˖࣪ ❛ LUTA
— 27 —

OLHEI PARA O CÉU, COLOCANDO AS MÃOS DENTRO DA JAQUETA. Estava um pouco frio, mas eu não queria nem pensar que a temperatura quando fosse para a montanha com os meninos seria pior.

— Está com medo? — perguntei a ele, virando-me para vê-lo.

— Por causa da batalha? — perguntou ele, virando-se da mesma forma mas sem parar de andar. — Sim, mas por mim não.

— Se você falar algo brega, eu me saio. — admiti o fazendo rir, acompanhei sua risada observando enquanto Carlisle revirava os olhos divertido.

— Tenho medo pelos meus filhos, pelo que pode acontecer com os lobos, porque alguém pode se machuca. — ele respondeu com um pequeno sorriso triste. — Porque você pode se machucar.

— Eu sei me cuidar. — me aproximei dele para dar os nossos braços vendo como ele sorria. — Mas eu te entendo, também tenho medo disso.

— Você disse algo brega? — ele zombou me olhando divertido, foi minha vez de revirar os olhos com um sorriso.

— Não estrague o momento, Carlisle. — pedi, fingindo indignação enquanto ríamos novamente para continuar andando.

Estávamos no meio da floresta, caminhando sem rumo, apenas sentindo a paz de estarmos um com o outro, caminhávamos juntos com calma, foi assim que me senti com Carlisle, em paz, como numa bolha onde nada me alcançava ou era difícil de alcançar. furo, eu estava nas nuvens, sorri um pouco sabendo que estava sendo bem brega, mais do que gostaria.

— Melanie...

Me virei para ele sem apagar o pequeno sorriso, ele parecia duvidoso e seus sentimentos se misturavam, parei meu passo sem pressa para parar na frente dele e esperar que ele tomasse coragem para falar. Eu sabia que era difícil para ele, difícil ter sua parceira à sua frente depois de esperar mais de trezentos anos, algo novo para ambos.

Se sairmos intactos...

— Vamos sair intactos. — parei de olhar para ele com a testa franzida, éramos um clã de vampiros, um bando de lobisomens e uma bruxa, tínhamos que sair em segurança.

— Deixa eu terminar, mulher. — ele riu pegando minhas mãos, entrelaçei-as, rindo nervosamente, senti novamente as borboletas, olhei novamente para vê-lo direito. — Se sairmos ilesos, quero que você me dê um chance de fazer você se apaixonar.

— Eu já dei para você assim que aceitei aquele encontro, Cullen. — admiti, vendo como seus olhos dourados brilharam um pouco e suas emoções começaram a se agitar novamente mesmo que seu rosto sereno não demonstrasse.

— Então deixe-me fazer isso.

Éramos adultos, responsáveis ​​por nossas decisões, não gostávamos de brincadeiras adolescentes como as de Edward, Bella e Jacob, éramos adultos que não estavam em apuros mas estavam indo no caminho certo. Senti ele separar nossas mãos para levantá-las até minha bochecha, sorri um pouco como ele e nos aproximamos um pouco, hesitando um pouco mas ousei dar o próximo passo.

Eu o beijei.

Agarrei-me em seu peito, agarrando sua camisa para aproximá-lo, suas mãos me aproximaram mesmo quando não podíamos estar mais perto. No início foi desajeitado, suave, tentando encontrar um ritmo adequado para nós dois, até que encontramos aquele ponto intermediário em que estávamos ambos confortáveis, e nos encaixamos como um quebra-cabeça, o que não me surpreendeu já que havíamos literalmente sido criados um para o outro. Afastei-me um pouco, sorrindo com excitação oculta. Levei minhas mãos até seu pescoço e ele baixou as suas até minha cintura, apoiando sua testa na minha.

Eu podia sentir tudo que ele.

E eu não poderia estar mais feliz.

— Precisamos ir, Cullen. — me separei um pouco, olhando-o com ternura para sua explosão de sentimentos internos. — Amanhã será um dia difícil.

Ele assentiu antes de beijar minha testa. Nós íamos com calma. Ele uniu nossas mãos antes de voltar, para que pudesse comer e dormir antes de ir para a batalha.

★

Desci da motocicleta, deixando-a mais próxima de onde ficava a campina onde seria a batalha. Coloquei minha mochila corretamente antes de caminhar até onde deveriam estar os três do triângulo amoroso. Não pude deixar de sorrir ao pensar no que aconteceu naquela noite, foi um gesto tão pequeno, mas um detalhe tão grande.

— Eles te deram comida ou algo assim? Você sorri como se estivesse apaixonada, Lani. — olhei para cima vendo Jacob que estava sorrindo para mim zombeteiramente.

— Cale a boca. — bati na nuca dele seguindo o caminho

— Ei. — ele reclamou antes de correr até ficar ao meu lado. — Você vem conosco para o acampamento?

— Se quer dizer se vou deixar dois adolescentes com uma rivalidade pelo amor de Bella, sozinhos com ela sabendo que eles podem se matar. — corrigi sem vê-lo ainda que o sentia tenso. — Não, não vou deixá-los sozinhos, eu irei e de manhã devo vir aqui.

Continuamos andando em silêncio, mais do que tudo porque eu estava focada em lembrar de cada detalhe da noite anterior, não pude deixar de ter o que aconteceu na minha cabeça. Eu estava grata por Edward não poder ler minha mente.

— Eu só quero que ele tenha a mente clara. — ouvimos a voz da minha sobrinha, nos olhamos desconfiados antes de nos aproximarmos.

— Que mente não está clara? — Jacob perguntou, dando a conhecer a nossa presença.

— Não, de ninguém. — a morena gaguejou, rindo nervosamente. Olhei para ela estreitando os olhos, sabendo que ela estava escondendo algo ao ver Edward que sorriu levemente para mim.

— Olá, Ed. — ele deu alguns passos mais perto.

— Olá, mãe — fui beijar sua bochecha como forma de saudação.

— Desde quando te chamam de mãe? — Jacob bufou, revirando os olhos.

— Desde sempre. — ele sorriu zombeteiro e eu apenas neguei, divertida, eles não paravam de brigar por tudo.

— Bem, vamos fazer isso, Alice diz que uma tempestade está chegando. — interrompi, implorando para não começarem uma discussão agora. — Você pega ela, carrega ela e nos vemos lá em cima.

— Como você irá? — Jacob perguntou me olhando confuso.

— Eu vou levá-la. — Edward falou sem apagar seu sorriso superior para o lobo que franziu a testa. — Vejo você em algumas horas. — ele se aproximou de Bella para beijar sua testa carinhosamente, era óbvio que era difícil para eles.

— Vejo vocês mais tarde. — cumprimentei com um leve aceno de cabeça antes de me virar para Edward.

Ele me entregou sua mochila, coloquei no meu outro ombro, ele se agachou um pouco, me deixando subir em suas costas e eu segurei firme, suspirando para tentar relaxar meu corpo, os vampiros eram um pouco mais rápidos que os lobos, e subir o morro, fiquei um pouco nervoso, mas o hábito ajudou.

— Segure firme, mãe.

★

Terminei de montar a barraca com magia, me ajudando a seguir as instruções do livro mas sendo bem fácil, enquanto Edward confirmava que tudo estava em ordem e me ajudando na velocidade de vampiro a terminar mais rápido do que planejamos. Suspirei, virando-me para ele caminhar até ver como o sol se punha, fazendo brilhar o cobre.

— Você é uma bola de discoteca. — murmurei ouvindo sua risada.

— Obrigado. — ele sussurrou sarcasticamente mas seu sorriso encolheu. — Mãe...

— Por nada.

Gostei da neve, sempre gostei do inverno, mas acho que nesses meses comecei a gostar mais dela, ainda mais afinal, da sua cor branca, das carícias que sentia quando tinha flocos no rosto ou quando estavam no cabelo.

— Você acha que eu sou bom para Bella? — ele ficou observando o sol, coloquei melhor o casaco antes de responder.

— Sempre acreditei que Isabella era minha melhor amiga e isso foi até ela começar um relacionamento com você. Ela ficou dependente, mas sei que é pelo vínculo que ela tem com você, achei que ela estava louca em pensar em se colocar em risco por você, mas percebi que ela estava fazendo isso por amor. Ela tinha tanto amor por você, que deixou de amá-la, me pareceu algo insano. — admiti virando-me para ele. — Mas sabe o que percebi?

— O que? — ele olhou para mim com vários sentimentos demonstrando.

— Que o amor afeta a todos nós de maneira diferente, afeta mais ela, afeta você da mesma forma, quando estão separados são totalmente diferentes do que quando estão juntos, porque juntos vocês brilham, e eu gosto disso, você faz bem a ela, faz você bem, agora vocês não são Bella ou Edward, vocês são Bella e Edward. Duas peças, que são necessárias para ficarem completas.

Segurei sua mão observando o sol desaparecer entre as montanhas vizinhas, sabendo que faltava cada vez menos tempo.

✭

Isabella havia chegado há no máximo uma hora, havíamos entrado para dormir mas a tempestade havia subido mais rápido do que pensávamos, então estávamos as duas nos abraçando para nos mantermos aquecidas, o frio era insuportável, mas ela aguentou pior. Ouvi o som de seus dentes batendo, seu corpo tremia demais, me senti culpada, e Edward apenas olhou para nós com dor.

— Eu deveria ter escolhido um ponto mais baixo. — ele lamentou, mas negamos.

— Não é nada. — minha sobrinha murmura.

— É sim, mas já é tarde. — eu admiti. — A culpa foi minha, pensei que a tempestade seria mais alta.

— Estou bem. — ela mentiu tentando fazer com que não culpássemos um ao outro.

Eu senti a aura de Jacob se aproximando, oh Jacob, eu tinha esquecido do lobisomem de alta temperatura que estava lá fora para nos cobrir. Seus passos se aproximaram até que ele baixou o fechamento da barraca, Edward se moveu deixando-o entrar.

— Vocês não me deixam dormir com os dentes batendo. — ele reclamou ao entrar enquanto Edward fechava rapidamente a barraca. Eu mantive a mente dos três aberta para mim, para saber o que eles estavam pensando assim que chegássemos, e consegui ler a mente dos dois meninos.

— Esqueça. — o vampiro reclamou mas eu preferi ficar calada, não seria uma má ideia o Black se aproximar

— Aceite, sou mais quente que você. — percebi o duplo sentido da frase dele e não gostei. Ele tentou se aproximar, mas Edward o deteve abruptamente.

— Tire sua mão de mim. — ele rosnou, olhando para ele de um jeito ruim.

— Não vá tocá-las. — ele o ignorou, apertando ainda mais. Bella se agarrou mais forte a mim e eu a puxei com mais força, eu precisava fazer alguma coisa.

— Não discutam. — reclamei como se todas as vezes os dois estivessem no mesmo lugar. Edward o soltou.

— Se algo acontecer com elas, a culpa será sua.

— Não manipule, Jacob. — repreendi, vendo-o irritado, não poderia permitir que ele usasse psicologia com Edward quando ele estava apenas protegendo Bella.

Ele olhou para mim por alguns segundos antes de olhar para Edward que estava hesitante, seus pensamentos estavam confusos, mas ele sabia que estava cedendo. Até que Jacob simplesmente se sentou ao lado de Bella, nos envolvendo em um abraço, apesar de estar com raiva, sua pele quente estava nos ajudando.

— Vocês estão congelando. — ele sussurrou, nos abraçando com força, mas eu me senti desconfortável, não gostava de estar tão perto.

Afastei-me observando eles me observando quase em pânico por estar longe da única fonte de calor, mas sentei em um canto, usando os truques que aprendi no livro para conjurar um cobertor rápido e uma chama de fogo em minhas mãos, pequeno pare que posso ficar quente, mas não tão quente a ponto de as faíscas queimarem alguma coisa.

— Eu posso sozinha.

Edward sentou ao meu lado, nós dois observando Jacob abraçar Bella, seus pensamentos sujos sobre minha sobrinha me deixaram com raiva, o pior é que só nós dois podíamos ouvi-los enquanto ela o abraçava como se não fosse nada, mas não podíamos fazer nada para impedir ou ajudar, eu mal conseguia me manter aquecida e ainda estava tremendo. Depois de alguns minutos consegui apagar o fogo a tempo de adormecer no ombro de Edward.

★

Levantei-me e rapidamente saí para fazer uma grande chama de fogo e me jogar um pouco mais sobre ela, para recuperar a temperatura corporal.

— Me desculpe por deixar você com frio. — Edward ficou ao meu lado.

— Estou bem. — dei um pequeno sorriso para ele esfregando as mãos, estava sentindo o calor me engolir.

— Você lembra se foi o suficiente para Bella? — ele perguntou, colocando as mãos nos bolsos.

— Eu já li sua mente, Ed. — ri do nervosismo dele, surpreendendo-o. — Quando você estava discutindo com Jacob, você inconscientemente presumiu em sua cabeça que iria se casar com Bella, e eu sabia disso

Ficamos em silêncio, embora não tanto para mim já que pude ouvi-lo se xingando mentalmente, não era comum ele ter sua mente lida.

— Parabéns. — acariciei seu braço. — Estou muito feliz.

— Obrigado, mãe.

Nós nos viramos quando sentimos Bella, ela foi a primeira mas eu dei alguns minutos para eles se cumprimentarem como o casal que eram, além disso estávamos tensos porque em poucos minutos haveria a briga. Pensei no que teria que fazer, no que teria que escolher, se ficar ou ir lutar. Pena que alguns gritos interromperam meus pensamentos.

— Jake, espere!

Me virei para ver minha sobrinha que estava atrás de Jacob, ambos andando rapidamente. Me virei para ir até Edward, e o vi cerrando os punhos enquanto respirava pesadamente, mesmo não precisando, ele estava com raiva.

— O que está acontecendo?

— Procure você mesma. — ele olhou a alguns metros de distância.

Dei alguns passos para trás e vi Bella conversando com Jacob bem alto, os dois se vendo intensamente, eu podia ler suas mentes, sentir suas emoções, suas auras explodiam. Olhei para Edward que desviou o olhar, os vi franzindo a testa novamente.

— Jacob!

Neguei repetidamente olhando para Bella.

Eu disse a Edward que ele era boa para ela. Mas agora isso o estava machucando.

— Me beija.

Apertei os olhos sem querer ver, assim que vi Jacob se virar, me virei para Edward que olhou para baixo. Não hesite em abraçá-lo.

— Ela não merece você.

Ele me abraçou mais forte, enquanto eu me agarrava a ele, não gostei de vê-lo mal. Suas mãos se agarraram a mim como uma criança, mas sem me machucar. Eu estava decepcionada com Isabella, não com raiva, mas decepcionada.

— Você não brinca com os sentimentos dos outros. — me virei quando senti sua aura se aproximar. — Você não pode jogar dos dois lados, excitar Jacob assim quando for se casar, dando-lhe esperança quando você estava prestes a se casar desista, você não pode beijá-lo quando Edward reuniu toda a sua família, fez um acordo com seus inimigos naturais para defendê-la. Você não merece isso

Bella olhou para mim prestes a dizer algo, mas Seth pulou de uma pedra, eu olhei para ele assim como Edward e percebi que ele estava atrasado.

— Já começou.

Peguei a mão de Edward para lermos juntos os pensamentos de Seth. A matilha assistiu enquanto os Cullen aniquilavam todos, até que pularam para o campo, matando neófitos a torto e a direito.

— Jacob acabou de chegar. — Edward avisou. — Ele está bem.

— Jasper ajudou Jared. — sorri um pouco quando li isso

Dava para ver em pequenos fragmentos deles observando os Cullen, como eles finalizaram todo mundo como um grande time, se ajudando a finalizar, formando ótimas duplas.

— Emmett e Paul apenas se ajudaram. — murmurei, sorrindo.

Eu sabia que eles poderiam formar uma grande equipe. Eu pude sentir Edward apertar minha mão e me virei para ele, seu olhar desviado de Seth porque ele ouviu outros pensamentos. Assim como senti a aura de Victoria por perto. Nos entreolhamos assustados, senti meu corpo tremer, tudo deveria estar controlado detalhadamente.

— Está perto, eu ouço ela pensar. — ele avisou preocupado antes de se virar para mim. — Seth, leve Melanie.

— Eu não vou te abandonar. — o lobo mordeu minha camisa tentando me tirar daqui, preocupado, mas eu não conseguia sair.

— Ela quer te transformar. — ele rosnou me pegando pelos ombros. — Não dá tempo, faça isso por mim, por Carlisle, não queremos te perder. Ela sabia que Bella não estaria lá, mas ela sentiu nosso cheiro e sabia que estava conosco.

Rapidamente subi nas costas de Seth. Eu não queria ir embora, mas não podia deixar Seth sozinho, ele era apenas uma criança e Edward poderia enfrentar Victoria sozinho. O lobisomem correu rapidamente alguns metros de distância, agarrei sua crina e íamos sair, mas senti alguém além de Victoria.

— Pare Seth, tem mais. — ele freou rapidamente com as patas dianteiras, rastejando até parar, desci lentamente tentando decifrar um pouco daquela aura, mas nada.

Eu ainda sentia que o conhecia.

— Eu o conheço. — sussurrei, concentrando-me.

O infiltrado na casa de Charlie.

Tentei manter a linha de pensamento de Edward para ver o que ele viu ou pensou, e a imagem de Riley Biers veio à mente.

Riley foi usado por Victoria.

— Seth volte.

Subi nas costas dele, não me perdoaria se acontecesse alguma coisa com ele mas eram dois contra um, ia ser uma luta injusta. Voltamos num ritmo mais lento, com cuidado, tentando esconder nosso cheiro dos dois novos vampiros, para que também pudéssemos ouvir os pensamentos de Edward.

Desci das costas do lobo para me aproximar até ficar a poucos metros de distância, fechei os olhos com força antes de sentir como o escarlate que eles haviam se intensificado, o traje se ativou, rapidamente se colocando por todo o meu corpo. Preparei-me para o teletransporte assim que ouvi Riley.

— Você vai morrer.

Rapidamente a nuvem escarlate me cercou, outra apareceu atrás de Riley que foi onde eu apareci, coloquei minha mão na lateral de sua cabeça para enviar um raio para sua mente, envolvendo cada parte de sua consciência para mostrar a verdade da situação. Usei todas as memórias de ver Victoria e James, as memórias que uma vez vi em Bella. Tudo para mostrar o que realmente está acontecendo.

— Melanie!

Ouvi o grito de Edward mas senti como se estivessem me jogando, girei no ar até bater em uma pedra, ouvi meus ossos quebrarem e caí no chão, o gosto metálico não demorou muito para chegar à minha boca, o que eu rapidamente cuspi. Chorei tocando meu abdômen, mas olhei para cima e vi Victoria me olhando com raiva, com Riley atrás dela que se libertou do feitiço. Seth pulou em cima dele ao ver isso, fazendo Victoria, antes de se aproximar de mim, fugir para evitar fugir.

— Você só quer acabar com Bella! — Edward gritou.

Eu me contorci no chão, afogando minha dor, apenas observando Seth brigar com Riley. Abaixei minha mão começando a curar minha ferida.

— Não é certo? Você quer que eu sinta a dor que você sentiu quando matei James. — Edward falou devagar causando raiva no ruivo. — Quando o quebrei em pedaços, quando o transformei em cinzas, quando o transformei em... Nada.

Victoria correu para ele com raiva e eles rastejaram no chão. Eu estava tentando curar meu ferimento rapidamente enquanto os observava brigar até que a ruiva tentou ir atrás de Bella, mas Edward a jogou em uma árvore. Ele correu sem deixar minha sobrinha empurrá-lo, fazendo-o cair a poucos metros de mim.

— Seth! — gritei ao ver Riley acertá-lo contra uma pedra.

Eu me teletransportei para o lado dele observando sua pulsação cair. Riley correu para ajudar Victoria, mas eu, ainda fraca, comecei a curar sua ferida, tentando evitar que seu coração parasse. Eu não me perdoaria por colocar isso aqui.

— Não me deixe, cachorrinho.

Comecei a usar mais magia, mas pelo canto do olho pude ver Victoria levar Edward, ele estava em desvantagem novamente pois eram dois contra um. Mandei um raio de força contra Seth, conseguindo avançar seu coração, suspirei de alívio ao ir para o lado de Edward e mandar um raio em Victoria, mandando -a embora. Riley me agarrou por trás, batendo na minha perna me fazendo cair de joelhos, ele segurou meus braços, jogando-os para trás, eu gritei de dor ao sentir meus ossos doerem. Edward ia matá-lo, mas Victoria fez o mesmo com ele em um segundo.

Estávamos ferrados.

Olhei para Bella assustada, ela tinha uma pedra na mão.

E se cortou.

Seu sangue impressionante chamou a atenção de ambos os vampiros, e Edward empurrou Victoria rapidamente e depois empurrou Riley, me deixando cair no chão com os braços doloridos. Riley caiu perto de onde Seth estava, que se recuperou para mordê-lo e arrastá-lo na tentativa de arrancar sua cabeça.

— Victoria! — mas ela o ignorou, ela nunca se importou com o pobre rapaz apaixonado.

Levantei-me o melhor que pude antes de aparecer ao lado de Seth, no segundo em que comecei a fazer uma grande bola de energia, esmagando-a contra a cabeça dele, quebrando-a em mil pedaços. Suspirei antes de cair na neve chorando de dor, não conseguia sentir meu corpo e não tinha forças para me curar, me sentia fraca. Eu me contorci no chão chorando, mas por alguns segundos pude ver Edward mordendo o pescoço de Victoria, arrancando sua cabeça.

Havia morrido.

Ouvi os gritos de Seth enquanto ele me empurrava com o focinho, mas eu só conseguia chorar de dor, tinha pelo menos uma costela quebrada, braços deslocados e muitos ferimentos.

— Mãe!