016
˖࣪ ❛ DORMIR NO CHÃO
— 16 —
TUDO PARECIA DIFERENTE QUANDO VOLTARAM.
Rosalie odiava isso. A família mal havia falado no dia seguinte à alta de Bella do hospital. Se foi por medo de perturbar Edward ou causar uma discussão, ela não sabia, mas Rose não ficou tempo suficiente dentro das paredes vítreas de sua casa, para descobrir. Ela evitou Bella como se segurasse uma praga, com muito medo de dizer algo errado, porque mesmo que o ar se sentisse obsoleto agora que eles haviam retornado, uma calma havia se estabelecido na cidade, sobre Rosalie. Uma tranquilidade que ela se recusou a interromper.
Edward finalmente a encontrou perto do riacho. Ele estava procurando por ela e Rose o havia evitado, embora ela tivesse feito um trabalho ruim. Foi sempre lá à beira do rio, com os joelhos cavando na areia rochosa e as mãos submersas, que ele a encontrou. Ela se lembrou da última vez que eles falaram sob a cobertura das árvores. Parecia há muito tempo e tanta coisa tinha acontecido desde então, assim como ela avisou e previu. Apesar disso, ela não conseguia se sentir com raiva. Rosalie estava muito cansada para isso.
Você está jogando um jogo perigoso, Edward, ela o avisou. O jogo tinha sido jogado e ele ganhou no final. Mas a que custo? Ela afastou o pensamento e o deixou se aproximar, sentando-se ao seu lado.
— Acho que você merece um agradecimento. — disse Edward. — Por me ajudar. Por ajudar Bella. Eu não achei que você iria.
— Nem eu. — ela respirou, surpreendendo-o com sua honestidade.
— O que fez você?
Rose balançou a cabeça. — Você vai me achar egoísta.
— Eu já acho. — disse Edward, seu tom sem malícia, recompensando-a com a mesma veracidade que ela deu.
Rosalie deu um suspiro e cruzou os braços pelos joelhos. — Eu pensei em Violet Green. — ela pensou em Violet Green e sentiu medo, ressentimento e compreensão, tudo embrulhado em um. — Eu teria sido hipócrita pensar em Violet e ainda ficar lá e assistir. E eu sou muitas coisas...
— Sim, você é. — interrompeu Edward, mas havia um carinho em sua voz e ele estava sorrindo gentilmente.
— Eu sou muitas coisas, mas não sou hipócrita. — terminou Rose, apoiando o queixo nos braços enquanto observava as ondulações da água. Isso a fez querer fechar os olhos, desejando a sensação humana de um sono calmo. — E Bella merece viver a vida que não podíamos.
Um flash de culpa cruzou o rosto de Edward, mas saiu tão rápido quanto apareceu. Ele colocou uma mão contra o cotovelo dela e Rose se moveu para segurar sua mão na dela. O sorriso dela era fraco, mas ele o devolveu. Foi engraçado pensar que uma vez ele estava destinado a ser o parceiro dela. Tudo o que ela podia sentir por ele era amor familiar. O tipo único de amor que muitas vezes fazia fronteira com o ódio.
Sua vida não é o que você queria, Rosalie, mas não podemos tentar ter cinco anos felizes?
— Eu não achei que seria pedir muito. Para manter nossa casa segura.
— Você não consegue decidir quem ama. — disse ele como se isso respondesse o suficiente. Ela supôs que era. Foi o amor que os levou por esse caminho.
Não muito tempo atrás, ela teria discutido. Sempre há uma escolha. Você não me escolheu. Mas ela não tinha mais tanta certeza.
— Eu não posso perder isso, Edward. — sussurrou Rosalie, segurando a mão mais apertada. — Você tem que me prometer que ficaremos aqui o máximo que pudermos. Que isso permanecerá em nossa casa até que não possa ser por mais tempo.
— Rosa...
Ela não podia deixá-lo recusar. — Este foi o primeiro lugar que eu sentir como um lar depois- depois... — Rosalie se afastou, balançando a cabeça. A mão dele segurou a dela com a força. — Não estou pronta para sair.
— Eu prometo, Rosalie. — disse Edward. — E nós provamos isso para nós mesmos, não foi? Que podemos mantê-las seguras, manter esta cidade segura. Nós nos arruinaríamos antes de deixá-las se machucarem.
Ele se arruinou. O tom vermelho em seus olhos tinha sido assustador de ver. No entanto, algo sobre a visão havia confortado Rosalie. Foi prova de sua dedicação, de uma restrição que Rosalie não estava convencida de que ele tinha. Ele tinha feito isso com a ajuda dela e isso a fez pensar demais. Talvez esse tenha sido o problema deles. Ela não lhe deu o apoio que ele precisava para estar com Bella. Não como o resto da família tinha. Mas eles poderiam culpá-la? Um jogo perigoso...
— Eu só quero ser feliz, Rose. Eu quero que sejamos felizes. Você merece mais do que a maioria. — disse ele. — Eu sei que você também quer isso.
— Eu quero. — as palavras saíram mais duras do que ela queria. Ela agarrou uma mão no rosto. — Eu simplesmente não sei como ser. Não enquanto eu estiver assim.
Edward estava quieto então, então ainda assim que, se ele não estivesse segurando a mão dela, ela poderia ter esquecido que ele estava lá. Ela finalmente o assustou em silêncio então. Foi a única vez que ela queria que ele falasse. Rose queria uma resposta, precisava dela.
Mas ela nunca conseguiria. Não pelas palavras do irmão dela, pelo menos.
Eles ouviram Alice antes de vê-la. Ela estava cantarolando de propósito, arrastando padrões girando ao redor das árvores, dando-lhes tempo para esperá-la. Em seus lábios, um sorriso melancoso foi colocado e em suas mãos, uma caixa.
— Eu estava procurando por você. — disse ela, com os olhos brilhando além de Edward, ignorando-o a favor de examinar Rosalie. — Edward. Eu gostaria de falar com minha irmã, por favor.
Ela lhe deu um último aperto de mão antes que ele se levantasse, deixando-a aos caprichos de Alice. A irmã dela não deu nenhuma saudação, nenhuma explicação para ela estar lá. Ela só entregou a caixa, colocando-a no colo de Rosalie, olhando para ela com expectativa.
— Eu trouxe algo para você.
— O que é isso? — a pergunta caiu estupidamente de seus lábios quando ela puxou a tampa da caixa, revelando faixas de material preto. — O vestido. Você está me dando.
— Sim. — um zumbido foi a única resposta de Alice.
O vestido era lindo, escuro como a meia-noite, com pérolas revestindo o decote profundo como luas brilhantes. Quando ela o tocou, o tecido era macio, listras de veludo correndo pelo corpete, com camadas de roxo sob a renda transparente. Rosalie olhou para sua irmã, insegura. O vestido estava pronto há muito tempo - desde que Alice deu a Rose o tratamento do silêncio.
— O que eu fiz para merecer isso agora?
— Você ajudou Bella. Você falou com Edward. Você vai falar comigo. — Alice disse, entrelaçando seus braços.
— Alice...
Sua irmã a interrompeu, com o nariz erguido. — Você não precisa dizer isso. Acho que entendo.
— Eu não acho que você poderia.
Ela não queria que fosse cruel. Era a verdade, aos olhos de Rosalie. Alice apenas cantarolou e puxou seus braços para mais perto.
— Não, talvez não. Não inteiramente de qualquer maneira. — disse ela. Seus olhos estavam vidrados - o tipo de olhar que mantinha uma visão por trás de seu olhar, mas Rosalie sabia que não havia uma segunda visão naquele momento. O que quer que Alice estivesse vendo não era um vislumbre do futuro, mas um momento de seus desejos. Ela podia dizer pela ruga em seu rosto, a inclinação da emoção - coisas que não estavam presentes em sua espiada no futuro. — Mas eu sei que você está com medo de ficar muito perto dela.
— Eu não sei o que...
O olhar de Alice foi aguçado, mas fugaz. — Não tente fazer isso comigo, Rose, todos nós sabemos o nome dela agora. Violet Green. — o nome soou estranho nos lábios de sua irmã. Esse nome parecia existir separado do mundo de sua família. — Ela vai estar no baile, não é?
— Pode ser.
Alice apenas sorriu e finalmente tirou sua última mão da linda caixa. — Eu acho que é hora de você usar este vestido.
★
Violet tinha sido deixada no volume de seus pensamentos até que o som suave do rádio a trouxe de volta para o carro. Seu pai olhou por cima do banco do motorista, seus olhos de prata de aço. O motor roncou sombriamente, acelerando muito rapidamente e Violet franziu a testa quando Robbie diminuiu a velocidade do caminhão.
— Podemos voltar se você não estiver com vontade, Vi. — disse ele, movendo uma mão da alavanca de câmbio para dar um tapinha na perna dela. — Eles vão entender se você não vier e eu posso trazer algumas das sobras de Billy.
— Estou bem. Só um pouco cansada. — ela o tranquilizou. A expressão em seu rosto - sobrancelhas franzidas e nariz enrugado - a fez dizer: — Eu prometo.
— Sabe, se você está preocupada em se mudar para a faculdade depois do verão, não precisa. Você pode adiar um ano, pegar a caminhonete em algum lugar e ter tempo para pensar. Eu e Ally ficaríamos mais do que felizes para mantê-lo. — disse ele. Violet mordeu o lábio entre os dentes. Ele estava ficando cada vez mais ansioso com a mudança dela para a faculdade e a ideia de que ele sentia tanto a falta dela a fazia se sentir culpada, mas ela tinha que ir embora. — A faculdade pode esperar um ano até você ter certeza, Vi.
— Tenho certeza, pai. A NYU é a escolha certa e sempre soubemos que eu iria para a engenharia. — disse ela. — Eu amo isso aqui, você sabe. Eu amo nossa casa, eu amo a garagem. Eu amo meu jipe estúpido e impossível de consertar. Eu amo a floresta e o clima. Vou sentir falta de tudo, principalmente das pessoas também. Mas se eu não for agora, acho que nunca mais vou embora. Isso é algo que eu tenho que fazer.
Jacob já estava esperando do lado de fora da garagem quando a caminhonete parou do lado de fora da cabana de Billy Black. Celia também estava lá, encolhida contra as vigas de madeira e, embora estivesse chovendo, a água bagunçando seu cabelo, ela ficou o mais longe possível do menino mais novo.
— Estou orgulhoso de você, querida. Às vezes esqueço que você não é mais pequena. — disse Robbie, inclinando-se para a frente e dando um beijo em sua testa. — Eu quero que você vá a qualquer lugar e a qualquer lugar que você desejar. Apenas me prometa que você sempre voltará para casa. Mesmo que seja apenas por um dia.
— Claro que vou. Eu prometo.
Seu pai foi o primeiro a sair da caminhonete, sorrindo e acenando com a cabeça e desaparecendo na cabine onde o resto dos meninos esperavam. Com um suspiro, Violet o seguiu, com as mãos aquecidas nos bolsos. Celia foi direto para o lado dela quando ela saiu do carro, colando seus braços juntos. Jacob apenas revirou os olhos.
— Você está bem? Você esteve de folga nos últimos dias.
— Estou bem, Cee. Só não tenho dormido direito. — disse ela, puxando-a para dentro, apesar da relutância de sua amiga. — Vamos, Jake está esperando.
— Eu sei. — ela bufou, fazendo Violet rir. — Ele está me irritando desde que cheguei aqui. Ele é tão impaciente.
— Parece com ele.
O som de metal batendo fez Violet se encolher. Jacob estava mexendo desajeitadamente com suas ferramentas e, ao olhar para o rosto dela, revirou os olhos novamente.
— Eu preciso terminar isso antes que eles distribuam a comida.
Ela pegou a peça da mão dele e a descartou. — Por que tão urgente?
— Embry e Quill estão vindo então e ele não quer que eles vejam você ajudando ele. — Celia explicou.
— Isso não é verdade!
— Por que mais você está correndo tanto?
Jacob se virou. — Eu só quero fazer isso.
— Claro, claro.
O orgulho dos meninos nunca parecia falhar. Violet pegou a caixa de ferramentas, empurrou Jake para fora de seu caminho e começou a trabalhar, deixando a tagarelice de Celia encher o ar alegremente.
★
A noite estava escura e, embora a chuva tivesse parado horas atrás, nuvens escuras ainda permaneciam. O pequeno aquecedor que girava em sua mesa estava vibrando, o som irritante causando arrepios nas costas de Violet. Estava tão quente que, quando o ar tocava o gelo das vidraças, condensava, deixando as janelas com um tom pálido de branco contra verde escuro, difícil de olhar para fora.
Embora interrompidos por conversas calmas, os sons que vinham do andar de baixo da pequena casa de fazenda eram solenes. Os homens estavam por perto, sem filhos, então Violet encontrou consolo em seu quarto. Chefe Swan parecia inconsolável. Pelo pouco que ela conseguiu de conversas intermitentes, Bella escapou de Forks e voltou para o Arizona. Longe de Charlie e de volta para sua mãe. Algo mais deve ter acontecido - não que Violet tivesse sido avisada - porque ele saiu rapidamente em sua van naquela manhã e não foi ouvido desde então. Apenas Harry e Billy permaneceram, esperando ao lado do telefone por qualquer palavra ou pedido de ajuda, como soldados diligentes e leais.
Violet ansiava pela voz de sua melhor amiga e, embora tivesse prometido ligar para ela com notícias, o telefone ficou mudo o dia todo. Já estaria escuro quando Celia chegasse em casa e pudesse telefonar para ela. Do outro lado da sala, o toca-discos parou com um clique. Com um bufo, Violet se levantou e virou o disco, deixando o resto da música tocar, encobrindo as vozes nervosas que irromperam do patamar. Mas então o toque formigante de seu telefone atraiu Violet de volta para si mesma e ela quase caiu de joelhos quando se jogou para atender, abrindo-o e sem se preocupar em olhar para as letras em blocos de um nome.
— Celia? Alô?
— Olhe para fora.
Não era a voz de Celia do outro lado, mas Violet poderia reconhecer aquele tom suave a qualquer momento. Uma voz que ela só havia imaginado nos últimos dias. Ela deixou sua respiração encher o telefone com uma resposta silenciosa enquanto se dirigia para a janela, abrindo-a suavemente antes de se inclinar para fora, o quadril pressionado contra o parapeito.
— Rosalie?
A loira olhou para ela, parecendo exatamente como ela estava há vários dias atrás, vestindo a mesma jaqueta de couro e um pequeno sorriso. A casualidade de tudo isso fez Violet querer gritar. Apenas alguns dias atrás, ela a deixou em pânico, falando sobre confiança. Algo semelhante ao medo borbulhou no peito de Violet, acalmando-se apenas ligeiramente com o passar dos dias sem contato.
— Que diabos? Faz dias!
— Eu sei, me desculpe. — Rosalie ainda estava falando ao telefone, mas Violet podia ouvi-la claramente.
— Você me assustou pra caralho. Celia pensou que eu estava ficando louca. — sua voz era calma, em vez de zangada, e Violet não conseguia desviar os olhos da garota abaixo.
— Talvez você esteja? Não havia razão para se preocupar assim.
— Eu não disse que estava preocupada.
— Claro. — foi a resposta, e os olhos de Rosalie brilharam com sua expressão perigosa. Violet quase quis prender a respiração, para festejar por perdê-la novamente.
— Você estava sendo assustadora.
Essas eram as únicas palavras que poderiam fazer Rose vacilar. Ela franziu a testa.
— Eu disse a você: você não precisava ter medo.
Mas havia algo de sincero na preocupação de Rosalie. Algo que fazia Violet se sentir como nunca antes e por isso, ela não conseguia ficar brava.
— Você vai me deixar congelar aqui fora?
— Sim, eu ia. Vingança por me assustar. — disse Violet, com os lábios mordidos entre os dentes. — Não, mas sério. Meu pai tem alguns amigos por perto. Você passa por aquela porta da frente e nunca mais sai. Eles podem conversar por dias.
— Sem problema. Sou flexível.
— Eu não duvido disso. — as palavras escaparam de sua boca como um sussurro enquanto Rose avançava.
— O que é que foi isso?
Então ela estava estendendo a mão, escalando a lateral da casa, usando as plantas de hera e as vigas de madeira para se içar.
— Rosalie. Ei, Rosalie. — Violet se apressou, inclinando-se ainda mais para fora da janela. — Você não pode escalar isso, você vai cair.
— Fique quieta. — foi a única resposta que veio.
Violet soltou um guincho quando os dois pés de Rosalie se ergueram do cano, estendendo-se suavemente até a janela. Ela estendeu a mão, deixando os dedos de Rosalie entrelaçados nos dela e então elas caíram para trás, pousando contra o chão de madeira de seu quarto, as pernas de Rose escarranchadas em sua cintura.
O fogo irrompia em seu abdômen e Violet não sabia dizer se era a dor da aterrissagem ou todo o seu corpo gritando porque a outra garota estava tão perto. Doce e escuro, ela podia sentir o cheiro de seu perfume. Podia sentir seu calor, apesar do gelo de suas mãos. E Rosalie estava sorrindo para ela, presunçosamente, com suas sobrancelhas curvas levantadas. Ela devia saber. A vergonha inundou o peito de Violet quando ela virou a cabeça, protegendo o calor carmesim que arruinou seu rosto.
Rose finalmente se levantou e Violet ignorou a mão que se ofereceu para ajudá-la. Seus olhos a evitavam, mas sempre voltavam para Rosalie. De pé ali, os joelhos encostados na cama, ela parecia deslocada em seu quarto. Perfeita demais entre suas pilhas de lixo e pôsteres envelhecidos.
— Isso parece mais normal. — disse Violet finalmente, quebrando o silêncio.
— O que?
— O quieto.
— Eu geralmente não sou muito falante. — Rosalie disse.
Ela estava observando tudo, deixando Violet nervosa. Parecia errado que ela visse seu quarto. Foi íntimo, muito mais íntimo do que nos últimos meses. As paredes pintadas e a cama desfeita diziam muito mais sobre ela do que Violet queria que Rosalie entendesse.
— Eu sei. Mas ouça. Você me deixou divagar. Poucas pessoas o fazem. — disse ela, virando-se para ligar o toca-discos, deixando o mesmo lado tocar novamente. Qualquer coisa era melhor do que sua quietude intermitente.
— Sinto muito, por deixá-la em pânico.
Violet apenas apertou os lábios e assentiu, inclinando-se contra a mesa para criar distância. — Você vai me dizer o que estava acontecendo?
— Não, eu não acho que posso.
Ela sentiu seu próprio rosto cair pesadamente, mas não se importou o suficiente para consertá-lo. Rosalie deu um passo à frente, alcançando seu braço. Violet o ergueu de seu alcance, deixando sua mão pairar entre elas.
— Você não pode simplesmente esperar minha confiança, Rose. — disse Violet. — Você tinha então, quando estava com medo por qualquer motivo. Mas você não tem agora.
— Eu vou fazer as pazes com você. — Rose disse e finalmente ela trouxe seus olhos para cima para se encontrarem. A honestidade crua no rosto de Rosalie fez Violet engolir em seco, sentindo sua garganta repentinamente seca. Não havia questionamento em sua voz, apenas pura motivação, como se ela já soubesse como conquistar sua confiança.
— Eu vou fazer você trabalhar para isso.
Seus dedos se cruzaram, os nós dos dedos roçando e Violet se perguntou se esta era a primeira vez que elas se tocavam de forma tão proposital, com significado e sem vacilar. Ela estava fria, seu toque como gelo e quase afiado o suficiente para picar. Desta vez, Violet não conseguiu se afastar.
— Eu não duvido disso. — a respiração de Rosalie estava forte contra sua bochecha, fazendo-a piscar fortemente.
— Você é amiga de Bella. — ela disse de repente. Violet assentiu. — Você deve saber que ela partiu - para o Arizona, quero dizer.
— Sim, meu pai esteve com Charlie. Ele estava muito preocupado.
— Fui com Edward para trazê-la de volta. Havia outras coisas envolvidas. Complicações. Mas ela me fez pensar em você.
Violet franziu a testa. Que complicações poderiam ter deixado Rosalie Hale tão em pânico? Mas ouvir a outra garota falando com tanta franqueza fez com que algo dentro dela parecesse resolvido. Pode não ser toda a verdade, mas... Foi um começo. Um começo que a fez sentir bem.
— Não me pergunte por quê. — ela disse e Violet sorriu, fechando os lábios entreabertos. — Acabei de fazendo isso e entrei em pânico. E estou aqui para consertar. E para provar algo a mim mesma.
— O que você tem que provar?
Rosalie se aproximou então, olhos brilhantes olhando para ela com um brilho. Com a respiração presa, Violet olhou para trás, rezando para que seu batimento cardíaco acelerado fosse alto o suficiente apenas para ela ouvir.
— Que eu posso fazer a coisa certa. — sua voz era quase um sussurro. — Que eu possa ser feliz.
— E como você prova isso? — sua respiração realmente estava presa agora.
— Fazendo as pazes com você.
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