Capítulo um.
🍚 🥢 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐨𝐧𝐞 。°
•Jantares e desavenças.
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O barulho irritante do meu salto alto assustava todos que estavam trabalhando no gabinete presidencial de meu pai.
Andava no meio enquanto os empregados ficavam ao redor tentando dar passos ligeiros para me alcançar, e só por causa disso, eu andava ainda mais rápido.
-Baek?-Chamei meu secretário entregando o tablet com a agenda cheia da semana, parando drasticamente no meio do caminho.-Mudanças de planos, vamos até a sala do Kim Taehyung.
-Senhora, mas, por que?
-Porque eu quero.
Os passos acelerados continuavam, entrando dentro do elevador, décimo andar.
Adentrei no espaço de Taehyung, onde ficava as secretárias que não pareciam nada feliz com a minha presença.
-Não pode entrar agora.-umas delas falou, tendo como resposta um olhar furioso.
-Fiquem aí.-a grande porta da sala dele abriu, revelando um homem com semblante fechado enquanto não parecia se importar com absolutamente nada que a secretária falava.
-Pode me dar licença, por favor?
-É isso aí, 'dá licença.-a mulher que antes estava falando algo concordava plenamente com o seu chefe, mas acho que ela não percebeu algo.
-A licença é pra você.-o sorriso debochado que se formou no meu rosto era irritante.
Recebendo um olhar de nojo da parte da secretária,xinguei feio, ou quero dizer, bonito.-Essa vadia mal amada.
-Minju!
- Compareça ao gabinete do presidente hoje a noite.-suspirei alto, olhando a enorme janela.
-Não posso ir.
-E por qual motivo?
-Minha família organizou um jantar.
-Como sempre sua família sendo uma pedra no sapato.-revirei os olhos, imaginando a insuportável da minha sogra falando nos meus ouvidos.-A decisão é sua, amor.-fiz questão de ressaltar a palavra final, me debruçando na mesa e logo depois soltando um sorriso.
Caminhei calmamente até a porta, fechando-a com força.
-Baek, aquela piranha fica com esse decote no meio dos peitos todos os dias?
-Desculpe senhora, mas é somente quando entra na sala do senhor Kim.
-Demite.
-Oi?
-D-e-m-i-t-e.-dizia calmamente, caindo na gargalhada depois.-Lugar de puta é no puteiro, certo?
-Claro.
O resto do dia foi estressante para ambos, e a vida de casados mais ainda, a ideia de casamento arranjado era horrível, os pais não pensavam nos seus filhos? E os sentimentos deles? Nada disso importa quando o assunto é dinheiro e ações no mercado de negócios.
Senti a água quente escorrer pelos meus ombros, causando um arrepio, passei minhas mãos pelo pequeno espelho, encarando meu próprio rosto, semblante sério e triste, olheiras denunciando a falta de uma boa noite de sono.
Sabe, eu comprei esse específico espelho para poder acariciar e observar a minha barriga de grávida.
Até então, achava ótimo dar carinho para o meu bebê, mas tudo isso mudou quando ele morreu.
Eu nunca sofri tanto em toda a minha vida, dor, era a única coisa que eu conseguia sentir quando vi meu filho - que era uma menina preciosa - dentro de um pequeno caixão.
Comecei a chorar com as lembranças antigas, mas que nunca serão esquecidas.
Quando ouvi o som da porta abrindo, pôs minha mão na boca, na intenção de abafar o som.
-Minju?-Taehyung se calou quando a charmosa mulher apareceu na porta de seu quarto, com um vestido que caia perfeitamente bem no seu corpo, realçava ainda mais suas curvas desenhadas.
-Por que tá me olhando assim? Ah, calma! Não se apaixonou né?-Comecei a rir alto, mas logo cessou quando percebeu a carranca do Kim.
-Eu não me apaixono.
Dando de braços, sai na frente dele, pegando a chave do carro escolhido.
-Você não vai dirigir!
-Fecha o bico!
O caminho até o restaurante não foi confortável, eu não era fera no volante, era péssima.
-Troca comigo?-digamos que me rendi, pedindo com o olhar de cachorrinho.
-Agora sim estamos seguros.
No restaurante, as duas famílias estavam lá somente na espera.
E quando finalmente nos avistaram andando de mãos dadas, sorriram e já comemoraram pelo casal estarem se "dando bem".
-Filha! Sente-se.
-Pra que tudo isso?
-Porque sua irmã irá casar com o Yoongi.
Me engasguei com a água que estava bebendo e olhei perplexa para a minha irmã.
-Todos nós sabemos que era para a Jisso se casar a três anos atrás.
-Ah, eu concordo! Até porque, Minju não me deu um neto se quer.-Joo ryuong - mãe de Taehyung - concordava plenamente, tocando na minha ferida.
-Chega, mãe.
-Já que queriam tanto a Jisso e Taehyung casados, não deviam ter me dado um contrato faltando uma noite para o casamento.-a audácia e coragem que tive naquele momento era surpreendente, todos pensavam a mesma coisa, me xingavam internamente.
-Tenho certeza que seu irmão nos dará um herdeiro o mais rápido possível.-o pai de Taehyung, falava orgulhoso, parecendo querer criar uma rivalidade entre os irmãos.
-Já que não tem nada de importante para falar, estamos de saída.-Taehyung comentou , se levantando da cadeira e me puxando para fora.
Os que estavam na mesa não podiam acreditar que ele tinha dito daquela forma.
-Você está bem?-a essa altura do campeonato, meus olhos enchiam de lágrimas novamente, e quando o Kim perguntou para mim, eu não aguentei mais.
Desabei recostando minha cabeça no peitoral largo dele.
Enquanto recebia tapinhas de leve no ombro.
-Desculpa.-foi a única coisa que consegui murmurar em meio aos soluços.
-Não é sua culpa.-eu sentia a dor nas palavras em que ele sussurrava próximo do meu ouvido.
Me afastei, não éramos nem um pouco próximos, eu odiava ele, e pensar que fomos forçados a viver em um relacionamento, me machucava ainda mais.
A noite foi longa e fria, a cama espaçosa até demais comigo no centro dela, fechando os olhos e eu podia jurar escutar um sussurro chamando meu nome, distante, mas ao mesmo tempo perto.
Era um homem?
Mas o'que?
Me levantei da cama, com a intenção de ir até a cozinha para beber um copo de água, mas quando desci as escadas em forma de caracol, o chiquérrimo lustre no meio dela pareceu se mover.
Cada parte de luz se abriu, como um monstro, vindo em minha direção.
Encarei sem reação, dei para trás, me apoiando no concreto frio e ríspido da escada, piorou ainda mais quando ouvi um choro estrondoso de um bebê, o meu bebê.
Me espantei com meu próprio grito, estava suando gelado, olhei para meu relógio na cabeceira, marcava 03:45 da madrugada, soltei um suspiro e alcancei uma pílula azul, sentindo descer pela minha garganta.
-Papai!-dizia eu, com a voz embriagada enquanto olhava cada parte do corpo de meu pai no leito de um hospital psiquiátrico.-Quem fez isso com você? Me responda, por favor.
Meu pai, senhor Gwon, quando foi internado, minha mãe nunca mais queria saber de notícias do marido, ela sempre foi muito asquerosa e somente tinha olhos para poder e riqueza.
Até que um certo dia encontrou alguém como ela, ganancioso.
-Eu.. sou a garota do papai!-de repente, meu pai começou a repetir o que eu falava frequentemente para ele na infância.
As lágrimas brilhavam em meu rosto, enquanto acariciava as mãos machucadas dele.
-É, eu sou.
Minhas lágrimas escorriam sem parar, a ponta do meu nariz avermelhado e os soluços novamente.
Fiquei ali o resto do dia fazendo companhia a ele.
Era maravilhoso poder matar a saudade.
Seria melhor ainda se ele saísse daquele leito.
Mas algo estava me incomodando, o sentimento de ter alguém te espionando.
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Primeiro capítulo!!
10/01/2025.
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