Capítulo 19
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— Então ele socou o tal alfa? — Matteo perguntou.
— Oui, o alfa foi direto para o chão — Louis concordou com a cabeça.
— Os dois? — Jake também perguntou.
— O segundo foi pior, Tiziano e Danila tiraram mon loup de cima dele, senão eu não sei o que teria acontecido. Eles dizem que não, mas acho que os dois só fingiram que demoraram para segurar mon loup, para dar tempo de ele socar e chutar aquele alfa.
— Se são os melhores amigos, praticamente irmãos do seu alfa, já sabemos que falta aquele negócio chamado sanidade — o beta deu de ombros
— Heidi disse que ficou triste por ter perdido o barraco, mas feliz porque não fomos e não sobrou mais trabalho para ela — Jake comentou.
A aula estava acabando e eles estavam limpando a bancada, Louis de um lado e Jake e Matteo do outro. Era segunda-feira pós apresentação do conselho e o ômega estava informando aos amigos tudo o que tinha acontecido. A aula do dia seguinte foi adiantada para a segunda, então eles teriam aula e depois ainda teriam que cumprir as horas de estágio no restaurante.
— Eu vou ter que ser apresentado também? — o italiano perguntou.
— Nós dois e Jordan e, ao contrário do Louis que só por ter a marca já valeu como juramento, ainda vamos ter que jurar lealdade ao Lestat, já que, teoricamente, seremos ligados aos Lions — Jake explicou, era engraçado que ele antes ele não sabia nada sobre os lúpus, mas por causa de Heidi, agora parecia mais informado que Louis.
— Que ótimo, vamos jurar lealdade justo ao psicopata — Matteo suspirou.
— Mon Loup não é psicopata! E Tiziano disse que ia ligar para Heidi e oferecer que vocês dois fossem para a família dele. Mon loup respondeu que se ele tentasse, iria enfiar o celular em uma certa parte do corpo dele — o ômega deu de ombros.
— Tiziano parece legal, mas todos os italianos são ótimos — o beta se fez de convencido.
— Eu falei de você para ele e ele disse que acha que você vai se dar muito bem com o primo dele, Gigio, que vocês são bem parecidos — Louis terminou de limpar a sua parte e começou a guardar tudo. — E como você está com a Heidi?
— Sabia que eles evoluíram o relacionamento? Jake ficou de babá do baby esse final de semana — Matteo provocou.
— O que houve? — o ômega perguntou curioso, Jake já estava corado.
— Heidi tinha umas reuniões muito importantes no sábado e ia demorar para voltar. Uma hora depois que ela saiu, o pai do bebê surgiu no apartamento com o Magnus, disse que surgiu uma emergência e que não ia ficar com o bebê. Ele simplesmente deixou comigo e foi embora, ele nunca tinha me visto na vida e nem sabia quem eu era.
— Mon Zeus — Louis arregalou os olhos — Ela deve ter ficado muito brava.
— Ficou mesmo, ele não avisou, só deixou o bebê e saiu. Ela só soube do que aconteceu porque eu liguei para ela. Mas eu disse que me virava, que não era para ela largar o trabalho, porque eu cuidava do Magnus. Ela ficou indecisa, mas acabou aceitando — o alfa deu de ombros.
— Vamos falar sobre Jake ter dormido no apartamento da Heidi e que iria passar o dia inteiro lá esperando por ela? Não? Ok, comentamos disso depois — Matteo provocou e Jake revirou os olhos — Vocês passam o tempo inteiro que podem um com o outro, por que não moram juntos de uma vez? Eu moro com Jordan e Louis foi sequestrado na primeira noite.
— Não fui sequestrado — o ômega reclamou com as mãos na cintura, mas os dois amigos olharam com deboche para ele.
— Heidi queria ir com muita calma, eu gosto pra caramba dela e por mim já estávamos namorando no primeiro final de semana. Mas o ex magoou muito e ainda tinha um bebê na história. Antes desse final de semana eu só tinha visto o Magnus três vezes, mas foi a primeira vez que realmente interagi com ele.
— E olha agora, até fizeram cookies juntos — Matteo brincou.
— Que fofo, queria ter visto — Louis sorriu.
— Ele é bem tranquilo e gosta muito de coisas coloridas, então fizemos cookies de confeitos coloridos, ele gostou muito — o alfa contava.
— Ele é um bebê, você juntou chocolate e cores, é obvio que ele ia amar — Matteo riu — mas foi fofa a sua atitude.
— Você já tinha cuidado de crianças?
— Eu tenho irmãos mais novos por parte de pai e ajudei minha tia com meus primos algumas vezes, mas foi a primeira vez que fiquei sozinho com um bebê. Tive que procurar uns vídeos no youtube sobre como trocar fralda ou fazer mamadeira. A parte da fralda foi nojenta — ele fez careta.
— Muitos betas podem engravidar, mas eu não posso, me sinto péssimo por isso nesses momentos — o beta fez um cara de falso pesar e os amigos riram.
— Eu quero ter filhotes um dia, não agora, mas gostaria de ter — Louis deu de ombros.
— Espero que puxem você, porque se puxarem seu alfa... — Matteo negou com a cabeça.
— Oi Louis — Donna, a amiga alfa italiana chegou perto deles — só consegui terminar as coisas agora, você disse que queria falar comigo.
— Oui, nós vamos para Roma nesse final de semana — ele sorriu.
— Verdade, você pode levar os presentes para a minha família? Eu deixei meu papa avisado, ele pode buscar no hotel de vocês.
— Gata, você não entendeu — Matteo riu e ela olhou confusa.
— Eu falei com Tiziano de você, que você queria trabalhar com ele, ele me disse para te levar esse final de semana e te apresentar a eles — o ômega explicava com calma, a alfa parecia entrar em estado de choque — Você pode fazer um tempo de experiencia em um dos restaurantes dele.
— Você falou? Como assim?
— Mas eu disse que você sempre quis abrir um negócio próprio, então ele disse que se tiver alguma ideia, pode levar para ele e... — ele foi interrompida quando a alfa o abraçou com força.
— Grazie! Grazie Louis!
— Gata, melhor se afastar, se não é capaz de perder tudo o que conseguiu — Matteo brincou e Jake concordou.
— Claro... sim... eu nem consigo acreditar nisso! — Ela sorria — Mas vocês vão esse final de semana, eu preciso de dinheiro, tenho algumas economias, vou pedir ajuda para o papa, mas eu vou dar um jeito, eu prometo!
— Calma, você está andando com a primeira classe agora, que no caso são eles, porque eu também não tenho um puto no bolso — o beta sorriu.
— Louis eu entendo, mas eu? — Jake perguntou.
— Quieto sugar baby, o papo é entre os pobres do grupo — Matteo falou e o alfa revirou os olhos.
— Ignore eles — Louis suspirou — nós vamos partir na quinta, logo depois da última aula, iremos direto da universidade, por isso é melhor trazer a sua mala. Saímos de lá no domingo a noite, então serão só três dias. Mon loup nos busca aqui e vamos para a Itália no jatinho da empresa.
— Jatinho? Sinto que subi de nível — Donna riu — Vou precisar pagar algo? Porque eu preciso sabe o valor adiantado.
— Tudo na faixa — Matteo garantiu — pelo menos para gente.
— Só sua mala e seus documentos, mas acho que pode levar sua dólmã. Pelo que entendi vamos conhecer a cozinha de um dos restaurantes, então é bom estar preparada.
— Louis, eu não sei como te agradecer! — ela sorria feliz.
— Na verdade, mon loup que está nos levando.
— Se eu não tivesse tanto medo dele, eu o agradeceria.
— Não precisa ter medo, mon loup é bem tranquilo — Louis garantiu, mas Jake e Matteo negaram por trás dele.
— Bem, melhor irmos se não o nosso supervisor vai encher o saco — Jake comentou.
— Sei que precisamos fazer o estágio, mas não vejo a hora de poder parar com isso — Matteo suspirou quando eles estavam no estacionamento indo para o carro de Jake.
— Não quer ter um restaurante? — o alfa perguntou.
— Só porque Louis está me obrigando a colocar em prática o plano C — o beta suspirou dramaticamente — mas estudar para pós e fazer estágio com um supervisor abusivo que fica gritando o tempo todo é bem cansativo. Já temos que lidar com muita coisa, ter um chefe tóxico não ajuda.
— Eu nem falo dele para mon loup porque vocês sabem — Louis deu se ombros — mas o professor Whedon me dá calafrios, não gosto do jeito que ele olha para a gente.
— Whedon? — Jake perguntou confuso — Ele é tão legal, muita gente gosta dele.
— Tem coisas que só pessoas que já passaram por abusos reparam — Matteo explicou — Sem ofensas, mas alfas não passam pelas mesmas coisas que betas e, principalmente, ômegas. Então, se um ômega diz que não gosta de um alfa, apenas fique longe.
— Tudo bem, eu vou reparar mais — o alfa respondeu. Desde o primeiro dia de aulas, quando conheceu Louis e Matteo, ele cuidava e protegia os dois, então não iria discutir.
— Tristan pediu carona, mas não apareceu ainda — Matteo reclamou mexendo no celular.
— Ele anda bem? Faz umas semanas que ele parece triste — Louis comentou, ele estava falando com Lestat por mensagens.
No momento o alfa estava reclamando que Heidi o fez se trancar na sua sala, porque o alfa estava perdendo a paciência com alguns acionistas. O loiro estava chateado por não ter tido essa ideia antes, assim evitaria muitas reuniões desagradáveis.
— Mon Loup concorda com você Matteo, ele disse que esse estágio está nos atrapalhando — o ômega disse rindo.
— É esse estágio que está mantendo a sanidade da Heidi, porque Lestat só trabalha quando você não está disponível — Jake avisou e Louis deu de ombros.
— Vamos, Tristan disse que teve um imprevisto e não vai com a gente — Matteo revirou os olhos e eles estraram no carro — eu juro, se levarmos uma advertência por causa dele, vou fazê-lo engolir e pagar minhas horas!
— Cansado? — Lestat perguntou quando seu ômega chegou perto.
— Oui — ele reclamou aceitando o abraço.
Era noite e o turno deles no restaurante tinha acabado, Matteo passou boa parte da noite inconformado em como uma noite de segunda feira podia estar tão cheia. Eles não pararam um minuto e como chegaram atrasados, o supervisor descontou do tempo de descanso deles.
— Você praticamente não descansou, voltamos de uma viagem longa e dormiu pouco, ainda está com jet lag. Amanhã vamos passar o dia na cama para você dormir o máximo possível.
— Se ficarmos o dia inteiro na cama, não acho que vamos dormir — Louis disse com um sorriso sonolento. Lestat riu e beijou o seu ômega.
— Como está? — Jordan perguntou para o namorado.
— Inconformado — Matteo respondeu — parece que Nova York inteira resolveu jantar fora hoje e o único restaurante disponível era o nosso.
— Lestat — Jake engoliu em seco, relendo uma mensagem no celular — eu estou indo para casa da Heidi, ela disse que Magnus está com febre e me pediu para comprar o remédio.
— E? — o alfa levantou a sobrancelha.
— Ela disse que... você que... para eu falar com você...
— Ela quer que eu te dê o dinheiro e pague pelo remédio, não é? — Lestat revirou os olhos e Jake corou — Folgada.
— Eu disse que eu posso comprar, mas ela...
— Não precisa explicar, eu a conheço — ele tirou o celular do bolso e mexeu com uma mão, já que a outra não soltou Louis — ela já deu o cartão da sua conta, não é? Transferi o valor, se precisarem de alguma coisa me avisem. Vamos?
— Oui — Louis disse cansado, esfregando os olhos.
— Ma lune, você fica muito cansado, sei que pode ser o estresse, mas vou marcar um médico para verificar sua saúde — Lestat disse entrando no carro.
— Dramatique — o ômega disse revirando os olhos e o alfa riu.
— Lestat! — Jake gritou do lado de fora — Eu acho que sem querer você transferiu bem mais dinheiro do que precisava.
— Desde quando eu faço algo sem querer? — o lúpus olhou para o outro alfa como se ele tivesse falado algum absurdo, então saiu com o carro.
— Mon loup — o ômega disse bocejando — posso fazer uma pergunta?
— Claro — ele respondeu olhando para o trânsito.
— Por que você nunca gozou na minha boca?
— O que? — o alfa teve que frear o carro com o susto — Do que você está falando?
— Eu estava conversando com os meus colegas hoje, alguns disseram que alfas adoram boquetes, mas você nunca gozou na minha boca, então eu faço mal? — ele estava com a cabeça encostada na janela, olhando sonolento para o alfa.
— Ma lune, podemos ter essa conversa amanhã, com você descansado? — Lestat pediu voltando a dirigir e negando com a cabeça.
— Pourquoi?
— Porque eu duvido que você aguente chegar até nosso apartamento acordado, então eu vou ficar duro até amanhã, esperando que você esteja descansado e bem.
— Verdade — Louis suspirou, fechando os olhos — mas eu faço mal?
— Ma lune — Lestat suspirou e o ômega riu — pelo contrário, podemos mudar de assunto agora?
— Acho que tem algo errado acontecendo com meu colega — Louis suspirou — Não sei o que é, mas estou ficando preocupado com Tristan.
— Precisa que eu faça algo?
— Acho que não, mas se precisar — ele bocejou — eu te falo... ou você aparece do nada, como faz sempre...
— Você carrega a minha marca, é claro que eu sempre sei quando algo acontece com você, ma lune — quando Lestat olhou para o lado, o ômega já estava dormindo.
Ele levou seu ômega para a cama e o ajeitou para dormir bem confortável. Louis inconsciente abraçou o travesseiro do alfa, ele gostava de dormir sentindo o cheiro de Lestat.
Como foi falado, eles passaram o dia seguinte inteiro deitados, o lúpus fez o ômega descansar o máximo possível. O alfa não queria deixar sair, mas o ômega estava tão cansado da viagem e ter passado a manhã na faculdade e tarde e parte da noite no restaurante, que não se importou, apenas aproveitou para ser mimado.
— Quinta-feira vamos no médico e verificamos como está sua saúde — Lestat disse, eles estavam abraçados assistindo filme.
— Oui, mas eu disse que é exagero. Eu não tenho me alimentado como deveria e tudo tem sido uma correria muito grande, eu tenho um trabalho muito importante para entregar.
— Vamos corrigir isso e eu já te falei, quando chegarmos na Itália, Zia Juliana vai te encher de comida e me dar bronca por não te alimentar direito — o alfa suspirou.
Eles estavam assistindo uma comédia romântica, era o gênero favorito de Louis, junto com aventuras. Lestat não ligava, só era previsível tudo que ia acontecer, eram raros os filmes que o surpreendiam. Estavam deitados no sofá abraçados, o lúpus fazia carinho no ômega, até que ele se virou para o alfa.
— O que foi? — Lestat perguntou achando graça, como seu ômega parecia inquieto.
— Você não me respondeu o que te perguntei ontem.
— Zeus — o alfa respirou — ma lune, você faz isso muito bem, esse não é esse o ponto.
— Então qual é? — o ômega estava curioso.
— Eu prefiro gozar dentro de você, só isso.
— Mas você me chupa até eu gozar, por que eu não posso fazer isso com você? É injusto.
— Vamos ter essa discussão mesmo? — Lestat perguntou sorrindo, mas era de desespero. Ele estava tentando fazer seu ômega descansar e ter um dia tranquilo, mas era obvio que o ômega tinha outra pauta em mente.
— Oui!
— Ok — ele suspirou, então rapidamente os virou, ficando por cima do ômega — é isso que você quer? — ele beijava o pescoço do soulmate — Que eu foda a sua boca até gozar?
— Peut-être...
— E o que mais você quer que eu faça? — o alfa sussurrava enquanto seus lábios percorriam a pele do ômega.
— Je ne sais pas... je...
— Me deixe adivinhar — Lestat se abaixou beijando toda a pele do ômega até que chegou por cima do pau, que já estava ficando duro, mas ainda estava encoberto pelo tecido da calça. Ele mordeu levemente, apenas encostou seus dentes, o suficiente para Louis tremer e gemer baixinho — quer que te lamba e te chupe aqui?
— Oui — Louis gemeu apenas pensando nessa imagem.
— E depois — Lestat colocou a mão por cima, massageando o pau do seu soulmate — vai querer que eu vá até a sua entrada e lamba também? Porque eu quero lamber, quero esfregar minha língua e sentir o seu sabor.
— Oui — o gemido saiu um pouco mais alto, porque Lestat passava a pontas dos dedos por toda região, mostrando onde ele queria que sua língua estivesse em minutos.
— E depois? O que você quer que eu faça? — ele se inclinou sobre o ômega, que sorriu e envolveu suas pernas na cintura do alfa — Isso?
Ele movimentou os quadris, eles ainda estavam com as roupas, nenhuma peça tinha sido tirada, mas Louis sentiu o pau do alfa contra a sua bunda. Lestat atacou sua boca, o beijando com vontade.
O lúpus agarrou as mãos do ômega e as prendeu por cima da cabeça. Há muito ele já tinha entendido que Louis gostava se ser preso, gostava do uso da força, as algemas eram suas favoritas e ele não ia negar esse prazer ao seu ômega.
Lestat mordeu o pescoço de Louis, enquanto ainda esfregava seu quadril no dele, o ômega ainda estava com os pulsos presos e gemia. O alfa o pegou no colo e levou até a cama, mas em vez de se deitar, foi até o closet e voltou com as algemas.
— Você quer isso, não quer?
— Oui — ele respondeu em um gemido baixo.
O loiro puxou a camiseta do ômega, juntou seus pulsos e os prendeu com as algemas. Ele estava de pé, fora da cama e Louis ajoelhado nela, Lestat sorriu de canto. Ele colocou apenas um joelho sobre cama e abaixou a calça o suficiente para que seu pau estivesse livre.
— Vem aqui — ele ordenou batendo na própria coxa, se masturbando levemente.
Louis engoliu em seco e foi de joelhos até o alfa, Lestat sorriu, fazendo carinho no rosto do seu ômega, seu polegar passando por seus lábios.
— Vai me chupar até que eu goze na sua boa? — ele perguntou e o ômega concordou com a cabeça — Depois vai querer que eu te chupe?
— Non...
— Então o que quer?
— Que você me foda — ele respondeu baixinho, aumentando o sorriso malicioso do alfa.
— Tudo o que você quiser, ma lune.
Ele passou a glande pelos lábios do ômega, que colocou a ponta língua para fora, o lambendo. Isso fez o alfa inspirar forte e penetrar a boca de Louis, que o chupava.
O ômega precisou colocar as mãos no colchão para equilibrar, ele queria seu alfa gemendo alto de prazer, puxando seus cabelos, ele queria que Lestat se derramasse na sua boca.
A visão de Louis o chupando com tanta vontade, como se estivesse amando tudo aquilo e querendo mais, o estava enlouquecendo. Não era um ômega qualquer fazendo isso, era o seu soulmate, a criatura mais perfeita que ele já encontrou. E Louis sabia o que fazer para o deixar cada vez mais louco, o jeito como sua língua esfregava no seu pau, como ele gemia, como ele, talvez sem perceber, mexia o quadril procurando por alívio que ainda não viria...
Lestat se segurava muito para não virar Louis na cama e o foder naquele momento, sua excitação era tão alta, que ele não controlava a altura dos seus gemidos. Suas mãos estavam enroladas no cabelo castanho do seu ômega e ele ia cada vez mais rápido.
O prazer estava perto, mas quando Louis gemeu de novo, ainda com o pau do alfa na sua boca, foi o limite. Ele segurou seu ômega pelos cabelos e gozou. Sua respiração estava ofegante e ele sentia gotas de suor escorrendo pelas suas costas.
Ele soltou Louis, que estava uma bagunçada, seus lábios vermelhos inchados, mas os olhos brilhavam. O ômega sorriu malicioso e abriu a boca mostrando que ainda tinha um pouco do gozo na boca. Então, ainda sorrindo, ele engoliu na frente do alfa e com a expressão de quem tinha acabado de provar algo delicioso.
— Você ainda vai acabar comigo — Lestat suspirou, então jogou Louis sobre a cama e se deitou sobre ele.
— Então ele te fez mesmo ir ao médico? — Matteo perguntou.
— Oui — Louis suspirou — eu disse que era exagero, mas ele quis ter certeza de que estava tudo bem.
— E o que o médico falou?
— Que eu só estou cansado e com estresse por causa da faculdade e o estágio, me passou vitaminas e me disse para beber mais água. Mas semana que vem ainda vou exames mais completos, porque mon loup quase surtou quando descobriu que eu não faço um check up completo há anos.
Era quinta-feira, o dia da viagem, eles tinham usado um dos laboratórios que imita uma cozinha completa para um dos trabalhos. Jake e Donna, que tinham feito esse trabalho com eles, já tinham ido para adiantar as coisas da viagem, Matteo e Louis estavam terminando de limpar o lugar.
— Pode ser uma das únicas vezes que eu vá concordar com seu alfa, mas eu o entendo. Você teve a saúde negligenciada boa parte da vida e sua mãe, infelizmente, morreu de uma doença que poderia ter sido tratada se descoberta há tempo — Matteo deu ombros.
— Oui, essa parte eu entendi. Eu disse que hoje não daria tempo, mas que eu iria quando voltássemos de viagem. Ele disse que não, que não ia arriscar.
— E aí?
— Ele fez dar tempo — Louis suspirou e Matteo riu.
— Acho que terminamos aqui, só vamos dar uma revisada porque não quero voltar de viagem e ter que aguentar o professor enchendo nosso saco — Matteo comentou e o ômega concordou — Estou louco para chegar em Roma, comer comida de verdade, o clima, os cheiros, tudo é muito melhor que aqui.
— Achei que gostasse de Nova York — o ômega comentou quando eles estavam andando pelo corredor.
— Eu amo aqui e não me arrependo de ter vindo, mas lá é meu porto seguro, onde eu carrego minhas energias. Se der tempo, eu queria muito te levar em Sapri, a minha cidade. É tão pequena, que tem menos de 7 mil habitantes, eu amo aquele lugar.
Eles estavam conversando, fazendo planos da viagem. Em pouco tempo Lestat, Heidi e Jordan chegariam para buscá-los e todo mundo sabe que não é uma boa ideia deixar o lúpus esperando, principalmente se ele estiver esperando pelo soulmate. Era para aquela parte do corredor estar vazio, mas viram que tinha alguém dentro de outra cozinha.
— Não aguente mais isso — era a voz de Tristan, ele chorava — por favor Harvey, por favor.
— Eu digo quando isso acaba ou não e não terminamos — o professor Whedon, aquele que a maioria dos alunos gostava, menos Louis, disse bravo e o choro de Tristan aumentou.
— Você está noivo, por que não me libera disso? — O ômega perguntou chorando. Louis e Matteo, que escutavam tudo escondidos, arregalaram os olhos.
— Pare de choramingar, no começo você gostava, agora fica assim? — eles ouviram um barulho que parecia um tapa e o choro engasgado de Tristan aumentou — E eu já disse, se quer terminar, diga adeus a sua carreira. Ninguém vai acreditar em você, ainda vai perder qualquer chance de terminar seus estudos e de conseguir um emprego na área.
— Non — Louis murmurou e num rompante de coragem, ele entrou na cozinha, se deparando com o professor apertando o braço do aluno.
— Inferno, vai todo mundo para casa de Hades! Caralho! — Matteo murmurou se juntando ao amigo. Ele sabia que se Louis entrou na situação, isso poderia escalonar para algo muito maior e brutal.
— Solte-o! — o ômega disse decidido.
— Isso não é o que estão pensando e é entre Tristan e eu, agora vão embora — o professor sorriu de um jeito falso.
— Non! — Louis cruzou os braços.
— Eu imagino que vocês estejam tratando de um assunto sério, mas acho melhor encerramos por hoje e evitarmos confusão — Matteo sugeriu — Tristan, vamos embora, amanhã vocês conversam e se resolvem.
— Não precisam se preocupar com o colega de vocês, eu mesmo levo Tristan embora depois, não é? — o professor falou calmamente, ainda segurando o ômega que concordou, mesmo estando assustado e com lágrimas nos olhos.
— Non, ele vem comigo agora — Louis puxou o colega o livrando do professor, para a surpresa de todos.
— Meu Zeus, isso vai dar merda — Matteo falou um pouco assustado — Vem Tristan.
— Não — o professor deu dois passos, mas Louis entrou na frente antes que ele chegasse até o aluno — o que está fazendo?
— Você nunca mais vai pôr as mãos nele — Louis o ameaçou.
— E quem você acha que é para tentar dar uma ordem em mim? — o alfa perguntou irritado, perdendo a pose de "bonzinho".
— Você não vai querer descobrir — Matteo aconselhou, ele trouxe Tristan para mais perto. O ômega tremia de medo.
— Eu só quero ir embora, por favor — Tristan pediu.
— Ótimo, vamos embora, até semana que vem — Matteo disse rápido.
O professor deu mais um passo para frente, mas Louis entrou na sua frente de novo, barrando seu caminho.
— Acham que só porque é ômega pode fazer o que quiser?
— Oui! — Louis respondeu.
— Comigo é diferente, eu não aceito merda vindo de aluninho, não importa se é ômega ou não. Coloque-se no seu lugar e saia da minha frente antes que eu perca a minha cabeça.
— Louis — Matteo o chamou temeroso, era obvio que as coisas tinham saído do controle — melhor nós três irmos.
— Não, Tristan fica porque eu não terminei de falar com ele — o mais velho tentou segurar o ômega, mas Louis o empurrou.
— Nunca mais o toque. E vou te denunciar.
— Todos somos maiores de idade — o professor zombou.
— Mas você está usando a sua posição de autoridade para forçá-lo a sair com você, isso é nojento — Matteo falou abraçando Tristan que chorava, o levando para trás deles.
— O que você está fazendo é assédio, crime! — Louis disse encarando o professor.
Meses antes ele nunca conseguiria ter feito aquilo, ele não teria enfrentado um alfa desse jeito. Ele se sentia fraco e incapaz, estaria assustado. Mas agora ele sabia quem ele era, sabia a força que tinha e ninguém o amedrontava.
— Ficou corajoso de repente? Sua coisinha insolente, volte para o buraco que veio, minha conversa não é com você, cuida da sua vida.
— Non! — ele encarava o professor, sua voz saía alta e clara — Você nunca mais vai fazer mal a ele ou a mais ninguém!
— E o que você acha que vai fazer? Em quem acha que vão acreditar? Está vendo Tristan, é isso que você quer? Sair humilhado daqui sendo conhecido como o ômega que dava para o professor por causa de nota? Como uma puta?
— Não — o ômega chorou desesperado — não é justo... eu não fiz nada...
— Mas se me denunciar é isso que vai acontecer, porque ninguém vai acreditar em você — o alfa disse confiante.
— Se a universidade não acreditar em nós, eu grito até alguém acreditar! — Louis falou ainda mais alto, sempre se mantendo entre o professor e Matteo e Tristan — Você nunca mais fará mal a ninguém e eu vou ter certeza disso!
— Cansei dessa estupidez, Tristan vem aqui agora ou eu vou te arrastar de novo!
— Non! — Louis entrou segurou o professor quando ele tentou avançar sobre os outros dois — Vão embora! — ele gritou para seus amigos.
Matteo recuou assustado levando o outro ômega com ele, Louis ainda tentava segurar o professor e eles brigavam fisicamente. O beta puxou o colega de sala, mas Tristan estava paralisado de medo, prestes a ter um ataque de pânico.
Louis sentiu sua força aumentando e a única explicação era seu lobo, porque ele não conseguiria fazer isso antes. O professor o empurrou e até tentou acertá-lo, o que não aconteceu por pouco. O ômega conseguiu empurrá-lo, mas quando tentou sair de perto o alfa o agarrou pelo braço e o jogou contra o balcão, mas o ômega o puxou de volta, não deixando que ele chegasse até os outros.
Nessa briga o alfa acertou o rosto do ômega, foi tão forte que o som ecoou pela cozinha vazia. A face de Louis ardeu e a marca vermelha se formou quase instantemente.
— Puta merda — Matteo disse com os olhos arregalados.
Louis recuou um passo assustado, ainda sem entender direito o que tinha acontecido. Ele levou a mão até o canto da boca e as pontas dos seus dedos se sujaram com o filete de sangue que escorria.
Ele olhou do sangue para o alfa na sua frente, Louis não tinha medo dele, mas sabia o que aconteceria. A porta se abriu e Jordan entrou correndo, o alfa precisou de menos de um segundo para entender a cena, ele abraçou Matteo e Tristan os puxando para o mais longe possível, porque nesse momento outra pessoa entrou na cozinha.
— Mon loup — Louis murmurou.
Antes mesmo de pôr seus pés dentro do lugar, o lúpus sentiu o cheiro do sangue do seu soulmate. Seu lobo uivou raivoso.
Lestat olhou para Louis, parado perto do balcão, a mão ainda perto do rosto com seus dedos brilhando com gotículas vermelhas. Seus olhos se voltaram para o alfa a frente, vestido com uma dólmã, mas que o identificava como professor. Ele era mais velho que seu Louis e tinha escolhido tirar a própria vida quando encostou suas mãos imundas no seu soulmate.
O lúpus andou reto, sem falar nada, ele emanava tanto ódio que chegava a ser assustador, Matteo e Tristan fecharam seus olhos e Jordan virou os dois para a parede. O alfa que tinha agredido Louis não entendeu, mas o jeito e a dominância de Lestat o assustaram, tanto que ele recuava a cada passo que o lúpus dava, balbuciando desculpas pelo o que tinha acontecido.
Sem dizer uma única palavra, Lestat pegou uma das facas do faqueiro do balcão, o alfa assustado ainda tentava falar coisas. Com a mão livre, o lúpus agarrou a garganta do alfa e o prendeu contra a parede.
Com a outra ele esfaqueou repetidas vezes o alfa, deixando sangue escorrer pelo piso branco.
O alfa gritou enquanto foi possível, mas Lestat apertou ainda mais sua garganta, impedindo qualquer passagem de ar. Ele enfiava a faca, rasgando a carne e girando enquanto a puxava de volta. Não estava cego de ódio, apesar da fúria. Não era uma atitude emocional, o tempo todo ele estava com controle total dos seus atos, mas ele queria ver o sofrimento.
Se aquele alfa quis encurtar sua vida machucando seu ômega, não seria justo ele que recusaria esse convite.
Lestat viu o pânico no olhar, viu as tentativas vãs de se soltar, mas nada daria certo. Quando um lobo raivoso tem sua presa entre suas garras, não há mais o que fazer.
Ele soltou o alfa sem vida no chão e jogou a faca em cima dele com desprezo. Se virou e viu que seu ômega estava perto, Louis tinha presenciado tudo. Ele esperou pela reação do ômega, que nunca o tinha visto tão brutal. Foi na direção do seu soulmate, mas antes que chegasse, Louis se jogou nele o abraçando com força.
— Merci — o ômega sussurrou.
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Para participar, basta criar uma maneira criativa de divulgar qualquer um dos livros, postar no insta e marcar a editora. Lembrando, tem que seguir a editora e tem que ter uma conta da Amazon para poder ler o livro caso ganhe. Todas as regras estão nas redes sociais da editora, Boa sorte para todo mundo!!!!!
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