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Capítulo 5


- Claro que não! - o ômega riu e o alfa bufou dramaticamente

- É sim - Lestat insistiu, mas era só pra ver seu ômega rindo, o que de fato aconteceu.

- Non! Non c'est ça! - Louis falou aos risos e o alfa o apertou em seus braços.

Era tarde da noite, eles estavam deitados no sofá que ficava no quarto do alfa. Depois do passeio tinham jantado em um restaurante que Lestat conhecia. Ele não tinha contado o que realmente tinha acontecido naquele escritório e Louis também não tinha insistido. A única informação que teve foi que aquele alfa tinha sido desrespeitoso com alguém muito importante para Lestat e por isso foi necessário que ele fosse colocado no lugar dele.

O jantar foi muito agradável, Lestat era muito atencioso e Louis se sentia muito bem perto dele. Como se a presença do alfa deixasse seu coração quentinho, por isso amava tanto os abraços. Era até um pouco estranho a necessidade quase física que ele sentia em estar com o alfa, nunca tinha sentido isso por ninguém. Mas, ao mesmo tempo que era um pouco confuso, ele sentia que apenas era o certo 

- Como está seu jantar? - Lestat perguntou fazendo carinho na mão do ômega, que sorriu com o gesto.

- Cet endroit est adorable! Fazia tempo que eu não comia comida estilo caseira.

- Mas você estuda gastronomia - o alfa falou confuso.

- Sou um universitário, ou estou estudando ou trabalhando, não sobra tempo para mais nada - Louis deu de ombros, ele tomou mais um gole da sua bebida - Fora que eu não tenho uma cozinha de verdade, então não dá pra cozinhar.

- Se é esse o problema, você pode usar a do apartamento sempre, tudo que é meu está a seu dispor - Lestat disse sorrindo e Louis riu.

- Cuidado, eu posso levar isso a sério - ele brincou - mas seria legal poder cozinhar de verdade, sem ser para desconhecidos.

- Então na sua próxima folga, nosso jantar é por sua conta, apenas me avise quais serão os ingredientes para que eu possa comprar - o alfa falou tranquilamente, como se fosse algo rotineiro, o que fez o ômega piscar para saber se tinha entendido certo - Mas já vou avisando que depois que comi o que você preparou no restaurante, minhas expectativas estão bem altas.

- Bien sûr... Eu... Você tem certeza?

- Normalmente eu tenho, mas do que estamos falando aqui? - Lestat perguntou provando mais do seu fettuccine com camarão.

- Você quer que eu esteja lá, sabe, no seu apartamento?

- E onde mais você estaria? - o alfa perguntou se divertindo com aquilo.

- Je ne sais pas... é só que... bem... je...

- Louis - Lestat estava um pouco mais sério dessa vez, sentindo a insegurança do ômega. Ele pegou a mão de Louis e a segurou, fazendo carinho nela - você pode me falar qualquer coisa.

- É que eu não quero te dar a impressão que estou forçando a minha presença na sua vida - ele falou baixinho, com um pouco de medo, mas aliviado por desabafar, aquilo vinha o consumindo o dia inteiro.

- Você não está forçando a sua presença na minha vida. Acredite em mim, a situação é exatamente o contrário - o alfa disse confiante e carinhoso ao mesmo tempo.

- Eu não sei bem o que estamos fazendo e me sinto inseguro com isso - Louis confessou - sei que é muito cedo para um relacionamento e não estou tentando te impor nada, não é isso - ele se explicou rapidamente e o alfa sorriu de canto, "muito cedo para um relacionamento"? - só quero entender e saber o que esperar.

- Eu gosto muito de você, quero ficar o máximo de tempo possível com você e espero que você se sinta da mesma forma - Lestat explicou calmamente e o ômega concordou - Para mim isso é o suficiente, porém entendo que talvez você precise de um rótulo para nosso relacionamento ou de algo físico, como uma aliança. E para mim, tudo bem também.

- Uma... Uma aliança? Une bague? - o ômega perguntou corando e Lestat sorriu com aquilo, seu ômega era muito fofo.

- Se você quer uma e, principalmente, se isso te deixar mais seguro, eu não vejo problema nenhum.

- Você está falando sério? - Louis ainda não conseguia acreditar naquilo.

- Por que eu brincaria com isso?

- Eu não sei, a maioria dos alfas que eu conheço não se comporta assim, eles não querem assumir um compromisso. Principalmente... sabe...

- O que? - Lestat bebeu seu vinho, prestando atenção nas palavras do ômega.

- Digamos que eu, sabe, sou, hmmm... oméga ordinaire...

- Ma lune, de tantas as coisas que você é, ser um "ômega ordinário" não é uma delas - Lestat suspirou, quando ele descobrir quem fez seu ômega pensar isso de si mesmo, ele teria o prazer de fazer a pessoa pagar por aquilo. Quanto mais sangue envolvido, melhor - eu espero que nunca mais você se refira a si mesmo desse mesmo, porque isso é um erro.

- Você não me conhece tão bem para dizer isso - ele suspirou e Lestat sorriu de canto, se Louis soubesse...

- Vou ser totalmente sincero com você - o alfa deslizou pelo banco, ficando exatamente ao lado de Louis e o abraçando - você sabe que sou um lúpus e sigo o código, isso quer dizer que eu sou sincero e literal, o que eu te falo é exatamente o que vou fazer, você entendeu? - ele perguntou e Louis concordou com a cabeça, prestando atenção em cada palavra que o alfa dizia - Eu quero um relacionamento com você, um relacionamento real. Te levar para conhecer vários lugares, te apresentar pessoas que são importantes para mim, o que no caso serão só minha mãe e meu afilhado, já que a Heidi você já conhece.

- Você quer mesmo? - Louis perguntou e logo depois se arrependeu, Lestat tinha acabado de falar que o que ele dizia ele cumpria. Então se ele estava dizendo aquilo, era verdade. O que, na opinião do ômega, era um pouco de loucura, mas se Lestat estava falando, não seria justo ele que desmentiria o alfa.

- Ma Lune, você viajou nos seus pensamentos de novo - Lestat falou colocando uma mecha do cabelo de Louis atrás da orelha dele.

- Pardon - o ômega disse um pouco envergonhado.

- Nunca peça desculpa por ser quem é, você é perfeito como é e se houver um tolo que diga o contrário, apenas me avise - Lestat sorriu perigoso, o que fez Louis rir baixo.

- Vou me lembrar disso - o ômega brincou e o alfa negou com cabeça sorrindo, Louis não estava levando aquilo a sério, mas tudo bem, um dia ele entenderia.

- Eu falei sério sobre nosso relacionamento - Lestat voltou no assunto - achei que já era obvio que estávamos juntos, mas se ficou alguma dúvida me perdoe, estamos em um relacionamento sério e fechado.

- Isso foi um pedido de namoro ou um aviso? - Louis riu. 

- Encare como quiser - o alfa sorriu de canto. 

- Como posso negar um pedido tão romântico? - o ômega riu e ele sentia como se milhares de borboletas estivessem voando dentro do seu estomago - Mesmo não havendo rosas, taças com espumantes e um anel de prata com alguma pedra preciosa.

- Você quer essas coisas? - Lestat perguntou confuso.

- Não! - Louis puxou o braço do alfa quando ele tentou levantar - Eu estava brincando, é sério, eu não quero nada disso!

- Tem certeza?

- Oui! Vocês são mesmo literais? Eu vou ter que tomar cuidado com o que eu brinco.

- Não ma lune, você pode falar o que quiser. Mas também preciso que entenda que somos muito protetores, se eu achar que algo pode te machucar ou ser uma ameaça, eu vou acabar com isso no mesmo instante. Se alguém te magoar ou for grosseiro com você, se torna uma questão pessoal para mim.

- Então eu devia te apresentar meu professor de administração aplicada em gastronomia, acho que ele não gosta de mim, ce connard - o ômega riu, mas assim que viu a expressão facial do alfa, ele tampou a boca.

- Seu professor?

- Eu estou exagerando, ele sempre implica com alguns alunos e nesse semestre eu fui um dos "sortudos" - ele suspirou - eu não gosto muito da parte de administração.

- Se precisar de ajuda nessa matéria, me avise. Não entendo de gastronomia, mas entendo um pouco de administração.

- Merci - Louis sorriu, bebendo mais um pouco da sua bebida - no que você trabalha?

- Minha família tem algumas empresas, como nas famílias lúpus há uma regra estúpida que só um lúpus pode gerenciar empresas de lúpus, tive que assumir.

- Você manda em todo mundo? Que legal!

- Talvez - Lestat sorriu da empolgação do ômega, ele não ia acabar com a animação dizendo que, na verdade, ele passava boa parte do tempo se controlando para não matar ninguém - Heidi acaba tendo muito trabalho e eu confio completamente nas decisões dela, então no final eu só sou o cara que assina.

- Eu duvido que você seja "só o cara que assina", você é très autoritaire - Louis riu e Lestat levantou a sobrancelha - você é!

- Alguém está ficando muito ousado - o alfa o provocou, que riu, então ele se aproximou do ouvido do ômega - acho que quando chegarmos no nosso quarto, voou ter que te por na linha.

- Allez-vous?

- Oui, avec grand plaisir

O ômega tremeu e corou um pouco, porque sua mente viajou até a noite anterior e das palavras ditas pelo alfa sobre que faria com o ômega. Ele engoliu em seco e pegou seu copo, bebendo vários goles da sua bebida, o que fez o alfa rir.

- Está com tanta sede assim?

- Un peu... isso é muito bom, nunca tinha provado, o que é? - o desespero do ômega fez o alfa rir ainda mais.

- Pimm's, é uma bebida britânica, tem pouco teor alcoólico já que eu sei você não é muito resistente - Louis cerrou os olhos, o que Lestat achou fofo - e você não quis vinho.

- Não gosto muito - ele respondeu evasivo, Lestat entendeu que seu ômega não queria falar daquilo e não insistiu, mas era estranho. Louis tinha recusado vinho todas as vezes que lhe fora oferecido, mas se sua família tem um vinhedo, o normal seria ele estar familiarizado com a bebida e não a repudiar, como era o que parecia - você é britânico? Não tem sotaque.

- Sou, nasci em Londres, mas minha família morou por muitos anos nos Estados Unidos. Voltei para a Inglaterra quando já estava com quase dezesseis anos, depois passei muito tempo viajando e morando em outros países, só retornei a dois anos.

- Que legal, eu só sai da França duas vezes, uma vez para visitar a Itália com a minha tia e agora que vim para os Estados Unidos - Louis comentou.

- O que achou da Italia? - o alfa sabia que podia soar bobo, mas ele queria saber tudo sobre o seu ômega.

- Foi muito divertido, fomos de trem, quase seis horas de viagem. Passamos cinco dias, eu só conheci Roma e um dos dias fomos para Nápoles, queria ter ido para Viena, mas não dava, não tínhamos dinheiro suficiente. Mesmo assim a viagem foi muito legal, comi muito e minha tia me levou em um restaurante em Roma chamado "La casa dei lupi" foi um dos meus lugares favoritos!

- Foi? - Lestat escondeu o sorriso, porque ele conhecia esse lugar muito bem - Mais do que Coliseu ou o Panteão?

- Sim - Louis riu - pode parecer bobagem, mas eu amei aquele lugar  mais do que todos os outros, de cindo dias que passamos lá, eu devo ter ido uns três. Amei o lugar, a decoração, a comida... me fez me sentir acolhido.

- Ma lune, você sabe o que significa "La casa dei lupi"

- Não, eu não falo quase nada de italiano.

- Significa "A casa dos lobos", porque esse restaurante é da família Ferro.

- O lúpus que a Donatella falou - Louis disse espantado - por isso que tinha o desenho de um lobo na entrada?

- Sim, tudo que pertence ao código ou a quem serve o código, tem a marca do lobo. Mesmo nós, que seguimos, temos a tatuagem do lobo nas nossas costas.

- Eu vi enquanto você dormia - o ômega falou distraído e depois corou de vergonha, quando percebeu o que falou - pardon, continue.

- Aqui - Lestat entregou um cartão de visita para Louis. O cartão era preto e tinha Lionscurt Group escrito em azul metálico de um lado e o desenho de um lobo estilo tribal do outro - esse é o símbolo dos lúpus e só pode ser usado por nós.

- E se alguém que não for um lúpus fingir ser um de vocês?

- Essa pessoa é entregue a nós e a punimos - Lestat sorriu perigoso.

- Como?

- Depende da gravidade da situação. Enfim, você vai querer sobremesa? - o alfa achou melhor desconversar do que ter que explicar que já houvera casos dele mesmo ter quebrado vários ossos de um alfa e depois ter cortado sua língua por ter mentido ser um lúpus.

Após o jantar , eles resolveram caminhar um pouco por perto de casa. Lestat se divertia ouvindo histórias de Louis, para o ômega eram coisas bobas, mas eram importantes para o alfa. O lúpus não perdeu que as histórias que ômega contava envolvendo sua mãe o deixava emocionado, que as que tinham o irmão ou a tia eram divertidas, mas que ele evitava citar o pai.

- Mon Zeus - Louis exclamou espantado - estamos perto da Broadway!

- Sim, quando vim morar aqui até pensei em ir assistir alguns musicais, mas fui em apenas dois ou três - Lestat deu de ombros - podemos ir em qualquer um, quando você quiser.

- Qualquer um? Como eu poderia escolher um? - Louis olhava para os cartazes dos musicais admirado, ele nunca tinha ido ao teatro para ver um grande musical, então como ele poderia escolher qual ver?

- Ma lune, você não entendeu - o alfa riu o abraçando - podemos assistir quando você quiser, apenas fale qual.

- Mon lupe! - Louis pulou e abraçou Lestat com força - Você precisa parar de me mimar ou eu vou ficar mal acostumado.

- Você ainda não entendeu que é esse o objetivo - Lestat brincou e Louis ficou sem saber se era real ou não, mas ele estava se divertindo demais para pensar em outra coisa.



- Tem certeza? 

- Sim, olhe no closet - Lestat falou quando eles entraram no quarto, o ômega curioso foi procurar e o alfa riu quando ouviu o ômega exclamar "Mon Zeus".

- Minha dolmã está mesmo lá e sem manchas!

- Eu disse que entregariam hoje ainda, um dos empregados deve ter guardado ela e suas outras roupas - o alfa respondeu se sentando no sofá que ficava no quarto e ligando a televisão.

- Você tem empregados? - Louis se sentou a seu lado, cruzando as pernas, parecendo mais novo do que era - Eu não vi ninguém.

- Em algum momento você vai ver, eles que arrumam a casa e organizam as roupas - o alfa abraçou o ômega, enquanto procurava algum titulo no catálogo de filmes.

- Eles devem estar pensando que eu vou morar aqui, porque arrumaram um lugar no closet pra mim, agora eu tenho metade do espaço - Louis riu e Lestat sorriu de canto - Tinha bem mais roupas que achei, não percebi que peguei tantas coisas.

- Talvez signifique que você deva passar mais dias aqui - Lestat sugeriu e o ômega continuou rindo.

-  Parece que você quer me sequestrar - Louis o provocou, Lestat sorriu de canto e beijou o ômega, que respondeu prontamente.

Eles estavam deitados no sofá, Lestat por cima de Louis e se beijavam sem parar. Algum filme tinha começado a passar na televisão, mas eles não estavam se importando até que Louis ouviu a voz de Richard Gere e olhou para confuso para a tv.

- Pretty Womam? - o ômega perguntou espantado.

- Você disse que eu precisava assistir, então coloquei - Lestat respondeu, Louis sorriu abertamente e puxou o alfa, o beijando.

Mas quando o alfa estava se animando, o ômega acabou com o beijo e se ajeitou para assistir o filme, o que fez Lestat quase se arrepender da ideia. Ele se deitou atrás do seu ômega, o abraçando e assistindo o filme, ouvindo cada comentário animado que Louis fazia.

- Não é! - Louis insistiu depois que  filme acabou.

- Esse cara é um idiota, não é um alfa de verdade.

- Não fale do Edward! - Louis ria e bateu no ombro de Lestat.

- Ma lune, se alguém te destrata daquele jeito em uma loja, eu arrebento o lugar inteiro no dia seguinte. Se uma pessoa próxima, ainda mais alguém que trabalhe para mim, falasse qualquer coisa negativa sobre você, pagaria com sangue. E eu nunca, em hipótese nenhuma, te deixaria ir embora, ainda mais daquele jeito - ele enumerava os motivos de um jeito engraçado para Louis, o que fazia o ômega rir. Só que ele brincava tanto, que o ômega não tinha certeza se ele faria todas aquelas coisas ou não.

- Mas ele foi romântico no final, do jeito que foi atrás dela.

- Não precisaria ir atrás dela se não tivesse a deixado partir.

- Não estrague um dos filmes favoritos, é quase um contos de fadas moderno. Cendrillon!

- Isso porque eu nem comecei a falar da parte que...

- Non!

O ômega puxou o alfa e o beijou, Lestat riu porque sabia que aquilo era só para calá-lo, mas ele também não ia perder a chance. Ele abraçou Louis, trazendo seu corpo para mais perto e o beijava com vontade. Uma de suas mãos deslizou pela lateral do corpo do ômega,  chegando na sua coxa e a puxando, fazendo que ele colocasse a perna em volta da sua cintura.

- Mon lupe - Louis gemeu quando Lestat começou a beijar seu pescoço.

Lestat se afastou apenas o suficiente para puxar a camiseta do ômega, deslizando os dedos pelo corpo, arrepiando a pele clara. Ele se inclinou, tocando seus lábios na pele e beijando delicadamente. Os suspiros do ômega o fizeram sorrir, ele amava ouvir esse gemidos baixos.  Seus beijos subiram pelo abdômen até chegar no mamilos.

Sua língua circulou o mamilo de forma bem leve algumas vezes, então o lambeu realmente. Seus lábios se fecharam em volta e sugou com força, fazendo o ômega gemer de novo.  A outra mão foi até o outro mamilo e seus dedos o esfregaram. 

- Lestat... mon lupe... - Louis ofegou, ele tirou as costas do sofá, o que fez seus quadris se esfregarem e mordeu o lábio.

- O que eu falei que faria com você se você reprimisse seus gemidos novamente? - Lestat sussurrou no ouvido de Louis, que abriu os olhos na mesma hora.

- Mon Lupe...

- Não - o alfa o interrompeu - guarde seu folego, você vai precisar.

Ele se levantou e pegou Louis no colo, o carregando até a cama. Ele soltou o ômega no colchão e foi até o closet, Louis ficou quieto ali, apenas aguardando e sentindo seu coração disparado, Lestat voltou e sorriu maldoso ao ver a reação do ômega.

- Vamos brincar ma lune? - ele perguntou mostrando a venda e as algemas.


- Entre - Lestat falou em voz alta sem levantar os olhos da tela do seu computador.

- Lestat - Heidi entrou lendo em seu tablet - sua secretária me mandou sua agenda retificada.

- Certo, que bom que você veio me avisar que minha secretária cumpriu com sua função - o alfa bufou, ele desviou o olhar dos relatórios que revisava e olhou para ômega, a ponto de ver a amiga revirar os olhos. 

- Pare de ser ranzinza, estou falando sério. É impressão minha ou você mudou sua agenda para só trabalhar quando Louis está estagiando no restaurante?

- Foi exatamente isso que fiz - ele voltou a ler o documento e ficou irritado por ter que corrigir erros bobo.

- Você não pode trabalhar só quando seu ômega não estiver disponível.

- Engraçado, porque é exatamente o que vou fazer.

- Lestat, por Zeus.

- Por falar nisso, logo está chegando o Spring Break, vou viajar com Louis por uma semana, talvez mais, depende quanto tempo ele tenha de folga.

- Como? Você é o chefe de um grupo financeiro gigante, sem contar as outras empresas, não pode sair por mais de uma semana sem avisar antes.

- Como se alguém pudesse me dizer o que fazer - ele zombou - e eu estou te avisando com antecedência.

- Lestat - Heidi gemeu de irritação, porque não tinha o que fazer, quando Lestat decidia alguma coisa, nem se Hades ressurgisse do inferno, conseguiria obriga-lo a fazer outra coisa - vão para onde?

- França, ele está com saudade do irmão e da tia, assim eu aproveito e apresento minha mãe. Se ele tivesse mais tempo o levava para Holmes e o apresentaria para o conselho, mas não quero desperdiçar os poucos dias que teremos com pessoas irritantes.

- Vai visitar algum dos seus irmãos? - ela perguntou, mas ele a olhou de um jeito diabólico e ela levantou as mãos em sinal de paz - Calma, eu só perguntei. Só acho que talvez Louis queira conhecer toda a sua família, porque aposto que você nem contou que tem mais cinco irmãos - o alfa quase rosnou e ela suspirou - para o bem, ou para o mal, Oscar é seu irmão.

- Não considero.

- Lestat, você não considera ninguém da sua família, exceto sua mãe.

- E não vejo motivo para mudar isso - ele deu de ombros - tudo o que Oscar faz é me irritar com sua ladainha de ser "mais merecedor do que eu", mas foge toda vez que o desafio para ir à arena comigo.

- Talvez porque a arena é o ritual mais sangrento dos lúpus , que não usamos há muitos anos e todos sabem que ninguém pode te vencer em um luta dentro da arena? - ela sugeriu e ele deu de ombros de novo.

- Se ele sabe que não pode me vencer, porque me irrita tanto? Não é culpa minha se ele é um filho bastardo e não pode assumir o lugar que ele acha que tem direito, por causa das imbecilidades do meu pai. Eu já dei empresas para ele, só quero que me deixe em paz.

- O problema de Oscar não é o que ele tem, é o que ela acha que você tem. Ele sempre te viu como favorito e sente a necessidade de tomar o seu lugar.

- E eu entregaria a ele se pudesse, mas essas regras estúpidas não me deixam.

- Nem ferrando que eu deixaria você renunciar para aquele imbecil assumir! Lidar com você é difícil, mas eu não aguentaria aquele prepotente arrogante.

- Está dizendo que sou mais gentil? - Lestat a provocou.

- Gentil é uma palavra forte, aliás, a única pessoa na face da Terra que deve te achar gentil é o Louis. Aquele ômega está tão apaixonado que não vê o demônio que você realmente é.

- Você estava me elogiando há um minuto atrás.

- Não, eu estava ofendendo seu irmão, são coisas diferentes - ela sorriu - e como as coisas com Louis estão?

- Bem, eu fui sincero com ele e disse que estamos em relacionamento.

- A ideia de ir com calma foi pelo ralo junto da sua paciência, né?

- Mas eu fui com calma, ainda não disse que somos soulmates - Lestat se defendeu, como se aquilo fizesse todo o sentido.

- Que bom que você não jogou logo de cara que ele é sua alma gêmea destinada a ficarem juntos por toda a vida. Também, não sequestrou o garoto, o que já é um avanço - ela provocou, mas ele não respondeu - Não é? - de novo silêncio - Lestat, o que você fez?

- Nada de mais.

- Zeus - Heidi passou a mão pelo rosto, já se preparando - nunca é "nada demais" com você.

- Eu o cadastrei para que ele tenha acesso total ao nosso apartamento, ele só não sabe ainda.

- E?

- E estou transferindo pouco a pouco os pertences dele do dormitório, para o apartamento.

- Sem ele saber? Que beleza, e o que mais?

- O contrato com o dormitório se encerra no final do próximo mês.

- Aposto que ele nem faz ideia disso, né? - Heidi sorria de nervosismo

- Nenhuma.

- Eu até podia perguntar se você nem teve vergonha de falar que armou para o garoto, mas sei que  isso você nunca teve.

- Você não falaria isso se conhecesse o dormitório onde ele vive. Aquele lugar é horrível, não tem segurança nenhuma, infraestrutura precária e ele é obrigado a tomar banho em uma banheiro compartilhado - Lestat falava horrorizado só de lembrar.

- Lestat, Jake me contou, eu sei que é horrível, mas eles são estudantes, faz parte.

- Primeiro, não, não vou deixar meu ômega desprotegido em um lugar que qualquer um pode ter acesso a ele, ainda mais sabendo que podem tenta-lo usar para me atingir. Não irei vacilar com a proteção do meu ômega. Segundo, Jake? Qual é esse nível de intimidade?

- Não começa - ela bufou e isso o fez sorrir, porque ela só deu mais munição para o alfa.

- Fala de mim, mas passou o dia inteiro com ele e aposto que dormiram juntos noite passada, pois ainda consigo sentir o cheiro dele em você. Vocês estão juntos?

- Não seja emocionado, só ficamos uma vez.

- Por favor, vocês ficaram mais de vinte e quatro horas juntos. E dava para perceber pelo jeito que ele te olhava, naquele bar,  como estava deslumbrando com você.

- Nem todo mundo tem a sorte de encontrar seu soulmate - ela resmungou, já um pouco incerta do que dizia.

- Ele não é o seu soulmate, ou você está com medo de acontecer o mesmo que aconteceu com aquele outro?

- Não posso reclamar de Timothy, ele sempre foi sincero e é um ótimo pai para Magnus, as coisas só não deram certo entre a gente e está tudo bem. E nem tínhamos um relacionamento real, éramos mais amigos com benefícios do que outra coisa.

- Não ter um relacionamento não impede que você tenha tido sentimentos reais por ele e tenha se machucado quando ele encontrou a soulmate dele. Então talvez os sentimentos que você tenha por Jake sejam mais fortes do que você pretendia, mas prefere fingir que não.

Heidi suspirou, ela não queria admitir que aquilo realmente tinha ficado em sua cabeça o dia todo.

- Tudo isso para fugir do assunto?

- Não estou fugindo do assunto, Louis é e sempre será meu assunto favorito, mas eu me importo com você, mesmo que você ache que não. Eu te conheço melhor do que qualquer pessoa, eu sei como você está diferente e imagino o que está pensando. Você viveu uma situação dramática e seu coração foi quebrado,  eu te dei a opção de arrancar o coração dele, mas você não quis. 

- Ninguém tem culpa do que aconteceu - ela suspirou.

- Apenas te peço que não deixe o aconteceu no passado interferia no presente e futuro. Seus medos não podem te vencer e te impedir de ser feliz. Pode ser com Jake,  com qualquer outra pessoa ou com ninguém, não importa, não deixe que medo te consuma e te paralise.

- E se a pessoa fizer algo comigo, você faz algo com ela? - Heidi brincou e Lestat sorriu de canto.

- Apenas me fala a cor do laço, porque eu lhe entregarei um presente.

- Certo, já passou o momento - ela se levantou arrumando o cabelo e pronta para voltar ao trabalho - sabe, eu gostei muito do Louis, mais do que gosto de você.

- Isso não em surpreende - Lestat deu de ombros.

- Devo começar a preparar o casamento ou quer dar mais alguns dias para ele - ela o provocou e o alfa sorriu de canto.

- Já que voltou no assunto, preciso de te mostrar uma coisa - ele já estava sem o terno, que estava pendurado no encosto da cadeira, por isso afrouxou a gravata e a tirou. Depois abriu os primeiros botões da camisa.

- Por que, raios, você está tirando a roupa? Lestat, eu até gosto de você, mas nosso intimidade não chega a tanto.

- Não fale besteiras - ele abriu o suficiente para puxar a gola da camisa para o lado e deixar o pescoço a mostra - Olhe.

- O que... Meu Zeus! Ele te marcou? - ela perguntou abismada, se aproximando da pequena marca de mordida no pescoço do alfa - Ele tem ideia do que ele fez?

- Não, ele nem percebeu que é uma mordida real, deve ter pensado que era só uma marca que sairia com o tempo.

- Que plot twist foi esse? - Heidi acabou se sentando de novo - Louis te marcou! E pior, sem saber! Ele acabou de jurar ao código sem saber, praticamente noivou e se ele é um lúpus mesmo, já começou a desencadear as mudanças.

- Por isso a viagem é importante, poderei explicar melhor e com calma.

- Eu não acredito que passei horas te implorando para ir com calma e o garoto, na primeira noite, já liga a sua alma a dele! - Heidi exclamou revoltada.

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