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shaw's

Jake apoiou o braço no encosto do sofá. Eu o observava em silêncio. Às vezes pensava estar sonhando, ter ele ao meu lado parecia bom demais para ser verdade.

- Eu estou sujo? - perguntou limpando o rosto.

Eu corei.

- Não, não está.

Ele me olhou e sorriu. Droga. Ele percebeu que eu o olhava.

- Ansiosa para amanhã?

Assenti.

- Você?

- Com certeza. Do tanto que vocês estão organizando, essa festa será de arromba.

- Que expressão de velho.

- Olha quem fala.

Eu bati em seu braço. Ele gemeu de dor, mas logo me olhou rindo. Idiota.

- Eu estava com saudades suas. - seu rosto ficou vermelho.

- Eu também.

- Por que paramos de nos falar, mesmo? - disse brincalhão.

- Porque o nosso término foi brutal.

O silêncio gritava. Eu tentei fazer uma piada, mas acabei trazendo memórias dolorosas. O estalo de língua me chamou a atenção.

- Quer ir na melhor pizzaria do brooklyn?

Assenti.

- Vou só pegar a minha bolsa.

- Não. Hoje é por minha conta.

- Já que insiste.

Ele riu. Saímos de fininho para não chamar a atenção. Mesmo que fizéssemos barrulho, ninguém notaria. Rosa e Gina maquiavam Charles, o mesmo exigia cores vibrantes para o seu look drag.

- Qual vai ser o nome da drag do Charles? Quer saber, vou perguntar.

Tirei o celular de sua mão.

- Não! Você quer que nos peguem?

Ele riu.

- Você soa como uma rebelde.

Eu sorri e adentrei o carro. Sentir o vento no cabelo me fez voltar a adolescência, não a minha, mas a dos filmes. Uma fase sem preocupações com o futuro, em que o único objetivo é se divertir. A única vez que me senti assim foi com Jake. Ele tinha o dom de tirar as algemas da responsabilidade e me permitir curtir o dia. Ele me fazia sentir leve. Eu sentia seus olhos sobre mim enquanto eu cantarolava "Cruel Summer".

- 6 meses e eu nunca consegui te fazer ouvir Taylor Swift.

Eu ri. Mal sabia ele que eu ouvia porque me fazia lembrar dele. Todas as músicas me lembravam dele.

- Você não foi muito convincente.

- Eu fiz três power point!

- Não se esforçou o suficiente.

- Eu organizei por cores.

- Zero esforço.

- Eu sei o que está acontecendo. - disse ele. - Você tá tirando com a minha cara.

- Eu? Nunca! - falei irônica.

- Vai se fuder, Santiago.

Mas ele não desejava isso. Em fato, ele ria de mim, como se eu fosse a pessoa mais engraçada do mundo e isso me fez sentir especial. Teddy nunca riu assim. Meu ex nunca tinha me feito sentir importante. Me peguei encarando Jake, desviei o olhar antes que ele pudesse notar.

- A melhor pizzaria do...

Estávamos a um quarteirão, mas eu já pude ver a mudança de fachada. Antes era branca e vermelha, agora era rosa e azul pastel. A pizzaria foi substituída por uma loja de doces.

- Tudo bem?

Ele parecia triste e tinha todos os motivos para ficar. Esse lugar era repleto de lembranças de quando seu pai era presente.

- Sim. - sua voz mal saiu. - Aonde quer ir?

- Jake, eu sinto muito.

Ele me olhou, os olhos repleto de lágrimas.

- Obrigado.

Eu o abracei. Ele apertou o abraço. Seu corpo era quente, como uma lareira em um dia frio. Eu sentia que derreteria em seus braços, estava com tanta saudade do seu toque. Ele se afastou sem graça, seu rosto estava corado. Eu senti frio sem o corpo dele.

- Shaw's?

Assenti. O resto do caminho foi um verdadeiro karaoke com músicas da Taylor Swift.

- Ainda bem que te reencontrei swiftie.

Eu ri.

- Pois é.

Descemos no bar. Jake olhava tudo, parecia estar se lembrando da última vez que estivera aqui. Eu pisquei. Eu me lembro muito bem.

- Ache uma mesa, vou buscar as cervejas.

Eu assenti e me sentei perto da caixa de som. Começou a tocar Wildest Dreams (Taylor's Version), meu cérebro imediatamente me levou para a última noite que Jake pisou no bar.

♤♡◇♧

Os nós das minhas mãos estavam brancos de tanto eu apertar minha bolsa. Olhei a hora no celular, 22h. Ele estava atrasado 2 horas. Eu sentia os olhares de pena ao meu redor, todos sabiam que eu havia levado um bolo. Me levantei estressada. O sino tocou, anunciando que alguém havia entrado. Jake estava molhado, mesmo não chovendo.

- Desculpa, desculpa. Surgiu um caso...

- Você disse que iria nos priorizar.

Seus músculos da face se repuxaram.

- Engraçado você dizer isso, por que da última vez, era eu quem esperava.

Senti meu estômago revirar. Queria desmintí-lo, mas não pude, ele estava certo.

- Desculpa. Foi um dia estressante.

Eu assenti. Nosso trabalho não era um dos mais fáceis e isso afetava nosso humor.

- Vou buscar bebida.

Eu assenti. Me ajeitei na cadeira. Para alguém que fez seminário de oratória, eu não sabia o que e como dizer. Ele voltou com duas cervejas em sua mão. Nos encaramos em silêncio. Abri a boca várias vezes, mas nada saiu. O único som que preenchia meus ouvidos era Wildest Dreams.

- Você ainda me ama?

Eu pisquei surpresa com a pergunta. Para mim a resposta era óbvia.

- Claro que sim, por isso quero nos consertar.

Ele retorceu a boca. Eu havia me arrependido da escolha de palavras.

- Você acha que nossa relação está quebrada?

Inclinei na cadeira nervosa.

- Não sei... Nós brigamos o tempo inteiro, tem algo de errado com certeza. Mas não sei se está quebrada, eu usei a palavra errada, perdão.

Ele assentiu pensativo.

- Quando foi que nos perdemos?

A aposta. Era tudo o que eu conseguia pensar. Nós eramos o casal perfeito, até a maldita aposta. Mesmo sabendo que a pergunta era retórica, respondi:

- Não sei.

- Será que podemos a voltar ao que éramos?

Eu queria gritar que sim, mas não tinha certeza. Jake calou-se perante meu silêncio.

- Eu te amo. - falei com a voz falha. - Mas acho que não. Nós nos perdemos no meio do caminho e não podemos voltar.

Ele assentiu, parecia triste.

- Isso é um adeus?

Eu reprimi um soluço.

- Sim.

Me levantei da cadeira.

- Eu deixarei as suas coisas na sua caixa de correiro. - virei as costas.

- Eu te amo. - sussurou Jake para si, mas eu consegui ouvir - Para sempre.

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