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˖࣪ ❛ UMA DÍVIDA PAGA
— 08 —

À LUZ DO dia, o rádio não era preto, mas de um verde fosco, destacando as lascas e o envelhecimento. No escuro da garagem, ela já parecia quebrada, antes mesmo que as reclamações de Violet Green interrompessem o silêncio que ela produzia. Agora, olhando de onde ela estava deitada do outro lado da sala, Rosalie podia ver a fiação solta e as bordas danificadas. Era uma maravilha que alguma vez tivesse funcionado.

O que a fez pegar a coisa velha antes de sair, Rosalie não sabia, mas no final, ela se resumiu ao fato de que ela não gostava de ficar devendo às pessoas. Ela sabia como era ter pessoas pegando sem nenhum sentimento de dívida, sem inclinação para pagar. Foi esse sentimento de direito que a levou a esse mesmo caminho de vida - um que ela nunca desejou reviver.

Com um suspiro, Rosalie se levantou da cama e colocou as duas mãos ao redor da frágil caixa de metal, sentindo as laterais quase desmoronar sob seus dedos, e a levou para a oficina.

A sala no fundo da casa, que se projetava do chão, escorregando suavemente da terra de onde os carros eram conduzidos, não era realmente uma oficina como Rosalie gostava de imaginar. Era uma garagem com espaço para quatro carros - dois dos quais eram de Rose - com um banco ao longo da parede mais longa, uma barra de ferro pendurada acima dele, amarrada com ferramentas ordenadas e rabiscos que ela havia pregado com ganchos. Mesmo com os restos de coisas que ela colecionou ao longo dos anos, a oficina foi organizada. Era um contraste gritante com a bagunça da garagem dos Green.

Rose colocou o rádio na parte mais distante do banco. Foi então que Alice deslizou pela porta, seus passos leves contra o concreto. Ela teria sido indetectável para qualquer humano, talvez para alguns vampiros também, se eles fossem fracos o suficiente de alguma forma. Alice tinha um tipo único de movimento, não exatamente flutuando, mas também não caminhando, e Rosalie podia reconhecer sua presença em qualquer lugar.

— Eu notei que seu carro está de volta. Foi pintado? — Alice disse enquanto passava pela BMW, o dedo deslizando contra o capô. Ela não deu a sua irmã a chance de responder. — Não por você, é claro. Há um arranhão.

A cabeça de Rosalie levantou com essas palavras, os olhos deslizando para o ponto onde Alice estava. — Onde?

— Você não percebeu? — Alice disse, inclinando a cabeça para o lado enquanto observava Rose. Não havia nenhum arranhão onde ela estava. Mas Rosalie já havia se entregado. — A menos que você estivesse preocupada com outra coisa.

Rosalie fez uma careta e jogou seu olhar de volta para o rádio quebrado em suas mãos.

— Se você vai ficar aí e me provocar, Alice, você também pode ser útil. Passe-me a chave de fenda.

Alice fez o que ela pediu, girando a ferramenta em seus dedos antes de entregá-la, ficando na ponta dos pés para espiar por cima do ombro de sua irmã. Ela sorriu levemente quando seus olhos pousaram na coisa que ela estava consertando. O rádio definitivamente não era de Esme.

— Então... Onde você pegou?

— Por que isso importa? — Rosalie bufou, tentando ignorar sua persistência.

— Porque você nunca confia em ninguém com seus carros. Nem mesmo em nós.

Rose soltou um suspiro e a afastou com um revirar de olhos. — Você me culpa? Você já viu o jeito que Emmett dirige? Ele acha que porque ele pode comprar um novo depois de destruir um, ele deveria. — disse ela. Embora fosse difícil imaginar, Rosalie nunca foi muito consumista. Não como sua irmã, de qualquer maneira.

— Era a garagem do Sr. Green? Esme levou meu conversível lá uma vez, mas deve ter sido há três anos, apenas para um pneu. — disse Alice, não entendendo a dica enquanto a observava com os olhos apertados. — Ele tem uma filha no seu ano. Você deve conhecê-la. Violet Green, acho que o nome dela é. Você a viu?

Ah, ela a viu. Rosalie esteve tão perto que todo o seu cheiro a rodeou por dias. Manchou seu carro do jeito que o cheiro de Bella arruinou o de Edward. Mas isso tinha sido sua própria culpa. O tempo gasto naquela garagem que não era deixar e pegar seu carro foi de sua escolha e ainda assim, Rose não conseguia compreender por que ela se colocou por isso.

Ela finalmente estalou. Girando nos calcanhares, ela se virou para olhar para Alice com um olhar afiado.

— Alice. — ela sussurrou. — Nem todo mundo nesta família tem que ter uma obsessão por humanos.

Suas palavras só estimularam Alice. — Isso é rico, Rose. — ela bufou, os braços cruzados sobre o peito. — Você sempre foi obcecada. Não da mesma forma que Edward é, mas ainda assim. Tudo que você quer é ser um deles novamente.

Tudo o que você quer ser é um deles. Alice não estava errada. Era difícil estar incorreto quando você podia ver o futuro. Mas ainda assim, o choque das palavras fez Rose cambalear para trás.

— Vá embora, Alice. — ela disse, suas palavras quase um rosnado.

Alice simplesmente deu de ombros. — Eu vim para dizer que seu vestido está pronto. — disse ela, o rosto escurecendo. — Você vai conseguir quando eu achar que você merece.

O sol frio de fevereiro se instalou por trás das árvores pontiagudas que cercavam a garagem. Na ausência de chuva, o ar estava quase quente, se não fosse pelo vento forte que se instalou no ar, sacudindo os galhos trêmulos desnudos dos cadáveres alaranjados e crocantes que persistiram nas últimas semanas. Essas mesmas folhas flutuaram no ar, pousando suavemente no cobertor que estava no telhado de metal do amplo edifício. Violet as afastou com pressa.

O som quieto de murmúrios veio de baixo e Violet inclinou a cabeça para o lado do telhado, avistando Celia na parte inferior, escovando as folhas mortas dos cachos pretos e apertados de seu cabelo. Seus lábios estavam pintados de um roxo profundo, um complemento perfeito para o marrom profundo de sua pele e o branco de seus dentes enquanto ela se encolheu, as sobrancelhas se erguendo ao ver sua amiga pendurada na lateral do prédio.

— Você vai me ajudar a subir ou eu tenho que subir lá eu mesmo?

— Desculpe, me dê um segundo.

Inclinando-se para poder baixar a mão, Violet girou todo o corpo para apoiar Celia, deixando-a colocar todo o seu peso em sua confiança. Com um leve grunhido, Celia caiu sobre as telhas do telhado, apoiando-se em dois cotovelos, a cabeça inclinada para trás. Ela deixou seus olhos vagarem sobre a configuração de sua amiga: o livro jogado a dois metros de distância, as páginas amarronzadas e amassadas pela releitura; o cobertor vermelho amarrotado em que ela estava deitada; e a caneca branca manchada que agora estava vazia de café.

— Este é um novo local.

— O jipe estava ficando velho. Não quero me cansar dele antes mesmo de poder dirigi-lo. Está ficando frustrante. — disse Violet enquanto se plantava no cobertor, as pernas cruzadas. — Você acha que vai me deixar arrastá-lo em uma caminhada novamente?

Celia considerou por um momento, mas ficou claro que ela já sabia a resposta. — Sim. Talvez quando o tempo melhorar. — disse ela, um calafrio involuntário percorrendo seu corpo. — Eu acho que a chuva encharcou meu osso, da última vez.

— Isso não está claro o suficiente para você?

Violet apontou com a cabeça para o céu. Estava excepcionalmente seco para Forks: o tipo de dia raro em que os Cullen abandonavam a aula para caminhar em família. Não foi surpresa que nunca houvesse consequências para suas ausências. A família tinha um controle incomum sobre a cidade - um que era indescritível.

— Além disso, isso é Forks, não Califórnia, ou algo assim. O tempo claro é um sonho de algum lugar além disso.

Célia deu de ombros. — O pensamento positivo não vai prejudicar ninguém.

— Eu suponho.

Celia olhou ao redor, perturbada pela quietude pela qual sua amiga tantas vezes descrevera seu amor. Nunca era silencioso, não, mas o vazio era preenchido com o constante farfalhar, o assobio do vento ou o leve gemido das árvores. Nos dezessete anos que ela viveu na cidade, nunca se aventurando muito mais longe, ela não se acostumou com isso. Violet, no entanto, encontrara nele uma paz, uma naturalidade que nem mesmo os livros podiam dar. Não que ela não gostasse da sensação humana de barulho, com conversas e risos, pois Violet não conseguia falar sobre nada por horas. Havia algo diferente nos sons da floresta. Podia comunicar tanto sem falar uma única palavra mortal.

— Podemos colocar alguma música aqui? — Célia finalmente perguntou, percebendo o cansaço nos olhos de Violet e desejando acordá-la antes que ela pudesse chegar muito fundo na fadiga.

— Poderíamos se eu soubesse para onde vai o rádio. — disse Violet com um suspiro frustrado. — Estava aqui ontem à noite. Meu pai deve ter feito alguma coisa com ele.
Celia cantarolou uma resposta e olhou por cima, sua cabeça torcendo completamente para olhar seu rosto. Violet sabia o que ela estava morrendo de vontade de perguntar, mas Celia se conteve, em vez disso pegou seu iPod em sua pequena bolsa.

Ela estava grata pela falta de menção de Rosalie Hale e seu carro. Algo sobre a família Cullen sempre intrigou Celia - mais do que o resto da escola. Suas teorias eram instáveis. Ela estava sempre inventando algo novo e estranho. Violet supôs que não havia muito melhor para fazer em Forks. Todo mundo parecia ter seus próprios episódios obsessivos. Celia tinha seus pensamentos sobre os Cullen. Na escola, Kylo tinha sua coleção de pôsteres vintage de Star Wars. Havia um grupo de meninos no ano abaixo que colecionava as novas crianças como brinquedos. A própria Violet tinha sua obsessão por seu Jeep.

Seria mentira, dizer que Rosalie Hale não a intrigava. Uma garota da idade dela, andando pela garagem ilesa, apesar de seu carro ter sido feito em pedaços, não era uma visão que se pudesse esquecer. Violet pensou nas aulas que elas compartilhavam - ela só conseguia pensar em inglês, talvez matemática também. Mas ao contrário do resto de seus irmãos, Rose sempre foi mais quieta em personalidade, apesar da beleza de seu rosto. Ela era rica em aparência, mas a pobreza em que seu personagem vivia não era esquecível. Talvez fosse por isso que Violet nunca olhou duas vezes para a loira. Ela era linda, com certeza - talvez o rosto mais atraente que Violet já tinha visto, mas veio com uma superficialidade que ela não podia ignorar.

Isso foi até as poucas vezes que elas falaram na privacidade da garagem.

Com um empurrãozinho, Celia lhe entregou um fone de ouvido. A música que tocava era suave, desconhecida para Violet. Celia sempre teve o melhor gosto musical. Era uma mistura do atual e antigo, do pop ao indie. Violet e seu pai costumavam ficar com seus favoritos tocando no velho toca-discos na sala de estar: Bowie, Fleetwood Mac, Guns N' Roses.

— Cidade Paraíso! — Violet exclamou o nome da música apenas alguns segundos depois que ela começou a tocar em seus ouvidos.

Ao lado dela, Celia estava sorrindo. — Eu pensei que você poderia usar um pouco de energia.

— Eu quero dançar!

Violet deu um pulo, encontrando os pés contra o cobertor, as mãos no ar. A música estava quieta em seus ouvidos enquanto ela cantava, alta o suficiente para que seu pai sem dúvida ouvisse. Ela agarrou a mão de Celia, puxando-a ao lado dela.

— Aqui em cima?

— Por que não? Só não caia!

Celia soltou uma risada alta, o som como sinos tocando assobiando no vento. Quando Violet se virou novamente, suas mãos estavam no estômago, segurando o som enquanto ela tentava girar ao lado dela, sem cair da borda. Em algum lugar na mistura, o fone de ouvido caiu dos ouvidos de Violet. Mas não importava. Ela conhecia essa música de cor das noites em que seu pai a usou para acalmá-la para dormir depois que sua mãe faleceu. Ela sabia disso por memorizar a única música que estava em seu antigo iPod, que ela ouvia religiosamente no campo de trás quando os meninos não a deixavam chutar a bola.

Quando a música terminou, as garotas caíram de volta contra o cobertor, um pouco sem fôlego de tanto rir. Violet sorriu, o rosto corado quando ela colocou um braço sobre os ombros de sua melhor amiga.

— Ceils. Eu te amo.

Celia encostou a cabeça no pescoço. — Também te amo, Vi.

Com o rádio recém-consertado debaixo do braço, Rosalie fez seu caminho pela floresta lentamente, percorrendo o caminho mais longo para evitar cruzar o território do bando. A última coisa que ela precisava era uma discussão e uma repreensão de sua família. Esta parte da floresta era mais agradável de qualquer maneira, com as árvores altas e intocadas e o ar espesso com cheiro de madeira. Tudo sempre parecia úmido, mesmo depois de um dia de sorte sem chuva. Ela adorou.

A garagem ficava bem no meio da área mais rala de árvores, ligada à única estrada que levava daquele lado da cidade. As paredes de madeira e o telhado fino e metálico combinavam bem com a cobertura de folhas como se tivesse crescido com os arbustos e gramíneas. Rosalie deslizou com facilidade pelo pequeno monte de terra que separava a entrada do resto da floresta, flutuando pelos fundos até a mesma porta que ela usou para entrar furtivamente da última vez.

Ela não se preocupou em manter seus passos leves - não que fossem particularmente altos de qualquer maneira - nem questionou sua falta de cuidado. Violet Green deixou claro que não foi a invasão que a alarmou da última vez.

A porta se abriu com um barulho quando ela a puxou com força com uma única mão. A oficina estava exatamente como Rose se lembrava, a caixa de ferramentas vermelha que ela lhe entregara ainda no mesmo lugar do chão. Ela colocou o rádio no canto e com as mãos nuas, de repente ela se sentiu pequena, como se tivesse sido pega no ato de algo sujo. Mas ninguém mais agraciou a sala com sua presença e pela primeira vez Rosalie estava fazendo algo para alguém que não estava em sua família que poderia ser considerado... Legal. Mas esses sentimentos de dúvida se dissolveram rapidamente quando Rose ouviu o barulho do lado de fora e descobriu que eram duas vozes cantando.

Violet não era uma boa cantora, de forma alguma. Sua voz era áspera e jovem, não combinava com a poderosa melodia que ela cantava. Mas Rosalie parou na porta para ouvi-la, suas costas perfeitamente encostadas no batente, um pé dentro, o outro apoiado nas lascas de madeira do lado de fora. O som de uma risada gentil logo flutuou em sua direção e Rosalie engoliu em seco. Passos passaram pela porta, se aproximando, mas Rosalie não conseguiu se mover.

A voz de Robbie Green encontrou seus ouvidos de onde ele estava perto das portas da frente da garagem.

— Uma versão muito original meninas.

Outra rodada de risos ecoou no ar, um latido de agradecimento veio momentos depois, então uma rodada de guinchos quando os primeiros sinais de chuva tamborilando apareceram. Foi só então que Rose se empurrou para fora da porta, lançando um último olhar para o rádio no banco, antes de sair da sala e avançar em direção às árvores, pensando que talvez ela quisesse que Violet Green saltasse do telhado, cabelo molhado de chuva, ao vê-la parada ali, rádio recém-fixado na mesa atrás.

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