a informação, em seguida, foquei em Leo, me aproximando do dragão junto de Luke.
— O que aconteceu, Leo?
O garoto dos reparos me encarou confuso e não parecendo exatamente feliz em me ver.
— Pensei que tinha falado para você não vir.
Dei de ombros.
— Não me dou bem com regras e tal — retruco prontamente — e ficar junto com Jason e Piper é bem chato, se você quer saber.
Leo suspirou.
— Boa notícia: Não foi minha culpa. As engrenagens dentro do painel de controle simplesmente congelaram, não me pergunte como, porque tecnicamente deveria ser impossível. Isso sobrecarregou os cabos e queimou o disco de controle.
— Garota da neve parecendo mal humorada, alguém lembra disso? — Luke murmurou.
O pensamento de Luke fazia sentido, mas considerando a queda que o elfo ali tinha por ela, decidi não trazer isso à tona.
— Consegue arrumar?
— O disco de controle é um pouquinho mais difícil, porque tem todos esses símbolos gregos antigos que parecem terem sido feitos com magia, mas os cabos já estou arrumando.
Concordei lentamente.
— Precisa de ajuda?
— Por enquanto não, valeu.
Luke franziu a testa e eu o encarei, seu foco mirou no armazém, uma expressão estranha surgiu em seu rosto.
— O que foi?
— Com quem você está falando? — Leo perguntou confuso.
Certo, ele não vê Luke.
— Filha de Hades, fantasmas, gente morta... Eu sei, bizarro.
Leo concordou lentamente, parecendo ainda me achar louca, mas decidindo não discutir.
— Jason e Piper estão com problemas.
— O que?
Então, vindo da fábrica, um estrondo como o de dois caminhões se chocando, o metal se retorcendo, o barulho ecoou pelo canteiro.
— Jason e Piper — murmuro preocupada.
Leo pulou para fora do dragão, tirando uma marreta do cinto de ferramentas.
— O que...?
Ele deu de ombros.
— Você tem os seus brinquedinhos, eu tenho que improvisar.
O loiro ao meu lado voltou a me encarar.
— Eu escolheria uma das armas da pulseira que fosse de longo alcance.
Escolhi um dos pingentes, o cetro de ferro estígio surgindo novamente na mão que não estava junto com a do fantasma.
— Longo alcance, perfeito.
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