O melhor acaso é aquele que traz uma pessoa especial até nós
"Mas eu não tenho escolha a não ser
continuar para a pessoa que eu tanto
amava, para a corda vermelha que
ficou enrolada em si mesma, eu não
pude alcançá-la, então eu vou andar
em um caminho separado, por essa
razão eu vou dizer adeus"
- Let Go
...
-Você deveria ir atrás dela Jin, você não vai perder nada. - Pestanejou mais uma vez meu amigo Namjoon.- Pô, a garota é o amor da sua vida, o máximo que você pode ganhar é um "não", porquê convenhamos Jin, você foi um grande filho da puta com ela.
-Aish, você não está ajudando Joonie, eu sei que eu vacilei, não deveria ter parado de mandar mensagens.
-Realmente, mas vamos dar nome aos bois Jinnie, você não pode continuar se torturando com isso, você nunca vai saber se não tentar cara, e sinceramente, não aguento mais ouvir você se lamentar por ter abandonado a... Qual o nome dela mesmo?
-Hyun Leesang.
- Isso, Lis? vou chamar ela assim.- apenas acenei com a cabeça, era o apelido dela de qualquer forma.- Como disse antes, o máximo que ela pode fazer, é dizer "não" pra você, mas tenho certeza, pelo o que você me contou -várias vezes- sobre vocês dois, ela certeza vai voltar a ser sua amiga.
Ele me olhou com as sobrancelhas levantadas, provavelmente esperando minha resposta. Essa não era a primeira vez que ele dizia isso, sempre que ele me via cabisbaixo dizia a mesma coisa, " vai atrás dela, você não tem nada a perder", na verdade eu tinha sim. Não saber se ela me aceitaria ou não é menos doloroso do que saber que ela nunca me amaria da forma que eu a amo, uma paixão tão grande que dura anos e nunca se dissipou. Namjoon já tentou me apresentar à outras mulheres, até homens ele jogou pra cima de mim -o que foi muito vergonhoso -. Eu decidi não manter mais contato com ela porque não aguentava ver suas mensagens e não poder abraça-la ou ao menos toca-la, não podia nem mesmo fazer uma visita, na minha mente, não ter mais contato faria com que eu a esquecesse, o que não funcionou muito bem.
- Ah qual é Seokjin, já chega, você vai pra Busan e é agora.
-'Pera, o que?- Nam foi até meu quarto e eu o segui, ele começou a pegar minhas roupas no cabide e jogar em cima da cama.- O que você pensa que está fazendo?
-Fazendo suas malas.
- Nós nem sabemos se ela ainda mora lá, você é louco?
-Ora pois não seja por isso, descobriremos agora.- Ele foi até meu notebook e abriu o facebook, cerrei os olhos e vi de longe o que ele fazia, estava procurando seu perfil.
-Você acha que ela usa isso? - Peguei minhas roupas esperando poder devolve-las pro guarda-roupas.
- É essa aqui? - Olhei pra tela do aparelho e meu coração parou no momento em que pus os olhos na foto dela, deixando as roupas caírem. - É, pela sua reação parece que sim.
Corri até ele e o expulsei da cadeira, o que o fez praguejar baixo, comecei a ver outras fotos, ela continuava a mesma, porém seu cabelo agora estava curto.
Eu sorria a cada foto que passava, ela ainda tinha o poder de fazer meu coração acelerar, até que uma foto com um garoto apareceu. Eles se abraçavam com tanta vontade, seu sorriso era radiante, o garoto loiro beijava a bochecha dela, meu sorriso se dissipou de imediato.
-Está satisfeito Namjoon? Ela está namorando, não vai adiantar nada eu voltar pra Busan.
-Você tem certeza disso? Talvez seja um amigo.- Disse se aproximando.
- É tão claro quanto a luz do dia, olha só, só tem fotos dos dois.
- Mas aqui não diz que ela está em relacionamento sério.- Me levantei e voltei a juntar minhas roupas.
-E daí? Eles não são obrigados a...
- Eu disse, o cara é gay Jin, e está namorando um tal de Taehyung, cara é por isso que vocês não ficaram juntos antes, puta que pariu em, se não fosse por mim... Ela ainda mora em Busan, e trabalha numa floricultura. - Sorri ladino com a informação, ela sempre amou flores, trabalhar numa floricultura era perfeito pra ela. - Agora você faz o favor de colocar essas roupas numa mala que eu vou comprar suas passagens.
- Namjoon espera, eu não posso ir assim, não tenho nem um lugar pra ficar.
- Será possível que eu vou ter que fazer tudo por aqui?- Disse com a mão na testa completamente impaciente. - Vou reservar um quarto pra você, francamente Jin, to começando a achar que ela vai te rejeitar de tão burro que você é.
- Cala boca sua anta acéfala.- Gritei jogando uma camisa nele.
Qualquer um me chamaria de louco por fazer isso, voltar pra Busan assim sem mais nem menos depois de dez anos e simplesmente achar que ela me perdoaria, tem que ser muito idiota mesmo, e pra nossa sorte eu sou exatamente assim.
Depois de quase 3 horas no avião eu finalmente cheguei em Busan, estava aflito, tinha pego o endereço da floricultura com o Nam, era a única pista dela que eu tinha.
Tinha medo de que quando ela me visse, ficasse com raiva e me mandasse embora, não estava preparado pra vê-la com raiva de mim, seria de se esperar essa reação e eu não a culparia mas eu precisava jogar todos os meus medos de lado e enfrenta-los, não fugiria mais, e nem me esconderia embaixo de um capuz e uma máscara, eu a amava e não desistiria dela, não mais.
Estava caminhando pelas ruas logo após fazer o check-in no hotel, quando vi uma mulher encostar uma moto um pouco longe de onde eu estava. Ela me era familiar então continuei reparando nela até que ela tirou o capacete e acredite ou não era a Hyun. Caminhei em sua direção já que estávamos em uma distância relativamente grande, continuei andando até que ela aumentou a velocidade dos passos, provavelmente percebeu que eu a estava seguindo.
Ela virou num beco e começou a correr, eu chamei seu nome várias vezes, mas pareceu que ela não me ouviu ou apenas ignorou, curvou novamente e eu continuei a seguindo, quando faço a curva encontro ela parada de costas e encolhida, ponho a mão em seu ombro e a viro pra mim, ela abre a boca prestes a gritar, rapidamente tampo o bocão que ela tinha aberto e ponho o dedo indicador na minha boca pedindo silêncio, ela arregala os olhos talvez finalmente me reconhecendo, sorri ladino quando seu semblante foi de medo pra confusão, sua expressão era realmente engraçada. Tirei a mão de seu rosto esperando que ela não gritasse.
-Jin?- Sorri abertamente ao ouvi-la pronunciar meu nome, minhas bochechas estavam até doendo.- Jin o que você 'ta fazendo aqui?. - Desfiz o sorriso na mesma hora, já esperava por isso, ela estava com raiva.
-Desculpa Lis, eu...- Fui interrompido por vários tapas dados pela menor em meus braços, ela podia ser pequena mas era bem forte.
-Isso é por ter me assustado e por ter ido embora.- E ela continuou me batendo, eu deixei pois eu merecia aquilo, mas logo fui envolvido em um abraço apertado.- E isso é por ter voltado.
Meio receoso retribui o aperto, ela estava aqui, nos meus braços, não podia acreditar, foi fácil demais, eu mal cheguei na cidade e esbarro com ela.
- Lis eu sei que te devo uma explicação.- Afastei seu corpo do meu e a olhei sério, mas ela apenas levantou a mão em resposta.
- An, agora não, agora não mesmo, de fato você me deve isso mas, eu preciso ir a um lugar agora, já que você começou a me seguir que nem um louco acabei desviando do caminho e...- Olhou seu relógio de pulso. - Estou muito atrasada.- Olhou pra mim e sorriu amarelo. - Agora vem.
Ela puxou minha mão e começou a me guiar pra fora do beco.
-Francamente Jin, o que você tinha na cabeça? Me seguir daquele jeito, eu achei que fosse um psicopata - muito corajoso aliás por meu seguir na luz do dia - Que iria me sequestrar.
- Foi mal, eu nem esperava por isso, vim pra te procurar mas, mal botei os pés na cidade e esbarro com você andando despreocupadamente na minha frente, eu simplesmente andei até você.
- Poderia ter me chamado.- Disse meio baixo, se eu não estivesse perto, não teria escutado.
- E pagado de doido na rua? Você é tão desligada do mundo que não teria me escutado Leesang. Me admira ter percebido que eu a seguia.
- A.
- "A" mesmo.
Ela continuou me guiando pra onde quer que ela 'tava indo, sorri de lado ao perceber minha situação, estávamos agindo como se nada tivesse acontecido, como se tivéssemos nos encontrado depois de um dia e não 10 anos longe um do outro. Me senti um pouco culpado por isso, eu havia abandonado ela sem nenhuma explicação, e ela me perdoou tão facilmente.
"Algum dia, as flores irão murchar,
mas não, hoje não." - Not Today
...
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