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014

˖࣪ ❛ O MEDO É HUMANO
— 14 —

OS TRÊS VAMPIROS emergiram da linha das árvores em uma flecha pontiaguda, suas formas desenhadas para ameaçar. Rosalie não sabia o que ela esperava do vago aviso de Alice e dos murmúrios de pânico de Edward, mas não era isso. O estranho coven parecia correr como se fosse um passeio fácil, ombros rolando e cabeças inclinadas com uma calma mortal. Foi só quando eles se aproximaram, se espalhando para ficar em uma linha frouxa, que Rosalie viu um sinal de nervosismo na única mulher do grupo.

Seus olhos eram tão vermelhos quanto seu cabelo, olhando primeiro da família em frente para a floresta que os cercava de cada lado e, finalmente, eles pousaram sobre o homem loiro e pálido ao lado dela, observando-o com movimentos nervosos. Por um momento, Rosalie pensou que ela iria fugir, forçando os outros dois a correr atrás da mulher ansiosa, mas ela permaneceu, os olhos nunca se movendo do vampiro de aparência simples ao lado dela.

Ele nunca olhou para trás para confortá-la. Não que eles pudessem esperar isso do homem rosnando na ponta do pequeno grupo. Sua própria atenção estava dispersa, movendo-se entre Rosalie e Carlisle, mas sempre pousando por último em Emmett. Ele parecia maior do que o normal, sua presença não era reconfortante e gentil, mas fria e saliente, uma grande figura saindo do grupo propositadamente. Era como se ele tivesse se expandido, músculos e dentes em uma visão ameaçadora. Todos os estranhos o notaram.

Mas Rosalie ficou surpresa com o quanto eles a notaram. Ela podia sentir seus olhos nela, sempre piscando para frente e para trás. Ela não era interessante - não da maneira que Alice, Edward e até Jasper eram, mas nenhum foco foi dado a eles. Isso fez seu olhar escurecer, pintando seu rosto com uma sombra perigosa, e Rose se perguntou se era isso que os fazia parecer. No entanto, quando seu próprio olhar encontrou Jasper e reconheceu o olhar sutil de concentração, ela sabia exatamente o que estava acontecendo. O desinteresse dos três estranhos naqueles que ficavam atrás de Bella, foi obra inteligente dele.

Ela amaldiçoou silenciosamente a forma como a atenção foi direcionada para ela. Os dois homens estavam olhando para ela do jeito que os homens normalmente faziam - com uma fome que só ela poderia saciar. As mãos de Rosalie agarraram seu lado, os lábios se contorcendo para revelar dentes afiados e perolados - outra representação perfeita de seu eu duro e bonito. Foi uma resposta assustadora, ela sabia e esperava que ninguém mais tivesse notado. Porque ela deveria se livrar disso. Memórias de seu estupro e morte foram cavadas a quase dois metros de profundidade e plantadas em uma cova que agora estava coberta de negligência. Fazia muito tempo que ela não revisitava aquela dor - não se permitia.

Houve apenas duas ocasiões em sua vida, que Rosalie Hale ficou assustada em silêncio. Quando Royce a atacou embriagado, acabando com sua vida perfeita, e agora, enquanto o futuro atravessava uma frágil linha de caos e neutralidade.

Uma onda de seu próprio perfume encheu seu nariz e o perfume de Violet veio à mente. Rosalie ficou velha. Outra onda de medo percorreu seu corpo e ela se perguntou se eles podiam sentir isso. Se eles usariam isso como uma distração, prontos para atacar a jovem assustada. Mas tudo o que ela conseguia pensar era o cheiro da outra humana que eles devem ter detectado. Era egoísmo dela, ela pensou, se preocupar com o cheiro que a ensaboava, ao invés do perigo que Bella corria. Mas desde quando Rosalie se preocupava com sua natureza egoísta?

Hipócrita.  Ela uma vez imaginou que Edward estava pensando isso dela.  Agora ela pensou que poderia ser verdade. Por muito tempo, ela foi contra o envolvimento dele com Bella, com tanto medo de que ele a matasse ou matasse ele mesmo. Mas Rosalie fez o mesmo com Violet - a colocou em perigo apenas pelo cheiro doce de ficar perto dela por muito tempo. Talvez fosse a paranóia que fazia Rose se sentir tão apavorada. Mas aquela paranóia estava funcionando bem, fazendo com que suas unhas rasgassem a própria pele, não a deixando ir. 

— Pensamos ter ouvido um jogo. — disse o homem na frente. Rosalie tentou se concentrar nele - no leve sotaque francês que marcava sua língua, no suave marrom acinzentado de sua pele, e na maneira como seus olhos a devoravam - ao invés dos pensamentos que atormentavam sua mente. — Eu sou Laurent. Estes são Victoria e James.

— Eu sou Carlisle.  Esta é minha família, Emmett e Jasper; Rosalie, Esme e Alice; Edward e Bella. — Carlisle disse, direcionando uma mão sobre o grupo para não chamar a atenção para Bella. Mas o plano de Jasper estava funcionando e nem um único olhar foi dado a Bella na parte de trás. O fato só pareceu acalmar Rosalie um pouco.

— Você tem espaço para mais alguns jogadores?

— Na verdade, estávamos terminando. Mas certamente estaríamos interessados em outra ocasião. Vocês pretendem ficar na área por muito tempo?

— Na verdade, estamos indo para o norte, mas estávamos curiosos para ver quem estava na vizinhança. Não encontramos ninguém há muito tempo. — disse Laurent, seus olhos piscando entre eles novamente.

— Não, esta região geralmente está vazia, exceto por nós e visitantes ocasionais, como vocês.

— Qual é o seu alcance de caça?

Foi então que Rosalie percebeu que eles não sabiam, por algum motivo ou outro, que a família Cullen não caçava humanos. Talvez a proteção de Jasper pudesse funcionar melhor do que eles pensavam, ou talvez eles apenas acreditassem que a falta de vermelho em seus olhos era fingida para se misturar, mas de qualquer forma, era uma vantagem.

— A área olímpica aqui, subindo e descendo a costa ocasionalmente. Mantemos uma residência permanente por perto. Há outro assentamento permanente como o nosso perto de Denali. — Carlisle disse, ganhando ainda mais o interesse de Laurent. Ao lado do homem, James apenas inclinou a cabeça como se os analisasse. Victoria permaneceu cautelosa.

— Permanente? — Laurent perguntou, os olhos nunca deixando Carlisle agora. — Como você GERENCIA isso?

Carlisle sorriu, nem um centímetro de seu rosto revelando a tensão que todos sentiam. — Por que vocês não voltam para nossa casa conosco e podemos conversar confortavelmente? É uma longa história.

— Gostaríamos muito de receber isso. Estivemos caçando desde Ontário e não tivemos a chance de limpar por um tempo.

James pareceu se ofender com isso, encarando o homem que ocupava o centro do pequeno coven. Foi uma estranha mistura de três. Um nômade desgastado, um homem da Europa continental e uma mulher vestida com muito luxo para estar acostumada a correr.

— Por favor, não se ofenda, mas nós agradeceríamos se vocês se abstivessem de caçar nas imediações. — Carlisle disse e Laurent acenou com a cabeça imediatamente. — Devemos permanecer discretos.

— Claro. — disse Laurent com olhos escuros e brilhantes e um sorriso nos lábios. Ele continuou com uma risada. — Nós entendemos. Nós apenas comemos fora de Seattle de qualquer maneira.

Houve um leve batimento cardíaco de Bella, coberto suavemente pelo movimento nervoso da perna de Edward. Os viajantes pareciam não notar.

— Nós mostraremos o caminho se vocês quiserem correr conosco. Emmett e Alice, vocês podem ir com Edward e Bella para pegar o jipe.

Foi lamentável a maneira como tudo funcionou, chegando tão longe apenas para que seus esforços desmoronassem.

Quando o nome de Bella saiu dos lábios de Carlisle, uma forte rajada de vento soprou pela campina, levantando as pontas do cabelo das mulheres. Victoria, com seus cabelos longos e desgrenhados, apenas bufou e arrastou os pés enquanto as pontas se emaranhavam. Mas quando a brisa passou, bagunçando o cabelo de Bella, o cheiro de humano tornou-se mais do que perceptível. Tornou-se inevitável.

Todos os estranhos pareciam se mover ao mesmo tempo, mudando de posição sem se aproximar. Um olhar para Emmett pareceu avisá-los disso. Laurent permaneceu neutro, seu rosto apenas olhando para a família com interesse mudo, os olhos se movendo de Carlisle para perfurar Jasper e pousar em Bella. Mas James era menos dócil, seus joelhos então dobrados em posição de ataque, a mulher observando com igual sede e ansiedade.

Os três reagiram rapidamente, mas Edward foi mais rápido. Ele pousou na frente de Bella, saindo do esconderijo de Jasper para ficar agachado. Um flash de surpresa percorreu as feições de James - a única sensação de emoção que ele revelou no curto espaço de tempo que invadiu seu campo.

— O que é isso? — Laurent declarou, finalmente desviando os olhos de Bella.

— Ela está conosco. — Carlise disse lentamente, o tom de sua voz agora endurecendo.

— Você trouxe um lanche? — James rosnou, um sorriso perigoso se transformando em suas feições.

— Eu disse que ela está conosco. — Carlisle repetiu, sem nenhuma amizade em sua voz.

Não houve agressão de Laurent, apenas confusão pura e imaculada. — Mas ela é humana?

— Sim.

O último estrondo veio de Emmett e pareceu fazer James recuar um pouco, a tensão em seus joelhos diminuindo e colocando-o de pé. Mas, embora sua postura relaxasse, sua expressão não, e ao seu lado Laurent olhou para ele com cautela antes de se virar para Victoria, observando-a como se ela fosse um fator decisivo.

— Parece que temos muito a aprender um sobre o outro. — disse Laurent por fim.

— De fato.

— Mas gostaríamos de aceitar seu convite. — disse ele, sorrindo, embora contido. — E, claro, não vamos machucar a garota humana e não vamos caçar em seu alcance.

Isso quebrou a atenção de James. Ele quase parecia zangado, pronto para redirecionar sua agressão de Bella e seu atraente cheiro humano para o homem ao lado dele. Havia tensão, dentro do clã nômade estrangeiro - uma tensão que talvez significasse ainda pior para a família Cullen, mas assim que ficou óbvio, James estava se virando de Laurent novamente e olhando com olhos como punhais para Edward.

— Nós mostraremos o caminho. Jasper, Rosalie, Esme?

Por um momento, Rose hesitou, mas então ela estava se movendo com o resto deles, parando por um momento na frente de Bella. Então Carslise gesticulou para que avançassem, deixando os nômades mostrarem o caminho desde a clareira antes de segui-los. Laurent avançou primeiro, Victoria rapidamente atrás dele. James deu uma última olhada antes de sorrir e seguir em frente.

Os pés de Rosalie estavam se movendo antes mesmo que ela percebesse que estava correndo. Aquele medo que ela sentiu não muito tempo atrás foi entorpecente até que toda a emoção se dissipou. Esme e Jasper estavam atrás dela, Carlisle apenas um passo à frente, observando o coven na frente. Mas a dormência em sua mente a estava levando adiante, rastreando-os com precisão, quando ela viu James desviar para o lado.

— Os outros dois se separaram! — Rosalie gritou, mas do lado, Carlisle apenas balançou a cabeça.

— Apenas continue. Corremos para a casa.

O céu estava escurecendo ainda mais, o último trovão rolando quando eles finalmente chegaram à casa. Apenas Laurent os seguiu, seu rosto vazio de qualquer pensamento.

Rosalie sentiu seus dedos se curvando novamente, as unhas cravando em sua pele.

— Você estragou tudo! — Rose gritou, correndo para colocar a mão em seu pescoço, movendo-se tão rapidamente que ele não teve tempo de sair de baixo dela. Laurent soltou um grito assustado, mas antes que pudesse responder, Carlisle estava colocando a mão no ombro dela, puxando-a para trás.

— Calma, Rosalie. Ele não quer fazer mal.

— Mas os amigos dele sim. — ela rebateu, tentando tanto não pensar no outro cheiro que ensaboava suas próprias roupas. Ela não deixaria espaço para os ataques de Edward. Não quando era culpa dele que eles estivessem aqui.

Não demorou muito para que Edward entrasse na casa, um olhar dirigido a Laurent. Emmett entrou rapidamente depois, encontrando Rose com um sorriso virado para baixo.

— Ele está nos rastreando. — Edward gritou acusadoramente.

— Eu estava com medo disso. — disse Laurent. Seu tom era grave, mas não revelava pena, apenas arrependimento. Ele olhou para Carlisle com uma espécie de saudade - uma que traía seu desejo de saber mais sobre o estilo de vida, de se afastar da caçada com James e sua companheira.

— O que ele fará?

— Sinto muito. Eu estava com medo de que, quando seu filho a defendesse, isso o desencadeasse.

— Você pode detê-lo? — Edward perguntou, mandíbula costurada.

— Nada para James uma vez que ele começou.

Apenas Emmett tinha dentro de si para permanecer com uma resolução sólida. — Nós podemos detê-lo! — ele gritou, apenas para ganhar uma risada.

— Você não pode derrubá-lo. — disse Laurent, balançando a cabeça o tempo todo. — Eu não vi nada como ele em trezentos anos. Ele é absolutamente letal. É por isso que me juntei a seu coven. — ele fez uma pausa, inclinando a cabeça para baixo. — Tem certeza que vale a pena?

Rosalie pode não ter gostado de Bella, mas mantê-la viva significava mantê-los em Forks, impedindo que as coisas mudassem exatamente como ela temia. Seria ela quem mataria o bastardo se fosse necessário.

— Receio que você terá que fazer uma escolha. — Carlisle disse.

— Estou intrigado com a vida que você criou aqui. Mas não vou me meter nisso. Não tenho nenhuma inimizade com nenhum de vocês, mas me recuso a ir contra James. Você não entende do que ele é capaz.

— Você não sabe do que somos capazes. — Emmett rosnou, mas Laurent o ignorou.

— Acho que vou para o norte. Para aquele clã em Denali. — Laurent disse, afastando-o enquanto dava um passo para trás, criando distância de Edward. — Não subestime James. Sua mente é brilhante e seus sentidos ainda mais. Inigualável, até. Ele está tão confortável no mundo humano quanto você parece estar e ele não vai te atacar de frente. Eu sinto muito pelo que foi desencadeado aqui. Realmente sinto muito.

— Vá em paz.

Havia uma sensação de desejo que o vampiro deu ao olhar primeiro ao redor da sala e depois para as pessoas nela. Mas Laurent deixou a casa com um floreio astuto, deixando Esme se apressar para fechar as venezianas. Eles começaram a descer com um estrondo e foi só quando fecharam com um estrondo que voltaram a falar.

— Quão perto? — Carlisle perguntou.

— Cerca de três milhas além do rio. O rastreador está circulando para se encontrar com a fêmea.

— Qual é o plano?

— Nós vamos conduzi-lo, e então Jasper e Alice vão levá-la para o sul.

— E depois?

Ele estava perguntando mais do que apenas o imediato e Rosalie se perguntou ainda mais do que isso. O que aconteceria quando James se fosse e a família voltasse ao normal? Bella ficaria por aqui? Edward faria?

— Assim que Bella estiver segura, nós o caçaremos.

Uma labareda de dor atravessou o rosto de Carlisle. Acabar com qualquer vida era difícil para o patriarca, mesmo a de um rastreador sedento de sangue.

— Eu acho que não há outra escolha.

Edward estava andando agora. Seus olhos vieram para Rosalie, pegando seu olhar distraído e estreito e ela cambaleou para trás, já temendo o que ele iria perguntar.

— Leve-a para cima e troque de roupa.

Ela sabia por que ele estava perguntando isso, é claro. O primeiro passo era tirar James de seu caminho direto com cheiros confusos. Os olhos de Rosalie piscaram de Bella para Edward e de volta para Bella novamente. Como a humana podia estar tão calma, ela não entendia. Não se podia ficar calmo quando a vida estava em equilíbrio. Rose estava olhando antes que ela pudesse se conter, mudando seus olhos para encontrar o olhar severo de Edward.

Você não vê o que você fez? Tudo está arruinado agora.

Sua concentração estaria em seus pensamentos agora e através de todo o perigo e medo, ela queria que ele visse. Para ver tudo o que ele estava arriscando. Não apenas a vida de Bella, mas toda a sua existência lá em Forks, como ela tentou explicar tantas vezes. O rosto de Violet passou por sua mente antes que ela pudesse impedir, mas Edward não reagiu.

— Por que eu deveria? O que ela é para mim? Exceto uma ameaça - um perigo que você escolheu infligir a todos nós? — Rosalie disse, sua voz vacilando de má vontade. — Você me disse que nada iria acontecer. Você prometeu que era apenas um jogo. Agora tudo está arruinado.

— Rosa...

Emmett colocou a mão em seu ombro, mas ela deu de ombros.

Ela sabia o que todos estavam pensando. Mas às vezes ser a vadia era mais seguro.

— Não seja tão hipócrita, Rosalie! — Edward gritou, assustando Esme por um momento.

Rosalie olhou para ele por um momento e então balançou a cabeça. — Você não a merece. Mas você fez sua escolha. — ela disse, passando por ele para pegar Bella pela mão e puxá-la para as escadas.

— O que você está fazendo? — Bella perguntou quando chegaram ao topo, deixando Rosalie levá-las para seu quarto. Ela sussurrou, embora todos pudessem ouvir.

— Trocar de roupa. Vai confundi-lo.

— Eu sei disso. — ela quase gritou, puxando sua mão da de Rosalie e segurando-a contra seu peito. — Mas por quê? Sou apenas uma ameaça.

Ela fez uma pausa, mordendo o lábio antes de finalmente se virar para olhar para Bella. Ela estava carrancuda, seu coração firme.

— Eu sinto muito por você. Você não entende no que está se metendo. — ela disse, e então puxou o top sobre a cabeça, deixando Bella se virar.

— Você não vai colocar minhas roupas?

Rosalie balançou a cabeça e vestiu a jaqueta, fechando o zíper até a pele nua.

— Mais tarde. Eu tenho algo para fazer primeiro.

O carro ganhou vida sob sua atenção desesperada. O couro de sua jaqueta era desconfortável contra a pele nua, mas Rosalie não perdeu tempo em pular da janela de seu quarto enquanto Bella se vestia e se dirigir para a garagem onde sua fuga a esperava. Quase parecia apropriado estar dirigindo o BMW preto pelas estradas escuras do interior a uma velocidade alta o suficiente para parecer raios, e parar do lado de fora da pequena garagem fora da cidade.

A porta se fechou atrás dela, sacudindo o batente. Mais à frente, o rádio tocava alguma música antiga, o som de um zumbido mal se elevando alto o suficiente acima das notas. Rosalie tentou não pensar nisso enquanto caminhava até a porta dos fundos que ela sabia que estaria aberta.

Violet Green cambaleou para trás surpresa quando a porta se abriu na extremidade oposta de sua oficina, batendo contra a parede com a força do empurrão.

— Rosalie! O que você está fazendo aqui? — ela mal teve tempo para as palavras saírem de seus lábios antes que a garota loira estivesse na frente dela, olhando para baixo com uma intensidade que Violet não conseguia entender.

— Eu preciso que você entre no carro.

Com isso, Rosalie estava se virando novamente, liderando seu caminho para fora da oficina. Em um ritmo mais lento, Violet a seguiu, esfregando a gordura de suas mãos em uma toalha.

— O quê? Por quê? O que está acontecendo?

Rosalie se virou rapidamente, fazendo com que parassem abruptamente. — Apenas... Apenas confie em mim, por favor.

Mesmo a metros de distância, Rosalie podia ouvi-la engolir em seco, com os nervos crescendo. — Tudo bem. — disse Violet, balançando a cabeça como se quisesse se convencer. Ela deu um passo à frente até ficar ao lado da garota, piscando para ela perplexa. — Ok.

Ela quase gritou com a mão que foi colocada em suas costas, forçando-a para frente.

— Por favor, vamos.

A porta foi fechada atrás dela e pareceu apenas um segundo depois que Rosalie estava engatando a marcha do carro e saindo para a estrada. As mãos de Violet agarraram a porta e os dedos de Rose apertaram a alavanca de câmbio quando ela sentiu uma mão quente pousar em seu braço, como se silenciosamente avisando para ela diminuir a velocidade. Seu pé pisou fundo no acelerador, ignorando o toque.

— Vou fingir que você não está me assustando agora.

— Não, não tenha medo! — Rosalie disse, rápido demais para soar tão sincera quanto ela queria.

Temer. Uma emoção tão humana, ela pensou, como se seu corpo não tivesse sido dominado por ela nem uma hora antes. O medo fez o sangue cheirar mais forte, o coração bater mais forte.

— Desculpe, você não precisa ter medo. — Rosalie disse, olhando para a mão que ainda estava equilibrada em seu braço. Ela podia ouvir os batimentos cardíacos de Violet mais alto e mais rápido do que o normal. — É só... Algo aconteceu e eu não sei por que pensei em você... Eu só... Eu...

— Rosalie, acalme-se, está tudo bem. — disse Violet, atraindo os olhos de Rosalie para ela e para o olhar suave em seu rosto. Ela apenas a observou por um momento, antes de sua cabeça virar para a estrada à sua frente novamente, não querendo assustá-la ainda mais. Mas aqueles poucos segundos foram suficientes para gravar aquela expressão em sua memória. Para acalmá-la.

— Eu não sei porque eu pensei em você. — Rosalie disse e após o segundo aperto de mão em seu braço, ela continuou. — Você nem faz parte disso tudo. Eu só não queria que você fosse sozinho tão tarde lá atrás.

— Agora estou com medo por você. — disse Violet.

Rosalie escutou. Ouviu o padrão de sua respiração, o pequeno movimento de seus pés e as batidas de seu coração. Os sons falaram a verdade e Rosalie ficou frustrada novamente. Isso não deveria estar acontecendo.

— O que está acontecendo Rosalie?

— Eu não poderia nem começar a explicar. — disse ela. — Eu só preciso que você confie em mim.

O carro parou na velha casa de fazenda e Rosalie se lembrou da última vez que ela levou Violet para casa. Lembrou-se de quanto tempo seu carro ainda cheirava a ela depois disso, e pensou que talvez ir até ela tivesse sido um erro. Mas a paranóia se instalou e se recusou a ceder.

— Ok. — Violet respirou, olhos encontrando os dela, inclinando a cabeça. — Eu confio em você.

Rosalie só pôde acenar com a cabeça, observando enquanto ela saía do carro. Ela ainda usava o avental, pedaços de serragem iluminando seus cabelos escuros. Mas Violet se virou antes que pudesse se afastar.

— Espere, Rosalie! Deixe-me saber se você está bem. Por favor. — ela ficou pendurada na janela, os lábios contraídos.

— Eu não tenho o seu número.

— Me dê seu braço.

Rosalie estendeu a mão e deixou Violet entrelaçar seus dedos para que ela pudesse puxar a manga de sua jaqueta de couro para cima. Se ela se assustou com a frieza da pele pálida de Rosalie, ela não demonstrou. De sua mochila escolar, ela puxou uma caneta para rabiscar seu número.

— Eu tenho que ir.

— Sim. — disse Violet, finalmente afastando os dedos. Rosalie lamentou a perda de contato.

— Eu sinto muito.

Essas foram as últimas palavras que ela pronunciou antes de o carro acelerar. A apenas alguns quarteirões de distância, o BWM preto foi abandonado, junto com todas as coisas que continham vestígios de Violet Green.

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