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8 • K.H.O

Quando você sente que alguma coisa estava errada o seu corpo muda por completo, desde os seus batimentos cardíacos ao modo que você enxerga as coisas. Eu não poderia mais deixar o meu orgulho atrapalhar a minha vida.

Me levantei em um impulso e corri o mais rápido que podia naquele momento, agradecendo mentalmente por ter colocado um coturno ao invés de um dos meus saltos, apesar de não estar em um estado de espirito bom para usá-los, o que me fez combinar o par de sapatos pretos com uma calça jeans cargo e uma das minhas blusas da mesma coloração.

Eu estava ofegante e minhas pernas doíam, mas eu não podia parar, então eu corria. E corria. Com as pernas adormecidas e com toda a adrenalina que eu estava sentindo. Medo. Angústia. Preocupação. Decepção comigo mesma.

Cheguei na frente da casa de Sophie tocando a campainha diversas vezes seguidas até finalmente alguém atender a porta. Era Dorota, uma das empregadas de Sophie, e eu não consegui dizer nada, apenas respirar tentando me acalmar enquanto curvava minhas costas na tentativa de existir um jeito melhor de entrar ar pelos meus pulmões, até a mulher a minha frente começar a falar.

— Quanto tempo, Ravena! Mas desculpe, não posso te deixar entrar, todos estão dormindo, e a senhorita Sophie ficou estudando até tarde, então estava muito cansa..

—  Desculpe, Dorota, mas eu realmente preciso entrar —  A interrompi passando por ela sem nenhuma dificuldade, subindo para o quarto de Sophie com uma energia que não sabia que ainda passava pelo meu corpo.

Chamei pela garota diversas vezes enquanto tentava abrir a porta inutilmente já que a mesma estava trancada. A forcei diversas vezes e nada adiantava, da mesma forma que não obtia resposta, conseguindo escutar apenas um chorar distante. Naquele momento me lembrei que era a única pessoa que tinha uma chave extra do seu quarto, guardada em uma corrente que acostumei a utilizá-la todo o dia, como um amuleto da sorte, e por um aperto no coração acabei colocando-a novamente em meu pescoço antes de sair de casa depois de meses guardada na gaveta.

Abri a porta do seu quarto com força a encontrando encolhida no canto escuro, abraçada sobre os seus joelhos enquanto chorava silenciosamente com ambos os fones em seu ouvido. Fui correndo até a garota, a qual parecia estar tão pequena e frágil. A abracei por trás, a aninhando no meu colo de um certo modo, o que a fez se assustar tirando os fones de seu ouvido, percebendo assim a minha presença, e eu percebia os cortes no seu pulso e a arma na sua frente.

— Me desculpe ! — Foi a única coisa que consegui dizer naquele estado, tentando engolir o choro que não quis me obedecer e segundos depois lágrimas estavam escorrendo pelas minhas bochechas.

Eu não havia prestado atenção que minha melhor amiga estava mal, pois estava ocupada demais sendo egoísta por causa de uma pequena ação a qual achava que era errada.

Ela se virou me abraçando com força e ficamos ali por um longo tempo. Ambas não falando nada, apenas sentindo, e eu estava tão confusa com certas coisas que estavam acontecendo no meu interior, mas ao mesmo tempo me sentia segura naquele abraço.

Eu conseguia sentir a tensão. Conseguia sentir a culpa. Os cortes não eram profundos, e nem eram vários, e caso formasse alguma cicatriz seria mínima, mas aquilo me afetou muito, não só aquilo mas tudo o que estava acontecendo.

Sophie era uma garota linda com um sorriso meigo e sempre sendo gentil com todos a sua volta, enquanto se preocupava com o bem estar das pessoas e animais, mas por dentro ela tinha uma insegurança tão grande e se sentia sozinha. Tinha resquícios de depressão e ansiedade. Enquanto eu era uma grande bagunça, que precisava amadurecer, não lidando bem com os meus sentimentos, guardando-os dentro de mim até não conseguir aguentar mais, ao invés de querer entendê-los.

Ficamos um tempo em silêncio antes de realmente começarmos a conversar. Um tempo que precisávamos ter.

— Eu sinto muito! Eu fui uma tola, fui egoísta, fui uma tremenda vadia! — disse enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto. Eu amava a garota a minha frente, e esse foi o grande problema envolvendo todos os outros que passavam dentro de mim que se envolveram como uma bola de neve.

— A culpa não é totalmente sua, depois de um tempo eu fiz de tudo para você se sentir mal.. Fui eu que mandei a sua foto para o chefe do seu pai, afinal, ele é amigo do meu pai e consegui entrar em contato.. Ravena eu sinto tanto por isso. Me desculpa, foi uma ação sem pensar, eu estava muito brava com você. Você não tinha nem me deixado falar com você, eu achava que estava grávida, e você também estava agindo como uma estup..

— Você achava que estava grávida? — a interrompi com os olhos arregalados —  Aí meu Deus, Sophie!— A abracei com toda a força que eu pude.

Como eu fui idiota, simplesmente cega com tudo o que estava na minha frente, vivendo uma realidade falsa com a verdade escondida debaixo do tapete por simplesmente não querer enxerga-la.

— Eu não quero que você vá embora, eu estou muito mal por causa de tudo isso — Ela colocou ambas de suas mãos em seu rosto.

—Eu sei... eu também, mas também eu não posso mais continuar assim! — pronunciei lentamente, meus olhos fechados e uma dor no peito

Era o final de uma fase que precisávamos passar para sermos pessoas melhores e aprender com os nossos erros. Não éramos mais as mesmas, e ali percebíamos e conseguíamos abrir os olhos e enxergar os nossos interiores.

Então ficamos ali, juntas novamente. E um sorriso apareceu em nossos rostos, um sorriso verdadeiro depois de muito tempo. Eu estava com muita saudade dela. Saudade do seu jeitinho, de seus conselhos, e principalmente da sua amizade. E então ali no seu quarto depois de muito tempo estávamos juntas novamente,e iríamos atravessar todos os obstáculos necessários.

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