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Capítulo 28 - Amor em Austin

O dia nascendo lá fora sobre a cidade de Austin fez Anne despertar de seu sono tranquilo. Ela adormecera sobre o corpo de Gilbert, e podia sentir o peito dele subir e descer em sua respiração regular enquanto as mãos dele lhe circulavam a cintura.

Era uma sensação inebriante saber que pertencia aquele rapaz de corpo e alma,e que ele a protegeria de qualquer tempestade lá fora.

Seu coração era dele, não podia negar, como também não podia esquecer o seu medo de perder tudo aquilo. Estavam se arriscando demais, ela sabia, e mesmo em um lugar onde estavam longe dos problemas, não era garantia que permaneceriam em toda aquela paz. Mas Anne queria acreditar que conseguiriam passar por tudo o que tivessem que enfrentar, com seu amor intacto e mais unidos do que nunca.

Ela levantou a cabeça para encarar o rosto adormecido do rapaz. Gilbert parecia tão tranquilo e em um mundo à parte que a fez suspirar fundo. Sempre se encantaria por aquela beleza masculina dele. Ele era tão perfeito que lhe causava sentimentos diversos.

Amava absolutamente tudo nele. Desde seus cachinhos rebeldes, até aquelas mãos fortes que sabiam lhe fazer carícias incríveis. Tinham feito amor muitas vezes na noite anterior, no quarto e na banheira de hidromassagem onde ela aprendera a real dimensão de como era amar um homem que exalava sensualidade até debaixo d'água.

Assim, aquele ninho de amor que fizeram para ambos naquele fim de semana, tinha a marca dos dois em todos os lugares. Gilbert não quisera perder tempo, e não se contentara em tê-la uma única vez. Ele a fizera dele até que ambos estivessem exaustos para continuar, e depois caíram em um sono profundo do qual tinha despertado apenas naquele momento.

Ele era insaciável, e ela não ficava atrás. E quem não seria com um namorado tão lindo e tão sexy? Suas amigas de Los Angeles morreriam de inveja se soubessem com quem Anne vinha dividindo sua cama. Elas sempre a criticaram no passado por ser certinha demais, e não aproveitar a vida como se devia.

O que elas não sabiam era que ela precisava de um homem como Gilbert Blythe para lhe mostrar o caminho do paraíso, enquanto ela mergulhava de cabeça nas ondas de prazer que aquele rapaz lhe proporcionava. Nunca pensara viver uma relação assim tão intensa e carregada de desejo. E muito menos pensara possuir um lado tão passional.

Quando era adolescente, ela sonhava com um amor romântico, daqueles dos filmes que adorava assistir em seu quarto antes de dormir. Mas nunca imaginara que teria ao invés disso um amor explosivo, que minasse suas energias ao mesmo tempo em que acalentava seu coração.

Amar Gilbert Blythe não fora fácil desde o começo, pois havia entre eles aquela eletricidade explicita que não a deixava se afastar dele. Era um sentimento obsessivo e possessivo de ambas as partes que faziam seus mundos colidirem todas as vezes.

Ela tinha nascido para amá-lo exatamente daquela maneira, e pensar que tudo começara aos seus dez anos. Naquela época ela era apenas uma garotinha que não sabia de nada que estava por vir, mas seu coração sabia que ali estava o homem de sua vida a quem deixara de ver por nove anos, e para quem sua alma a chamara de volta nos últimos meses.

Ele era incrível, para dizer o mínimo. Mesmo quando brigavam, e ele agia como aspereza por conta de seu gênio indomável, ela não conseguia não amá-lo, pois eram absolutamente iguais até em seu comportamento explosivo. Porém, na maior parte do tempo, Gilbert era carinhoso, sabia como acalmar seus medos e a deixava feliz com apenas um sorriso.

Havia algo nele que o tornava único aos olhos dela, e por mais que tentasse enxergar outras pessoas ao seu redor, Gilbert se sobressaía, porque ele era especial em sua forma de ser, de cuidar dela e amá-la.

Ela estendeu a mão e tocou o rosto dele, sentindo a aspereza da barba por fazer que começava a despontar em algumas partes do rosto dele. Em seguida, os dedos desceram para a boca bem desenhada e sensual, que a fazia suspirar a cada beijo, e quando ela pensou em continuar a explorar aquele rosto perfeito, Gilbert a pegou de surpresa, girou o corpo e a deixou por baixo dele.

Essa era uma das posições favoritas dele quando estavam juntos, Gilbert lhe dissera uma vez, porque assim, ele tinha certeza de que ela não escaparia dele. Como se ela realmente quisesse isso.

-Achei que ainda estivesse dormindo.- Anne disse, mergulhando naqueles olhos verdes sonolentos. Ali estava outra coisa que amava em seu namorado. Aquelas duas joias incrivelmente brilhantes, que pareciam sempre intuir o que ela estava pensando ou sentindo.

-Eu já acordei faz tempo.- Gilbert respondeu, esfregando o nariz no dela.

-Então, estava me espiando.- ela o acusou, enterrando as mãos nos cabelos espessos. Adorava aquela intimidade que tinham agora, como se já fossem casados a tempos. Seria maravilhoso se pudessem fazer isso sempre, sem que nada ou ninguém pudesse atrapalhar. Ela podia sonhar com aquilo, mesmo que a situação que estavam agora não oferecesse uma grande probabilidade que pudessem conquistar isso a curto prazo.

-Eu estava apenas esperando para ver qual seria seu próximo passo.- ele disse rindo, e o som daquela risada parecia uma melodia linda a seus ouvidos. Será que poderiam viver naquela bolha para sempre? Sem Winnie ou John Blythe para estragar sua felicidade? Era mais uma fantasia de sua cabeça, mas que a fazia ter sonhos impossíveis.

-Então, estava mesmo me espiando.- Anne o acusou com ar de riso, fazendo o rapaz afrouxar um pouco o abraço, afastar alguns fios do cabelo dela e responder:

-Só um pouquinho.- depois, olhando-a intensamente, ele continuou:- Adoro ficar assim como você. Só nós dois, em nosso pequeno mundo. Podia ser assim para sempre.

Ele acabara de repetir o pensamento dela anterior, o que lhe mostrava o quão espantosamente estavam em sintonia.

-Acabei de pensar a mesma coisa.- ela confessou.

-Então, por que não fazemos exatamente isso?- ele perguntou, prendendo-a de novo em seu abraço.

-Isso o que?- Anne perguntou de forma distraída, enquanto seus olhos continuavam a admirar cada traço do rosto dele.

-Podíamos comprar uma casa aqui em Austin. - ele sugeriu com a expressão tão iluminada, como se tivesse tido a melhor ideia do mundo.

-Você quer comprar uma casa para nós dois?- ela perguntou espantada com aquela sugestão. Não imaginara que Gilbert pensava em viver fora de Terracota.

-Na verdade, eu quero me casar com você. - Gilbert confessou, observando o rosto espantado de Anne que o olhava sem piscar. Ele vinha pensando nisso a algum tempo, praticamente desde que começaram a namorar para valer. Anne era a mulher que queria para a vida inteira, e colocar uma aliança permanente no dedo dela era seu sonho desde então. Não casaria com nenhuma outra garota que não fosse ela, então para que esperar tanto tempo para tornar isso realidade?

-Você está me pedindo em casamento?- ela perguntou engolindo em seco.

-Se você quiser. - Gilbert disse de um jeito tão sério que fez o sangue dela gelar.

-Você só pode estar brincando. - Anne afirmou, encarando-o enquanto o rapaz não tirava os olhos dos dela.

-Pois não estou. Eu te amo, e te quero como minha mulher de qualquer jeito. Eu sou completamente seu se me quiser como seu marido,e acho que podemos criar uma família linda juntos.- Gilbert respondeu, acariciando o rosto de Anne, e fazendo os olhos dela marejarem.

Imagens lindas surgiram em sua cabeça, de uma casa no campo, com as janelas pintadas de vermelho enquanto olhava para fora e via Gilbert brincando com um garotinho de cabelos escuros, ao mesmo tempo em que ela tinha uma menininha de olhos verdes nos braços e cabelos cacheados iguais aos do pai.

Se pudesse aceitar aquele pedido, seria a garota mais feliz do mundo, mas naquele momento tinha tantas coisas em jogo, principalmente sua irmã mais nova. Era óbvio que queria casar com Gilbert um dia, mas não agora que estavam em meio a todos aqueles problemas. Não desejava fazer John Blythe engolir um casamento seu com o filho dele a seco, e causar um vácuo entre Gilbert e seu pai gigantesco.

Ela o amava demais para querer vê-lo sofrer pelo afastamento do pai que com certeza aconteceria, e seu medo maior era que seu relacionamento com Gilbert fosse afetado de tal maneira, que ele começasse a culpá-la por isso.

-Gil, eu tenho só dezenove anos. Quero terminar a faculdade, me firmar em meu campo de trabalho, e depois pensar em me casar.- ela começou, embora todas aquelas coisas não fossem um argumento muito forte para que não aceitasse se casar com ele naquele momento.

-Não me importo com a sua idade, e quanto a faculdade, você pode terminá-la tranquilamente casada comigo, e trabalhar no que quiser. Nunca vou te impedir de fazer nada do que deseja, Cenourinha. - ele disse de um jeito tão carinhoso, que tornava ainda mais difícil para ela recusar aquele pedido tão inesperado. Mas, pensando no que implicava tudo aquilo, ela disse:

-Gil, eu não acho que casarmos agora seja uma boa ideia. Você sabe exatamente no furacão que essa notícia causaria na sua família, e não quero que isso aconteça.

-Eu já te disse que não ligo para o que qualquer pessoa da família Blythe ou fora dela pense sobre nós dois. Eu estou pronto para lutar contra qualquer pessoa que tentar te tirar de mim. - Gilbert disse com toda a paixão de seu coração. Ninguém o afastaria de Anne, mesmo que tivesse que se mudar com ela para a China, nunca mais a deixaria sair da sua vida.

-Não é isso o que eu quero, você sabe bem disso. Não seria justo com você. Eu nunca me sentiria bem te afastando de sua família, principalmente de seu pai.- Anne respondeu, estendendo a mão para tocar o rosto do rapaz, mas ele a afastou, se sentando na cama e dizendo:

-Você não quer se casar comigo. - a voz dele estava magoada, e Anne não gostou da expressão séria do rosto dele. Não queria estragar aquele fim de semana tão especial, mas também não esperava que Gilbert fosse tocar em um assunto tão sério.

-Não é verdade,Gil. É claro que quero me casar com você. Eu seria louca se não quisesse.- Anne respondeu, tocando as costas dele e deixando um beijo no ombro do rapaz. Mas ele se levantou como se não quisesse o toque dela e respondeu:

-Não foi o que pareceu. Está arrumando desculpas para não aceitar o meu pedido de casamento. - ele não conseguia entender aquela recusa da Anne em aceitar seu pedido. Ele era louco por ela, será que ela não conseguia perceber que era a única mulher para ele e sempre seria?

-Gilbert, você sabe tudo o envolve nosso relacionamento, e o quão difícil é essa situação para nós dois. Odeio ter que dizer não para algo que é o que mais desejo na vida, mas eu juro que não vai ser assim para sempre. Temos dois anos pela frente, e acho que até lá podemos ajeitar toda essa confusão.

-Eu não quero esperar dois anos.- Gilbert disse com teimosia.- Eu quero que seja minha mulher o quanto antes. Você sabe que posso te proteger de qualquer coisa. Meu pai não vai me dizer com quem devo me casar. Se não confia em mim o suficiente para isso, então não sei como isso pode dar certo.- ele disse, por fim, indo em direção à janela, onde ficou por alguns minutos.

Talvez estivesse forçando Anne à uma situação para a qual ela ainda não estava preparada, mas não conseguia não se irritar quando ela colocava inúmeros empecilhos entre eles apenas para justificar que não queria se tornar sua esposa naquele momento.

Era certo que ela era bastante jovem, e que esperar dois anos não seria tanto tempo assim. Mas Gilbert tinha medo de perdê-la. Ele não sabia bem porque tinha essa sensação absurda de que se não oficializasse tudo com ela rapidamente, Anne poderia ir embora a qualquer momento.

Assim, uma aliança no dedo dela, a faria ficar ao lado dele para sempre, ou pelo menos era nisso que acreditava.

Ele estava inseguro em relação a ela, e nunca tivera esse sentimento com ninguém antes. E todas as vezes que ela dizia que queria ir embora de Terracota, Gilbert sentia que ela estava deslizando por seus dedos pouco a pouco.

Anne se aproximou dele, observando o corpo nu do rapaz de costas. Deus! Ele era tão perfeito que manter suas mãos longe dele vinha sendo uma provação muito difícil. Adorava todos os ângulos dele, principalmente cada músculo firme que complementava aquela anatomia surpreendente. Quando se lembrava dele aos quinze anos, sequer imaginaria que aquele rapaz magro e de constituição física franzina pudesse ganhar tanta definição muscular com o passar dos anos. Ela devia agradecer ao trabalho físico na fazenda, que fazia de seu namorado um dos homens mais lindos do Texas e o único que tivera o prazer de ver despido.

Ela o abraçou pela cintura, mas Gilbert não se virou. Anne sabia que ele estava zangado,e não tirava a razão dele, mas não estava disposta a deixar que o clima bom que havia entre eles quando chegaram ali no dia anterior terminasse por conta de uma briga boba, por isso, ela disse enquanto distribuía beijos pelas costas do rapaz:

-Eu te amo tanto, Gil. Você não tem noção do quanto. Sei que está magoado, mas amor, eu já sou sua. Uma aliança no meu dedo não vai mudar essa verdade. Eu posso ir para onde for, mas ninguém vai me ter como você me tem. Por favor, não fica bravo dessa maneira. Quero curtir esse fim de semana com você sem estresse ou discussões sem sentido.

Gilbert sentiu sua raiva ir se dissipando aos poucos, conforme os lábios de Anne deslizavam por sua pele, fazendo-o se arrepiar. Não adiantava. Ela o tinha nas mãos, e sabia que ele era tão viciado nela que não aguentaria dois minutos sem tocá-la. Assim, ele se virou de frente e a puxou para ele, ao mesmo tempo que seus lábios colidiam com o dela.

Aquela boca era tudo o que ele precisava,enquanto suas mãos desciam pelas curvas da ruivinha tão nua quanto ele, Gilbert pensava que nunca se cansaria de tê-la nos braços. O aroma dela, o gosto daqueles lábios, aquele corpo esguio eram os únicos afrodisíacos que ele precisava a vida inteira para se sentir vivo, e cheio de energia para lutar pelo amor dos dois.

Eles afastaram os lábios para respirar, mas Gilbert os transferiu para o pescoço dela, enquanto dizia:

-Eu não sei que feitiço você jogou sobre mim, mas não consigo não tocar você.

-Talvez seja o mesmo que você jogou em mim, porque também não consigo manter minhas mãos longe de você. - ela disse deslizando as mãos pelas costas do rapaz.

-Seu gosto é divino.- Gilbert disse, mordiscando o queixo dela. - Nunca vou me fartar de beijar você. - e em seguida capturou os lábios dela mais uma vez, enquanto os dedos chegavam até os seios delicados, onde estimulou até ouvi-la gemer entre o beijo e dizer:

-Você me enlouquece.

-Pois vou te enlouquecer ainda mais. - ele respondeu, a pegando no colo e a colocando sentada sobre uma mesinha de canto. - Esse quarto está cheio de lembranças de nós dois. Só faltou essa mesinha aqui.Mas vou resolver esse problema agora mesmo. - e antes que Anne pudesse raciocinar, ele tocou os seios dela com os lábios,fazendo-a esquecer de qualquer coisa que não fosse aquela sensação maravilhosa que despertava todos os seus sentidos que a faziam ficar ligada completamente no homem que a fazia se sentir daquela maneira.

Anne o trouxe para mais perto entrelaçando a cintura dele com as pernas, e encaixando seus quadris nos dele, fazendo suas intimidades trocarem uma leve fricção, enquanto Gilbert gemia alto e deixava uma mordida leve no ombro dela.

Estavam pegando fogo, seus corpos estavam falando a linguagem da paixão novamente, e eles sabiam exatamente para onde todo aquele desejo os estava levando.

Gilbert desceu as mãos até a intimidade dela, fazendo Anne prender a respiração sentindo seu corpo vibrar com aquele toque tão íntimo. Ela jogou a cabeça para trás, e de olhos fechados, deixou que sua pele absorvesse todo aquele prazer, movimentando os quadris conforme Gilbert intensificava a estimulação daquela parte tão sensível.

Enquanto isso, Gilbert a observava silenciosamente, se deleitando com a beleza daquela mulher, que era somente dele. E vê-la em um momento como aquele, se transformando diante de seus olhos, a pele rosada, os cabelos ruivos revoltos, e ouvindo os suaves suspiros escaparem dos lábios dela, o fazia amá-la e desejá-la mais do que pudesse imaginar.

Ele levou os lábios até o ouvido dela e murmurou:

-Queria que pudesse ver o quanto fica linda quando se entrega dessa forma para mim.

Assim, ele continuou a estimulá-la, e quando percebeu que ela estava quase chegando ao seu ápice, Gilbert a tomou como sua, fazendo Anne ofegar longamente e se agarrar à ele, movimentando seus quadris de encontro ao dele enquanto Gilbert fazia o mesmo, até que ambos chegaram ao ponto mais alto de seu desejo, e desceram para a terra juntos, cansados, ofegantes e felizes.

Gilbert a carregou para a cama depois de alguns minutos, e se deitou com ela, deixando seus rostos próximos para que pudesse ver aqueles olhos azuis incríveis brilhando para ele, e murmurou:

-Tem noção do quanto te amo, Cenourinha? Você tem sido a razão de todos os meus dias felizes desde que ficamos juntos pela primeira vez. E nunca sequer pensei que pudesse sentir algo assim por alguém.

-Eu também amo você mais do que pode imaginar, e detesto te magoar.- Anne respondeu, segurando o rosto dele entre as mãos.

-Você só me magoa quando diz que quer ir embora de Terracota e se afastar de mim, pois nesses momentos eu sinto que meu amor não é suficiente para te fazer querer ficar.- ele confessou, fazendo Anne responder:

-Ir embora de Terracota não tem nada a ver com a gente, Gil, pois vou continuar te amando para onde quer que eu vá. E é claro que o seu amor importa para mim, você sabe disso - Anne afirmou, sem acreditar que Gilbert pensava daquela maneira, depois de tudo que já tinha acontecido entre eles.

-Então, fica comigo e esqueça essa história de ir embora. Eu faço qualquer coisa que você pedir.- Gilbert disse quase implorando. Precisava tanto dela, que não conseguia se ver em lugar nenhum sem que Anne estivesse com ele.

- Também não quero me separar de você, amor. Ficar com você é tudo o que eu quero. Não vou embora sem você. - ela afirmou, pois sua vida nunca seria a mesma sem Gilbert Blythe nela.

-Eu precisava ouvir isso de você. Não imagina o quanto tenho medo de te perder. - Gilbert respondeu, trazendo Anne para seus braços.

-Você sabe que sempre estarei do seu lado. Não importa pelo que tenhamos que passar. - Anne disse, se aconchegando ao peito do rapaz onde era seu lugar favorito no mundo, embora sentisse em seu coração uma sensação estranha, muito parecida com o medo que Gilbert dizia sentir. John Blythe podia desejar separá-los, e Anne não sabia até que ponto seu tutor estava disposto a desafiar o pai por ela, apesar de tudo o que ele lhe dissera.

-Está com fome? Podemos comer fora daqui. O que acha? Quero muito te levar para passear em Austin. Só voltamos para casa amanhã à noite.- Gilbert perguntou, entrelaçando seus dedos nos de Anne.

-Acho uma ótima ideia, mas antes quero tomar banho.

-Posso ir junto?- Gilbert perguntou, a olhando maliciosamente.

-Você sabe que se entrarmos no banheiro juntos, a última coisa que faremos é tomar banho.- Anne falou, se lembrando do que acontecera na noite anterior.

-Prometo me comportar.- ele disse com a expressão de um menino levado que de forma nenhuma estava dizendo a verdade.

-Será que posso mesmo acreditar em você?- Anne o olhou com expressão de dúvida.

-Pode sim.- ele disse sorrindo, o que derreteu o coração de Anne, que não sabia negar nada a Gilbert quando ele lhe sorria daquela maneira.

Ela assentiu e foram juntos para o banheiro. Assim que Anne fechou a porta, Gilbert a agarrou pela cintura, fazendo a ruivinha dizer:

-Você prometeu que ia se comportar.

-E você acreditou mesmo que eu conseguiria resistir a tudo isso?- ele perguntou, apontando para o corpo dela, e quando sentiu os lábios dele em seu pescoço, Anne sabia que estava tudo perdido.

Uma hora depois, estavam caminhando pelas ruas de Austin de mãos dadas, aproveitando o dia de sol, e a brisa suave que naquele dia não parecia tão fria. Eles tinham tomado café em uma cafeteria perto do hotel, e depois Gilbert sugerira aquele passeio turístico, do qual Anne não se arrependia de ter aceitado.

Austin era uma cidade cujo bom gosto artístico, centros culturais e beleza natural se misturavam em um cenário extremamente atraente e encantador. Anne ficou espantada com quanta coisa se podia fazer como turista naquela cidade. Sempre pensara que Los Angeles tinha tudo o que alguém pudesse desejar em nível de diversão, mas sua teoria provara ser equivocada diante das diversas atividades que Gilbert lhe apresentara.

Para relembrar sua infância, ele lhe propora uma excursão pela cidade em cima de uma bicicleta elétrica, junto com mais pessoas e o guia que os levou aos pontos mais visitados da cidade.

O Texas State Capitol foi o primeiro lugar que Anne explorou ao lado de Gilbert naquele dia. Dentro dele, Anne ficou surpresa ao descobrir que o prédio era quatro mil metros mais alto que a Casa Blanca.

Segurando forte na mão dela, Gilbert a levou para conhecer um pouco mais sobre como as salas dos representantes políticos do século passado eram construídas, e como foram preservadas todas as características do projeto original.

Saindo daquele ambiente totalmente formal, eles mergulharam mais um pouco na cultura local e chegaram à South Congress Avenue, onde havia várias boutiques e restaurantes locais enchiam os olhos dos visitantes com suas refeições saborosas e seus artigos de luxo.

Gilbert arrastou Anne para uma das lojas, e insistiu para que ela experimentasse um vestido que viram na vitrine, e que ele jurava que era da cor exata dos olhos dela.

Quando ela o colocou, e saiu do provador para que Gilbert pudesse vê-la, ela observou o olhar dele admirado sobre ela, e mesmo protestando por ele estar pagando por algo tão caro, ela acabou cedendo quando ele disse:

-Eu quero que o vista para mim daqui a quatro meses. Sei que será seu aniversário, e quero levá-la para jantar no melhor restaurante do Texas.

-Você ainda se lembra quando é meu aniversário?- ela perguntou espantada.

-Ainda duvida que nunca esqueci você por todos esses anos?- ele respondeu, segurando o queixo dela,e deixando um selinho nos lábios dela.

Anne sorriu encantada, pensando que não se dera conta de que também não esquecera nada de Gilbert naqueles nove anos, e se lembrava até de como ele gostava de sua torrada pela manhã, ou como ele adorava chocolate branco, e detestava geleia de morango. Eram pequenas coisas, mas que mostravam exatamente como aquele rapaz maravilhoso sempre morara em seu coração.

Assim que saíram do South Congress Avenue, eles foram direto para o mural Love you so much, onde Anne pediu a Gilbert para lhe contar o que era tão especial sobre aquele lugar, já que ele lhe dissera que aquele era um dos pontos mais visitados pelos turistas.

Desta forma, ela ficou sabendo que aquele mural fora grafitado por um músico local muito famoso, chamado Amy Cook, que fizera tal declaração para sua namorada que possuía um café ao lado do mural.

-Acho que posso fazer uma loucura assim por você um dia. - Gilbert disse, a abraçando pela cintura enquanto os dois observavam o mural.

-Você teria coragem?- Anne perguntou, surpresa com a afirmação dele.

-Por você, eu teria coragem de fazer qualquer coisa. - Gilbert respondeu deixando um beijo no topo da cabeça dela, fazendo Anne se sentir a garota mais feliz do mundo.

Eles voltaram para o hotel ao anoitecer, e depois de um banho relaxante, o casal se arrumou para sair novamente e aproveitar a noitada em Austin.

Gilbert a levou a um restaurante, e depois a um barzinho na Sixth Street, onde a música ao vivo era uma das peculiaridades do lugar. Após curtirem um grupo de country local tocando um som bastante animado, o rapaz a convidou para dançar quando uma rodada de música lenta começou a tocar.

Era a primeira vez que dançavam como um casal, e Anne estava adorando a experiência. Gilbert era um ótimo dançarino e a conduzia com delicadeza, enquanto cantarolava a música em seu ouvido.

-Quero ficar assim como você para sempre. - ele sussurrou, a rodopiando pelo salão.

-Eu também. Será que podemos congelar o tempo, as horas, e tudo o que pode abreviar nosso momento?- Anne perguntou, com a cabeça encostada no ombro dele.

-Não, mas podemos fazer com que dure para sempre. Basta que aceite ser minha para o resto da vida.- Gilbert lhe disse.

-Eu já sou sua para sempre.- Anne respondeu, sentindo o rapaz a abraçar apertado.

-Você sabe do que estou falando.

-E você sabe que vou me casar com você um dia. Basta ter paciência.

-Dois anos é tudo o que me proponho a esperar, mesmo desejando que fosse um mês. - ele confessou, aspirando o perfume dos cabelos dela.

-Eu prometo que em dois anos serei sua esposa.- Anne disse, levantando a cabeça e olhando Gilbert nos olhos.

-Vou ser o homem mais feliz do mundo. - o rapaz afirmou, colando os lábios dos dois com um beijo apaixonado.

Eles voltaram para o hotel bem tarde naquela noite, e dormiram abraçadinhos, sonhando com o dia em que poderiam ficar sempre assim e sem interferência de ninguém.

No dia seguinte, Gilbert a levou para um piquenique no parque perto do hotel, e passaram muito tempo ao ar livre. Quando deixaram o hotel no fim da tarde, Anne se sentiu pesarosa por saber que demoraria bastante tempo para que ela e Gilbert pudessem ter outro fim de semana como aquele.

Percebendo a tristeza dela, Gilbert segurou a mão dela, a levou aos lábios e disse:

-Não fica assim, amor. Eu juro que vamos ter mais momentos como esse.

-Eu sei.- ela disse, tentando sorrir, mas a verdade era que não acreditava muito naquilo.

Quando chegaram em casa, foram surpreendidos por John Blythe que estava sentado na sala com um jornal nas mãos, que lançou um olhar para os dois de forma demorada causando um calafrio em Anne como se pressentisse algo ruim vindo na direção de ambos.

-Papai, não sabia que já tinha voltado de sua pescaria. - Gilbert disse, como se nada de anormal estivesse acontecendo.

-Posso falar com você?- John perguntou encarando o filho de um jeito sério.

-Claro. - Gilbert respondeu com a testa franzida.

-Venha comigo até o escritório. - ele disse, ignorando a presença de Anne totalmente.

Gilbert não disse nada, e lançou um olhar para Anne a tranquilizando, enquanto seguia seu pai até o escritório.

Assim que entraram no local, John não perdeu tempo e perguntou a Gilbert apontando para algumas fotos em seu celular:

-Pode me explicar isso?- Gilbert olhou para as fotos que mostravam ele e Anne em seus momentos de intimidade em Austin e respondeu:

-Acho que é bem óbvio o que essas fotos revelam. - Gilbert disse enfrentando o olhar irado do pai, e se perguntando onde ele conseguira aquilo, mas conhecendo John, ele sabia que o homem mais velho não lhe diria, por isso não perdeu tempo em questioná-lo sobre aquilo.

-Como pode ser tão estúpido, filho em seu envolver com aquela garota? Depois de todos os conselhos que eu lhe dei?- John disse, indignado com a postura desafiadora de Gilbert.

-Eu a amo, papai. Não vou negar essa verdade.- o rapaz disse tranquilamente, de certa forma aliviado por não ter mais que esconder sua relação com Anne.

-Está se comportando como um moleque, e não foi dessa forma que te criei.

-Eu não sou um moleque, papai. Eu sou um homem, e sei exatamente o que eu quero. Anne é a mulher da minha vida, e vou torná-la minha esposa, o senhor gostando ou não. - Gilbert disse no mesmo tom que o pai usara para falar com ele.

-Está me desafiando por causa daquela garota?- John Blythe disse ainda mais zangado, não reconhecendo o rapaz, pois Gilbert nunca falara com ele daquela forma antes.

-Não, eu estou apenas o comunicando que Anne e eu estamos juntos, e nada do que o senhor disser vai mudar isso.- Gilbert respondeu, saindo do escritório e deixando o pai sozinho.

Quando Anne viu Gilbert, ela perguntou preocupada com a expressão séria do namorado.

-O que aconteceu,Gil?

-Meu pai descobriu sobre a gente.- ele disse,e ao ver a expressão amedrontada dela, ele continuou.- Não se preocupe, eu já disse a ele que não poderá fazer nada para separar a gente. Agora vem comigo.

-Para onde?- Anne perguntou com a testa franzida.

-Para o meu quarto. Você vai passar a noite comigo. Não vou mais esconder de ninguém que você é a minha garota. - Gilbert respondeu, segurando na mão dela e a levando em direção à escada.

E enquanto o seguia em silêncio, Anne sentiu seu coração se apertar, enquanto algo lhe dizia que seus dias naquela casa estavam contados.

Olá, pessoal. Mais um capítulo postado. Espero que gostem e me deixem suas impressões sobre o capítulo. Obrigada por lerem. Beijos.









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