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017

˖࣪ ❛ VOTO NÃO
— 17 —

CARLISLE TINHA OLHOS DOURADOS HIPNOTIZANTES, UM BONITO SORRISO COM DENTES PERFEITOS. Foi perfeito em todos os aspectos, havia provas e nenhuma dúvida. Sua voz poderia acalmar qualquer um apenas dizendo uma palavra.

Ainda mais pela maneira como ele me olhava, pude sentir o amor que ele emanava, a felicidade acompanhada de euforia. Raramente eram sentimentos que iam diretamente para mim. As palavras de Aro ecoaram na minha cabeça repetidas vezes.

Minhas bochechas estavam levemente coradas, o calor que sentia era incrível, aumentava a cada toque que ele me dava. Acho que vou evitar ficar doente nos próximos dias, porque não posso nem falar com um médico assim ou talvez adoeça de propósito para vê-lo.

— Por que eu não conheci a fascinante tia de Bella? — ele questionou, verificando meu ferimento pelo golpe de Alec.

— Porque cheguei depois que vocês saíram deixando minha sobrinha em estado insalubre.

Eu não pude deixar de ficar ressentida com os Cullen, acho que Charlie conseguiu deixar em mim um pedaço de sua antipatia pelo nome Cullen. Eles poderiam ter feito as coisas de forma diferente.

— Lamentamos por isso. — ele se desculpou, olhando para o ferimento em meu pescoço.

Eu podia sentir o ferimento da mão cheia de cicatrizes de Alec. Se ele fosse mais velho talvez até tivesse brincado, mas sendo um menor de idade que tentou me matar, só consigo me lembrar daquela luta com dor. A mão fria do médico passou pela marca fazendo meu coração disparar.

— Um pedido de desculpas não ajuda muito, ela acabou voltando para Edward. — ele i respondi tentando ignorar seu toque.

— Eles se amam. — respondeu ele franzindo um pouco a testa. — São jovens apaixonados, parceiros de vida. Você nunca se apaixonou?

— Sinceramente não, o amor é uma coisa brega que os jovens usam para se sentirem menos sozinhos, eu ri de casais a vida toda, vendo eles fingirem que se amam e dizerem coisas bregas um para o outro que com o tempo eles esquecem.

Eu estava sendo sincera, lembrei-me do dia em que Charlie me chamou para ir a Forks, segundos antes de eu estar zombando dos amantes que colocaram um cadeado com suas iniciais na ponte. Eu zombei das memórias de Bella com Edward.

Mas me arrependi de minhas palavras quando senti as emoções do vampiro na minha frente. Tristeza e dor começaram a emanar.

— Eu não quis dizer... — eu estava prestes a me corrigir, mas ele apenas assentiu.

— Está tudo bem, cada um tem sua opinião. — ele me deu uma rápida olhada antes de enfaixar meu corpo novamente.

Eu não queria fazê-lo se sentir mal, mesmo não sabendo porque ele se sentiu magoado com minhas palavras, mesmo assim seu toque frio percorrendo meu corpo para enfaixá-lo conseguiu me desconcertar.

— Alice me avisou sobre seus pesadelos. — ele se afastou para tomar algumas cápsulas pequenas enquanto eu estava ocupada vestindo minha camisa.

— Eles não são pesadelos, mas obrigada. — balancei a cabeça pegando.os

— O que são? — ele estava interessado em guardar os utensílios que usava.

— Visões ou memórias. — eu respondi lendo as instruções

— Então uma bruxa. — tive vontade de me bater mentalmente por não ter contado aquele pequeno detalhe, mas apenas comecei a falar hipnotizada diante daqueles olhos dourados.

— Sim, uma reencarnação ou algo assim. — ele me ajudou a levantar da maca com muito cuidado.

— Você praticou magia? — ele questionou, erguendo o olhar.

Olhei para ele, sentindo seu olhar intenso também em minhas orbes vermelhos, sabia que sua conversa era para me impedir de ir embora, ser empática sempre conseguia estragar as mentiras ou planos dos outros mas gostava desse sentimento em situações como essa. Ainda mais sabendo que ele continuou segurando meus braços mesmo já estando de pé.

— Sim, Bella e a matilha são prestativos. — ele ficou um pouco surpreso quando eu citei a matilha.

— A matilha?

— Os meninos são minha família. — o i respondi um tanto sem jeito, me afastando um pouco. — Faço parte da matilha, com a minha estadia aqui eles foram prestativos, mas acho que isso é tudo.

Ele sorri um pouco triste.

Não pensei nisso até agora.

Charlie tinha me chamado para cuidar da filha dele, para ficar com ela até ela melhorar, o combinado era esse, depois disso eu voltaria em turnê com o Renée, para viajar pelo mundo. Edward estava de volta, Bella estava em perfeitas condições, eu tinha o livro para controlar minha magia. Eu poderia ir. Meu propósito foi cumprido.

— Acabou? — Carlisle perguntou, também se afastando um pouco.

Virei-me para pegar minha jaqueta.

— Sim, só vim até Bella melhorar, isso já aconteceu então tenho que voltar para minha irmã. — eu respondi caminhando até a saída.

Mas senti os passos do médico atrás de mim.

— Você não vai ficar para morar aqui? — ele começou a andar ao mesmo tempo que eu, o que não foi difícil graças ao meu estado.

— Não. — eu dei a ele um pequeno sorriso.

Ele assentiu, mas quando estávamos indo para a porta, Bella entrou com Edward atrás dela. Olhei para eles com a testa franzida e depois olhei para a hora. Ele passou duas horas me verificando.

— O que você está fazendo aqui, Isabella? — eu levantei uma sobrancelha ao que ela apenas olhou para Edward que baixou o olhar.

— Nós precisamos conversar.

Os filhos do Dr. Cullen eram totalmente diferentes. Alice aparentemente já havia contado a todos sobre mim, sobre minha familiaridade com Bella, ou talvez sobre toda a minha vida, com aquela fadinha não sei o que pode esperar.

Emmett foi o primeiro a me cumprimentar, ele falou comigo com um sorriso animado, me mostrando todos os seus videogames ou me contando sobre sua superforça como uma criança entusiasmada, isso me deu uma vontade tremenda de abraçá-lo. Ele era como Embry.

Em seguida veio Rosalie, que a princípio parecia séria, mas assim que mencionei minha moto, começamos a conversar com naturalidade, até que surgiu o assunto moda, até então caímos em uma conversa confortável.

O último foi Jasper. Foi calmante para o meu sangue, então ele se aproximou sem problemas, pude conversar com ele sobre os desconfortos de ser empático, ele até soltou um suspiro de alívio ao ver que outra pessoa carregava o peso que ele tinha nos ombros.

— Vocês sabem o que eu quero.

Mas agora estávamos na sala. Bella estava falando sobre a transformação, sobre como ela adorou e Aro nos deu um ultimato de que ela deveria ser transformada. Mas não gostei dessa ideia, me machucou.

Até Edward sabia que, apesar de estar em paz com ela, ela foi punida sob meu comando. Ela tinha toque de recolher às seis, a única maneira que ela poderia ver Edward, além disso ele estava proibido de entrar no quarto de Bella pelo resto da semana. Eu sabia que ele vinha à noite para conversar ou observá-la dormir.

Eu estava do lado de Carlisle, o resto estava do nosso lado cercando a escada onde Bella estava, alguns degraus acima estava Edward.

— E eu sei que o que estou pedindo é muito. — Bella olhou para mim e depois olhou para a família. — A única coisa que consigo pensar para tornar isso justo é que vocês votem.

— Você não sabe do que está falando. — Edward reclamou pelas costas, meu lado empático entendeu, e até pensou o mesmo que ele.

— Alice. — a recém nomeada se afastou do companheiro para se aproximar dela.

— Já considero você minha irmã. — Alice a abraçou e só pude olhar para baixo, mas minha sobrinha agradeceu.

— Eu voto sim. — todos se viraram surpresos para o loiro para o qual eu apenas sorri, também entendi a situação dele. — Dessa forma eu não irei querer te matar toda hora.

Todos ficaram em silêncio até se virarem para Rose, que estava parada um pouco afastada dos demais.

— Sinto muito, quero pedir desculpas a vocês dois pela forma como agi e agradeço tanto a você quanto a sua tia... — Rose me deu um sorriso que retribuí. — Pela coragem que tiveram em salvar meu irmão, mas não é esse o estilo de vida que eu teria escolhido para mim. — sua dor se destacou entre todas, sua melancolia me dominou um pouco. — Gostaria que alguém tivesse votado não em mim

Aproximei-me da loira por instinto de acariciar suas costas ao que ela só conseguiu me olhar com gratidão, me virei para minha sobrinha com uma careta.

— Se eu disser que sim, estaria colaborando com o seu egoísmo, pois você só está pensando em ser forte, não em como isso poderia afetar a mim, a Edward ou a Charlie. — Bella olhou para baixo. — Mas se eu te disser isso não estaria pensando sobre meu egoísmo, sobre como não quero perder minha única sobrinha, mas prefiro me chamar de egoísta e querer que você tenha um futuro com uma família do que deixar você viver uma eternidade longa e dura.

Agora foi Rose quem me abraçou pela cintura, o que eu estava grata, ninguém conseguia entender a dor dela ou de Edward, a minha ou de Charlie, mas eu não queria perder minha única sobrinha.

— Eu voto não. — eu respondi saindo da sala.

Eu não queria que minha sobrinha morresse. Porque apesar de andar sozinha ela seria isso, uma morta-viva, um cadáver frio e ambulante, uma inimiga natural da minha matilha.

Eu não poderia me permitir ficar num lugar esperando que minha sobrinha fosse mordida, que os dias passassem como uma contagem regressiva para o dia da morte dela, eu simplesmente... Mão podia.

Eu não queria isso para ela, eu cuidei dela, arrisquei minha vida mais de uma vez por ela, parei coisas que eram importantes para mim só para mantê-la segura, e agora ela ia cair na boca do diabo.

A imortalidade não era tão boa como alguns acreditavam, seriam horas na mesma posição sem mover um músculo só porque você não tem mais ideia do que fazer, e ela queria isso. Queria ver a família morrer, perder a oportunidade de uma vida normal, de ter filhos, netos, envelhecer.

Ela não queria morrer.

Mas a primeira regra da vida é que sem ela não há morte, e sem morte não há vida.

Sem perceber eu já estava com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, meus olhos estavam vidrados me impedindo de enxergar com clareza, a única coisa que consegui ver foi cabelos loiros me abraçando.

— Me desculpe, Melanie. — Carlisle sussurrou, acariciando meus cabelo. — Mas Edward precisa dela.

— Mas ela prefere perder a vida do que arruinar a dele, eu prefiro acabar com a minha do que machucá-la. E o que pensamos ou sentimos? E o que Charlie ou Renée sentirão?

Eu não aguentava mais continuar falando, minha voz estava quebrada, eu não aguentava. Separei-me do loiro para seguir em direção à floresta, caminhar apenas alguns metros enquanto tentava abafar os soluços. Mas eles precisavam sair.

Não consegui, me senti impotente, inútil, como se todo o meu esforço tivesse sido em vão. Eu precisava correr, gritar, bater ou simplesmente explodir.

Caí de joelhos sem conseguir me segurar muito.

Agora eu só precisava disso. Explodir.

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