Capítulo 13
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- Eu me diverti tanto, é uma pena que vocês precisam ir embora - Gabrielle disse segurando sua taça de vinho.
- Ma lune terá aulas na próxima semana - Lestat explicou.
Eles estavam em um restaurante, tinham voltado para casa da tia de Louis para se despedir, Thierry estava com eles, por isso todos resolveram sair para jantar. Louis e Lestat teriam que voltar para Nova York, afinal a rotina do ômega voltaria ao normal.
- Foi tão bom poder ver meus meninos - Marjorie falou abraçando os sobrinhos.
- Em poucos meses vamos visita-los em Nova York, Thierry vai conosco, não é? - a ômega perguntou.
- Sim, claro - o alfa respondeu na mesma hora.
- Tem alguma coisa que sua mãe não consiga? - Louis riu contra o pescoço de Lestat.
- Absolutamente nada - o alfa sussurrou a resposta.
- Então você me manda os papéis para eu assinar? - Thierry perguntou para Lestat momentos depois, quando os alfas estavam sozinhos.
- Sim, minha mãe tem advogados de confiança que virão para te entregar os papeis. Depois que você assinar, minha empresa irá cuidar dos assuntos financeiros referentes ao vinhedo, não precisa se preocupar com mais nada.
- Louis falou o que aconteceu, eu não consigo acreditar que meu pai tenha feito tudo isso - o alfa disse triste - eu sabia que não podia confiar tanto nele, principalmente depois o que ele fez com meu irmão, mas eu acho que tentava culpar apenas minha madrasta para não enxergar quem meu pai realmente é.
- Eu sinto muito por isso - Lestat falou sincero - minha relação com meu pai nunca foi boa, então eu nunca o vi como você e ma lune viam seu pai. Entendo o quão difícil possa ser, mas a partir de agora as coisas serão diferentes.
- Espero que sim - Thierry suspirou- Sabe, quando minha mãe estava doente, eu prometi a ela que cuidaria do meu irmãozinho. Quando ele foi para outro continente, eu fiquei preocupado, mas eu sabia que era necessário para ele. Minha cabeça ficava imaginando diferentes coisas que poderia acontecer com Louis, mas ver como ele está feliz agora e, principalmente, seguro, do seu lado, me deixa tranquilo. Louis é uma das coisas mais importantes da minha vida, saber como ele está bem e é amado, é muito importante para mim.
- Louis é a minha vida e eu não estou falando isso por exagero ou para te convencer de algo - Lestat respondeu - nós, lúpus, levamos nossos soulmates muito a sério, é uma questão vital para nós. Qualquer ofensa ao Louis, é uma ofensa pessoal a mim.
- Eu tinha medo que algum babaca mexesse com meu irmão, agora eu sinto pena de quem tentar fazer isso - Thierry riu.
- Não sinta, não devemos sentir pena dos que imploram pela morte - o lúpus sorriu perigoso.
Marjorie e Thierry ficaram na casa da beta, a despedida foi cheia de abraços e juras de que todos estariam juntos logo, além da beta chorar um pouco. Lestat, Louis e Gabrielle voltaram para a casa da ômega, Gabrielle até tentou convence-los a dormir na casa dela antes de partirem, mas Lestat achou melhor voltarem logo, afinal ele tinha planos de usar os últimos dias de folga de Louis para terminar sua mudança.
Não que faltasse muita coisa, até porque o contrato de locação do dormitório se encerraria na semana seguinte, mas Louis provavelmente iria querer se despedir do local e ele mesmo assinar os papéis do fim do contrato. Lestat tinha certeza que o ômega ainda não entendia tão bem o que ser soulmate de um lúpus, ainda mais um Lionscurt, significava.
- Como você está? - Lestat perguntou quando eles já estavam no jatinho, voando de volta para Nova York.
No fundo do jato particular tinha um quarto pequeno, o espaço era suficiente só para uma cama de casal e eles estavam deitados ali. Louis estava deitado de bruços e sem camisa, enquanto Lestat estava fazendo massagem no ômega.
- Estou bem, por um lado um pouco triste ainda pelo o rumo que as coisas tomaram, mas também aliviado. De um jeito meio bizarro, acho que estou mais tranquilo - Louis respondeu.
- Não achei que tudo isso fosse acontecer, apenas queria te dar férias que você pudesse aproveitar - o lúpus disse massageando os ombros do deu ômega.
- Na verdade, apesar de tudo que aconteceu na casa do meu pai, eu gostei da viagem. Me fez entender uma porção de coisas, principalmente sobre mim.
- Sobre você ser um lúpus?
- Também - ele suspirou com a massagem - eu sempre me senti diferente dos outros, era estranho. A única pessoa que eu me senti realmente conectado enquanto crescia foi ma mère, eu sei que meu irmão e minha tia me amam muito e eu também os amo, mas é diferente, eu nunca soube explicar.
- Eu te entendo, é muito estranho para crianças lúpus crescerem nos meios dos comuns. Nossos cérebros entendem o mundo a nossa volta de forma diferente, nós tratamos qualquer tipo de relacionamento de forma diferente. Não existe "mais ou menos" para nós, ou gostamos ou não gostamos. E quando gostamos de algo ou alguém, temos tendências a sermos um pouco intensos.
- Um pouco? - Louis riu.
- Sim, apenas um pouco - Lestat insistiu para provocar.
- Mon loup - o ômega riu, ele se se virou ficando deitado na cama enquanto Lestat estava sentado sobre seus quadris - merci.
- Pelo o que? - o lúpus se abaixou, até que seu rosto estivesse próximo ao rosto do ômega.
- Por toda essa viagem, por ter me contado a verdade sobre você e, principalmente, sobre mim. Por ter me aliviado desse peso de me achar estranho, quando na verdade eu só era um pouco diferente dos outros. E por ter me levado na casa do meu pai, se você não estivesse lá, eu nunca teria forças para enfrenta-lo.
- Eu não posso aceitar seu agradecimento porque você disse duas coisas erradas - sua boca estava tão próxima, que o ômega engolir em seco.
- Quais?
- Primeiro que você nunca foi estranho ou diferente, você é especial - o lúpus disse deixando leves beijos no rosto de Louis - você é a pessoa mais especial que eu já conheci em minha vida e eu tenho certeza que nem eu te mereço. Porém Zeus ou Luna te fizeram meu soulmate e por isso sou grato, então vou passar o resto dos nossos dias te mostrando o quanto você é especial e o quanto sou sortudo por ter sido escolhido como seu soulmate.
- Mon loup - se as caricias já estavam o deixando louco, as palavras não ajudavam.
- E segundo, você disse que se eu não estivesse lá você não teria forças para enfrentar seu pai. Isso é um grande erro ma lune, você é muito mais poderoso do que pensa, apenas aceite seu lobo e deixe que ele te mostre.
- Você vai me ajudar nisso? - Louis envolveu o pescoço de Lestat com seus braços, o puxando para ainda mais perto.
- Avec grand plaisir - o lúpus disse com sorriso de canto.
Ele aprofundo o beijo, tomando os lábios do seu ômega para si. Ele amava como Louis se entregava, sem jogos ou fingimentos, apenas sendo sincero e mostrando o que queria. O ômega afastou as pernas, o que fez que seu alfa se acomodasse ali, os dois mexendo os quadris lentamente, deixando que encontrassem. Uma das mãos do alfa foi até a nuca do ômega, tomando controle total dos seus movimentos, como se Louis já não estivesse totalmente entregue a ele.
- Mon loup - Louis não conseguia pensar enquanto seu alfa beijava seu pescoço e a outra mão vagava pelo seu abdômen.
- Diga ma lune - ele sussurrou no ouvido do ômega, que se arrepiou - o que você quer?
- Je... eu não sei... - a mão de Lestat desceu por dentro da calça de Louis, chegando na barra da boxer e passando as pontas do dedos pela pele arrepiada.
- Você que chamou por mim e agora não sabe o que quer? - o sorrisinho zombeteiro do alfa estava no seu rosto, principalmente quando ele abriu a calça do ômega e a retirou - Ma lune, eu tenho uma pergunta para você.
- O que? - Louis perguntou um pouco corado. Ele estava só com sua boxer, enquanto Lestat estava completamente vestido. O alfa apreciava a vista, seu ômega perfeito tão entregue a ele pronto para qualquer coisa, ansiando por isso.
- Você sabe o que é mile high club? - o alfa perguntou passando suas mãos pelas coxas do ômega, as apertando e fazendo o Louis gemer baixinho.
- Non - por fim o ômega conseguiu responder entre suspiros
- Tudo bem, eu vou te ensinar o que é e acredito que você vai gostar - Lestat disse aproximando sua boca da boca do ômega.
Um beijo foi um pouco mais intenso que o outro, ele parecia querer deixar o ômega sem ar e estava conseguindo. Atacou o pescoço de Louis e deixou que suas presas raspassem naquela pele perfeita. Isso fez o ômega gemer mais alto e levantar seu quadril em busca de contado.
- Eu sei ma lune, eu também sinto essa necessidade de te marcar - o alfa disse beijando o pescoço do ômega em direção ao ombro - eu vou ter marcar quando estivermos na nossa cama, mas até lá - ele mordeu o ombro de Louis que gemeu e sentiu seu pau vibrar. A mordida não foi a ponto de deixar uma marca permanente, mas era excitante.
Lestat desceu seus beijos e prendeu um dos mamilos do ômega em seus lábios, Louis quase gritou, mas tampou a boca, ele não queria que a simpática aeromoça o ouvisse gemer. Porém Lestat puxou sua mão, a prendendo contra a cama e mordeu seu mamilo, sendo inevitável conter seu gemido.
- Não ache que só porque não estamos em casa que eu não sou capaz de te amarrar e te fazer gritar tantas vezes, que você chegará ao fim dessa viagem rouco - o alfa o ameaçou.
- Non... mon loup... l'hôtesse de l'air - o ômega gaguejava.
- Ela não se importará, já deve ter escutado coisas assim - ele brincou, voltando a beijar a pele do ômega.
Mas aquela frase pegou Louis, um sentimento de posse que ele não conhecia o cegou. Ele não pensou, apenas enrolou sua mão no cabelo loiro e puxou seu alfa de volta para perto dele. Lestat ficou surpreso, mas de um jeito bom, ele viu o brilho possessivo nos olhos do seu ômega e gostou daquilo.
- Você já fez isso com outras pessoas? - o ômega perguntou sério.
- Ma lune, nós dois sabemos que nenhum de nós era virgem quando nos encontramos - ele sorriu provocando.
- Você trouxe alguém aqui? - Louis mantinha sua expressão séria - Você me entendeu.
- Você quer saber se já transei com alguém em um avião ou se já trouxe alguém para o meu jato particular e fodi nessa cama? - o lúpus se soltou do aperto do ômega e prendeu suas mãos contra o colchão.
- Lestat - o ômega rosnou baixinho, aquilo fez o alfa sorrir de canto.
- Sim, ma lune, eu já transei com alguém em um avião - ele sussurrou no ouvido do ômega que começou a tentar se soltar - Calma, foi você quem perguntou.
- Me lâche - o ômega ordenou.
- Agora, se você quer saber se eu já fodi com alguém nessa cama - o alfa continuou, ignorando o que o ômega falava - a resposta é não. Eu nunca transei com ninguém em nenhum lugar que me pertence, nem no meu avião, nem no meu apartamento, muito menos na casa da minha mãe.
- O que? - o ômega perguntou confuso.
- Ma lune - Lestat o soltou e acariciou o rosto do seu soulmate - eu nunca levei ninguém mais para o meu apartamento, nunca deixei alguém entrar tanto na minha vida, nunca levei ninguém para conhecer minha mãe.
- Mas... você...
- Não se engane, eu nunca fui santo e podemos dizer que fiz muita coisa - Lestat sorriu perigoso e Louis cerrou os olhos para ele - mas nunca dormi com ninguém no sentido real da palavra.
- Você transou com outras pessoas, mas nunca dormiu com nenhuma elas?
- Dormir é um dos estados mais vulneráveis que ficamos, eu nunca confiei ou ao menos senti vontade de dormir ao lado de alguém. Também nunca levei ninguém para minha casa porque seria intimo demais e prezo muito pela minha privacidade para dividi-la com quem quer que tenha passado pela minha vida - Lestat disse tirando a própria camiseta.
- Nós dormimos juntos na nossa primeira noite juntos.
- Como eu disse - o alfa se inclinou até encostar seus lábios no pescoço do ômega - você é especial.
As mãos do ômega foram para seu pescoço e sua pele se arrepiou, assim como Lestat sabia que iria acontecer. O que ele não esperava é seu ômega esperasse por um momento de distração e os girasse na cama, ficando por cima.
- Por que você me provoca tanto? - Louis perguntou com um biquinho.
- Porque eu amo cada reação do seu corpo - o alfa disse passando as pontas do dedo desde o pescoço de Louis, descendo pelo seu abdômen e chegando no seu pau marcado pela boxer.
- Também gosto das suas - o ômega sorriu inocente, se inclinou e beijou o pescoço do alfa.
A bunda de Louis ficou bem cima do pau de Lestat e o ômega se mexia bem devagar, apenas o provocando. Lestat respirava fundo e segurou a cintura delicada de Louis a apertando um pouquinho e o ômega soube que podia acelerar um pouco seus movimentos.
- Ma lune - Lestat rosnou.
Louis não respondeu, ele deslizou pelo corpo do alfa, deixando que seus paus de friccionassem um pouco. Ele chegou no peito de Lestat e distribuiu vários beijos, cada vez para mais baixo. Suas mãos estavam na barra da calça do alfa e ele foi puxando com calma, levando a boxer junto. Agora era seu alfa que estava completamente nu, enquanto ele ainda tinha sua boxer.
O ômega lambeu da base até a ponta do pênis do alfa, que gemeu. Louis repetiu o mesmo movimento, só que dessa vez ele parou na glande e a circulou com sua língua. Colocou a apenas a cabeça do pau de Lestat na boca, chupando algumas vezes e sua língua passando pela fenda.
- Ao mesmo que isso é muito prazeroso, chega a ser fofo - o alfa disse, uma mão estava no cabelo do ômega e outra acariciou o seu rosto.
- O que é fofo? - Louis perguntou com o sorriso de canto, depois de deixar que o pau do alfa escapasse por entre seus lábios vagarosamente. Lestat sorriu daquele jeito perigoso, se sentando na cama e se inclinado para perto do rosto de Louis.
- É fofo você achar que tem algum controle aqui - ele sussurrou, então, rapidamente, puxou Louis o deitando na cama, no lugar que ele estava antes.
O ômega sabia que seu alfa não desistiria do controle e imaginou que ele estava dando apenas segundos para que ele se divertisse, mas logo ele estava no comando de novo. Lestat tirou a boxer do ômega e lambeu seu pau, não com a delicadeza com que Louis tinha feito, mas com a aspereza que ele sabia que o ômega gostava.
Ele chupou o ômega até que ele se perdesse em gemidos, Louis lutava para não cobrir a boca com a mão, mas era muito difícil. Piorou quando Lestat mudou seu foco para sua entrada, masturbando seu pau com a mão. A língua entrava pela sua entrada, lambendo sua lubrificação e o alargando. Só que aquilo não era mais suficiente, ele precisava de mais.
- Mon loup...s'il te plaît... j'ai besoin
- Do que você precisa? - Lestat limpou seus lábios na própria pele do ômega e deitou sobre ele, seu pau pressionando a entrada do ômega, que choramingava pedindo mais contado.
- Mon loup - Louis poderia bater no seu alfa se ele continuasse com aquilo. O ômega mexia o quadril desesperado, mas o alfa colocou sua mão e o fez parar.
- Ok, eu vou te dar o que você quer - ele sussurrou, penetrando o ômega.
Ele foi com calma, mesmo que sua vontade fosse se afundar no seu ômega, Lestat ainda tinha consciência de não machuca-lo. Porém, como sempre, Louis tinha outros planos. O ômega se mexeu, garantindo mais contato, ele precisava daquilo tanto que doía.
Os corpos se mexiam sozinhos, Lestat devorava a boca do ômega até que não fosse possível mais se conterem. Eles buscavam por ar, mas não podiam parar, estavam quase lá. Louis arranhava as costas de seu alfa e sentia uma vontade morde-lo. Morder todo seu corpo, mas, principalmente, seu pescoço.
- Me morde - Lestat grunhiu entre gemidos, sem parar se mexer o quadril - pode me morder.
- Como... - a voz de Louis sumiu em um gemido, seu alfa estava acertando o ponto certo, ele não duraria muito tempo.
- Eu também sinto a necessidade no peito... também quero te morder...
- Então faz.. - Louis quase chorou, ele precisava muito daquilo.
- Eu vou fazer - seu alfa beijou seu pescoço e seus dentes rasparam pela pele - mas eu te disse que só vou fazer quando estivermos na nossa cama. Então pode você pode me morder agora o quanto quiser, entendeu?
- Oui...
Lestat tombou um pouco sua cabeça, dando acesso a Louis, que nem pensou. Ele cravou suas presas naquela pele, por cima da marca que ele já tinha feito. O ômega sentia aquela força dentro dele, ele jurava que até podia sentir o lobo de Lestat uivando. A sensação era esmagadora, o prazer cresceu de uma forma intensa e inesperada e então os dois gozaram.
- Minha cama - Louis disse quando se jogou na enorme cama da suíte principal do apartamento - agora eu posso mesmo falar que é minha - ele riu de si mesmo.
- Se tivesse prestado atenção no que eu digo, poderia ter dito isso desde a primeira noite que passou aqui - Lestat o provocou, se inclinando para beijar rapidamente o ômega.
- Eu não estava pensando direito na primeira noite que passei aqui - o ômega respondeu abraçando o travesseiro.
Quando a comissária da bordo bateu na porta do quarto do jatinho avisando que eles estavam chegando, por isso eles precisavam retornar aos seus lugares para afivelar o cinto, Louis ficou muito envergonhado. Com o barulhos que eles fizeram e o tempo que ficaram dentro daquele quarto, era impossível que ela não soubesse o que tinha feito.
Não importava se eles já estavam vestidos e o ômega até tinha tirado um cochilo, quando ele saiu do quarto não conseguia olhar nos olhos da beta, já Lestat agia como se nada tivesse acontecido. Na verdade, era como se o que tivesse acontecido era completamente normal, haveria outras vezes, mas sabia que ninguém teria coragem de fazer qualquer comentário.
- Mon loup - Louis o chamou. O alfa estava desfazendo as mala, enquanto o ômega resolveu ser preguiçoso e ficar deitado na cama - você disse que eu só vou conhecer meu lobo depois que passar meu heat com você, não é?
- Sim, o seu heat ou meu rut, o que vier primeiro - Lestat deu de ombros.
- Então vou conhecer meu lobo em três semanas - o ômega disse animado, chamando a atenção do alfa - meu heat é em três semanas. Por isso meu supervisor não queria me liberar para a semana de férias, ele achou que eu estava fazendo de propósito, ce connard. Nem sei como ele me liberou.
- Ma lune, eu prometi ser sincero, mas não preciso entrar em detalhes insignificantes. Acontece que meu sobrenome tem influencia e foi preciso apenas uma ligação para seu reitor - Lestat suspirou - Sobre seu supervisor, todas as vezes que você fala dele, é para reclamar das atitudes dele. Não gosto que você esteja tão perto de alguém que te faz algum mal, se precisar, eu mesmo resolvo com esse supervisor.
- Non - ele negou rapidamente - ele só é um idiota arrogante, mas eu consigo lidar com isso.
- Tem certeza? - o alfa perguntou e o ômega concordou com a cabeça - Certo, mas se ele te irritar, fizer qualquer coisa com você, me avisa na hora.
- Eu prometo - Louis beijou o rosto de Lestat.
- Agora precisamos falar do seu heat - o alfa pegou em suas mãos - vou falar com Heidi para alugar uma casa um pouco afastada para passarmos essa semana, por isso preciso saber o dia que começa. Precisamos ir, pelo menos, um dia antes para evitar surpresas.
- Achei que passaríamos aqui - ele disse confuso.
- Lúpus são muito territorialistas, ainda mais no primeiro heat com seu soulmate. Se eu já não sou muito controlado normalmente, no seu heat eu vou estar muito pior. Melhor não contar com a sorte e estarmos só nos dois, longe de outras pessoas. Não queremos acidentes.
- Oh, eu já passei heats com outros alfas antes, mas nunca tinha pensado por esse lado.
- Ma lune, vamos evitar falar sobre você ter passado heats com outras pessoas, é um tópico sensível para mim.
- Bobo - o ômega riu - eu só quis dizer que não achei que tinha muita diferenças.
- Mas tem - Lestat derrubou Louis na cama e o abraçou - ma lune, a coisa mais importante a se lembrar é que lúpus são intimamente ligados ao seu lobo. Nosso lobo é a forma mais instintiva que temos, lobos são sempre superiores em força e agilidade, por isso eles tem um poder destrutivo muito grande. Eles não se importam com regras ou convenções sociais, só com quem eles tem alguma conexão, como família ou soulmate. Apesar de que passamos nosso rut ou heat dos nossos ômega em forma humana, nunca se deve provocar um lúpus quando ele está instintivo.
- Já houveram acidentes?
- Sim, nunca aconteceu nada comigo, mas já ouvi histórias e nunca acaba muito bem. Nenhum ômega foi ferido, mas alguns desavisados que entraram em lugares que não deveriam, não tiveram tanta sorte. Por isso quero evitar qualquer chance de problemas, melhor ficarmos afastados e sozinhos.
- Tudo bem, vai ser tipo uma segunda férias, só que só nos dois - Louis sorriu.
- Pelo menos vamos fazer o que teríamos feito a viagem inteira, se fosse minha escolha.
- Mon loup - Louis bateu em seu ombro e o alfa riu.
- Eu estou precisando exercitar meu lobo, irei chamar Heidi para fazer isso comigo nessa semana ou na outra, assim meu lobo estará mais relaxado e não tem chances de você entrar em heat comigo em forma de lobo.
- Isso seria muito ruim?
- Um lúpus entrar rut ou heat em forma de lobo seria o caos. É uma das piores coisas que pode se acontecer a um de nós.
- Por que? - ômega perguntou com olhos arregalados pelo tom de voz que seu alfa usou.
- Como eu disse, um lúpus como lobo está em sua forma puramente instintiva. Se um lobo entrar em rut ele não é racional, não reconhece os amigos ou familiares, não sente desejo sexual pelos seus companheiros, mas vai encarar qualquer um que chegue perto deles como uma ameaça. Ele poderia matar sem hesitar, porque ele está completamente cego pelos instintos. Para parar um lobo precisa de muita força ou alguém que ele respeite tanto, que o lobo obedeceria seus comandos. Normalmente só o líder consegue parar um lobo enfurecido.
- Ow, melhor evitar problemas mesmo - Louis concordou.
- Como estarei com Heidi exercitando nossos lobos, passarei pelo menos um noite fora. Chame seus amigos, eles podem dormir com você.
- Matteo realmente adorou o apartamento, ele com certeza viria - o ômega riu - você não se importa mesmo deles ficarem?
- Por mim podem dormir aqui, prefiro isso do que te deixar sozinho. Só não quero aquele alfa idiota que tentou te agarrar no bar naquela noite.
- Quem? - Louis perguntou confuso.
- Quantos alfa tentaram te agarrar em um bar? - o provocou.
- O que? Não, eu só não lembrava que isso tinha acontecido. Você está falando de Garrett?
- Eu não ligo para nomes, não sou eu que faço as lápides.
- Mon Zeus - o ômega ria - eu realmente tinha me esquecido, isso aconteceu há semanas
- Lúpus tem o dom de guardar rancor por toda uma vida - Lestat deu de ombros - quando eu tirei aquelas patas imundas dele de você, eu disse a ele que deveria ser mais respeitoso com ômegas, principalmente com você. Espero que ele tenha seguido meu conselho.
- Está explicado porque ele mal fala comigo hoje em dia.
- Que bom, ele entendeu a mensagem que eu quis transmitir a ele - Lestat sorriu de canto.
Eles estavam se beijando, quando Lestat soltou Louis bruscamente e se sentou na cama, olhando para a porta, deixando o ômega sem entender nada. Mas então o Lestat bufou e revirou os olhos.
- Temos visitas - ele disse a contragosto e Louis também se sentou na cama - Heidi, Jake, seu amigo Matteo e mais algum alfa.
- Deve ser o Jordan, namorado do Matteo - o ômega respondeu, mas ele ainda não tinha ouvido nada.
- Não me ataque - Heidi gritou da escada - vim em missão de paz.
- Eu estava em paz até me interromperem - Lestat respondeu alto.
- Mon loup - Louis o reprendeu.
- Acabou de chegar de viagem e já está de mau humor? - Heidi perguntou parando na porta do quarto - nem parece que aproveitou o passeio.
- Eu ia aproveitar mais, mas fui rudemente interrompido.
- Mon Zeus - o ômega tampou o rosto com a mãos.
- Que dó. Enfim, vim convida-los para jantarmos fora - ela respondeu ignorando o alfa.
- Não quero - Lestat respondeu se levantando.
- Vou refazer a frase - a ômega se voltou para Louis - Jordan conseguiu um estágio muito bom, agora ele vai ganhar bem mais e ele e Matteo vão morar juntos, vamos sair para comemorar. Você vem?
- Claro! - Louis disse muito animado, feliz por seus amigos.
- Você joga tão sujo quanto a minha mãe, não é a toa que se dão bem - Lestat falou para Heidi que deu de ombros.
- Eu vou tomar um banho rápido, vocês podem nos esperar? - Louis ainda estava empolgado.
- Claro, estamos esperando na sala - Heidi disse sorrindo, o ômega correu para o closet, já separando suas roupas - Então Lestat, mudou de ideia quanto a ir conosco?
- Vai se ferrar - ele fechou a porta do quarto.
Hoje é dia 02/08 e se encerra a pré venda de Look After. Muito obrigada a todos que participaram disso, seja comprando ou ajudando na divulgação. O engajamento foi incrível, obrigada!!!!!
E eu preciso deixar o meu agradecimento, admiração e gratidão eterna para meus cinco Adms, membros da Equipe. TG, Nágila, Raíssa, Mike e León, nada disso teria sido possível sem vocês, vocês são maravilhosos, eu os amo!!!!
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