Exposto!
Estreitando os olhos, Johnny buscou ter certeza de que aquela de fato era a famosa cantora Rebecca. Não fazia sentido algum eles se conhecerem, depois de tantas vezes a vendo na televisão e escutando os amigos comentarem, ele saberia. Não é...?
— Você mora aqui?! — um meio sorriso se formou nos lábios dela expressando a surpresa.
— Sim... — acabou rindo pela situação completamente estranha.
— Quem diria! Nunca pensei que te encontraria assim, imaginei algo como você indo em um dos meus fanmeetings ou shows. — agora uma careta emburrada — Mas você nunca apareceu em nenhum...
— Ok... — apertou a nuca constrangido — Desculpa mas, não estou entendendo nada.
Agora fora Rebecca quem o fitou confusa.
— Não querendo ser rude, como você sabe o meu nome?
Com breves segundos em silêncio, a garota começou a rir levando as mãos para a cintura.
— Ah, você quase me pegou com essa! Pelo visto não perdeu seu ar piadista. Como sabe meu nome, hilário! — tocou levemente o ombro dele se apoiando enquanto ria.
Certamente Johnny já estava criando inúmeras teorias em sua cabeça. Talvez ela fosse maluca, mas a que estava ganhando no momento era a de sua mãe estar aprontando alguma coisa com suas influências e contatos no mundo da mídia. Uma armadilha, um teste? Apertou os lábios analisando a cantora com um sorriso sem expressão.
— Espera... Não era brincadeira?
— Olha, eu acho que não, hein.
— Minha nossa... — rapidamente se afastou embaraçada ㅡ Sinto muito, eu imaginei que... ㅡ se calou mordiscando o lábio inferior indignada.
ㅡ Eu até acreditaria que me confundiu com outra pessoa, mas nosso nome ser o mesmo seria uma coincidência absurdamente grande.
Enfim o elevador se abriu liberando o caminho para a garagem do edifício. Agora ambos Johnny e a cantora caminhavam juntos para encontrarem seus respectivos carros nas vagas do estacionamento.
ㅡ Você não se lembra mesmo de mim? ㅡ pareceu irritada ㅡ Inacreditável... ㅡ batia os pés no chão mesmo que os saltos já dedurassem sua presença ali.
ㅡ Sinto muito, minha memória não é tão boa com o tanto de gente que meus pais fizeram eu conhecer. Minha mãe nos apresentou em alguma festa ou coisa do tipo?
ㅡ É verdade que conheço a senhora Seo...
ㅡ Então realmente foi ela.
Johnny já estava quase certo de que aquilo tudo era obra da mãe, ele só não contava que enviaria uma celebridade desta vez. Ela estava ficando mais devotada, primeiro uma adolescente apaixonada, agora uma cantora renomada?
ㅡ Mas... ㅡ pareceu magoada de repente ㅡ Eu e ela nos encontramos algumas vezes quando dei entrevistas, e só...
Esticou o braço para tocar o pulso de Johnny o obrigando a fitá-la.
ㅡ Sou eu, Yuri... Jang Yuri.
O tom de sua voz demonstrava uma última tentativa desesperada de o fazer reconhecê-la. Tal ato fez Johnny prender o ar para se esforçar melhor em analisar aquele rosto delicado e feminino. Assim que seu olhar caiu sobre a pequena marca de nascença em formato de coração ao lado do olho esquerdo de Rebecca, Johnny liberou por impulso um grito surpreso.
ㅡ Espera! ㅡ os olhos se encontravam arregalados — Chicago, primeiro ano... A garota do intercâmbio...! Você é aquela Yuri?!
ㅡ Sim! ㅡ um enorme sorriso se expressou por puro alívio.
ㅡ Essa marca é impossível de esquecer! Eu não acredito que todo esse tempo eu te vi na televisão e não reconheci você!
— Eles sempre cobrem com maquiagem, por isso você não deve reparado antes.
— Meu Deus, Rebecca é a pequena Jang Yuri?! — acabou rindo.
— Mas... Mudei tanto assim?
— Parando pra reparar, na verdade não. Passou tanto tempo que eu nem imaginei que poderia ser você na televisão, nós não nos víamos com tanta frequência também. Nunca pensei que você se tornaria uma celebridade... Incrível!
— Por causa do contrato, a empresa manteve em sigilo o meu treinamento. Queriam que eu estreasse nos Estados Unidos primeiro, por isso acabei em Chicago.
— Agora faz sentido. Me mudei pra Coréia no final do ano em que você chegou, não foi?
— Sim... — ela esboçou um sorriso triste, entretanto um pouco de raiva se via escondido por detrás daquilo ㅡ E não deu muito certo também, me enviaram pra China alguns meses depois do meu primeiro single ser lançado.
ㅡ E então você virou febre. Hit a cada álbum novo. ㅡ destrancou seu carro com o controle preso em suas chaves.
ㅡ Quase isso...
— Meus amigos vão querer me matar quando descobrirem que te conheço desde o ensino médio e só me toquei agora. — riu já imaginando a cena.
Ao se calar, Yuri tomou um instante para analisar cada detalhe em Johnny. Estava mais alto, forte e bonito, porém seu sorriso não era tão cheio de alegria como antes. Voltou seu olhar aos lumes dele que a encaravam de volta numa expressão nostálgica que lhe obrigavam a se recordar de um tempo colorido.
ㅡ Fico feliz por nos encontrarmos outra vez... ㅡ ela sussurrou.
ㅡ O quê? Desculpa, não ouvi. ㅡ se apoiou na porta do carro.
ㅡ Eu disse que preciso ir antes que receba esporro outra vez.
ㅡ Ah, sim. Eu também preciso ir buscar meu ir... ㅡ enrolou a língua se interrompendo rapidamente ㅡ Amigo no trabalho.
Pela careta dela, Johnny teve consciência de que estava mentindo mal novamente.
ㅡ Nós vamos ter uma festa entre amigos hoje e ele não tem carro.
Nunca imaginou que a situação de Taeyong o ajudaria a mentir alguma vez na vida. Com um riso agradável despistando quaisquer vestígios de que não passava de um papo furado, Johnny acenou rapidamente indicando que aquela era a sua deixa.
ㅡ Até depois, então.
ㅡ Ok, até mais. ㅡ ela retribuiu a despedida com um breve aceno delicado e se afastou.
Johnny mal pôde imaginar o que realmente se escondia por detrás daquele sorriso que tão logo se desfez ao Rebecca se virar.
Por um deslize quase expôs o segredo de sua mãe num piscar de olhos. Sabia muito bem dos rumores que circulavam por aí sobre a nova âncora do jornal da noite. Não queria comparar Yuri com todos que espalhavam tais histórias, muito menos que ao receber a informação ela viria a mídia atrás de holofotes. Contudo lhe fora imposto apenas uma tarefa, manter sua relação com Jinwoo em puro sigilo. Rever a antiga colega de classe o fez se lembrar de como sua mãe podia ser má quando as coisas não se direcionavam ao rumo que queria. A cicatriz em seu coração era bastante funda e para isso jurou que não iria mais se arriscar em confiar em qualquer um que pudesse ter o mínimo de contato com a poderosa senhora Seo; não depois do que ela o fez passar. E Rebecca, por sua vez, conhecia a mulher o suficiente para se tornar algo preocupante ela descobrir tudo; outro grande motivo para guardar o segredo à sete chaves.
Já na estrada, cantarolando músicas aleatórias que passavam na rádio do carro, Johnny enxergou uma padaria do outro lado da rua. Só de imaginar os doces e pães quentinhos ali dentro, sua boca salivou. Lembrou-se das regras da mãe, entretanto seu estômago falou mais alto. Uma vez não mataria ninguém, não era como se ela realmente tivesse olhos dentro de seu apartamento. Assim que contornou a rua para se dirigir ao estabelecimento, fora abordado com uma ligação de Jaehyun.
ㅡ E aí cara, tudo bem?
ㅡ É, acho que sim... Ahm, espera você está dirigindo? A ligação está...
ㅡ Pois é, você e sua mania de me ligar quando tô no carro. Mas tudo bem, pode falar, estou estacionando.
ㅡ Ah, ok... Então, lembra que eu comentei sobre o trabalho na casa das amigas da minha mãe?
ㅡ As tias taradas, sim me recordo. ㅡ retirou o cinto, entretanto permaneceu no carro.
ㅡ Eu tinha arrumado uns bicos pro Ten também. Sabe, com toda aquela coisa de massagem dele.
ㅡ Jaehyun, você mandou o Ten ir trabalhar de massagista na casa das tias taradonas?! Cara, isso não se faz.
Com pouco Johnny conseguiu escutar os risos de Jaehyun do outro lado da linha. Ele ria tanto que acabou contagiando Johnny.
ㅡ Isso é muita sacanagem, você sabe que ele tem medo de mulheres.
ㅡ Eu não pensei nisso quando ofereci a ajuda... Ai, espera... ㅡ tentava se recompor de tanto que ria ㅡ Ele chegou na casa da mulher e pffff... Ele, ele... Quando ele entrou no quarto pra começar a massagem ela estava peladona lá esperando ele chegar.
ㅡ Meu Deus!
Agora ambos Johnny e Jaehyun tinham uma crise de risos.
ㅡ Ele ficou tão assustado que... ㅡ estava se mostrando impossível controlar o riso ㅡ Ai, calma... — tentou respirar — Ele ficou tão assustado que saiu correndo de lá... ㅡ pelos ruídos, pareceu que Jaehyun havia tropeçando em alguma coisa.
Johnny mal conseguia responder de tanto que ria, os dois amigos se contorciam já com os olhos marejados pelas dores abdominais repentinas com tanto riso. Quando enfim Jaehyun imaginou que poderia controlar sua crise, Johnny lhe obrigou a sofrer mais um pouco por tanto rir.
ㅡ Imagina a cara dele correndo!
ㅡ Não, para, ai eu vou morrer...!
Foram necessários longos segundos para os amigos conseguirem controlar suas emoções e respirar mais calmamente. Com alguns risinhos soltos e secando as lágrimas dos cantos de seus olhos com a canhota, Johnny fora quem se recuperou primeiro.
ㅡ Então... — Jaehyun prosseguiu — O meu ponto é, ela se sentiu constrangida e inventou uma história para as outras, agora elas não querem mais meus amigos trabalhando pra elas.
ㅡ Que ótimo, ela traumatiza o Chittaphon com a visão do inferno e eu que fico sem emprego. ㅡ mesmo incomodado por aquilo, Johnny não conseguia evitar os breves risos que ainda insistiam em sair.
ㅡ Mas olha só, meu pai gostou da ideia de ter você trabalhando na equipe do resort.
ㅡ Sério?! Isso vai me salvar de um sufoco que você nem imagina!
ㅡ É, parece que não vai demorar tanto quanto eu achei pra ficar pronto, meu pai contratou mais um pessoal pra ajudar na obra. Talvez mais uns dois ou três meses. Quanto tempo você consegue ficar com o dinheiro que sobrou?
ㅡ Eu tenho o suficiente para...
Johnny acreditou ter a resposta na ponta da língua, contudo agora não morava mais sozinho e com isso o aumento nos gastos era inevitável.
ㅡ Um mês e meio talvez...?
ㅡ Como assim?! Você não tinha passado uns meses sem gastar metade do seu salário? O que aconteceu com o dinheiro que guardou?
ㅡ Emergências vieram à tona...
ㅡ Que merda... Vamos pensar em outra saída. Eu vou ver o que consigo.
ㅡ Tudo bem... Obrigado, cara.
ㅡ Ei, saiba que pode ficar na minha casa o quanto precisar caso algo aconteça.
ㅡ Espero que eu não precise pensar em aceitar esse convite nunca.
ㅡ Ué, por que não?
ㅡ Tive uma conversa com o Winwin. Seu safado sem vergonha, poluindo o menino com aquelas cenas.
ㅡ E-eu?! O que eu fiz?!
ㅡ Você sabe muito bem o que fez.
Um breve silêncio se estendeu.
ㅡ Então só me resta dizer: parabéns por perder sua virgindade, Jaehyun.
ㅡ Para com isso...! ㅡ ele acabou rindo ㅡ Eu só liguei pra avisar sobre aquilo, agora deixa eu desligar antes que você comece a se aprofundar nas suas ideias pervertidas.
ㅡ Você que faz indecências ao vivo e em cores e o pervertido sou eu?
— Eu nem fiz nada, para com isso.
— Tá, acredito sim... Mas ok, nos falamos depois, preciso ir.
Com a despedida, fora a oportunidade de Johnny gastar alguns trocados na padaria. Se perguntou se aquilo faria Jinwoo mais alegre após o jantar provavelmente sem gosto que teriam de comer. Enquanto esperava o caixa terminar de embalar suas compras, Johnny teve outra ideia para melhorar o ânimo daquele dia. Havia sido demitido, não teria paciência alguma em ouvir o irmão mais novo reclamar ou xingá-lo devido ao gosto ruim da comida, então decidiu: cozinharia o jantar desta vez e a mãe que reclamasse caso descobrisse.
Estacionou próximo a escola e decidiu seguir o restante do trajeto a pé na tentativa de despistar Yuta. Contudo seu plano fora pro brejo no instante em que viu Jinwoo brincando com seu amigo japonês. Num suspiro de puro sufoco e raiva, Johnny tentou chamar a atenção da criança com acenos. Os gestos começaram suaves e bastante discretos até ele se irritar com a situação e começar a quase encenar uma cena de acesso de loucura.
— Psiu...! Jinwoo...! — os sussurros impacientes a cada momento tornavam-se mais altos — Cacete... Oh, Jinwoo!
Sem querer acabou gritando. Cobrindo a boca desesperadamente, Johnny se escondeu atrás de uma árvore sabendo que agora tanto o irmão como Yuta encaravam os cantos em busca do suposto dono daquela voz. Infelizmente, Jinwoo não ligou os pontos e permaneceu aonde estava. O que restava agora era uma missão bastante difícil para Johnny completar. Com uma olhadela rápida, notou Yuta se aproximando para checar quem estaria ali. Se agachando, o mais alto rapidamente deu a volta na árvore à medida em que Yuta contornava a mesma. Assim que viu uma abertura, correu até Jinwoo se escondendo por entre as moitas e árvores finas em volta daquele extenso pátio. Jinwoo brincava sozinho no cavalinho amarelo de molas ao lado das gangorras. Um pouco mais próximo, Johnny tentou outra vez.
— Jinwoo...! Ei...! — sussurrou.
— Oi! — o menino sorriu descendo do brinquedo — O que você está fazendo aí, hyung?
— Shh... — esticou o braço chamando o irmão para se aproximar — Vamos brincar de Missão Impossível?
— Que brincadeira é essa?
— A gente vai lá dentro buscar sua mochila quietinhos sem deixar o Yuta nos ver.
— O professor está brincando também?! — riu com gosto logo imitando o gesto de Johnny levando o indicador aos lábios — Vamos ficar quietinhos.
Quando Johnny deu sinal, ele e o irmão correram para dentro do pequeno jardim de infância atrás da classe 6B. Se despediram da professora e quando se prepararam para sair, Yuta se encontrava de costas próximo a porta. Jinwoo ria animado por estar brincando com o irmão mais velho, o que na verdade não passava de uma fuga para não serem expostos.
— Byul. — Jinwoo chamou uma garotinha que brincava com uma boneca ao lado — Você gosta do professor bonito, não é?
A garotinha sorriu envergonhada, e se não fosse por estarem se escondendo, Johnny provavelmente a apertaria por ser tão fofa.
— Ele disse que quer brincar com você, por que não vai lá?
Com a oportunidade, a menininha correu animada atrás de Yuta. Está fora a oportunidade perfeita. Com agilidade, Johnny alcançou o irmão o pegando no colo e fugiu dali no instante em que Nakamoto se abaixou para dar atenção a pequena Byul. Com risos soltos de pura adrenalina, Jinwoo abraçava o pescoço de Johnny se apoiando em seus ombros.
— Você é muito espertinho, hein? — comentou assim que já estava colocando o cinto no irmão sentado no banco de trás.
— Foi divetido*.
*divertido
— Só porque não fomos pegos. — tentou se recompor da adrenalina que ainda o atingia.
Assim que já se viam os dois dentro do carro, Johnny partiu seguindo o caminho de costume. O aroma agradável de pães recheados dentro da sacola que fora deixada no banco ao lado do motorista despertava o paladar de Jinwoo que, a cada minuto, tentava checar o que havia de tão cheiroso ali.
— O que fez hoje na escola?
— Aprendi números novos! E cantamos com a professora!
— Você é fã de música, né. — um sorrisinho de lado se expressou na face de Johnny ao se lembrar do vídeo do irmão dançando.
— Que cheirinho é esse, são lanchinhos?
Johnny sabia que qualquer dia cederia e encheria o irmão de mimos apenas pela forma como sua voz adorável era.
— Se você for um bom menino, a gente divide eles. Tudo bem?
— Eu sou um bom menino. — um sorriso.
Pelo pouco que o caminho de volta para casa se estendeu, o filho mais velho da família Seo notou o quanto uma noite tomando banho juntos mudou a forma como o menor o via. Uma confiança estava crescendo.
Em pouco já estavam no estacionamento do edifício prontos para seguirem ao elevador. Alcançando a mão do irmão, Johnny não notou a curiosidade do menor em quem vinha logo atrás. Estando acostumado com os vizinhos, mesmo ouvindo os passos, o mais velho não deu tanta bola.
— Hoje vamos comer bibimbap*. — sorriu ao irmão que segurava sua mão enquanto esperavam o elevador — Sinta-se honrado, seu irmão aqui nunca cozinhou pra ninguém antes.
*uma mistura de arroz branco com molhos,
pasta de pimenta, legumes, carne e ovo
— A mamãe disse que você não sabe cozinhar.
— Eu não sabia mesmo, ela se recusava a me ensinar ou pagar aulas, não tenho culpa. — deu de ombros — Tive que aprender na marra agora que moro sozinho. Mas te garanto que se não morri até hoje, não é ruim.
— Ela disse que as moças na cozinha fazem pra mim, não preciso aprender.
— Nossa mãe é um caso perdido, meu Deus... — murmurou — Jinwoo, não ganhamos nada se deixarmos outras pessoas fazerem tudo pra nós. Existem coisas que devemos fazer sozinhos.
Assim que adentraram o elevador distraídos, Johnny por fim reconheceu quem estava ao lado no instante em que se virou de frente para o painel metálico.
— Yuri...?! — um calafrio tomou sua espinha de repente, o coração acelerou.
A garota encarava hora o menor, hora Johnny com uma expressão estupefata enquanto adentrava o cubículo em conjunto deles.
— Vocês são... Irmãos?
— O hyung vai mim* dar lanches mais tarde!
*me
Jinwoo respondeu contente, deixando Johnny aflito e sem reação. Repentinamente a expressão surpresa de Rebecca se transformou em um sorriso fino que escondia alguma coisa.
— É mesmo? Que legal saber disso. — após comentar, direcionou seu olhar para Johnny.
Não levou tanto para já estarem dentro do aconchegante e luxuoso apartamento do irmão mais velho de Jinwoo com a cantora os seguindo. Tudo o que Johnny podia imaginar naquele momento era em como sua mãe o mataria. Talvez um assassino de aluguel ou quem sabe preferisse fazer o serviço ela mesma. Rebecca por outro lado permaneceu quieta apenas conversando com o garotinho.
— Jinwoo... — Johnny o chamou — Aqui, por que não escolhe um lanche e assiste um pouco de TV enquanto eu faço o jantar? — estendeu a sacola — Lembra qual é o canal que gosta, né?
— Eu posso?! — mesmo que tenha perguntado, alcançou a sacola e correu como um foguete para a sala.
— Mas é pra comer só um, ouviu...?!
— Tá...!
No momento em que pôde ouvir os alto-falantes da televisão ligados, Johnny conseguiu fixar toda a sua atenção na garota a sua frente. A expressão dela deixava claro que algo bom não estaria por vir.
— Então os rumores sobre sua mãe... São bem mais leves do que a verdade. Hm, um filho fora do casamento?
— Espera, quero que fique claro que não posso confirmar e nem desmentir nada.
— E para não destruir a imagem perfeita da família dona da maior rede de aeroportos de Seul, seu pai aceitou manter a encenação do casamento perfeito?
— Yuri, o que você quer?
Johnny pegou no ar aonde a conversa iria terminar. Temeu ser encurralado e sentiu certo desapontamento no instante em que soube que Jang Yuri, a meiga cabeça de vento como era chamada pelos colegas em Chicago, estava prestes a ameaçá-lo.
— Faça tudo o que eu te pedir, incluindo ser meu personal trainer particular, e eu prometo não contar nada a ninguém.
Mesmo não parecendo algo preocupante, Johnny teve certeza apenas ao encarar os lumes esverdeados pelas lentes que a cantora usava de que se afundou em uma enrascada. Entretanto o que o ex-jogador de futebol americano não esperava era que uma aventura muito mais complexa havia se iniciado. Qual o verdadeiro motivo para Rebecca fazer aquilo?
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Me atrasei um pouco
| sorry sorry sorry |
Postei hoje sim porque era para ter saído ontem e não
quero esperar até sábado :P
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