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❦Chapter I - Where I just don't know, literally



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Capítulo Um: ONDE EU SIMPLESMENTE NÃO SEI, LITERALMENTE

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Beatrice

Atualmente


EU SABIA QUE TERIA UM DIA ESTRANHO MUITO ANTES de tudo dar errado, pois acordar num ônibus escolar com a cabeça apoiada no ombro de um garoto desconhecido - que parecia um elfo perdido do Papai Noel - era um índice grande de que as coisas iriam ficar mais bizarras.

O barulho irritante de adolescentes animados demais foi o gatilho para eu abrir os olhos, minha cabeça doía enquanto piscava repetidas vezes tentando me acostumar com a luz irritante que vinha das janelas do ônibus. Minha cabeça estava encostada em algo não tão confortável, me endireitei rapidamente no banco desconfortável e suspirei amarga.

O som das vozes e risadas altas se misturando alimentava o meu mau humor, passei as mãos pelo rosto, a dor de cabeça era verdadeiramente irritante e não ajudava em nada.

Solto um palavrão em italiano ao olhar pela janela e ver o céu azul brilhando sob o deserto, o que infernos eu estava fazendo no deserto? E como eu sabia que aquilo era realmente um palavrão em italiano?

Tento me lembrar como havia parado aqui e começo a me sentir levemente desesperada ao não encontrar nada nas minhas memórias.

Merda, eu não sabia direito nem quem eu era.

— Gatinha, pensei que iria dormir a viagem inteira!

Pisquei confusa e olho ao redor, tentando saber com quem o projeto de elfo fugitivo do Papai Noel falava, alguns segundos depois notei que era comigo.

— Me chama de gatinha de novo e eu vou arrancar a sua língua — resmungo irritada.

O garoto franziu a testa e em seguida riu divertido como se eu tivesse contado uma ótima piada, o que só serviu para piorar o meu mau humor.

— Esqueci como você odeia ser acordada.

Jason, você está bem?

O nome me atingiu como uma familiaridade enorme, rapidamente me virei no banco e encontrei um garoto loiro parecendo mais perdido que eu. Ele me encarou e notei em seus olhos azuis que de alguma forma, estávamos passando pelo mesmo problema bizarro.

A mesma onda de reconhecimento o atingiu e ele suspirou aliviado.

Eu...

Apenas naquele momento notei a garota ao lado dele que segurava sua mão, por algum motivo desconhecimento, o fato causou um gosto amargo na minha boca e no segundo em que Jason se afastou dela, me senti satisfeita.

Ela vestia uma calça jeans desbotada, botas de caminhada e um casaco de snowboarding de fleece. Os cabelos castanhos, cor de chocolate, tinham um corte repicado e assimétrico, com uma trança fina de cada lado. Ela não usava maquiagem, como se tentasse não chamar atenção. Seus olhos pareciam mudar de cor, como um caleidoscópio... marrom, azul e verde.

Na parte da frente do ônibus, um professor gritou:

— Certo, cupcakes, atenção!

Era obviamente um treinador de educação física, um alarme soava em alerta máximo na minha mente que havia algo muito errado.

Ele usava um boné enfiado na cabeça e a única coisa visível eram os olhos pequenos e brilhantes, como contas. Tinha um cavanhaque ralo e o rosto azedo, como se tivesse comido algo estragado. O peito e os braços bronzeados estavam marcados por baixo da camisa pólo laranja vivo. A calça de náilon e os tênis Nike eram incrivelmente brancos. Tinha um apito pendurado no pescoço e um megafone na cintura. Seria uma figura bastante assustadora se não medisse só um metro e meio. Quando ele ficou de pé no corredor, um dos alunos gritou:

— Levante-se, treinador Hedge!

— Eu ouvi isso! — retrucou ele, procurando no ônibus o ofensor.

O projeto de elfo fugitivo do Papai Noel me puxou, me fazendo sentar corretamente no banco no mesmo momento em que os olhos do treinador focaram em mim e no segundo seguinte, em Jason.

Pela sua expressão, eu tinha certeza que ele notou que não deveríamos estar aqui, me encolhi com o pensamento dele nos chamando para perguntar o que estávamos fazendo ali e para o meu desespero, eu não tinha a mínima ideia - e apostava que o loiro sofria do mesmo problema.

Mas o treinador olhou para o lado e pigarreou.

— Vamos chegar em cinco minutos! Fiquem com seus pares. Não percam suas folhas de exercícios. Caso algum de vocês, meus cupcakes, cause qualquer problema nessa excursão, eu, pessoalmente, os mandarei de volta ao campus do jeito mais penoso.

Ele apanhou um bastão de beisebol e fez de conta que batia um home run.

— Ele pode falar assim com a gente?

A voz de Jason chama minha atenção, me fazendo virar a tempo de ver a garota ao seu lado dando de ombros.

— Ele sempre fala assim. Estamos na Escola da Vida Selvagem. "Onde as crianças são os animais."

O jeito que a menina disse, como se fosse algum tipo de piada interna, causou novamente aquela sensação irritante em mim, Jason me encarou.

— Algo está errado — murmurou — Não deveríamos estar aqui, fantasminha.

O apelido me fez suspirar baixinho, era reconfortante.

— Concordamos nisso, superman.

Para a minha surpresa, aquele apelido pareceu pular da minha boca de forma natural, ele sorriu fraco para mim.

O garoto ao meu lado também se virou, sorrindo.

— Certo, Jason. Todos nós somos inocentes! Eu não fugi seis vezes. Piper não roubou um BMW.

A menina corou.

— Eu não roubei aquele carro, Leo!

— Ah, esqueci, Piper. Qual era mesmo a história? Você convenceu o vendedor a emprestá-lo a você?

Leo - o projeto de elfo latino do Papai Noel - ergueu as sobrancelhas para eu e Jason como quem diz: Dá para acreditar nela?

Usei aquele momento para enfim o analisar, ele tinha cabelos castanhos e encaracolados, orelhas pontudas, uma alegre cara de bebê e um sorrisinho maldoso que deixava logo claro que não era seguro deixá-lo perto de fósforos ou objetos afiados. Seus dedos longos e ágeis não paravam quietos — tamborilavam no assento, colocavam o cabelo atrás das orelhas, mexiam nos botões do casaco camuflado. Ou ele era naturalmente hiperativo ou tinha tomado açúcar e cafeína suficientes para matar um búfalo de ataque cardíaco.

— Seja como for — disse Leo — Espero que esteja com sua folha de exercícios, pois a minha eu usei como canudo na guerra de cuspe outro dia. Por que está me olhando assim? Alguém rabiscou meu rosto de novo?

— Eu não conheço você — respondeu Jason.

Mordo o lábio inferior, vendo o sorriso amarelo de Leo.

— Isso vai parecer um pouco repetitivo, mas eu também não te conheço.

— Claro que não. E eu não sou o melhor amigo do Jason ou o seu namorado, Beatrice. Sou um clone do mal.

— Leo Valdez! — gritou o treinador Hedge, lá da frente. — Algum problema por aí?

Leo piscou para nós e disse:

Veja isso.

Depois se virou:

— Sinto muito, treinador! Não consigo escutá-lo bem. Poderia usar o megafone, por favor?

O treinador Hedge soltou um grunhido, como se estivesse satisfeito por ter uma desculpa para fazer aquilo. Puxou da cintura o megafone e continuou dando instruções, mas sua voz parecia a do Darth Vader.

Os garotos gargalharam.

Ele tentou mais uma vez, mas o megafone soltou: "A vaca faz w!"

Todos riram, e o treinador baixou o aparelho com raiva. Se eu não estivesse no meio de um momento realmente estranho, então talvez também acharia aquilo engraçado.

Valdez!

Piper conteve o riso.

— Meu Deus, Leo. Como você fez isso?

Leo tirou da manga uma pequena chave Phillips.

— Sou um cara especial.

— Gente, falando sério — implorou Jason — O que Trice e eu estamos fazendo aqui? Para onde estamos indo?

Piper franziu as sobrancelhas.

— Jason, você está brincando?

— Não! Eu não tenho a menor ideia...

— Ah, claro que ele está brincando — disse Leo — Está tentando revidar aquela história do creme de barbear na gelatina, certo?

Jason ficou olhando para ele, sem entender, me fazendo bufar.

— Inferno, a gente não está brincando! — retruco frustrada — Então um dos dois aí pode ser útil e dizer o que Jason e eu estamos fazendo aqui?

— Não, acho que ele está falando sério — disse Piper, tentando pegar mais uma vez a mão de Jason, que a afastou.

Olho irritada para o ato, ele me encara como se pedisse "desculpas" silenciosas.

— Sinto muito — disse Jason. — Eu não... Eu não consigo...

— Pronto! — gritou o treinador lá da frente — A fileira de trás acaba de se oferecer para lavar a louça do almoço!

Os outros jovens comemoraram e eu fiz uma careta.

— Sensacional — murmurou Leo.

Mas os olhos de Piper continuaram em Jason e em seguida focaram em mim, como se ela não conseguisse decidir se estava magoada ou preocupada.

— Vocês bateram com a cabeça ou algo assim? Não sabem mesmo quem somos?

Jason deu de ombros, sem saber o que fazer.

— É pior que isso. Não sei quem eu sou... Trice?

Suspiro novamente.

— O mesmo aqui — respondo perdida — Sei que você e eu somos melhores amigos, mas o resto? É um grande bloco branco sem outras informações.

Leo me encarou realmente preocupado, parecendo largar as piadinhas por alguns momentos.

— Você andou abusando daqueles remédios para ansiedade de novo?

O encarei confusa.

— Remédios para ansiedade?

Antes que ele pudesse responder, o ônibus nos deixou na porta de uma grande construção de reboco avermelhado, que parecia um museu, no meio do nada. Talvez fosse isso mesmo: o Museu Nacional de Lugar Nenhum.

Um vento frio soprava no deserto.

Ao encarar Jason, prestei atenção no que ele vestia, mas aquilo não estava nem perto de protegê-lo direito do frio: jeans, tênis, camiseta roxa e um agasalho fino, preto.

Dei uma rápida olhada para mim mesma, notando a mesma camiseta roxa, jeans pretos, coturnos e uma jaqueta de couro por cima da camiseta, felizmente, a jaqueta era quentinha até. Minhas unhas estavam longas e pintadas de preto, havia diversos anéis de prata em meus dedos, de alguma forma estranha, eu simplesmente sabia que aquilo era realmente prata.

Então havia duas pulseiras na minha mão, uma delas era preta, parecia uma pulseira da amizade, estranhamente eu sentia carinho ao olhar para ela.

— Então, vamos a um curso intensivo para quem sofre de amnésia — disse Leo em tom solícito, o que deu impressão de que aquilo não ia ajudar em nada — Nós frequentamos a "Escola da Vida Selvagem". — Leo fez sinais de aspas com os dedos. — Isso significa que somos "garotos malvados". Sua família, a justiça ou sei lá quem decidiu que você criava problemas demais. Por isso, você foi mandado para esta adorável prisão... quer dizer, "internato"... em Armpit, Nevada, onde você aprende coisas valiosas para a vida ao ar livre, como correr dezesseis quilômetros por campos de cactos ou tecer chapéus com margaridas! E, como prêmio, fazemos excursões "educativas" com o treinador Hedge, que mantém a ordem usando um bastão de beisebol. Estão se lembrando de tudo agora?

— Não — respondeu Jason.

— Nadinha.

Leo revirou os olhos.

— Você quer mesmo seguir com esse joguinho, né? Certo. Nós quatro entramos aqui juntos, este ano. Somos muito unidos. Você faz tudo o que eu digo, me dá sua sobremesa, faz minhas tarefas e Beatrice está sempre dizendo como me ama e se gabando para todos sobre como tem um namorado incrível...

O encarei confusa, meu namorado?

Leo! — disse Piper.

— O.k., ignorem a última parte. Mas nós somos amigos. Bem... Beatrice e eu definitivamente somos mais do que amigos e Piper é um pouco mais que sua amiga, nas últimas semanas, Trice e eu tivemos um trabalho enorme para juntar vocês e...

— Leo, pare! — disse Piper, com o rosto vermelho.

Quis reclamar que eu nunca ajudaria Jason e aquela garota a saírem, pois parecia errado demais aquilo, mas apenas me encolhi, ficando em silêncio.

Jason deu um passo rapidamente, ficando ao meu lado de uma forma que nossos ombros se encostavam, senti seu dedo mindinho envolvendo o meu como se tivéssemos fazendo uma promessa silenciosa que iríamos lidar com aquela situação bizarra juntos.

De uma forma estranha, senti que aquilo era normal.

— Eles estão com amnésia ou algo do tipo — disse Piper — Precisamos avisar a alguém.

Leo debochou.

— A quem? Ao treinador? Ele vai tentar resolver o problema dando uma pancada na cabeça deles.

Olho para o treinador treinador estava à frente do grupo, gritando ordens e apitando na tentativa de mantê-los em fila; mas não parava de olhar para nós dois e fazer cara feia.

— Leo, eles precisam de ajuda — insistiu Piper — os dois devem ter sofrido uma concussão ou...

— E aí, Piper? — Um dos garotos se aproximou enquanto eles entravam no museu, enfiou-se entre Jason e Piper e derrubou Leo no chão — Não fique conversando com esses manés. Você é meu par, lembra?

O cara novo tinha cabelos pretos cortados como os do Super Homem, era bronzeado e tinha dentes tão brancos que deveriam ter uma placa de advertência: não olhe diretamente para esses dentes. perigo de cegueira permanente. Estava com um agasalho dos Dallas Cowboys, jeans e botas, e sorria como se fosse um presente de Deus para todas as meninas delinquentes desse mundo.

— Saia daqui, Dylan — disse Piper. — Eu não pedi para ser seu par.

Ele abriu a boca para retrucar, mas como meu humor já estava péssimo, me menti entre os dois, sorrindo ironicamente.

— Você não ouviu a garota, idiota? A partir de agora ela é o meu par, vá procurar outro para encher o saco antes que eu perca a minha paciência e quebre todos os seus dentes.

Cruzo os braços e levantei a cabeça para o encarar, deixando claro que eu não estava brincando.

Ele bufou.

— Com quem você acha que está falando?

— Com alguém que é inútil demais para eu ter que gastar meu tempo, mas aqui estou eu — digo olhando ao redor e notando um garoto de óculos, que aparentemente estava sem par — O NERD, VEM CÁ.

O garoto olhou ao redor como se estivesse se perguntando com quem eu estava falando, revirei os olhos e apontei para ele, lentamente o garoto se aproximou, parecendo temeroso. Sorri inocente e coloquei as mãos em seus ombros quando ele se aproximou, o virando para o babaca.

— Hoje é seu dia de azar, infelizmente. Dylan vai ser seu novo par, uuuh! Agora os dois sumam da minha frente. Obrigado, de nada.

De forma muito mal humorada, Dylan arrastou o nerd para longe e eu pude me virar para o trio que me encaravam. Leo já havia levantado do chão e passava as mãos pelas roupas, tentando as limpar, havia um sorrisinho malicioso em seu rosto.

— Essa é a minha garota! Aliás, odeio aquele cara. "Eu sou Dylan, sou cool, queria namorar comigo mesmo, mas não sei como! Por que, então, você não me namora? Que sortuda!"

— Leo — disse Jason —, você é esquisito.

— E, você sempre diz isso. — Leo sorriu. — Mas, se não se lembra de mim, quer dizer que posso repetir todas as minhas piadas velhas. Vamos!

Os dois seguem para dentro do museu e eu me viro para Piper, que tinha um sorrisinho discreto no rosto.

— Obrigado pelo o que fez com Dylan.

Dou de ombros.

— Garotas ajudam garotas — murmuro — vamos? Parece que agora somos um par.

Piper me pegou de surpresa e entrelaçou nossos braços, quis gritar que afeto ou coisas assim não eram coisas nas quais eu me sentia confortável com pessoas que não conhecia, mas decidi ficar em silêncio enquanto andávamos.

— Foi assim que nos tornamos amigas — diz animada — umas garotas foram cruéis comigo e você surgiu se metendo, acabou dando um soco na cara de uma delas e pegamos uma detenção enorme... Mas acabamos virando colegas de dormitório depois.

Tentei imaginar a cena e cheguei a conclusão que sim, era o tipo de coisa que eu faria.

— Se tivermos sorte, Dylan também vai levar um soco até o final do passeio.

Caminhamos pelo prédio, parando algumas vezes para que o treinador desse explicações com o megafone, que vez ou outra deixava a voz dele como a de um Lorde Sith ou soltava frases aleatórias, como "O porco faz oinc".

Às exposições, que eram sobre o Grand Canyon e a tribo hualapai, que cuidava do museu, vez ou outra eu via formas estranhas perambulando pelo local, mas devia ser apenas parte da atração, alguma projeção das pessoas antigas.

Algumas garotas ficaram olhando para nós e dando risinhos. Não precisei de muito para deduzir que aquele era o grupinho das mais populares. Elas combinavam seus jeans e camisetas cor-de-rosa e usavam maquiagem suficiente para uma festa de Halloween, o que me fez querer vomitar.

Uma delas disse:

— Ei, Piper, é a sua tribo que manda nesse lugar? Você entra de graça se fizer a dança da chuva?

Encarei as garotas com nojo, notei Jason e Leo perto da gente e ao encontrar os olhos azuis dele, fiz uma careta que dizia "O que fazemos com aquele bando de Barbie's falsificadas?".

Jason sorriu discretamente.

— Meu pai é cherokee — disse Piper —, não é hualapai. Mas é claro que você precisaria de mais alguns neurônios para entender a diferença, Isabel.

Isabel arregalou os olhos, surpresa, e ficou parecendo uma coruja mega maquiada e eu não pude evitar de me sentir orgulhosa pelo jeito que Piper respondeu a Barbie falsificada.

— Ah, me desculpe... Sua mãe é que era dessa tribo? Oops, puxa... Você não conheceu sua mãe.

— Deve ser difícil ter uma vida tão sem graça que tem que atazanar os outros para ter um pouquinho de diversão — retruquei.

A garota, Isabel, me encarou com raiva.

Piper foi na direção dela, mas antes que começassem a brigar o treinador gritou:

— Parem, vocês aí! Dêem bom exemplo ou vou pegar o bastão de beisebol!

O grupo seguiu para a exposição seguinte, mas as meninas continuaram fazendo comentários sobre Piper, que estavam me irritando cada vez mais.

— É bom estar de volta à reserva? — uma delas perguntou, em tom doce.

— Papai devia estar bêbado demais para trabalhar — disse outra, com falsa preocupação — Por isso ela virou cleptomaníaca.

Piper ignorou aquilo e eu bufei, considerando implorar para que ela tomasse alguma decisão ou simplesmente dissesse "hey, está afim de ensinar uma lição para essas bonecas falsificadas?".

Abri a boca para sugerir algo parecido, mas Piper apenas colocou a mão ao redor do meu pulso e continuou me puxando pelo local.

— Não vale a pena, Trice.

Dei de ombros e discretamente afastei meu pulso do seu toque e enfiei minhas mãos dentro dos bolsos da jaqueta, olhando ao redor com tédio.

— Que passeio sem graça, supostamente algo aqui deveria ser interessante?

Piper sorriu pela mudança de assunto.

— Se tivermos sorte, logo estaremos de volta no nosso dormitório e poderemos fazer uma maratona de Friends.

Algo me dizia que sorte não era algo com o que eu poderia contar.

— Primeiro acho que teremos que dar um jeito no meu problema de falta de memórias — resmungo desanimada — e nessa enxaqueca.

— Você e Jason não se lembram de nada mesmo? Mas sabem que se conhecem?

Concordei lentamente.

— Bizarro, eu sei... Minha cabeça parece uma grande sala em branco apenas.

Piper tentou dar um sorriso motivador.

— Vamos dar um jeito.

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