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I Think about her and she knows it

— Por que está demorando, Aaliyah? — perguntou o que eu entendi depois ser seu irmão, Shawn Mendes.

Ah! Agora as coisas estavam mais claras e eu quase disse isso em voz alta.

Seu olhar vagava por todas as pessoas dentro daquele café, até parar em mim e eu me senti despida dos pés a cabeça com seu olhar cativante. Demorei um tempo para notar sua atenção excessiva em minha blusa e eu baixei o olhar para vê-la também, avistando a letra de uma de suas músicas a estampando. Senti minhas bochechas entrarem em combustão, enquanto ele dava um sorriso... Presunçoso?

Never be alone é uma de minhas músicas preferidas e era mais que óbvio que eu teria uma blusa com qualquer frase de sua letra. Mas agora Shawn deveria achar que eu era uma fanática, coisa que eu nunca fui. Nem por ele, nem por ninguém. Eu era apenas alguém que admirava muito seu trabalho, mas ainda sim a parte adolescente manifestou-se dentro de mim e me implorou um mísero abraço. Ignorei-a.

Enquanto ele me observava, pude o observar também, como ele era mais alto do que se dá a entender pelas fotos, como seu cabelo era bagunçado quando ele não estava produzido e como ele parecia ser comum e definitivamente não um astro teen. Seu olhar desviou de meus olhos e parou em minhas mãos e eu me permiti soltar a respiração, sem nem ter notado que estava a segurando.

Tirei minhas mãos dos ombros de sua irmã e ela se explicou:

— Tinham uns garotos me perturbando — disse e vi a expressão de Shawn se tornar enfurecida, ele devia se sentir culpado por importunarem sua irmã. — Até essa moça me ajudar — seu olhar pairou em mim novamente. — Eles já foram — ela continuou — depois que ela ameaçou dar um chute no saco deles — então Aaliyah desatou a rir e eu não pude evitar rir também, sendo acompanhadas por Katherine. Fitei seu olhar repreendedor por sua irmã ter se referido aos órgãos genitais masculino dessa maneira, mas vi uma mínima elevação no canto direito de sua boca.

Shawn tinha uma expressão curiosa no rosto, que eu não me atrevi em tentar desvendar. Ainda assim, percebi que ele estava desconfortável, mesmo sendo um dos únicos clientes ali — e o resto deles eram pessoas bem mais velhas, ele não parava de rodear seu anel no dedo médio, me fazendo crer que seja algum tique nervoso. Talvez ele ande com receio em lugares públicos por medo do que alguém pode fazer ou achar e imagino que isso deva ser estressante. Mas Shawn parece sentir amor pelo que faz, eu não poderia tentar discordar disso.

— Sou Ellie — quebrei o silêncio e me virei para Aaliyah que sorriu. Katherine anunciou seu pedido pronto e ela foi até o caixa pagar. Shawn se aproximou de mim cautelosamente, ainda calculando seus passos e eu fiquei sem reação. Estamos falando de um cara conhecido no mundo todo bem aqui na minha frente. Senti meu coração palpitar, ele era bem melhor ao vivo.

Repreendi-me pelo pensamento.

— Obrigado, Ellie — disse com um tom de voz grave e eu dei um leve sorriso, entendia o amor exagerado que sentiam por ele. — Pelo que fez pela Aaliyah. — Shawn coçou a nuca e observou sua irmã, sorrindo com a boca fechada, logo em seguida.

Achava engraçado o modo que ele se portava, parecia envergonhado demais para conseguir encarar uma plateia com milhares de pessoas.

— Não há de quê — respondi. — Não podia deixar ela sozinha — ele assentiu e se virou para acompanhar sua irmã com uma sacola em mãos, mas antes me fez uma pergunta:

— Você sabia que ela era minha irmã? Quando a defendeu — esclareceu e Aaliyah também estava atenta em minha resposta, mesmo que ela já soubesse.

— Não, eu não sabia — disse e assisti Shawn abrir um sorriso encantador, me fazendo espelhar um do mesmo jeito em meu rosto.

— Até mais, Ellie! Obrigada. — Aaliyah acenou com a mão desocupada e eu acenei de volta. Desviei meu olhar do dela e encarei Shawn que ainda continha um sorriso de canto, ele acenou também e em seguida sumiram da minha vista.

Assim que eles se foram, Katherine aparece do meu lado com um sorriso assustador impregnado em seu rosto.

— Shawn Mendes esteve aqui! — ela praticamente gritou, me fazendo reproduzir uma careta, os outros presentes ali riram de seu jeito exagerado. — Aaliyah sempre vem aqui aos sábados pegar os preciosos muffins do Shawn quando ele está na cidade, mas ele nunca pisou aqui — explicou e logo voltou a gritar. — Meu Deus! Ele esteve aqui, ele pisou nesse chão!

— Vai beijar o chão? — perguntei irônica e ela revirou os olhos.

— Queria beijar outra coisa — disse maliciosa e eu ri. — Você viu como ele te olhou? — a olhei com confusão.

— Me olhou? Está delirando?

— Não se faça de tonta, Ellie. Ele te olhou daquele jeito foguento que todas as mendes army querem ser olhadas. — Franzi o cenho e abanei a cabeça.

— Acho que o excesso de trabalho está atrapalhando o bom funcionamento de seu cérebro — disse e ela revirou os olhos.

— Falou como uma médica.

— Sou praticamente uma — disse e ela riu. — O que quer fazer hoje?

— Acho que foram muitas emoções para um dia só, vamos pra casa? — Katherine disse e eu resmunguei.

— Pensei que íamos para aquela festa que seu amigo te convidou — ela pareceu lembrar.

— Muito bem lembrado, Bamber. Mas você sabe que amanhã o Sr Sanders quer te entrevistar e você não pode fazer feio, se não ele cai em cima de mim — a garota semicerrou seus olhos em minha direção.

— Em um domingo? — perguntei, já sentindo todas as dores futuras.

— Sim, Ellie. Ele viaja o tempo todo e este vai ser um dos únicos finais de semana que ele vai estar aqui, então só temos amanhã pra dar início ao seu plano de vida — assenti, sentindo toda a motivação que eu não tinha correr pelo meu corpo. Katherine pegou suas coisas e se despediu dos outros funcionários, me encarando logo em seguida. — Vai querer ir mesmo? Sabe como é fraca para bebibas — ela disse rindo, lembrando-se da última vez catastrófica em que eu ingeri álcool.

Eu não seria irresponsável o bastante para beber demais — Claro, eu sei me controlar, Katy.

(...)

Eu não entendia o porquê todos pareciam estar gritando ao meu redor, não entendia como aqueles óculos escuros ousavam se intitular escuros se o sol ainda queimava meus olhos e não entendia como ainda não havia vomitado tudo que Katherine me obrigou a comer antes de sair de casa.

Ela revirou aos olhos ao ver-me caminhando como o zumbi até a entrada do café onde trabalhava. Minha amiga estava a uns passos na frente de mim e já se achava uma própria corredora de maratona, eu não estava devagar, ela que estava rápida demais.

Deixei meu grosso casaco cair de meus ombros e ouvi Katherine bufar meu lado. Ela estava irritada por ter que trabalhar em um domingo para se livrar do próximo sábado e por ter que me aturar de ressaca pelo resto do dia, coisa que ela tentou evitar copiosamente.

Observei-a ir até a sala do tal Sr Não Lembrava Seu Nome e me chamar logo depois, dizendo que ele me esperava. Fiz uma careta e ela tirou meus óculos escuros, me fazendo resmungar pela claridade que aquele local possuía.

— Katy, só uma pergunta...

— Seu nome é Sr. Sanders — disse, adivinhando minha pergunta. Assenti, entrando em sua sala que ficava no fundo do café. Ele já me esperava e se notou meu estado, não fez questão de demonstrar. Ou talvez eu seja uma ótima atriz.

— Srta. Bamber, você já trabalhou em algo assim?

— Não, senhor. Mas para tudo tem sua primeira vez — disse, tentando abrir um sorriso e ele não pareceu gostar do ditado popular que eu citei. — Quer dizer, o senhor não vai se arrepender, eu posso aprender tudo que preciso com a Katy — falei, com certa dificuldade.

— Katherine disse que posso confiar em você e eu confio em Katherine — ele disse e eu assenti, sentindo meu café da manhã subir queimando em minha garganta, me fazendo tapar a boca com a mão. — A senhorita está bem?

Minha cabeça latejava e piorava a cada vez que eu tentava me esforçar para entender com clareza o que ele dizia.

Não tive tempo te responder, peguei um vaso que estava na estante ao meu lado e despejei tudo que um dia eu já ingeri, talvez até uns órgãos tenham ido junto. O assisti arregalar os olhos e bufar impacientemente.

— Senhorita...

— Me perdoe! Por favor! Eu o compro outro desses... Onde posso encontrá-lo? — perguntei desesperada e Sr. Sanders respirou fundo, calmo até demais.

— O vaso não é o problema, senhorita Bamber... Você acabou de vomitar nas cinzas de meu avô — disse e agora foi minha vez de arregalar os olhos, embaraçada e sem a coragem de olhar em seus olhos.

Depois de um tempo em silêncio, conclui que ele não iria me empregar nem se seu próprio avô se reconstruísse das cinzas.

Cinzas vomitadas.

— Então eu acho que já vou — disse me levantando, deixando o vaso de volta em seu lugar e dando um breve suspiro derrotado. — Foi um prazer lhe conhecer, Sr. Sanders. — Estendi a mão para ele, que não apertou. Engoli em seco.

— Na próxima entrevista de emprego que for, tente não estar de ressaca — aconselhou e eu assenti, saindo de seu escritório, atrás do primeiro penhasco onde eu pudesse me jogar.

(...)

— Como eu iria saber que o avô dele estava no vaso? Nem ao menos parecia um que normalmente as pessoas usam para colocar cinzas dentro! — disse no mesmo tom esganiçado de Katherine, que gritava comigo desde a hora em que eu saí daquela sala.

— Se você tivesse se controlado ontem, isso não teria acontecido! — resmungou alto demais, me fazendo gemer e enterrar a cabeça nas mãos. Sendo levantada, segundos depois, por uma Katherine levemente irritada. — Você foi irresponsável e agora vai ter que arcar com as consequências — disse.

— Não é como se esse fosse o único lugar onde eu pudesse trabalhar — retruquei, deitando de novo. – Ainda estou de ressaca — constatei e sabia que ela tinha revirado os olhos.

— Irei trabalhar até as 10:40, assim como ontem — falou. — Mas pelo menos, sábado que vem estarei livre — comemorou.

Ainda estávamos no horário de almoço e eu só queria ir pra casa dormir, mas Katherine me obrigou a ficar com ela porque esse era o plano original, mesmo que as coisas não tenham dado muito certo. Contudo, eu não via utilidade em minha presença ali, mesmo que eu nunca veja utilidade em minha presença em canto nenhum, eu ainda gostaria de me deliciar com a maciez da minha cama, que é a única coisa que me deixaram manter na minha nova vida canadense.

— Agora você tem que arranjar algo novo, a menos que esteja disposta a tornar-se uma médica, mais uma para a família Bamber — senti a dor em minha cabeça aflorar ao lembrar-me que ainda teria que solucionar isso e Katherine tinha o tom de voz acusatório, como vários eu te avisei em um só.

— Vou pensar em alguma coisa — disse, mesmo não tendo certeza e isso fez o desespero que tinha em meu peito crescesse, estava com medo de ter uma vida fadada a algo totalmente desinteressante aos meus olhos.

O dia passou rápido e quando notei já havia babado toda a mesa em que fiquei por hoje sem nenhuma vontade de levantar. Katherine me obrigou a tomar um remédio e eu o esperei fazer efeito até cair no sono, sendo despertada pelo sino na porta. Nem saberia dizer como consegui dormir com todo o barulho que todas aquelas pessoas tagarelas faziam.

Também não saberia dizer como Sr. Sanders não me expulsou de seu estabelecimento.

Senti-me em paz quando levantei a cabeça e vi a mesma quantidade de clientes de ontem à noite, olhando para a porta logo em seguida. Aaliyah entrava com os mesmos olhos curiosos e com a mesma pressa de ontem, me deixando surpresa. Talvez seu irmão não gostasse tanto de esperar. Ela me avistou e fez uma careta quando veio até mim, parecendo notar meu estado, me fazendo rezar para que ela não fizesse nenhuma pergunta.

— Olá, Ellie — disse e eu sorri minimamente, piscando seguidas vezes para tentar despertar.

— Oi, Ali — respondi. Apoiei a mão no cotovelo e o cotovelo na mesa. Ela se distanciou de mim, pedindo quatro muffins de blueberry para Katy, que sorriu ao vê-la. – Pensei que só viesse aos sábados – disse, franzindo o cenho.

Ela revirou os olhos.

— Shawn pode ser muito irritante às vezes — comentou e eu ri, tentando achar alguma normalidade naquela situação. Apenas a citação de seu nome me fez procurar por sua presença e eu vi o mesmo carro preto de ontem parado em frente ao café. Perguntei-me se Aaliyah demorasse o suficiente, ele não apareceria aqui. Ela pareceu notar pra onde meu olhar seguiu, dando um sorrisinho. — Enfim, não vim apenas para comprar muffins — intriguei-me. — Vim te fazer um convite. Pra vocês duas — ela completou, sabendo que Katy prestava atenção em nossa conversa.

— Um convite? — perguntei desconfiada.

— Shawn vai fechar a tour de Illuminate aqui em Toronto e eu perguntei se não poderia conseguir um ingresso pra você... e Katherine — disse e eu estreitei os olhos em sua direção, Aaliyah parecia esconder alguma coisa. — Depois do que você fez ontem, creio que essa seja uma ótima recompensa. E bem, ele concordou.

Ele concordou como um "eu não ligo"? Ou ele concordou como um "gostaria muito que ela fosse?" Elas fossem, corrigi mentalmente. Olhei para Katy e tenho certeza que se ela não estivesse em choque o suficiente, iria cair dura ali mesmo. E iria me fazer cair dura se eu recusasse.

— E então? Aceitam? — perguntou esperançosa.

— Um show de graça do Shawn Mendes? Nunca seria louca de recusar — disse, desviando o olhar para o carro, até Aaliyah me interromper, rindo sorrateiramente.

— Não é ele que está lá, Ellie. Shawn teria vindo aqui falar com você.

I think about her and she knows it


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