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Capítulo 23


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— Finalizamos com uma reunião às 16hs — a assistente passava sua agenda enquanto ele entrava na sede da empresa.

Lestat revirou os olhos mentalmente, tinha acabado de deixar Louis na universidade e ido trabalhar, Danila estava do seu lado já lendo as notícias sobre o caso do professor. Apesar de Heidi já ter notificado que aquilo era um caso que envolvia os lúpus, por isso deveria ser decidido por eles, Danila estava enviando a documentação para que o caso fosse encerrado.

— Você tinha que matar justo um professor conhecido, que também era um chef conceituado? — Danila resmungou, lendo os relatórios.

— Ele bateu em ma lune, o que queria que eu fizesse? Um café? — Lestat resmungou enquanto eles saiam do elevador.

— Bateu no rosto de Louis e você só deu dezoito facadas? Aconteceu alguma coisa para estar tão controlado?

Ma lune estava assistindo, não o quero exposto as violências exageradas e sabemos como tenho tendências a exagerar — o loiro deu de ombros. — E tinham um avião para pegar.

— A desculpa do avião até entendo, mas não "expor a violências exageradas"? Ele vai se casar com você, não vai ter como fugir. E é seu soulmate, então, por mais que tenha esse carinha angelical, deve ter algum animal perigoso ali dentro.

— Como? — Lestat o olhou de canto.

— Sabe que estou falando a verdade, não tem como vocês serem tão perfeitos um para o outro e não ter uma veia homicida naquele ômega. E, também, não tem como protegê-lo de ser exposto a violência. Você é o executor dos lúpus.

— Começarei a treiná-lo essa semana. Temos feito corridas e expliquei muita coisa, mas ma lune precisa se preparar.

— É como Sergio sempre diz, melhor estar preparado e ficar entediado porque nada aconteceu, do que não se preparar e se arrepender — Danila disse com a mão no ombro do amigo. — Mas como estará muito ocupado, eu faço esse favor a você e passo os próximos dias com seu soulmate, o ensinado a lutar e...

— Não se atreva a chegar perto dele — Lestat rosnou.

— Não seja mal-agradecido, estou te fazendo um favor — Danila desviou do soco de Lestat. — Estarei na sala de Heidi, se precisar de mim. Se não melhorar esse humor não te levo para almoçar.

— Vou comer seu fígado.

— Bom humor matinal, é tudo que eu precisava para começar bem a semana — Heidi sorriu, chegando com seu café. — Venha Danila, não quero que manchem o corredor de sangue.

Lestat revirou os olhos e seguiu pelo corredor, sua ala era última e tinha a placa com os dizeres "Lestat L. Lioncourt - Chief Executive Officer". Ele achava aquilo ridículo, mas era o padrão. Sua secretária, que já tinha chegado a sua mesa naquele momento, o olhava com olhos arregalados.

— O que foi? — perguntou a ela.

— Eu não sabia, senhor — respondeu em voz baixa. — Quando cheguei ele já estava aqui e não pude fazer nada.

O loiro não precisou perguntar sobre quem ela estava falando, porque sentiu o cheiro assim que abriu a porta de seu escritório. Ele estava ali de pé, no meio de sua sala, obviamente esperando por ele.

Quase tão alto quanto Lestat, do mesmo jeito que eram parecidos, eram muito diferentes. Enquanto o cabelo loiro platinado de Lestat era comprido e liso, o do outro alfa era curto, levemente ondulado e de um tom dourado. Assim, como sua barba cheia, que era sempre bem cortada e alinhada. Os olhos de Lestat eram de um tom azul pálido, quase gelo, já do outro alfa eram azuis escuros.

— O que está fazendo aqui, Oscar?

— Falei que queria conversar com você — o outro respondeu.

— E eu te disse que não — Lestat falou olhando nos olhos do irmão mais novo. — Vá embora.

— Por que não podemos conversar?

— Você sabe o motivo, qualquer tentativa acabou quando se aliou a Armand.

— Isso faz anos, não pode esquecer? — Oscar revirou os olhos.

— Não, é uma coisa lúpus isso de nunca esquecer. Não perdoamos nunca, deveria saber. Agora saia daqui.

— Também sou um Lioncourt.

— Azar o seu, também lamento esse fato quase todos os dias. Quer que eu chame a segurança ou me dará o prazer de te chutar para fora?

— Não faça isso.

— Estou sendo muito mais gentil do que você merece.

— Não entende como foi para mim? Cresci a sua sombra, você sempre foi o filho perfeito, o herdeiro de tudo, sucessor do nosso pai.

— Seu pai — Lestat o corrigiu. — Ter parte do código genético de Armand é apenas uma infelicidade do destino, mas ele nunca foi meu pai. E não é minha culpa eu ser puro ou que você tenha rastejado a vida toda pela aprovação daquele infeliz. Quando te dei uma chance, você me traiu.

— Você nunca me deu uma chance de verdade, já tinha seus dois irmãos com você, não precisava de mim — Oscar respondeu com desprezo.

— Tinha? — Lestat soltou uma risada enquanto enchia seu copo de uísque. — Não sabe mais conjugar verbos, irmãozinho? Não é "tinha", no passado. É tenho, no presente. Porque Tiziano e Danila, mesmo sendo os idiotas de sempre, são minha verdadeira família. Nós possuímos um conceito de lealdade que você nunca entenderia. Fale mais uma palavra sobre eles e farei com você o que deveria ter feito anos atrás.

— Não estou atrás de brigas.

— Não seria uma briga, Danila chamaria de assassinato, eu de limpeza, Tiziano de diversão — Lestat sorriu frio e tomou um gole de sua bebida. — Saia daqui.

— Nossos irmãos souberam que você tem um soulmate e que já o apresentou ao conselho — Oscar disse. O sorriso de Lestat morreu e seus olhos brilharam perigosos. — Lestat, sei o que fiz, sei que por minha causa nosso... sei que Armand te machucou daquele jeito. Hoje entendo que estava tentando tanto ter a aprovação dele, que não entendi o quanto estava te prejudicando.

— Prejudicar? É assim que se chama duas semanas internado no hospital e mais quatro sem conseguir andar direito, usando muletas e precisando de ajuda até para me alimentar?

— Não achei que as coisas chegariam nesse nível, ele me disse que era apenas uma forma de te castigar — Oscar respondeu exasperado.

— Neguei um casamento arranjado, iria embora e confiei em você. Todos me diziam que deveria te dar uma chance e te dei, te protegi e como mostra sua gratidão? Estava apenas me espionando, passando tudo para Armand. Ele armou uma emboscada, me fazendo parecer culpado por algo que não fiz e ninguém me defendeu. Os únicos que vieram ao meu auxílio foram os Ferro. Sergio, literalmente, teve que me carregar para fora daqui. Juliana e minha mãe tinham que me dar banho. Se eu não fosse um lúpus, teria morrido. E agora quer compaixão?

— Eu tinha catorze anos!

— E eu dezessete, isso impediu alguém?

Os dois se encararam no escritório, Lestat estava com o copo na mão e encarava o meio-irmão. Oscar estava com o corpo rígido, olhando de volta, mas sabia que se Lestat o atacasse, não duraria muito.

— O único momento que teve minha atenção foi quando falou de meu soulmate, termine de contar ou vá embora — Lestat pronunciou em voz baixa e perigosa.

— Você não estava lá quando foi lido os termos do testamento de Armand, mas ele deixou todo o controle para o filho puro.

— Sim, por isso estou preso nessa merda — falou terminando de beber o líquido no seu copo.

— Mas ninguém te contou a outra parte, não é? E duvido que tenha se interessado em ir atrás — quando Oscar disse isso, Lestat se voltou para o meio-irmão.

— Não tem outra parte, os advogados dos Lioncourt me enviaram a cópia do testamento.

— Não, a pedido de nossos irmãos, a última parte foi retirada — Oscar indicou um envelope branco com o símbolo dos Lioncourt, que estava sobre a mesa de Lestat. — Vincent me deu uma cópia logo após o falecimento de Armand.

Lestat deixou o copo sobre a mesa e pegou o envelope, o abrindo rapidamente. Ele lia concentrado, não acreditando naquilo.

— Aqui diz que se eu não me casar antes dos trinta anos com um ômega lúpus, haverá uma redistribuição das ações da família — o loiro falava enquanto ainda lia. — Você se tornaria o principal acionista. Eu teria apenas 5% de tudo, enquanto Vincent, Sandrine e Octavia passariam a ter 15% cada um e você ficaria com 35%. Eu ainda estaria preso aqui, mas à mercê de vocês.

— Sim, mas se você se casar com um lúpus, tudo muda — Oscar explicou suspirando. — Hoje cada um deles tem 5%, isso cairia pela metade, então os quatro juntos teriam apenas 10% de tudo. Hoje eu tenho 30%, mas cairia para 25% e você manteria seus 50%.

— E os 15% que faltam? — Lesta perguntou desconfiado, sabendo aonde aquilo ia.

— Fica para seu soulmate. Ele terá 15% de todo o patrimônio dos Lioncourt, todos os títulos, será nosso ômega líder e todas as jóias e heranças da família são dele — Oscar explicou.

— Armand fez isso como uma última tentativa de me dobrar as suas vontades, mas meus irmãozinhos esconderam de mim esperando que eu não encontrasse meu soulmate e não me casasse — Lestat disse em voz baixa, mas furiosa.

— Você apresentou seu soulmate e frustrou os planos. Não são só os nossos irmãos que estão preocupados, todo o clã Lioncourt está aflito. Há muito dinheiro envolvido, tanto que nem faço a ideia do total.

— E o que você ganha com isso? Me contando, posso adiantar meu casamento e acabar com esse acordo, ainda diminuirá o que você ganha.

— Conheci uma ômega, May. Ela é incrível e tem me ajudado a entender muita coisa. Sinto que ela é minha soulmate e ela me fez entender toda essa merda — Oscar suspirou.

— Que lindo, sejam felizes e não me mandem convite para o casamento — Lestat respondeu mandando uma mensagem no celular.

— Nunca teremos uma relação, não é?

— Eu diria que não, mas acredito que nossa relação tenha sido quebrada quando você me traiu e Armand quebrou meu fêmur.

Nesse momento a porta foi aberta, Danila estava mexendo no celular. Ele estava alheio ao que estava acontecendo, parecia entretido em alguma conversa.

— O que era de tão urgente... já entendi — o russo disse ao se deparar com Oscar.

— Sinto muito se perdeu tanto tempo tentando ser um Lionscurt e só agora percebeu que eles nunca nos quiseram. Mas já tenho minha própria família há anos — Lestat disse para o mais novo, que baixou o olhar. Então se virou para Danila e entregou o documento. — Leia isso.

— Esse é o testamento de Armand? — Danila perguntou confuso. — Não faz sentido, já lemos, Sergio tem uma cópia na casa dele.

— Pelo visto, não inteiro — Lestat revirou os olhos. — Meus irmãozinhos acharam que era de bom tom tentar me enganar para garantir mais dinheiro. Tem como desfazer?

— Sinceramente? Eu duvido, é um acordo lúpus, tem até assinaturas de conselheiros e testemunhas. O acordo foi selado pelo Alfa Irons e tem o carimbo de Desmond Styles.

— Depois esses imbecis me perguntam qual meu problema com eles — o loiro negou com a cabeça.

— Vou mandar uma cópia para Sergio, talvez ele saiba como desfazer ou adiar, pelo menos.

— Não, se fizer isso, ele contará a Tiziano. Não vou estragar a lua de mel de Victor.

— Acho melhor você mesmo contar para Tiziano. Se ele descobrir que tinha algo assim acontecendo e não foi avisado, vai passar anos te enchendo.

— Que seja — Lestat bufou. Enquanto Danila tirava fotos dos documentos e enviava para a Itália, o loiro se virou para Oscar. — Por que veio me contar agora? Não venha com essa história de soulmate, o que realmente houve?

— Mathias me procurou, ele tem conversado com nossos irmãos e cunhados desde que soube que você apresentou um ômega para o conselho. Estão com medo de que você resolva se casar logo e me propôs um acordo. Querem que entre com algum tipo de revisão, que travemos outra batalha por bens.

— Como você fez antes — Lestat respondeu e Oscar desviou o olhar, mas concordou com a cabeça. — Eles querem ganhar tempo, são menos de dois anos até o fim do prazo. O problema é que esse testamento estúpido acabou de colocar um alvo gigante nas costas do meu ômega.

— Por isso vim te contar, não sei se eles teriam coragem de fazer algo, mas você precisava saber.

— Devo ficar agradecido por guardar esse segredo por dois anos e ter me impedido de me preparar?

— Não é isso. Sei que falhei com você, mas estou tentando fazer o certo — Oscar disse exasperado. — Eu não conseguiria viver sem May, então pensei em como seria para você se fizerem algo contra seu ômega.

— Como seria para mim? — Lestat riu sem humor. — Se qualquer um ousar tocar em um fio de cabelo de Louis, não me importo com quem seja, arrancarei a pele pedaço por pedaço.

— Quem além dos seus irmãos sabe disso? — Danila perguntou.

— Não sei, alguns primos de nosso pai. Realmente não sei — Oscar respondeu.

— Ótimo, qualquer abutre que depende do dinheiro dos Lioncourt — Lestat passou a mão pelo rosto. — Se qualquer um dos meus inimigos souber disso, ma lune estará em risco.

— Sergio irá verificar se tem como dissolver esse acordo, mas ele também acha que não é possível — o russo falou lendo a mensagem que tinha recebido. — Pelo que entendi, até os fundos que vão para a família Lioncourt estarão na mão de Louis, ele pode zerar tudo que eles recebem.

— Merda — Lestat exclamou, jogando copo de vidro contra a parede.

— Tiziano está ligando — Danila avisou, atendendo a vídeo chamada.

— Meu primeiro dia em lua de mel, cane pazzo, PRIMEIRO DIA! — o italiano exclamou revoltado. Ele estava deitado em uma esteira, à beira da piscina de um resort. — Não posso ter folga nem na minha lua de mel?

— Foi por isso que disse para Danila não te avisar — o loiro revirou os olhos.

— Não me avisar? Non esiste! — Tiziano bufou revoltado. — Vou ficar uma semana aqui, depois irei para Nova York passar o resto do tempo com vocês. Tentem não se envolver em nada até eu chegar. E, cane pazzo, é você que vai pagar minha segunda lua de mel.

— Quero ir para Tailândia — Victor disse por trás do celular, provavelmente deitado com o marido.

— Por que eu tenho que pagar se nem quero você aqui? — Lestat reclamou. — De Victor tudo bem, Tiziano que vá nadando atrás do avião.

— Assim que chegarmos em Nova York, marco com Louis nossa viagem para Tailândia — Victor sorriu, aparecendo na chamada.

— Não quero nem saber, vou junto — Danila avisou e Lestat revirou os olhos de novo.

— Estava lendo o que mandaram — Tiziano interrompeu a possível próxima discussão. — Ninguém pode dizer que Armand tinha preferidos, ele fodeu todo mundo por igual.

— Nem me fale — Oscar resmungou. Danila e Lestat o olharam, só então lembrando que o outro alfa ainda estava lá.

— Quem está aí? — Tiziano perguntou curioso.

— Oscar — o russo respondeu.

— Oscar? O Oscar lambedor de bola, sugador de almas, traidor, cópia fajuta de Lestat? Esse? — o italiano insistiu, então Danila virou o celular e Tiziano o viu. — Olha, é ele mesmo. Oi.

— Zeus — Victor bufou, negando com a cabeça e saiu da visão deles.

— Olá — Oscar respondeu com desgosto.

— O que faço? — Lestat interrompeu Tiziano, que já estava pronto para responder o outro Lioncourt.

— Marque o casamento o quanto antes, aproveite que estamos indo aí semana que vem, sua mãe e Danila já estão, aviso meus pais, chama seu afilhado e case. Quanto mais cedo, melhor — Tiziano o avisou. — Louis agora está com um grande e chamativo alvo nas costas, quanto mais demorar para casa, pior.

— Você já o apresentou ao conselho e já moram juntos, tecnicamente estão casados — Danila o lembrou.

— Não queria que as coisas fossem assim, ma lune merecia ter a festa dos sonhos — Lestat suspirou.

— Ele é tão apaixonado por você, que aceitaria qualquer coisa — o italiano comentou fazendo um sinal para o garçom. — Se fizer um casamento surpresa, ele ainda vai achar lindo.

— Não esqueça de chamar o irmão e a tia — Victor disse aparecendo de novo. — Isso é muito importante para ele.

— Falarei com ma lune hoje mesmo, mas preciso de ajuda para mantê-lo a salvo até resolvermos isso.

— Vim para aproveitar minhas férias te enchendo o saco, já chego tendo trabalho para fazer e servir de guarda costas — Danila negou com a cabeça. — Nem nas minhas férias vocês me dão paz.

— Foi passar as férias com o cane pazzo, esperava o que? — Tiziano provocou bebendo seu drink colorido. — Vai visitar o diabo e não quer passear pelo inferno?

— Lestat, precisamos ir para a universidade... o que está acontecendo e o que ele está fazendo aqui? — Heidi perguntou vendo Oscar sentado no sofá do escritório.

— Ele ainda está aí? — Tiziano perguntou.

— O que houve na universidade? — Lestat falou com Heidi, que ainda estava confusa.

— Jordan me ligou, parece que o coordenador está com a polícia e estão interrogando Louis e Matteo sem um advogado.

— Hoje é o dia que cometo uma chacina — Lestat disse irritado, já saindo do escritório.

— Vou avisar a secretária para cancelar os compromissos dele — Heidi comentou. — Encontro vocês lá

— Para quê férias, não? — Danila suspirou, já andando atrás do amigo.

— Não desligue! Quero saber o que vai acontecer! — Tiziano gritou.

— Lestat — Oscar correu atrás do meio irmão —, eu posso ajudar. Se precisar de alguém proteger seu ômega ou...

— Preste bem atenção — Lestat parou, se virando para o mais novo —, agradeço por me contar a verdade, mesmo vindo atrasado. Mas se chegar perto do meu soulmate, te matarei. Não chegue perto dele. Se qualquer Lioncourt que não seja minha mãe, chegar perto do meu ômega, essa família inteira deixará de existir.



Louis, Matteo e Tristan estavam sentados na sala da coordenação. O reitor, o coordenador do curso e um professor estavam em um canto, na frente dois policiais faziam perguntas. Um dos policiais andava ao redor, fazia cara de desgosto e era rude, ele era o policial mau. O outro estava sentado e se fingia de compreensivo, era calmo e mostrava falsa empatia, além de manter um tom de voz calmo, era o policial bom.

— Que merda — Matteo suspirou. — Nos tiraram da aula por isso?

— É tudo culpa minha, me perdoem — Tristan chorava.

Non, non é sua culpa. Ninguém tem culpa do que aconteceu — Louis fez carinho em suas costas.

— Tecnicamente, seu alfa tem — o italiano comentou e o amigo o olhou feio. — Eu disse "tecnicamente".

— Só estamos aqui para entender o que aconteceu — o policial bom falou.

— Nós já dissemos, o professor Whedon era um babaca abusivo, ele estava abusando psicologicamente Tristan e o coagindo a estar com ele. Nós tentamos ajudar, Whedon e Louis entraram em uma briga física, o professor imbecil deu um soco no meu amigo, o alfa dele viu e deu nisso — Matteo imitou alguém esfaqueando. — Só que o alfa de Louis é um lúpus, então não sei por que ainda estamos aqui.

— Um professor foi brutalmente assassinado e não entendem por que estamos aqui? — o policial mal desdenhou.

Oui — Louis respondeu confuso.

— Lestat de Lioncourt, se quiser eu passo o telefone dele. Liguem para ele, certeza de que ele vai comer o cu de todo mundo, mas pelo menos falem direto com ele — Matteo suspirou, encostando a cabeça na parede.

Mon loup tinha reuniões hoje, deve estar ocupado — Louis disse triste. Ele não queria atrapalhar o namorado.

— Ele matou, ele resolve com a polícia — Matteo bufou. — Era para estarmos na aula de confeitaria, mal tomei café da manhã por isso.

— Sinto muito — Tristan murmurou, lágrimas ainda rolavam.

— Whedon foi o único culpado — Louis garantiu, segurando a mão de Tristan.

— Chega disso — o policial mau gritou, batendo na mesa e assustando os três. — Contem a verdade de uma vez!

— Já falamos — Louis insistiu. — Jordan e mon loup estava lá, eles vão confirmar.

— Querem mesmo que acreditamos que um professor com doutorado e conhecido no ramo estava "obrigando" — ele fez aspas como dedo — um aluno, que nem tem onde cair morto, a ficar com ele? E que esse professor foi morto por lúpus importante porque deu um tapinha no rosto do namoradinho?

Oui — Louis suspirou. Ele não gostou de ser chamado de "namoradinho".

— Vocês têm que concordar que isso não faz sentido — o policial bom cruzou os braços, tentando usar um tom paternal. — Foi um assassinato brutal demais para uma razão tão fraca.

— Abuso emocional e físico não é razão forte? — o ômega perguntou revoltado.

— Sim, mas, de acordo com vocês, esse professor, supostamente, apenas o acertou de leve na boca. Nem inchou ou tem marca. E está dizendo que um lúpus importante, com empresas no mundo inteiro, mataria brutalmente alguém por isso?

— Caramba, vocês não o conhecem mesmo, né? — Matteo perguntou.

— Já chega, ou dizem a verdade ou todos estão presos! — o policial mau gritou.

Tristan voltou a chorar, era tanto que parecia convulsionar. Louis tentava acalmá-lo, mas o policial continuava a gritar. O reitor da universidade tentou interferir, discutia com o os policiais, falava que aquilo era inaceitável e que os três não seriam presos e a confusão só aumentava.

— Que droga, eu não fico bem de laranja — Matteo negou com a cabeça.

A porta dupla da coordenação foi aberta com força, a ponto de as duas partes baterem contra a parede. Todos olharam espantados, exceto Louis que sorria.

— Se tivesse aberto quando ele mandou, evitaria isso — Danila falou para o policial que tinha ficado do outro lado da porta trancada para impedir a passagem de qualquer um.

Ma lune — Lestat foi direto para seu soulmate, que se levantou e o abraçou. — Como está? Fizeram algo com você?

— Matteo, está tudo bem? — Jordan perguntou, chegando até o namorado.

— Não, nada está bem — o italiano bufou.

— Eles ficam perguntando sobre a morte do professor Whedon, nós já respondemos, mas eles não acreditam em nós — Louis respondeu ao seu alfa.

— Eu cuido disso — o lúpus beijou a testa do soulmate.

— Vocês não podem entrar aqui! — o policial mau gritou com eles.

— Calma — Danila entrou na frente de Lestat, então se virou para os policiais. — Vocês isolaram três alunos e começaram a interrogá-los sem um advogado presente, isso já foi contra suas leis. Dois desses alunos são lúpus, um é o companheiro de um lúpus puro, entendem que além de desobedecerem a suas regras, quebraram as nossas?

— Não era um interrogatório, era mais uma conversa — o policial bom tentou intervir, usando seu jeito apaziguador.

— Não pareceu — Matteo resmungou.

— Eles disseram que Lestat de Lionscurt assassinou um professor — o policial mau disse triunfante, como se fosse uma grande revelação.

— Eu sou Lestat de Lionscurt, vocês são idiotas?

— Você? — os dois policiais se encararam surpresos e Danila negou com a cabeça. — Entende que eles colocaram a culpa em você, não é?

— Mas eu matei o professor, foram dezoito facadas naquele laboratório — o loiro revirou os olhos. — Querem que eu pague a limpeza ou compre um novo jogo de facas? Porque se é isso, era só ter avisado.

— Está confessando o assassinato do professor?

— Confessando? Dilacerei o fígado e o baço dele, perfurei o estômago, cólon transversal e ascendente, pâncreas e um pulmão. Não atingi o coração porque queria que ele morresse devagar, se afogando em sangue e dor. Também o estrangulei com uma das minhas mãos. Isso serve como confissão ou querem uma demonstração prática?

Ficou-se um silêncio na sala, todos olhavam para o loiro, que estava furioso.

— Sabe, vocês escolheram um péssimo dia para acuar o namorado dele — Danila comentou. — Esse interrogatório acaba aqui, a documentação sobre esse caso ser de responsabilidade dos lúpus já foi enviada. Qualquer nova palavra sobre isso será considerada importunação. Os lúpus tem o direito de resolver suas pendências de acordo com suas próprias regras, foi o que aconteceu.

— E quem julga isso, o que é certo ou errado nesses casos — um dos policiais insistiu. Os dois tinham abandonado seus personagens, agora só insistiam em ter um culpado.

— Para os lúpus, sangue derramado se paga com sangue — Lestat disse do modo frio, encarando o policial. — Mas como nunca falamos sobre quantidade, fica a nosso critério. Aquele professor tirou gotas de sangue do meu soulmate, então o fiz sangrar até a morte.

— Mas... mas...

— Na nossa sociedade tem o Executor, o lúpus responsável porque todas as punições sejam cumpridas. Basicamente, quem decide como e quando matar quem quebra nossas regras. E, para o azar daquela desonra para os professores, e para vocês, eu sou o Executor dos lúpus. Então, a menos que queiram o mesmo destino, não cruzem nosso caminho novamente.

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