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Capítulo 47 - Em memória de ti

"Mas devemos sempre... Sempre nos agarrar as boas memórias que tivemos com eles. Estas nunca serão perdidas, estas nunca partirão."

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Raven

Hoje, o céu estava nublado. Combinava com o cenário formado. Todos de preto e com rostos tristes, trazendo consigo algum objeto importante de quem já se fora. Nos reuníamos para darmos o último adeus.

— Creio que hoje não é um dia feliz. — Gael discursava para a multidão. — Mas devemos honrar essas pessoas. — Ele olhou para os caixões, tristemente.

Estávamos todos em um terreno vazio onde seriam enterrados os corpos. 

Em seguida, continuou dizendo:

— Como eu disse, de qualquer forma, eles lutaram e deram a vida para alcançar um objetivo. E o nosso papel de agora em diante, é construir este novo futuro que eles proporcionaram pra nós.

Assim que terminou de falar, todas as pessoas o aplaudiram. 

— Vamos construí-lo. — complementou. — E em memória destes, cada um poderá se despedir. Começaremos com os Vigilantes. — olhou para mim. — Raven. — me chamou, mas eu estava tão perdida que não o escutei. — Raven?

— O quê...? — perguntei assustada, quando me despertei.

— Vá em frente. — sussurrou.

Foi quando vi aquele cenário sombrio, que percebi a realidade da situação. Eu estava com muito medo. Todos olhavam pra mim, esperando o que eu iria dizer. Como se eu também não estivesse confusa neste momento. Mas entendi, que como líder dos Vigilantes, deveria seguir em frente. Com uma coragem que me invadia aos poucos, respirei fundo e disse o que realmente sentia:

— A morte. Tenho certeza que todos nós a conhecemos, mas não queremos que ela nos encontre. Mas uma hora ou outras, nos pega de surpresa, causando sofrimento para muitas pessoas. Uns se conformam, outros convivem com a dor a anos e muitos não sabem o que fazer. É como se tirassem um pedacinho da nossa vida. E eu conheço muito bem esse sentimento. Minha família partiu e hoje, mais do que nunca, posso sentir uma falta tremenda, que nunca será preenchida. 

Olhei para Gael em busca de aprovação e ele confirmou para que eu continuasse falando.

— Mas devemos sempre... Sempre nos agarrar as boas memórias que tivemos com eles. Estas nunca serão perdidas, estas nunca partirão. Por isso eu os amo e sempre vou amar. — terminei meu discurso chorando, e então Gael me abraçou.

Depois, Franny resolveu discursar.

— Infelizmente desde muito cedo eu conheci a morte. Quando os caçadores foram mortos, de um certo modo, eu também fui. Tentei diversas vezes... — ela fez uma pausa, tentando se impedir de dizer algo. — Mas conheci o soldadinho. Ele era primo do rei, eram um dos últimos caçadores, apesar de não quererem ser. Perdi mais alguém. E... A vida me recompensou com outra... Os Vigilantes. Foram os únicos que me chamaram de família, antes mesmo de entrar na equipe. Obrigado, Gael, Raven e todos os outros que eu esqueci o nome. Se ele estivesse aqui, diria: " São realmente heróis". É, ele diria algo assim. — riu. — Sinto sua falta... — disse por fim e se afastou dele.

Logo após, várias pessoas disseram sobre seus entes queridos que partiram. Naquele momento, todos compartilhavam um só sentimento, o que é estranho de uma certa forma, um sentimento ruim unir pessoas. Talvez seja isso que nos faz mais humanos.

Depois de algumas horas, todos os corpos foram enterrados e a maioria das pessoas já haviam ido embora. Eu continuava parada em frente o túmulo de meu irmão. Não acreditava que ele havia partido.

— Victor... — disse olhando seu rosto pálido.

Senti uma mão gentil em meu ombro. Era Gael novamente. Por isso, virei para vê-lo.

— Ele se foi. — eu disse e automaticamente meu companheiro me abraçou e enxugou minhas lágrimas.

— Eu sei. — concordou. — Eu sinto muito...

— Ele era tão jovem... — comecei a dizer me afastando de seu abraço. — Dizia que queria ser um inventor. Queria que todos se lembrassem dele por algo que fez. E... Ele não pôde...

— Quem disse que não? — me perguntou. — Um garoto de 8 anos criou um plano para tirar um rei do poder. Ele era incrível E... Devemos reconhecer isso.

Vi em seus olhos que brilhavam, uma ideia que criava em sua mente. Curiosa, perguntei:

— Do que está falando?

— Eu pedi pra que fizessem uma estátua de seu pai. Como: "Robin-Hood, a lenda", o primeiro Vigilante. — explicou aos poucos. — E pra seu irmão colocaremos em destaque o plano que ele fez.

— Mas... — refleti. — Por quê?

— Eles merecem ser reconhecidos por gerações, pra inspirar as pessoas. — continuou dizendo orgulhoso. — E... Em um lugar colocaremos todas essas coisas, tudo que lembre os Vigilantes.

— C-como... Uma casa de memórias. — acompanhei seu raciocínio.

— Não serão memórias... — explicou. — Serão objetos que nos lembrem dele. Será em um...

— Museu? — sugeri.

— O que é isso? — perguntou confuso.

— Papai me dizia que era um lugar pra guardar coisas velhas.

— Tipo um porão?

— Não, não. — neguei. — Elas seriam organizadas e expostas.

— Museu... — pronunciou com inspiração. — Acho que é isso que iremos fazer. — continuou dizendo. — Bom... Eu tenho que ir... — Vamos...?

— Eu ficarei mais um pouco aqui... — disse a ele. — Tudo bem?

— Claro. — assentiu. — Depois nos vemos.

Nos despedimos e me assentei de frente a lápide de meu irmão. Ainda pudia o sentir ali. Por isso, decidi conversar com ele.

— Quem... Diria que iria me casar? — mordi os lábios, tentando conter as lágrimas. — Eu queria um homem assim. Loiro, de olhos azuis. Pode parecer idiota, mas... Eu consegui. — ri tristemente. — Foi difícil sabe... Brigamos muito. E eu me lembro quando me disse que briga daria casamento... Talvez estava certo. — me aproximei ainda mais, colocando uma de minhas mãos, no topo do monumento. — Queria que estivesse aqui... Me levaria até o altar... — naquele momento não pude conter o choro. Limpei o rosto, tentando esconder meu luto.

— Ele sempre foi um herói.

— Tear? — olhei pra ela, assustada.

Ela se sentou ao meu lado e continuou falando olhando para frente.

— Era muito inteligente. Escrevia vários artigos no jornal do meu pai. Dizia sobre política, economia, como se fosse um adulto. Meus pais adoravam conversar com ele e eu também. — dizia se lembrando. — Era como se você estivesse lá. Como você, ele iluminava por onde quer que passasse. Talvez seja por isso que eu te odeie tanto. 

— Por que? — perguntei confusa.

— Como o sol que ilumina todos, os planetas orbitam ao seu redor. Sempre consegue o que quer... — disse com um tom de raiva.

— Isto não é verdade. — neguei com o mesmo tom. — Eu queria minha família aqui. E eles não estão...

Ela olhava agora pra mim.

— Você precisa se encontrar e procurar o que tanto precisa. — disse para ela. — Tear...

— Tem que ser sempre assim? — murmurou. — Sempre dizendo o que os outros devem fazer...

— Eu estou apenas te dando um conselho. Se não quer escutar a verdade, vai embora.

Mas ela continuou ali. O que para mim, não foi um espanto. Pois eu sabia que Teodora sabia exatamente o que era melhor para ela.

— O que devo fazer então? — ela peguntava, como uma súplica. — Não tenho alguém que me espera ou que precise de mim. Sabe... Ninguém se importa se eu vou embora, se eu me machuco. Ninguém me pergunta como eu estou. 

— E como você está? — perguntei.

— Quebrada. — admitiu sincera. — Sempre soube que Gael te amava, mas preferi continuar com ele. Pois ele me perguntava como foi meu dia, me dizia que eu estava bonita... Mesmo que tudo isso fosse mentira, eu preferia acreditar.

— Minha mãe me dizia que... Todos nós procuramos alguém. Aquele nos complete, que sempre estará ali. Ela o encontrou e eu também. — olhei em seus olhos. — Mas você precisa se encontrar antes de encontrá-lo.

— Me encontrar?

Concordei.

— Se sentir bem consigo mesma. Se sentir completa antes de querer completar alguém. 

— Dá pra falar nossa língua? — disse confusa.

— Tá... — ri. — Se ame antes de amar alguém. Talvez já até encontrou esta pessoa, mas é teimosa demais pra admitir... — a encarei.

— Mas... Eu...

— Será que vou ter que te lembrar do Tobby?

— Ele é só amigo... — se justificava nervosa. — E... Mudou de cidade.

— Tem certeza? — comprimi os olhos para que confessasse.

— Tudo bem... Ele trabalha em um dos correios dos meus pais. — confessou. — Já foi em casa e meus pais querem que eu me case com ele.

— Então foi por isso que saiu de casa?

— Eu, não...

Gargalhei, pois havia a deixado vermelha.

— Você merece alguém te ame muito. Assim como o ama. — me levantei. — Me diga que nada disso que eu disse foi atoa...

— Não foi. — disse convicta.

— Amigas? — sugeri um aperto de mão.

— Hum... Conhecidas.

— Qual é Teodora...

— Tá... Amigas. — nos abraçamos, logo após.

— O que você tá esperando? — disse após o abraço. — Vai atrás do Tob-

— Raven! — ela me repreendeu e eu apenas, sorri. — Eu sei... — ela se levantou e seguiu seu caminho.

Continuei mais um tempo conversando com Victor. Era como se eu estivesse me esvaziando todos os sentimentos ruins que guardava por tanto tempo. 

— Quem diria... Se até Daniel mudou, imagina Tear? — sorri. — Eu vou sentir sua falta. Te amo muito. E... Diga pro papai que nos vencemos.

Me levantei, olhando uma última vez para seu nome e fui embora. Enquanto caminhava para o castelo, que é praticamente do lado do cemitério, alguém me chamou.

— Raven!

Me virei. Era Leonor e Henri. Ela veio correndo e me abraçou.

— Caramba! — disse a analisando. — Você é mesmo uma fadinha?

— Eu sou uma bruxa. — disse, desanimada. — E sim, obrigado por perguntar, eu estou bem.

— O que realmente aconteceu? — perguntei a ela, com curiosidade.

— Tenho muito o que te contar. — disse animada. — Podemos tomar um chá no castelo? — se auto-convidou. — Que tal...?

— Só se usarmos aquelas xícaras caras. — sugeri. — Provavelmente quebrarei uma. 

Nós rimos.

— Então... Vocês dois...

— Estamos juntos. — eles disseram ao mesmo tempo.

— É tarde demais pra dizer que eu sabia?

— Talvez. — Leonor disse, piscando para mim. — Agora vamos. — Me puxou pelo braço. 

— Tá legal...

Conversamos durante muito tempo, até vi Gael correndo de um lado pro outro no castelo, com seus afazeres.

— Nena é sua Tia? — perguntei mais uma vez.

— Eu falei que viajo no tempo, sou uma bruxa e é isso que te surpreende?

— Bom... Isso também... — concordei com ela. — Mas Nena é sua tia... Difícil de acreditar.

— Infelizmente é verdade. — Leonor concordou.

— E derrotou ela?

— Está presa agora. Se quiser interrogá-la...

— Farei isso mais tarde. — pensei. —Tenho muito... A perguntar. Mas e você? — mudei de assunto. — O que fará agora?

— Eu não sei. — se recompôs. — Quer dizer... Eu sei o que devo fazer. Vou viajar no tempo e... Deixar as coisas no lugar.

— E gosta de fazer isso...? — perguntei com pena dela.

— Tá brincando, né? É incrível. — disse sorrindo. — Eu vou hoje mesmo, seja lá pra onde.

— E.... Vai me deixar? — Henri pergunta, tristonho.

— É claro que não, seu bobinho... — agarrou em seu braço. — Te levarei comigo. Vamos ter uma casa, 4 filhinhos, 2 cachorros... 4 gatos...

— Talvez seja um pouco cedo pra isso... — ele disse, envergonhado.

— Eu sei... — concordou contente. — Vamos viajar primeiro e depois vemos o resto.

— Vejo que estou sobrando aqui... — olhei para a situação constrangedora. — Bom... Vou ver se Gael precisa de ajuda. — me levantei para me retirar. — Qualquer coisa, me chamem.

— Tudo bem... — concordaram.

Continuei andando, mas não fui atrás de Gael, pois algo me intrigava no momento... Meus queridos prisioneiros.

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