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08 | Não podemos nos ver.

No dia seguinte

Jaemin tomava café da manhã com sua família e Cal no convés privado.

Sua cabeça latejava, e era óbvio... ele havia bebido, mesmo que fossem apenas dois copos de cerveja.

Ainda assim, sentia o ambiente um pouco tenso… e não sabia por quê.

― Jaemin ― o loiro olhou para seu pai. ― Onde você estava ontem à noite?

Aquela pergunta o desconcertou, mas ele não hesitou em responder:
― No meu camarote. Rose e eu voltamos cedo para descansar, avisamos à mamãe.

― Sério? ― o pai perguntou, e o jovem assentiu. ― Então o rapaz que eu vi no convés da terceira classe, se divertindo bastante com o jovem Dawson ontem à noite, deve ter sido seu gêmeo.

Jaemin arregalou os olhos ao ouvir aquilo.

Ao seu lado, Rose ficou tão surpresa quanto ele.

― Pai…

― Poderiam nos deixar a sós, por favor? ― pediu à esposa, a Rose e a Cal, interrompendo o filho.

A senhora Ruth não hesitou em sair. Cal levantou-se, mas Rose não queria deixar o irmão sozinho com o pai.

Ela sabia que algo ruim ia acontecer e não queria vê-lo machucado.

― Rose… nos deixe a sós ― disse o pai ao perceber que ela não tinha intenção de sair.

― Não vou sair daqui ― respondeu firme.

O pai a encarou, visivelmente irritado.
― Que nos deixe a sós! ― gritou, assustando-a completamente.

Jaemin sobressaltou-se e aproximou-se da irmã.
― Rose… vá, eu ficarei bem ― tentou tranquilizá-la com um sorriso.

― Você e eu sabemos que isso não é verdade ― respondeu, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair.

Jaemin não disse nada, apenas continuou sorrindo e fez um sinal para que ela saísse.

Rose suspirou, lançou-lhe um último olhar e foi embora.

Mas, na verdade, ficou escondida atrás de uma parede para escutar tudo. Se algo grave acontecesse, ela iria intervir.

Jaemin também suspirou e, com medo, virou-se para olhar o pai, que estava parado a poucos metros de distância.

― Pai…

― O que eu te disse da última vez que conversamos, Jaemin? ― o interrompeu, aproximando-se até ficarem frente a frente.

O loiro engoliu seco e começou a mexer nervosamente nos dedos.
― Que não deveria mentir de novo e que não fosse contra suas ordens ― respondeu, vendo o pai assentir.

― Parece que isso não ficou claro ― foi tudo o que disse antes de acertar um soco no rosto do próprio filho.

Jaemin caiu no chão com o impacto do golpe. Levou uma das mãos ao rosto, mas seus dedos tocaram os lábios, sentindo o gosto de sangue.

Seus olhos se encheram de lágrimas.

Mas ele não pôde reagir, pois o pai agarrou seus pulsos com força e o obrigou a olhar para ele.

― Escute bem, Jaemin… quero que se afaste daquele rapaz! Quero que se comporte como o jovem de primeira classe que você deve ser e pare de agir como um qualquer! ― exigiu, apertando ainda mais os pulsos dele.

― Eu não estou agindo como um qualquer, só estou sendo quem realmente sou! ― retrucou.

E, embora soubesse que aquilo lhe renderia mais golpes, não iria recuar.

― Quem você realmente é? ― o pai perguntou, com desdém.

Ele soltou um dos pulsos do filho e agarrou seus cabelos com força, arrancando um gemido de dor do jovem.

― Pai, você está me machucando! ― exclamou Jaemin, tentando se soltar. ― Pare!

― Não! Pare você, Jaemin! Aceite o destino que te espera. Você é um garoto de primeira classe e deve se comportar como tal! ― gritou na cara do filho, apertando o outro pulso com mais força. ― Você vai ficar no seu camarote até o Titanic chegar ao destino. Se sair, será apenas conosco, porque não vou permitir que veja aquele rapaz de novo. Me entendeu?!

― Você não pode me prender no camarote!

― Ah, Jaemin… você realmente não entende. Eu já te tranquei no quarto por uma semana em casa… acha que não sou capaz de te prender por alguns dias neste navio? ― disse, rindo de forma cruel, enquanto o garoto apertava os lábios para conter o choro. ― Então, pare de se comportar como fez ontem à noite e comece a agir como um homem de verdade!

Soltando Jaemin com força, o pai se afastou, caminhando em direção à porta.

― E mais uma coisa: se eu souber que você voltou a ver aquele rapaz, acredite… desta vez, não será contra você que eu vou agir, mas contra ele ― avisou antes de sair.

Sozinho, Jaemin deixou que as lágrimas caíssem, abraçando os joelhos.

As dores dos golpes eram fortes, mas não tanto quanto a tristeza por não poder mais ver Jack.

Ele sentia como se todas as suas chances de liberdade tivessem desaparecido.

A porta se abriu, mas Jaemin nem se deu ao trabalho de olhar quem entrava. Ele apenas queria liberar toda a dor que carregava em seu coração.

Uma mão suave segurou seu queixo, levantando seu rosto para encontrar os olhos azuis de sua irmã.

― Oh, Jaemin… sinto muito ― disse Rose, antes de envolvê-lo em um abraço.

Ele não hesitou em retribuir. Precisava desesperadamente do conforto de sua irmã mais velha.

― Lamento muito que tudo isso tenha acontecido ― acrescentou ela, sentindo o irmão soluçar de dor em seus braços.

Jaemin não queria falar… não conseguia.

Rose entendeu e apenas continuou abraçando-o, permanecendo ao seu lado até que ele dissesse que estava bem.

Mas, no fundo, ela sabia que Jaemin jamais ficaria realmente bem outra vez.

___


― Mas esses botes não são suficientes para todos os passageiros, senhor Andrews.

― São apenas para metade, veja só, Rose… nada escapa aos seus olhos, não é mesmo?

A ruiva sorriu, mas essa resposta não a agradou nem um pouco.

Ao seu lado, Jaemin fez uma careta, também insatisfeito com o que ouviu.

― Não precisam se preocupar, este navio é muito resistente e confiável, não há necessidade de mais botes salva-vidas.

― E o senhor tem razão, mais botes ocupariam muito espaço... ainda bem que este navio é inafundável ― comentou Cal rapidamente.

Jaemin não disse nada, apenas escutava a conversa que seus pais, Cal e o senhor Andrews estavam tendo.

Estava entediado, claro que estava.

Desde aquela “conversa” que tivera com seu pai pela manhã, permanecia calado.

Rose não havia se afastado dele desde então. Cuidou do ferimento em seus lábios e cobriu, tanto quanto pôde, a marca em sua bochecha.

As marcas em seus pulsos estavam escondidas pelas mangas da camisa e do paletó, mas, mesmo assim, ainda doíam.

Ele não dissera uma palavra sequer desde o confronto com o pai, e ninguém parecia se importar, embora o vigiassem de perto.

Queriam garantir que Jaemin não escapasse para encontrar Jack Dawson.

Mas jamais imaginaram que o próprio Jack iria procurá-lo, preocupado com o que poderia estar acontecendo.

Quando o viu sozinho com Rose, Jack agarrou o braço de Jaemin e o puxou para um quarto vazio.

Rose ficou surpresa, mas sabia que os dois precisavam conversar. Então, começou a inventar uma desculpa para justificar a ausência do irmão.

Enquanto isso, dentro do quarto, Jack e Jaemin começaram a falar.

― Você não entende, Jack! Eu não posso voltar a te ver… meu pai te mataria ― disse Jaemin, sincero.

Jack suspirou, prestes a responder, quando notou o ferimento nos lábios de Jaemin.

Ele levou uma das mãos à bochecha direita do rapaz e sentiu um leve toque de maquiagem.

― Ele te bateu, não é? ― perguntou, irritado, enquanto Jaemin permanecia em silêncio. ― Jaemin…

― Eu vou ficar bem ― interrompeu Jaemin, com os olhos azuis brilhando de lágrimas contidas. ― Você não precisa se preocupar comigo, Jack.

― Como quer que eu não me preocupe, sabendo que seu pai te bate, Jaemin? ― exclamou Jack, tentando controlar sua raiva. ― Eu sei que você tem medo, e eu entendo isso, mas, por favor… pense em você.

― Eu já pensei, Jack. Olhe onde estou agora! ― respondeu Jaemin, quase chorando, mas ainda assim levou as mãos ao rosto de Jack. ― Eu te amo, Jack… de verdade. E é por isso que prefiro me afastar de você. Não suportaria se meu pai te machucasse… eu nunca me perdoaria.

Jack ficou surpreso com as palavras, mas segurou as mãos de Jaemin e as beijou com ternura.

― Não me importo de enfrentar seu pai para estar com você, Jaemin… eu daria a minha vida por você.

Essas palavras arrancaram um sorriso de Jaemin. Pela primeira vez, ele se sentiu amado de verdade.

Ele já havia beijado outras pessoas antes, mas nunca sentira algo tão verdadeiro como agora, com Jack.

Apesar disso, o medo de que seu pai machucasse Jack permanecia ali, forte e constante. Não queria que isso acontecesse jamais.

― Eu não posso, Jack… Todos os planos, os sonhos… são só isso, sonhos. Eu não consigo escapar do meu pai. Não importa o que eu faça ou onde eu esteja, ele sempre estará lá para me impedir.

― Então… você prefere seguir as regras dele e ir para aquele internato do qual me falou?

Jaemin assentiu, a voz carregada de dor.

― Faria isso apenas para que você fique seguro ― confessou, sentindo o coração se partir.

― Isso é egoísmo.

― Se ser egoísta significa me afastar de você para que meu pai não te machuque, então eu sou. E prefiro continuar sendo... Não podemos nos ver nunca mais, Jack.

Com essas palavras, Jaemin deu as costas e saiu do quarto.

Ele se apoiou contra a porta, sentindo as lágrimas encherem seus olhos.

Foi difícil? Claro que foi.

Sentia algo tão lindo por Jack e não queria que terminasse assim, mas precisava ser dessa maneira.

Não queria que seu pai machucasse Jack.

Se era capaz de machucar o próprio filho, Jaemin não tinha dúvidas de que faria o mesmo com qualquer outra pessoa.

― Jaemin ― a voz de Rose o tirou de seus pensamentos. Ele levantou o rosto e viu a pena nos olhos da irmã.

― Vamos sair daqui ― disse ela simplesmente, puxando-o para longe da porta e levando-o a outro lugar.

No entanto, os pais deles os impediram. E, sem se importar com o estado de Jaemin, insistiram que os dois permanecessem por perto.

Sem escolha, os irmãos tiveram que obedecer.

Revisado.

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