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˖࣪ ❛ TOBI E VIDA PASSADA
— 22 —

COM RELUTÂNCIA, levantei-me para tomar banho, mas fiquei surpresa ao não ver nenhuma roupa no meu armário. Confusa fechei a porta para ir para o quarto, estava cheio da aura dos Cullen então fui até a cozinha vendo Alice juntando tudo em caixas, tentei dizer alguma coisa mas nenhuma palavra saiu da minha boca até que simplesmente gritei.

— Alice! — a vampira se virou para mim com um sorriso inocente — Vou ficar lá até encontrar Victoria, não vou morar lá.

— Sim, claro. — ela respondeu automaticamente, estreitei os olhos em sua direção, sentindo suas emoções. — Embora não fosse ruim se você ficasse.

— Já conversamos sobre isso... — eu ia continuar mas houve duas batidas na porta. Olhei para Alice com aviso quando vi como ela iria responder. Senti como se meu espaço pessoal estivesse sendo invadido. Ela apertou os lábios, ficando imóvel enquanto eu saía para responder. — Xerife!

Charlie estava na porta da minha casa com um sorriso terno sob seu adorável bigode. Eu o convidaria para entrar, mas ele veria as caixas da mudança e eu não saberia como me explicar. Saí, fechando a porta atrás de mim e oferecendo-lhe um assento em um dos bancos do lado de fora.

— Não, estou bem, na verdade estou indo embora. — ele negou sem apagar o sorriso, pude perceber nele uma emoção positiva que me confundiu. — Eu estava indo para o trabalho quando me deparei com alguma coisa. Eu sei que você foi ruim com a matilha e disse que começaria com um cachorro...

Olhei para ele com expectativa, ele estava vestido com seu terno de oficial e com os braços para trás, estava cercado por uma aura animal. Levantei uma sobrancelha esperando que ele continuasse.

— Tinha uma montanha de galhos, não prestei atenção até ver se mexendo, me aproximei para ver o que era e tinha um cachorrinho preso embaixo deles. Os galhos tinham espinhos então corri para removê-lo e encontrei um amiguinho.

Ele moveu as mãos para frente mostrando um cachorrinho fofo com uma pequena peça de roupa e acabado de tomar banho que me causou muita ternura pelo meu corpo. De repente, um grito estridente ficou preso na minha garganta e um frio na barriga, foi a coisa mais fofa do mundo inteiro.

— Eu, ah, fui ao veterinário para examiná-lo e bem, comprei roupas para ele porque vi o que eles estavam vestindo, mas não sei. — ele gaguejou com o meu silêncio, mas eu só conseguia gritar de excitação como uma menina, coloquei a mão na boca tentando não soluçar de ternura

— Você é o melhor ex-cunhado do mundo e melhor amigo. — eu murmurei, abraçando-o, tomando cuidado para não machucar o cachorro. Ouvi suas risadas e emoções alegres que fizeram meu coração bater mais forte, o mundo não merecia Charlie.

Saí levando o cachorrinho enquanto o acariciava, sabia que o animal estava confortável por causa da minha aura mas adorei como ele mexia o rabo de excitação, lambia meu rosto, algo que me deixou terna. Foi a coisa mais adorável do mundo.

— Obrigada, Charlie, você é incrível.

— De nada, Mel, como você vai chamá-lo? — ele ergueu as sobrancelhas e eu levantei o cachorrinho, olhando para o rosto dele com curiosidade.

— Ele tem a cara de Matute ou de Tobi, qual você gosta mais, xerife? — coloquei-o no chão abraçando-o ainda, Charlie balançou um pouco a cabeça pensando.

— Tobi. — ele respondeu. — Bem, me mantenha informado sobre o Tobi, tenho que ir trabalhar. — balancei a cabeça dando-lhe um abraço para deixá-lo ir para a patrulha.

Observei enquanto o carro se afastava mas ele buzinou em saudação, acenei com minha mão em despedida para me virar para o cachorrinho e falar com ele com um tom meloso que deixaria qualquer um doente, inclusive eu, mas com cachorros é totalmente diferente. Entrei em casa com um sorriso que se apagou ao ver minha casa quase sem móveis, Alice estava exagerando. O cachorrinho começou a latir ameaçadoramente num canto, olhei para onde Alice estava, que olhava para o cachorro com uma careta de desgosto.

— Vocês machucam o Tobi e eu os mato. — ameaçado pegando minha mochila para levar meu celular.

Alice apenas assentiu, olhando mal para o cachorro que ainda rosnava para ela. A dúvida agora era como eu ia levar o cachorro para a reserva na moto, porque tinha que ir conversar com o conselho em uma fogueira.

Eu estava na casa do velho Quil conversando com o conselho, estava pedindo cooperação deles por causa dos problemas com Victoria e eles concordaram sem problemas. Eu sabia que, mais do que tudo, era porque eles precisavam que eu fosse a guardiã novamente, mas não havia como isso acontecer.

— Bom, mas eles não vão cruzar terras alheias. — objetou o Velho Quil.

— Eles dividirão apenas o terreno da casa dos Swan, para que ambos possam se defender lá. — Billy reforçou.

— Sim, os lobos poderão se defender naquela área. — balancei a cabeça — Mas ainda é território dos Cullen, então eles não podem prejudicá-los.

— Por que tanta consideração pelas sanguessugas? — Velho Quil perguntou me olhando sério.

— Eles são da família. — respondi sem hesitar. — Edward está com Isabella, os jovens Cullen são muito bons e mereceram meu apreço.

— E o patriarca? — ele cruzou os braços.

— Não é da nossa conta. — Sue interrompeu, olhando para ele de um jeito ruim.

— Desde que não quebrem as regras da aliança momentânea estamos bem. — voltei ao assunto principal. — devo ir

— Você não vai ficar pra fogueira? — Billy perguntou se aproximando.

— Qual é a história? — peguei o Tobi que estava sentado no chão completamente imóvel, ele era muito bom em seguir ordens.

— Ainda não sabemos. — ele murmurou, mas suas emoções o denunciaram.

— Bom, mas quero Sam longe de mim.

Me virei para sair de casa, na casa em frente estava Leah com Seth, os dois Clearwaters se viraram para mim sorrindo um pouco mas o mais novo correu apesar da reclamação da irmã e me abraçou, tomando cuidado para não machucar Tobi.

— Sinto muito pelo Sam, ele foi um idiota. — o garoto sussurrou sem se separar.

— Não se preocupe, Seth, estamos bem. — nos separamos um pouco, ele sorriu ao ver o cachorro então estendi para ele. — O nome dele é Tobi.

— Ótimo. — ele o pegou acariciando.

— Olá, Mel. — cumprimentou a irmã mais velha.

Eu sabia o que Leah sofria naquela matilha, pior ainda é que seu alfa é seu ex-noivo que tem sua prima como imprinting, isso me deixou com raiva por ela, mas eu entendi por parte de Sam, você não controla o imprinting. O que eu não entendi foi a parte da Emily, ela não era obrigada a ficar com o Sam, eles poderiam ser amigos, mas ela ficou com ele. Ela o escolheu em vez de sua prima.

— Olá, Leah. — abracei-a sentindo-a tensa por um segundo mas ela relaxou para retribuir o gesto com força, mas não o suficiente para me machucar. — Vamos para a fogueira.

— Tem certeza? — ela questionou se afastando. — Sam ainda está bravo.

— Sam é um idiota. — respondi sem me importar com a surpresa dela com o insulto mas ela acabou rindo, gesto que acompanhei. — O conselho me convidou.

— Ainda será desconfortável. — ela sorriu divertida.

— Eu sei — Nós três começamos a caminhar juntos em direção à reunião — Como estão os meninos? — eu não pude deixar de me preocupar com eles.

— Eles vão ficar bravos com isso, mas eles realmente sentem sua falta. — Seth murmurou ao meu lado.

— Sentimos falta. — Leah corrigiu, dei-lhe um sorriso que ela retribuiu antes de fazer uma careta. — Paul é o mais afetado, parece que você era a marca dele, ele está relutante e até se opôs a algumas ordens de Sam.

Olhei para eles surpresa com isso, Paul era o primeiro da lista dos mais leais ao Uley, eu entendi, sem Sam, Paul era um menino com problemas de raiva, brigava com o pai e tinha que cuidar da irmã mais nova. Sam lhe deu uma chance, o gene do lobo o mudou.

— Mas o resto não é melhor. — continuou Seth. — Embry fica o tempo todo com a cara triste de um cachorro abandonado, ele não faz mais tantas apostas e Jared está com um humor pior.

— Eu tentava me aproximar, mas Sam os arrastava para longe. — sussurrei e eles concordaram com a cabeça.

Continuamos andando até chegarmos à fogueira onde pude ver o recém-nomeado junto com todos, exceto Jacob e o Conselho que vieram atrás de nós. Sam deu um pulo como a matilha, mas suas expressões eram diferentes, as dos meninos estavam felizes, seus corpos emanavam excitação e saudade, enquanto o corpo do alfa emanava raiva, decepção e culpa.

— O conselho me convidou. — anunciei sem dizer mais nada, fui sentar observando Seth sentar ao meu lado com Tobi, Leah sentou do outro lado deixando um espaço para sua mãe.

Pude sentir os olhares dos meninos além de seu olhar intenso, fui observada por todos eles o que me deixou desconfortável, mas os ignorei quando vi Billy Black sentado na nossa frente.

— Já conversamos com Melanie. — comentou observando como o resto terminava de se reunir. — A Feiticeira Escarlate foi, é e sempre será uma modelo que merece nosso respeito. — ele olhou com raiva para Sam que baixou o olhar.

— Fizemos um tratado momentâneo. — continuou o Velho Quil. — Os Cullen precisam da nossa ajuda para proteger a vida de uma cidadã, a Feiticeira Escarlate precisa da nossa ajuda para cuidar de sua sobrinha e nós aceitamos.

Eles imediatamente olharam para cima, vendo-os confusos.

— Um tratado com os Cullen? — Paul rosnou.

— Isso mesmo. — a voz determinada do Velho Quil era uma ordem de silêncio.

— Vocês vão dividir os turnos para cuidar de Charlie e Isabella Swan. — Sue continuou segurando minha mão. — Esse terreno está aberto por tempo indeterminado, vocês vão dividir a guarda com os Cullen e pronto.

Antes que pudessem dizer ou fazer qualquer coisa, o som de uma motocicleta nos fez virar, vimos Jacob chegar com Isabella o que me surpreendeu, não esperava que ela concordasse seriamente em ficar sozinha com o lobo sabendo tanto do ciúme de Edward, dos sentimentos de o menino Black, e o desconforto que ela causou na matilha.

— Ótimo. — disse Jared relutantemente.

— Aqui — Seth sorriu ternamente para mim, me entregando Tobi. — Vou ver se Bella não se sente desconfortável.

— Obrigada, pequenino. — murmurei, acariciando o cachorro enquanto observava o menino Clearwater se afastar.

— Sejam gentil. — Sue perguntou bastante séria, ela a tinha visto bastante rígida no assunto dos Swan mas preferiu não se aprofundar em sua mente para lhe dar privacidade.

O lugar de Seth foi ocupado por Embry que me olhou com dúvida, intercalando seu olhar entre o cachorrinho e eu, ele sabia que tanto ele quanto eu estávamos sentindo o olhar penetrante de Sam, mas aparentemente o beta pouco se importou quando me ofereceu um pedaço de seu chocolate como o lobinho fofo que sempre pensei que ele fosse. Sorri um pouco aceitando o doce, o sorriso dele se alargou e deixei Tobi subir em seu colo. Você poderia dizer que ele estava mais confortável com os lobos do que com os Cullen.

— Esse é Quil. — Embry sussurrou apontando para o garoto cacheado. — Ele se transformou ontem de manhã, Paul e Jared já se encarregaram de contar a ele quem você é.

Olhei para o jovem lobo que brincava timidamente com uma pulseira que tinha um amuleto de lobo com um A nas costas. Pude reconhecê-lo como o sinal de Ateara. Ele olhou para cima, colidindo com meus orbes, e eu sorri gentilmente ao que ele respondeu. Mas ao lado dele estava Bella que me olhou surpresa, mesmo assim evitei o olhar dela ao ver Billy que assentiu como se me pedisse permissão para falar, dei-lhe um pequeno sorriso.

— Os Quileutes foram poucos desde o início. — começou ele sorrindo melancólico. — Mas sempre houve magia em nosso sangue, éramos grandes espíritos guerreiros, capazes de nos transformar em lobos poderosos... Isso nos permitiu nos defender de nossos inimigos. Assim como fazer aliados. — ele olhou para mim. — Éramos fortes mas tivemos a ajuda de uma guardiã magnífica, uma mulher que nos cobriu as costas, mostrando seu porte forte desde antes de pensarem que as mulheres eram capazes das mesmas coisas que os homens. Eles eram lobos e uma bruxa juntos para proteger nossa tribo.

Comecei a me lembrar do que aconteceu naquele dia, meus olhos ficaram com um vermelho fosforescente e pude ver os presentes pularem de susto mas Billy apenas sorriu um pouco antes de continuar.

— Um dia eles se depararam com uma criatura, parecia um humano mas era duro como uma pedra e frio como gelo.

Eu estava andando pela floresta com meu habitual terno vermelho escarlate, dois Quileutes caminhavam na minha frente, furtivamente para não serem ouvidos, pois haviam sentido uma fragrância nojenta, uma das piores que seu nariz sensível poderia ter captado, cheirava como um cadáver. Embora eu tivesse conseguido sentir uma aura que me causava dor só de vê-la, eu carregava muitas mortes em cima de mim. Nós três olhamos vendo um homem com aparência angelical, cabelos longos como era mais comum naquela época, pele quase translúcida e olhos vermelhos como um fogo vivo, ele tinha orbes vermelhas marcantes. Mas o que mais chamava a atenção eram os corpos que jaziam a seus pés.

— Uriel. — sussurrei ao vê-lo tremer até se transformar, pois as mulheres eram da nossa tribo.

Mas o lobo se transformou mesmo assim, correndo em direção ao homem misterioso de natureza estranha, mas eu não conseguia me mover e o outro lobo parecia o mesmo, tínhamos ficado para trás hipnotizados com a beleza daquela criatura, mas acordamos para ver ele quebrando os ossos do Quileute.

— Uriel! — gritei antes de mandar um raio para o homem misterioso, controlando sua mente para deixá-lo paralisado no lugar, enquanto o outro homem rapidamente se transformava e corria até arrancar sua cabeça.

— Os dentes afiados dos guerreiros, com a força do guardião, finalmente o despedaçaram, mas apenas o fogo da magia da bruxa o destruiu completamente. — ele continuou olhando tristemente para o fogo, enquanto os demais intercalavam o olhar entre ele e a mim como a Bruxa Scarlate que ainda estava em suas memórias. — Eles viviam com medo de que o homem frio não estivesse sozinho e eles estavam certos.

Uma semana depois daquele acidente com a estranha criatura, fui passear com o ancestral Uley, nós dois conversando sobre a aparência daquele homem, escrevendo uma história para descrever o que ele realmente era, para que o futuro deles fosse preparado se algo aconteceu.

— Vá até a tribo, mostre isso para Ephraim para que ele fique com ele. — apontei para o objeto e ele assentiu antes de correr na direção de onde estávamos hospedados.

Subi em algumas árvores tentando praticar com o que parecia ser o clima. Fiquei no galho de uma das árvores mais altas, colocando minhas mãos em um galho quebrado, a aura vermelha começou a envolvê-lo até ser reparado, deixando uma árvore curada. Sorri um pouco antes de dar uma última volta e retornar à tribo para contar ao alfa sobre minha nova conquista.

— Melanie, fizemos uma fogueira, você vem?

Balancei a cabeça andando atrás dele enquanto contava o que aconteceu, cada avanço em meu poder era uma nova possibilidade de ter mais defesas para a matilha.

Quando cheguei perto da fogueira pude ver Quil Aterea, uma mulher de ascendência Clearwater, e o lobo com quem eu estava escrevendo o livro há uma hora, Uley. Sentei-me num tronco ouvindo quando eles começaram a contar histórias.

— Feiticeira escarlate!

Todos nós nos viramos e vimos uma série de pessoas vindo da cidade, eles tinham tochas com enormes gravetos em chamas o que me causou terror quando vi que eles estavam apenas gritando por mim.

— Corra, Melanie, nós ajudamos você! — Ephraim me olhou com toda confiança do mundo.

Olhei para ele em dúvida até que ele me deu um sorriso confiante, então rapidamente me teletransportei para uma das árvores.

— Nós amamos a bruxa, não vocês indígenas sem vergonha nenhuma. — eles olhavam para suas roupas com desdém, o que me deixou com raiva, eles deveriam aprender a respeitar a cultura alheia.

— Que bruxa? Bruxas não existem. — ele falou por todos que assentiram com confiança ao ouvir isso, um sorriso escapou do meu rosto já que eram cachorros gigantes.

— Sabemos que você está escondendo ela, basta entregá-la para levá-la até a fogueira e prometemos que nada vai acontecer com você. — memórias de mulheres sendo queimadas vieram à minha mente sem poder evitar, os ancestrais das bruxas foram difíceis.

— Pedimos gentilmente que deixem nossas terras. — ele usou sua voz alfa característica.

A discussão continuou por mais alguns segundos, segundos que foram apenas palavras trocadas entre os patriarcas e os líderes dos grupos. Mas meu olhar foi desviado para a floresta quando senti uma aura hostil, manchada de cores escuras como as do frio estranho da floresta. Me teletransportei de árvore em árvore, galhos e galhos até chegar a um local onde pude ver um grande número de pessoas.

Mas não eram simples humanos que também passaram pela minha cabeça, tinham olhos vermelhos, sangrando de vingança, olhavam direto para onde ficava a vila. Seus sentimentos de saudade, dor, sede. Eles estavam indo em busca de vingança. Em busca dos lobisomens. Eles eram os amigos daquele frio.

Corri de volta para a tribo mas quando cheguei eles já estavam lá. Como puderam ser tão rápidos? Atacando os lobos, os aldeões, os intrusos que queriam me levar para a fogueira, tudo pegava fogo por causa do fogo que carregavam, arranhões dos lobos que quebravam barracas de onde saíam as crianças... Foi um massacre.

— Ajude-nos, Melanie!

— Nós precisamos de você!

Desci assustada sem saber o que fazer, eram pelo menos três mulheres e quatro homens. Mas eles se alimentaram rapidamente antes de deixar o resto para uma mulher, uma mulher fria.

— Ela desencadeou sua vingança contra a aldeia. — ele continuou vendo os olhos lacrimejantes da bruxa que ainda estava naquele transe de lembranças, os lobos viam preocupados sua mãe, sentindo-se culpados por deixá-la sozinha com tantos problemas a atormentando de até mesmo uma vida passada, assim como Bella que ficou surpresa. — Nosso antigo chefe Taha Aki, foi o único que sobreviveu, o único espírito guerreiro que sobrou para salvar a tribo com a ajuda da Feiticeira Escarlate, após a morte de seu filho.

Corri rapidamente até as barracas das crianças onde formei uma fila pedindo que não se separassem, levei-os até o barco com os moradores que estavam na estrada, formando uma barreira para que pudessem ir até os barcos do rio e se salvar.

— Ephraim! — gritei ao ver o lobo sendo morto por aquele frio estranho.

Minha magia desapareceu um segundo antes que eu pudesse fazer qualquer coisa. Olhei em volta e vi os homens falecidos, as mesmas crianças, as mesmas mulheres. O fogo queimou tudo, corroendo os mínimos detalhes. Desmantelando a cidade e sem deixar vestígios de vida. Meu olhar encontrou o de Taha Aki, que segurava uma de suas esposas e um filho nos braços. Ele me deu um sinal e ficamos parados olhando para o frio. Corremos em direção à mulher com aparência angelical, mas com espírito sangrento.

— A terceira esposa de Taha Aki sabia que não podiam, pois apesar do espírito mágico de ambos, não conheciam as capacidades do estranho. A esposa não era um ser mágico, ela apenas tinha um poder especial. — todos ficaram atentos ao verem como Melanie caiu de joelhos chorando mas sem fazer barulho, Leah tentou se aproximar mas o velho Quil negou. — A coragem.

O frio me jogou contra uma das pedras, ressoando a quebra de mais de um dos meus ossos, caí no chão machucada, soluçando ao ver como Taha Aki estava perdendo a luta, mas o grito de força com uma descarga de emoções de bravura me fez virar para ver sua terceira esposa. Que segurava uma faca que logo enterrou no abdômen. Observei quando o frio soltou abruptamente o lobo para se aproximar dela.

— O sangue. — sussurrei ao me lembrar de como o resto dos frios se alimentavam e se afastavam.

Vi o livro escondido entre os escombros, puxei-o para mim, abrindo-o rapidamente na última página que escrevi com Uley 'Eles se alimentam de...' Rapidamente coloquei minha mão manchada com meu próprio sangue naquele espaço, dando uma clara mensagem e então levantei minha mão e vi Taha Aki pular no frio, devorando sua cabeça em uma mordida.

— O sacrifício da terceira esposa distraiu a mulher fria o suficiente para que Melanie pudesse terminar seu guia, o que nos ajudou a entender o frio o suficiente e para Taha Aki destruir a mulher. Ela salvou a tribo. — decretou com orgulho.

— Mas Melanie não só aprendeu com o frio em pouco tempo. — continuou o Velho Quil. — Melanie Higginbotham aprendeu mais com os espíritos lobos do que com eles próprios. Ela sabia que a terceira e última esposa de Taha Aki era a mais importante porque ele havia tido um imprinting com ela. Então se Taha Aki, sendo o último espírito lobo, perdesse sua marca, Melanie sabia que ele não seria capaz de suportar aquela dor... E ela tinha que tomar uma decisão.

Vir Taha Aki que se agachou ao lado de sua esposa que sorriu levemente ao vê-lo em perfeitas condições, chorando por sua possível morte, livre daquele frio em busca de vingança, que ele não conseguiu. A dor começou a se refletir em seus olhos e ele olhou para o corpo do falecido. Eu não poderia deixar aquele casal que acabou de salvar a tribo morrer, eles não poderiam desistir depois de uma das maiores vítimas que já tivemos.

— Taha Aki. — sussurrei e ele se virou, derramando lágrimas. — Deixe-me ajudar.

Com a dor de sua marca nele, as perdas de humanos, irmãos de matilha e um de seus filhos, ele se levantou para me ajudar a me aproximar. Estando ao lado da mulher, me ajoelhei, sorrindo de dor. Não senti dor em meu corpo, apenas o gosto metálico na boca, o mesmo líquido que comecei a liberar do abdômen, e sabia que eram eles dois ou eu.

— Olhe para mim, Sumai. — sussurrei, ela dirigiu seu olhar fortemente para mim. — Seja forte, você deve cuidar de Muelim. — sussurrei o nome da minha filhinha.

Coloquei minhas mãos em seu ferimento, sentindo a magia que usei em meu traje se espalhar pelas minhas mãos, meus olhos se iluminaram e comecei a curar seu ferimento.

— Você está se machucando. — o último espírito lobo murmurou preocupado.

— Mas exceto pelo meu legado. — sussurrei, vendo Sumai recuperar as forças , ela me olhou entre assustada, preocupada e surpresa.

Caí no chão cuspindo um pouco de sangue, Taha Aki tentou se aproximar mas eu o impedi com a mão. Olhei para minhas mãos antes de desenhar uma runa de proteção em meu pulso com meu próprio sangue.

— Minha alma descansa, para viajar até encontrar a alma do meu filho, que é uma alma futura pura e forte que conhece o rosto.

Eu senti meu corpo desaparecer lentamente.

— Taha Aki pôde ver como de uma marca que ela tinha em seu pulso, uma aura emanava dela, da mesma cor de sua guardiã característica, uma nuvem escarlate rodeava seu corpo, deixando uma bolha de seu poder em esplendor máximo a cercando. — olharam para a bruxa que estava diminuindo o brilho dos olhos. — Até que ela explodiu e seu corpo inerte caiu.

Olhei para o fogo na minha frente, não consegui fazer ou mover mais nada.

— Com o tempo, nossos inimigos desapareceram. — Billy retomou a conversa, e sua voz ressoou em minha cabeça como um eco. — Mas sobraram alguns, os frios.

Imagens daquele homem e daquela mulher se repetiram em minha mente com lembranças de minha outra vida.

— Quando eles estão próximos nossa magia desperta, e sentimos agora, sua ameaça no sangue. — ele olhou para mim e eu finalmente consegui olhar para cima, encarando o Patriarca Black. — Algo terrível está se aproximando e devemos estar preparados

Meus olhos cristalizados só conseguiam ver o Patriarca Black que me olhava com confiança.

— Todos nós.

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