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The Woman.

Para Meredith Grey, ela sempre será a mulher. Poucas vezes, durante o caso, ouvira-se a loira referir-se a ela de outra maneira. Aos seus olhos, ela é o literal do significado mulher, ofusca e predomina no seu sexo. Mas, no início, não achava que sentia amor ou algo parecido por Addison Montgomery.

Todas as emoções, e essa em particular, eram desconhecidas e ingênuas para a sua mente engessada e focada no trabalho.

Meredith era, na visão de muitos, a máquina mais perfeita de raciocínio e observação em que o mundo já viu. Era. Até ela aparecer. Alguém com uma mente tão quanto ou mais extraordinariamente brilhante do que a da detetive.

Meredith nunca se referia á paixões ou, sequer, deixava-se pensar nelas. Não havia o porquê. Ela nunca se interessou por ninguém na sua vida. Sexualmente ou amorosamente. Não sentia tal necessidade e tinha a certeza de que nunca sentiria.

No entanto, a loira não sabia, mas só havia uma pessoa para ela, e essa pessoa era a mulher. A brilhante dominatrix: Addison Montgomery, uma personificação perfeita de inteligência ligada á sedução.

Tal qual mudara a vida da detetive de maneira drástica.

                                   [...]

Tudo começara numa uma manhã fria em Londres, onde a detetive estava jogada no sofá do seu apartamento, concentrada em um livro e enrolada em uma manta, até ouvir as portas se abrirem e a sua meia irmã e parceira de trabalho, Amélia, aparecer.

- Bom dia, Mer - a mesma a cumprimentou animada.

- Bom dia - a loira murmurou em resposta - Onde você estava?

- No supermercado - a morena falou se sentando.

- Por que está mentindo para mim? - perguntou ainda concentrada em seu livro.

- Que? Eu estava no supermercado, Meredith, céus!

- Passa tanto perfume assim para ir ao supermercado? A sessão de frutas á fez usar brincos hoje? E retocar o corte do seu cabelo ontem? E os sapatos... Você nunca os manteve tão limpos.

- Meredith eu juro por Deus que nunca, em toda a minha vida, vou me acostumar com... Essa... Essa magia sua.

- Dedução, não magia.

- Você precisa olhar para deduzir. Você sequer tirou os olhos do seu livro!

A loira suspirou.

- Besteira - ela falou bebericando seu chá - Por que você continua insistindo no erro, Amy?

- Céus! Eu... Eu... Eu juro, Meredith! Como... Como você sabe... Eu... - a morena estava extremamente perplexa. Não importava quantas vezes Meredith fizesse aquilo, ela sempre iria continuar perplexa.

- Que você não superou o Owen? Sabendo. Não precisei de dedução. Não para isso.

- E... O resto? Não é possível que... Você tenha feito toda essa idealização sem... Sem sequer me encarar por mais de cinco segundos.

Meredith suspirou, entediada.

- A diferença entre nós duas sempre foi clara, Amélia. Você ver, mas não observa. Já eu... Observo, não apenas vejo. Quantos degraus há na escada que leva para o segundo andar?

A morena pareceu pensar, pensar arduamente.

- Eu...

- 22 degraus. É isso. Você sobe e desce todos os dias, mas não sabe quantos degraus há. Você vê, não observa. Agora me diga, porque você continua insistindo naquele traste do seu ex.

- Mer... Eu... Você não entenderia.

- Não é porque eu nunca me apaixonei que quer dizer que eu não entenderia. Entendo muito mais do que você possa imaginar.

- Ele é... Eu... Ele me faz sentir bem, Mer. Ele... É atencioso ás vezes, ele...

- Ele é confortável - a loira falou virando a página do seu livro.

- Como? - Amélia perguntara sem entender.

- Você está com ele porque ele é confortável. Você sabe que ele não tem nada demais. Não é tão bonito, com certeza não tão bom na cama, e muito menos trata você como você deseja. Ele é confortável. Somente sabe como agradar você e faz isso quando precisa transar com você. E você sabe disso, só não quer admitir para si mesma. Ele é confortável, Amy. Você só está com ele por prazeres sexuais e por medo de ficar sem nenhum. - a loira falou fazendo uma expressão de nojo e desprezo. Sexo era algo completamente descartável na sua vida.

A morena estava estática. Meredith havia acabado de dizer tudo em que seu subconsciente pensava, mas não tinha coragem de colocar para fora.

Antes que pudesse dizer algo, a mesma ouviu a porta ser aberta e a morena se assustou, se levantando da poltrona em que havia sentado num pulo. A loira apenas suspendeu seu olhar do seu livro, pela primeira vez.

- A... A porta... A porta estava... Estava... Aberta - elas viram um homem gordo de estatura baixa completamente suado e nervoso gaguejar, antes de cair desmaiado no chão.

- O... O... O que? - Amélia gaguejou.

- Me ajude a acordar ele - Meredith falou se levantando tranquilamente e indo até o homem, o arrastando pela sala.

Depois de algumas tentativas, Meredith colocara o homem para cheirar um pano com álcool e o mesmo acordou, assustado.

- Sente-se e nos conte tudo desde o começo. Rápida e precisamente, por favor - loira falou se sentando numa poltrona.

O homem se levantara assustado, e se sentou no sofá.

- Eu... Posso tomar um pouco de... Água?

- Amy - A loira a encarou.

A morena entendeu e fora até a cozinha, pegando um copo de água e o entregando logo em seguida. Se sentou na poltrona ao lado da detetive e o encarou.

- Eu... Eu estava indo visitar minha mãe no interior... Em Brighton... E... Meu carro.. meu carro parou de funcionar. Eu fiquei extremamente irritado, afinal, estava no meio das estradas cheias de mato em que há por ali. Estava perto daquele rio...

- Sim, sei. Precisamente - Meredith o lembrou, impaciente.

- Então eu... Eu vi um homem na beira do rio, ele parecia estar se preparando para pescar. Não liguei muito. Desci do carro e, eu juro, juro por tudo em que é mais sagrado, não havia mais ninguém ali além de eu e ele. Eu na pista, ele na beira do rio, o local é extremamente aberto e... Eu apenas desviei meu olhar para o meu carro e... Me assustei ao ouvir um barulho extremamente alto... Não sei descrever o que era ou como foi, mas... Quando voltei, ainda assustado... Ele... Ele estava caído ao lado do rio. Achei que ele havia desmaiado ou algo do tipo mas... Mas... Quando cheguei mais perto, depois de tanto perguntar... Ele... Ele estava... Estava... Morto.

...

Algumas horas depois.

- Senhor, essa mulher está aqui e ela disse que precisa... - o detetive Lancaster revirou os olhos.

- Sim, eu sei - ele falou se dirigindo até o carro, de onde Meredith descera.

Aos seus olhos, a mesma parecia nada mais, nada menos, que um rostinho bonito e cabelos loiros. Uma top model. Não parecia ser nenhum gênio ou ter nada de especial.

A mesma vestia uma calça jeans preta e um casaco em que ia até os seus joelhos, também preto. Nos pés, uma bota de saltos da mesma cor. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo bem feito.

- Senhorita Grey - ele a cumprimentou com um aperto de mão - O detetive Walters me falou bem da senhorita - ele falou com desdém - Disse-me que apenas a deixasse cinco minutos na cena do crime e a senhorita saberia o que fazer. Eu realmente espero, porque não temos tempo á perder. Portanto, peço que seja rápida e leve isso á sério.

Meredith o ignorou, começando a caminhar pela grama ali.

- Amélia Shepherd - a morena cumprimentou o detetive e correu um pouco para seguir a sua irmã

- Ali foi onde encontramos o corpo - o detetive falou também seguindo elas.

Meredith caminhava com precisão, mas devagar, encarando cada parte daquela grama, tentando buscar por possíveis anormalidades.

- Me mostre o carro estragado - a mesma falou se virando.

O detetive foi á frente e a mesma o seguiu, ambos parando enfrente ao carro.

- Foi o que fez o barulho, não? - ela perguntou.

- Sim. O motorista só não sabia, mas sim. Se você está pensando em tiro, não ouve um, ele não foi baleado. Ele foi morto por um único golpe na nuca por um objeto sem corte e que, magicamente, desapareceu junto com o assassino. - o detetive falou triunfante, como se estivesse feito uma grande descoberta do que se passava na cabeça da mulher ao seu lado - Você tem mais dois minutos. Nós queremos falar com o motorista novamente.

- Quem em sã consciência acharia que ele é suspeito? - Meredith perguntara tendo a certeza dentro de si de que aquele homem não tinha nada a ver com aquele assassinato, além de ter estado presente no local.

- Eu acho. Ele é fortemente um suspeito - o detetive falou.

- Tendo a incrível habilidade de cometer um crime sem nenhuma testemunha por que ele ligaria para a polícia e viria na casa de uma detetive consultora? Jogo limpo? - Meredith perguntou falando rapidamente.

- Ele está tentando ser esperto. Excesso de confiança - o detetive falou com soberba.

Meredith revirou os olhos. O homem não passava de um coitado com problemas de saúde graves. Tinha a halitose de alguém que morava sozinho, obesidade mórbida, a manga direita de um viciado em pornô, padrão respiratório de um problema cardíaco não tratado, autoestima e QI baixos e uma expectativa de vida curta.

Ele não era um gênio do crime. Estava longe disso.

- Esqueça-o. Ele não passa de um coitado com problemas de saúde graves. Ao riacho - ela falou para Amélia, deixando o detetive para trás.

- O que tem no riacho? - ele perguntou com indignação. Quem aquela mulher pensava que era? Para ditar o que ele deveria fazer e se intrometer daquela forma na investigação dele? Ele poderia até ter a deixado observar tudo e pedido pela ajuda dela, mas ainda era o detetive principal do caso, merecia respeito!

Meredith ouvira seu celular tocar e suspirou, vendo o número desconhecido na tela.

- O que você quer, Alex? - a mesma atendeu irritada.

- Merzinha, como sabia que era eu? Oh, não, deixe-me adivinhar, por favor. Você deduziu pelo número final do meu mais novo telefone? É isso? - ele perguntara sarcasticamente.

- Não, tenho seu novo número salvo, seu imbecil, agora fale! - ela respondeu sem a mínima paciência para as provocações dele.

O mesmo se calara por alguns segundos.

- Olhe para a sua direita - a mesma o fez, vendo um helicóptero pousar á alguns metros de si.

- Você só pode estar de brincadeira! - ela falou irritada.

- Entre no helicóptero, Meredith.

- Não. Eu estou trabalhando!

- Entre.

A mesma desligou a ligação, vendo um homem de terno descer do helicóptero.

- Senhorita Grey, senhorita Shepherd - ele as cumprimentou - Faça o favor de me seguir.

A mesma o analisou.

Seu terno custava 700 libras; estava desarmado; suas unhas estavam cortadas, portanto, ele trabalhava em um escritório; era destro, sua mão direita estava pousada por cima da esquerda, afrente do seu corpo; seus sapatos estavam limpos, portanto, ele era um trabalhador interno; notou pêlos brancos de cachorro nas duas panturrilhas da sua calça, em locais diferentes: três cachorros pequenos.

A mesma observara e deduzira tudo em menos de um minuto.

- Não me diga que o insuportável do seu irmão tem algo a ver com isso - Amélia sussurrou.

- Infelizmente tem - ela respondeu encarando o homem e entrando, contragosto, no helicóptero junto á ele.

...

Meredith e Amélia estavam sentadas sozinhas no enorme saguão do palácio de Buckingham, galeria da rainha, em Londres.

- Eu estou lutando contra o impulso de roubar esse cinzeiro - Amélia sussurrou para ela, encarando o cinzeiro de ouro encima da mesa de café á frente do sofá estofado com fios de ouro, em que as duas estavam sentadas.

A detetive riu.

- Sério, o que estamos fazendo aqui? - ela sussurrou para Meredith novamente.

- Não sei - ela respondeu.

- Estamos aqui para ver a rainha? - Amélia perguntou boquiaberta.

E, assim que ela fechou a boca, Alex apareceu vestindo um conjunto de terno preto.

- Aparentemente sim - Meredith respondeu, fazendo Amy gargalhar, rindo junto a ela.

- Pelo menos uma vez, podem se comportar como adultas? - ele perguntou mal humorado.

- Resolvemos crimes, semente do mal, eu digito tudo em um blog e a nossa irmã é meio... Anormal, então não tenha fé nisso - Amélia respondeu ironicamente.

- Eu estava no meio de um caso, Alex. - Meredith falou irritada.

- O andarilho e o tiro pela culatra? - ele perguntou colocando suas mãos em seu bolso - Olhei o relatório da polícia, óbvio, não é?

- Transparente - ela rebateu friamente.

- Hora de seguir em frente - ele falou estendendo sua mão para pegar o casaco de Meredith, a mesma o encarou - Estamos no palácio Buckingham, coração da nação britânica. Meredith Grey, pare de ser mal educada por um segundo e me dê seu casaco.

Ela continuou sentada.

- Para quê?

- Para se apresentar ao seu cliente.

- E meu cliente é? - ela perguntou se levantando.

- Ilustre, ao extremo - um outro homem entrara no saguão, se referindo á pergunta de Meredith - Lembrando, tenho que informar, ele é totalmente anônimo.

- Karev! - ele cumprimentou o irmão de Meredith.

- Harry! Peço mil desculpas pelo estado da minha irmã - ele falou suspirando.

- E essa deve ser a senhorita Shepherd acredito. Estamos todos em família aqui, o quão lindo isso é!?

- Uhul - Amélia fingiu animação.

- Meu patrão é fã do seu blog - ele falou de referindo ao blog em que a morena postava todos os casos de Meredith, contra a vontade da loira, que tinha total aversão áquele maldito blog.

- Oh, jura, senhor? Muito obrigada - Amélia respondeu encarando Meredith, que revirou os olhos.

- E... a jovem, Senhorita Grey. A senhorita parece mais alta nas fotos - ele falou ficando de frente para Meredith.

A mesma não respondeu.

- Alex, eu não tenho clientes anônimos. Estou acostumada ao mistério apenas nos casos. Dois é muito trabalho. Tenha um bom dia - ela falou fazendo menção de se retirar dali.

Ele segurou no braço dela, a impedindo de sair.

- Isso é um problema de importância nacional, cresça, Meredith! - ele sussurrou em seu ouvido.

- Solte meu braço! - ela sussurrou irritada.

- Ou o quê?!

- Por favor, sem brigas - Harry falou.

- Quem é o meu cliente? - ela perguntou ainda de costas para os mesmos e ainda tendo o braço do seu irmão a segurando.

- Dê uma olhada á onde você está e faça uma dedução - seu irmão falou, debochando da sua cara - Você será contratada pelo maior valor na terra, agora, pelo amor de Deus - ele endureceu sua voz - Sente-se!

A mesma suspirou e se soltou brutalmente dele, se sentando novamente no sofá, emburrada.

Harry se sentou no sofá á frente, ao lado de Alex.

- Meu patrão tem um problema - Harry começou.

- A questão surgiu de uma natureza extremamente delicada. E, nesta hora de necessidade, querida irmã, seu nome surgiu - ele falou a encarando com um olhar desafiador.

- Por quê? Vocês têm a força policial, até mesmo o serviço secreto.
Por que vir a mim? - ela perguntou o encarando da mesma maneira.

- Pessoas vêm até você por ajuda, não, senhorita Grey? - Harry perguntou.

- Esse é um problema de alta segurança e também de confiança - Alex falou.

- Vocês não confiam no seu próprio serviço secreto? - Amélia perguntou boquiaberta.

- Não naturalmente - Alex respondeu - Todos espionam pessoas por dinheiro. Mas isso não é da conta de vocês.

- Acho que temos um cronograma - Harry o lembrou, o tirando daquele assunto.

- Sim, é claro... - ele falou abrindo uma maleta ali.

- O que você sabe sobre essa mulher? - Alex perguntou, passando uma foto para Meredith, que a pegou rapidamente.

A mesma encarou a foto, sem conhecer aquele rosto de pele branca, contrastando com os cabelos ruivos, que prenderam a atenção da detetive para si. Fora o que mais a chamara atenção. E olhos azuis, delineados com lápis preto extremamente forte e marcado, eram definitivamente marcantes. Um batom vermelho enfeitava seus lábios finos. Meredith nunca vira aquela mulher em toda sua vida.

- Absolutamente nada - ela respondeu observando, calmamente, cada detalhe da foto.

- Então você deveria prestar mais atenção. Ela esteve no meio de dois escândalos políticos esse ano e a pouco terminou o casamento de um promissor novelista por manter um caso com os protagonistas separadamente.

- Sabe que não me preocupo com coisas comuns - Meredith falou friamente ainda encarando aquela foto. Aquele olhar havia a prendido de uma maneira estranha - Quem é ela? - a loira perguntou com curiosidade.

- Addison Montgomery - Alex respondeu - Profissionalmente conhecida como: A Mulher.

- Profissionalmente? - Meredith perguntou ainda encarando a foto.

- Há vários nomes para o que ela faz, mas ela prefere: "Dominatrix".

- Dominatrix - a loira repetiu, encarando aqueles olhos.

- Não se assuste. Tem a ver com sexo. - Seu irmão falou ironicamente para ela.

- Sexo não me assusta - ela se defendeu, o encarando, sentindo-se nervosa.

- Como você sabe? - ele perguntou sorrindo ironicamente, fazendo a mesma revirar os olhos.

Não era segredo para Alex e muito menos para os pais de ambos que Meredith, aos seus quase 27 anos de idade, ainda era virgem e planejava permanecer assim, pelo visto, para o resto da vida. Eles também tinham a plena certeza de que a mesma nunca havia beijado alguém na vida, e estavam certos quanto á essa especulação. Meredith sempre fora uma criança, adolescente e adulta anormal. Não se interessava por nada disso. Ninguém nunca a fez sentir absolutamente nada. Nem em questões sexuais e muito menos sentimentais. Ela não conhecia o amor. Nada além do normal em que sentia por seus pais e sua irmã. Afeto, ela conhecia esse sentimento. Mas amor? Paixão? Ternura? Ninguém nunca a fizera se interessar por isso, e ninguém nunca a faria.

Meredith era casada com seu trabalho. Amava o seu trabalho. Sentia prazer com o seu trabalho. Nada além disso.

O que, para ela, era uma grande vantagem encima de qualquer um considerado normal. Ela não estava presa á nada daquilo. Era superior exatamente por isso. Não deixava seus sentimentos influenciarem a sua inteligência, até porquê, ela não tinha muito deles.

- Bom... - Alex continuou, com um sorriso irônico nos lábios - Ela fornece, digamos, lazer, para aqueles que apreciam esse tipo de coisa e estão dispostos a pagar por isso. Tudo isso é do site dela - ele falou tirando mais papéis da maleta. Meredith rapidamente os pegou, vendo mais inúmeras fotos do rosto da mesma, mordendo um chicote, em posições provocadoras, encarando a câmera com o olhar mais intenso em que a loira já havia visto na vida.

Algo dentro da detetive se ascendeu com aquela imagem. Aquilo era estranho. Aquele olhar era estranho.

- Presumo que a Montgomery possui fotos de alguém - Meredith falou encarando uma foto da mesma com as costas nuas, vestindo apenas uma minúscula calcinha preta, de costas para a câmera. Seus cabelos ruivos estavam um pouco maiores, caindo ondulados até o meio das suas costas.

Amélia encarava aquelas fotos de soslaio, boquiaberta.

- A senhorita é muito rápida, senhorita Grey - Harry falou.

- Uma difícil dedução - Meredith falou sarcasticamente, já sem paciência. A ignorância de indivíduos normais a irritava profundamente. Essa era uma das vantagens em que ela tinha com a sua anormalidade - Fotografias de quem?

- Uma pessoa de importância ao meu patrão - Harry respondeu - Preferimos não dizer mais nada agora.

- Não podem nos contar nada? - Amélia perguntou mordendo seu lábio inferior, curiosa.

- Posso dizer que é uma pessoa jovem - Alex falou - Uma menina jovem - ele falou encarando Meredith.

Então a Dominatrix também fazia, o que diabos a detetive não tinha noção, com mulheres?

- Quantas fotografias? - ela perguntou.

- Um número considerável, aparentemente.

- A senhorita Montgomery e essa jovem aparecem juntas nessas fotografias? - Grey perguntou diretamente.

Amélia bebericava uma xícara de chá perplexa ao lado da loira.

- Sim.

- Suponho que em cenários comprometedores? - ela continuou.

- Numa escala imaginativa, temos certeza.

- Amélia, você já pode colocar essa xícara de volta ao pires - Meredith falou ao perceber que sua irmã sequer se movia, de tão boquiaberta que estava.

- Pode nos ajudar, senhorita Grey?

- Como? - ela perguntou.

- Pegará o caso?

- Que caso? Pague-a. Agora. Na íntegra. Como a senhorita Montgomery informa em seu cabeçalho: saiba quando apanhou - Meredith falou fazendo menção de se levantar.

- Ela não quer nada - Harry respondeu - Ela entrou em contato, informou que as fotografias existiram, mas indicou que não tinha intenção de usá-las para extorquir dinheiro ou favor.

Os olhos de Meredith brilharam.

- Wow... Um jogo de poder - ela sussurrou, maravilhada - Um jogo de poder com a mais poderosa família britânica... Isso é uma dominatrix. Está ficando divertido, não é? - ela falou para Amélia.

- Ah, não, lá vamos nós... - a morena sussurrou, sabendo o quão aquele sentimento de maravilha em que Meredith deixara transparecer iria consumir a loira pelos próximos dias. Ela adorava esses tipos de joguinhos e a sua irmã sabia disso melhor que ninguém.

- Onde ela está? - ela perguntou.

- Em Londres, atualmente - Alex respondeu.

Meredith se levantou, saindo dali.

- Mande os detalhes por mensagem. Entro em contato no fim do dia.

- Acha que terá notícias até lá? - Harry perguntou.

A mesma se virou.

- Não, acho que teremos as fotos - ela respondeu tendo aquela certeza fervendo dentro de si e se virando.

- Vamos ver se é tão boa o quanto pensa que é.

- Precisarei de equipamento, claro - ela falou analisando o homem e, no mesmo minuto, deduzindo inúmeras coisas sobre o mesmo, inclusive, que seu patrão fumava.

- Qualquer coisa em que precisar me mande... - ele começou.

- Preciso de uma caixa de fósforos - Meredith falou.

- Como?

- Ou seu isqueiro, também serve.

- Eu não fumo - ele respondeu.

- É, mas o seu patrão fuma - ela respondeu estendendo a mão.

O mesmo estava boquiaberto.

- Mantivemos um monte de gente de sucesso sem saber disso, senhorita Grey - ele falara se referindo ao fato de seu patrão fumar.

- Não sou a Comunidade Britânica, senhor Harry. Sou melhor. Por isso procuraram por mim. - ela respondeu pegando o isqueiro e se virando.

- E isso é tão modesto quanto ela - Amélia falou sorrindo de lado e seguindo a sua irmã, que já caminhava tranquilamente á frente.

[...]

No mesmo momento, o celular da ruiva tocara e ela o tirou do bolso da sua calça social. Antes de o desbloquear, a mesma já sabia do que se tratavam as mensagens.

A ruiva abriu as imagens em que lhe foram enviadas e sorriu ao ver a imagem da detetive em que habitava seus pensamentos há semanas, caminhando ao lado da sua irmã.

Addison deu zoom no rosto em que a interessava e sentiu o seu nível de adrenalina aumentar. Seu plano estava dando certo.

- Callie? - a mesma chamara sua secretária pessoal até o escritório, tendo seu olhar ainda preso na imagem da detetive loira.

- Sim, Addie? - a mulher aparecera instantaneamente, parando enfrente a mesa de vidro do escritório.

- Teremos uma visitante. Preciso de um tempo para ficar pronta. Preciso que me ajude com isso.

- Quanto tempo? - a latina perguntou curiosa.

- Eu não sei... - Addison respondeu ainda sorrindo para a foto - Horas, Torres. Algumas horas.

...

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